Caetano Veloso falou sobre consumo de drogas e relembrou o tempo em que foi perseguido pela ditadura militar. As declarações foram feitas durante a edição desta segunda-feira, 26, do programa Lady Night, com Tatá Werneck. O cantor lembra que era jovem nos anos 1960 e que teve experiências com o popular chá de santo-daime. "Nunca tomei ácido. Tomei ayahuasca em 1968. Realmente vi umas coisas. Vi corpos de pessoas indianas, homens e mulheres todos nus, e que dançavam formando também mandalas. Essas mandalas iam aos poucos desenhando um rosto que era o centro de tudo, o Deus. Fiquei horas sofrendo, muito consciente de que estava mal", relembra. Apesar disso, Caetano Veloso declarou que preferia ficar mais na cerveja e na cachaça. Sobre a época em que foi perseguido pela ditadura, o cantor relatou que ficou na cadeia por dois meses. "Uma semana na solitária deitado no chão com uma porta de ferro, sem que ninguém me dissesse por quê. Não fui interrogado, havia desorganização, desrespeito pela pessoa humana (sic). Não sofri tortura como algumas que morreram, foram assassinadas dentro de locais", afirmou. Caetano Veloso disse que ficou quase três anos na Inglaterra, em Londres, e que depois conseguiu voltar ao Brasil. "Não saio daqui agora, só se for obrigado", concluiu.
Em outro momento do programa, Tatá Werneck tenta 'seduzir' Caetano Veloso. "Eu não quero te assustar de maneira nenhuma Caetano, mas vou deixar o meu cartão, se você quiser...", diz a apresentadora, que beijou o cantor enquanto os músicos da banda tocavam.
Assista ao vídeo: