O Star+ está com novidade no catálogo. Na próxima quarta-feira, 8, a plataforma estreia mais uma série nacional: Santo Maldito. O título conta com protagonismo de Felipe Camargo e Ana Flavia Cavalcanti, em uma trama cercada de reflexões sobre a sociedade.
Conforme a sinopse da trama, quando a esposa de Reinaldo (Felipe Camargo) entra em estado vegetativo, ele toma a desesperada atitude de colocar um fim nesse sofrimento, mas, por um “milagre”, Maria Clara (Ana Flavia Cavalcanti) acorda. Sem saber, ele é filmado por um fiel de uma pequena igreja, que entende a cena como um fenômeno divino.
A gravação chega ao pastor Samuel (Augusto Madeira), que oferece todas as suas economias para que o professor endividado pregue aos seus fiéis, acreditando estar diante de um homem iluminado. Em sua jornada como um líder religioso que não crê em Deus, o protagonista tem suas convicções abaladas, descobrindo verdades entre o céu e o abismo.
Mensagens da série
Antes de iniciar o enredo, as primeiras cenas exibem reflexões de Reinaldo acerca de conflitos religiosos no mundo. Embora o título não aprofunde nesse quesito, o intérprete do personagem destaca a mensagem passada: “Ela [a série] se apresenta quase defendendo um Estado laico, porque os Estados religiosos, através da história, cometeram barbaridades. Não que tenham sido todos, mas temos vários exemplos e temos uma Idade Média, uma época de muita ignorância, muita violência e repressão. Esse é perigo de religião se meter com política e política se meter com religião”.
Apesar do tema central, Felipe esclarece que a série é imparcial. “Ela coloca [alguns pontos] e coloca em dúvida os personagens e o próprio espectador. Não é só sobre a fé, como também sobre ética, honestidade, relacionamento, amor... é muito abrangente”, pontua.
Ana Flavia destaca o que chama de panorama da série: “Você pode ser uma pessoa que tem fé no nada, uma pessoa que tem fé no Santo, em uma igreja, em um pastor, em um livro, nas plantas, em uma vida nova… o que vejo é que é difícil viver sem fé. É livre qual fé será a sua”.
Para tal liberdade de escolha, a atriz também defende um Estado laico e “forte para proteger cada uma das fés e deixar as pessoas fluírem”. Por essa ideia e as demais reflexões do enredo, que têm ganhado destaque no Brasil nos últimos anos, a protagonista acredita no sucesso da série.
Ela comenta, ainda, sobre a primeira fase de sua personagem, como dona de casa cercada pelo machismo do marido. Tal narrativa também é considerada importante por ela, que diz ter contribuído diretamente na construção de Maria Clara.
“Eu estou o tempo todo ligada nisso [em ativismo] e minha presença nos trabalhos que faço colabora com isso, não tenho dúvida. Desejo que a gente viva em um País, em um mundo, igualitário, que tenhamos respeito e espaço, que sejamos iguais em todos os lados. (...) Tem muita gente no mundo e todas as existências precisam ser respeitadas”, finaliza.
Mais sobre ‘Santo Maldito’
Com estreia marcada para a próxima quarta-feira, 8, Santo Maldito é composta por oito episódios de 45 minutos. A série tem direção-geral de Gustavo Bonafé (Insânia), que divide o comando dos episódios com Mariana Bastos (Alguma Coisa Assim) e Lucas Fazzio (Dois Tons).
O roteiro da trama é assinado por Rubens Marinelli (Entre Lágrimas e Risos), Ricardo Tiezzi (O Outro Lado do Paraíso) e Bea Góes (Quarentenados), com a colaboração de Carla Meireles (Manhãs de Setembro), Fábio Rodrigo (Kairo), Vinicius Vasconcellos (Todos os Mortos) e Matheus Hruschka (Entre Lágrimas e Risos).
Além de Ana Flavia Cavalcanti, Felipe Camargo e Augusto Madeira, o elenco conta com Bárbara Luz, Marina Provenzzano, Vinícius Meloni, João Assunção, Flávio Bauraqui, Ravel Cabral e Othon Bastos.