1990: na volta de Interlagos, uma aula de Alain Prost


Francês aproveita erro de Senna e marca retorno de SP para F-1

Por Redação

Um novo autódromo de Interlagos recebeu os pilotos em 1990. Após uma década sem sediar o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 , a pista paulista voltou a ser o palco do maior evento de automobilismo do País. Todo reformado e mais seguro, Interlagos era vendido nas manchetes como o "autódromo mais moderno do mundo". Cenário ideal para Ayrton Senna conquistar sua primeira vitória correndo em sua casa. Mas a festa não ocorreu como o planejado. 

Entre as novidades, a que mais chamou a atenção foi a diminuição do circuito, que passou dos antigos 7.823 metros para 4.350 metros (hoje o tamanho oficial é de 4.309 metros). Foi nessa reforma que surgiram trechos como a Curva do S, Bico do Pato, Mergulho e a Curva do Sol. As mudanças agradaram alguns pilotos e desagradaram outros. Enquanto Ricardo Patrese classificou o circuito como "mais difícil e mais seguro", Alain Prost aproveitou para cutucar: "Só falta ficar pronto".

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"A pista ainda não é a ideal e deve sofrer alterações para o próximo GP", afirmou na ocasião o grande padrinho da reforma, Ayrton Senna. "Mas já demos um grande salto, construindo o mais seguro autódromo do mundo". As reformas não se restringiram as pistas. Os engenheiros fizeram mudanças nos boxes e até na UTI do hospital Interlagos. 

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GP do Brasil 1990

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GP do Brasil 1990

Foto: Fabio M. Salles/Estadão
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GP do Brasil 1990

Foto: Estadão
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GP do Brasil 1990

Foto: Maurilio Clareto/Estadão
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GP do Brasil 1990

Foto: Estadão
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GP do Brasil 1990

Foto: Estadão

Mesmo com tantas novidades, Senna não conseguiu desempenhar um bom papel. Mesmo na pole, o brasileiro viu uma aula de pilotagem justamente de seu grande rival, Alain Prost. O francês justificou o porque do apelido "O Professor". "O tricampeão mostrou ensinou que pilotar não é só acelerar, nem só saber acertar o carro, nem só querer vencer. Pilotar é fazer tudo isso e pensar", escreveu o Estado após a corrida.

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Senna, que em certo momento da corrida parecia ter a vitória assegurada, acabou colidindo ao tentar ultrapassar o retardatário Sotoru Nakajima, da Tyrrel. "Ele era o líder, tinha uma dúzia de segundos na frente do próprio Prost, mas perdeu tudo numa manobra arriscada e desnecessária", afirmou o Estado. "Senna cansou de ganhar corridas fazendo esse tipo de ultrapassagem sobre retardatários, uma hora ele teria de perder", afirmou Prost. 

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No final, o brasileiro acabou em terceiro, atrás do francês e de Gehard Berger. Senna iria se recuperar nas corridas seguintes e chegar ao título no final da temporada. No ano seguinte, venceria o GP do Brasil pela primeira vez e conquistaria o tricampeonato na F-1. Parece ter aprendido a lição. 

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CONFUSÃO

Mesmo com as reformas e todo o planejamento no autódromo, os problemas apareceram e trouxeram dor de cabeça. Centenas de torcedores, de posse de ingressos oficiais, não conseguiram entrar nas arquibancadas devido a superlotação. "Foram vendidos ingressos falsificados", afirmou o membro do comitê organizador da prova, Tamas Rohonyl. Após horas na fila, os fãs apenas puderam comparecer novamente aos postos de venda para rever o dinheiro.

Um novo autódromo de Interlagos recebeu os pilotos em 1990. Após uma década sem sediar o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 , a pista paulista voltou a ser o palco do maior evento de automobilismo do País. Todo reformado e mais seguro, Interlagos era vendido nas manchetes como o "autódromo mais moderno do mundo". Cenário ideal para Ayrton Senna conquistar sua primeira vitória correndo em sua casa. Mas a festa não ocorreu como o planejado. 

Entre as novidades, a que mais chamou a atenção foi a diminuição do circuito, que passou dos antigos 7.823 metros para 4.350 metros (hoje o tamanho oficial é de 4.309 metros). Foi nessa reforma que surgiram trechos como a Curva do S, Bico do Pato, Mergulho e a Curva do Sol. As mudanças agradaram alguns pilotos e desagradaram outros. Enquanto Ricardo Patrese classificou o circuito como "mais difícil e mais seguro", Alain Prost aproveitou para cutucar: "Só falta ficar pronto".

"A pista ainda não é a ideal e deve sofrer alterações para o próximo GP", afirmou na ocasião o grande padrinho da reforma, Ayrton Senna. "Mas já demos um grande salto, construindo o mais seguro autódromo do mundo". As reformas não se restringiram as pistas. Os engenheiros fizeram mudanças nos boxes e até na UTI do hospital Interlagos. 

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Foto: Fabio M. Salles/Estadão
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GP do Brasil 1990

Foto: Maurilio Clareto/Estadão
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Foto: Estadão
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Foto: Estadão

Mesmo com tantas novidades, Senna não conseguiu desempenhar um bom papel. Mesmo na pole, o brasileiro viu uma aula de pilotagem justamente de seu grande rival, Alain Prost. O francês justificou o porque do apelido "O Professor". "O tricampeão mostrou ensinou que pilotar não é só acelerar, nem só saber acertar o carro, nem só querer vencer. Pilotar é fazer tudo isso e pensar", escreveu o Estado após a corrida.

Senna, que em certo momento da corrida parecia ter a vitória assegurada, acabou colidindo ao tentar ultrapassar o retardatário Sotoru Nakajima, da Tyrrel. "Ele era o líder, tinha uma dúzia de segundos na frente do próprio Prost, mas perdeu tudo numa manobra arriscada e desnecessária", afirmou o Estado. "Senna cansou de ganhar corridas fazendo esse tipo de ultrapassagem sobre retardatários, uma hora ele teria de perder", afirmou Prost. 

No final, o brasileiro acabou em terceiro, atrás do francês e de Gehard Berger. Senna iria se recuperar nas corridas seguintes e chegar ao título no final da temporada. No ano seguinte, venceria o GP do Brasil pela primeira vez e conquistaria o tricampeonato na F-1. Parece ter aprendido a lição. 

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Mesmo com as reformas e todo o planejamento no autódromo, os problemas apareceram e trouxeram dor de cabeça. Centenas de torcedores, de posse de ingressos oficiais, não conseguiram entrar nas arquibancadas devido a superlotação. "Foram vendidos ingressos falsificados", afirmou o membro do comitê organizador da prova, Tamas Rohonyl. Após horas na fila, os fãs apenas puderam comparecer novamente aos postos de venda para rever o dinheiro.

Um novo autódromo de Interlagos recebeu os pilotos em 1990. Após uma década sem sediar o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 , a pista paulista voltou a ser o palco do maior evento de automobilismo do País. Todo reformado e mais seguro, Interlagos era vendido nas manchetes como o "autódromo mais moderno do mundo". Cenário ideal para Ayrton Senna conquistar sua primeira vitória correndo em sua casa. Mas a festa não ocorreu como o planejado. 

Entre as novidades, a que mais chamou a atenção foi a diminuição do circuito, que passou dos antigos 7.823 metros para 4.350 metros (hoje o tamanho oficial é de 4.309 metros). Foi nessa reforma que surgiram trechos como a Curva do S, Bico do Pato, Mergulho e a Curva do Sol. As mudanças agradaram alguns pilotos e desagradaram outros. Enquanto Ricardo Patrese classificou o circuito como "mais difícil e mais seguro", Alain Prost aproveitou para cutucar: "Só falta ficar pronto".

"A pista ainda não é a ideal e deve sofrer alterações para o próximo GP", afirmou na ocasião o grande padrinho da reforma, Ayrton Senna. "Mas já demos um grande salto, construindo o mais seguro autódromo do mundo". As reformas não se restringiram as pistas. Os engenheiros fizeram mudanças nos boxes e até na UTI do hospital Interlagos. 

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Foto: Fabio M. Salles/Estadão
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Foto: Estadão

Mesmo com tantas novidades, Senna não conseguiu desempenhar um bom papel. Mesmo na pole, o brasileiro viu uma aula de pilotagem justamente de seu grande rival, Alain Prost. O francês justificou o porque do apelido "O Professor". "O tricampeão mostrou ensinou que pilotar não é só acelerar, nem só saber acertar o carro, nem só querer vencer. Pilotar é fazer tudo isso e pensar", escreveu o Estado após a corrida.

Senna, que em certo momento da corrida parecia ter a vitória assegurada, acabou colidindo ao tentar ultrapassar o retardatário Sotoru Nakajima, da Tyrrel. "Ele era o líder, tinha uma dúzia de segundos na frente do próprio Prost, mas perdeu tudo numa manobra arriscada e desnecessária", afirmou o Estado. "Senna cansou de ganhar corridas fazendo esse tipo de ultrapassagem sobre retardatários, uma hora ele teria de perder", afirmou Prost. 

No final, o brasileiro acabou em terceiro, atrás do francês e de Gehard Berger. Senna iria se recuperar nas corridas seguintes e chegar ao título no final da temporada. No ano seguinte, venceria o GP do Brasil pela primeira vez e conquistaria o tricampeonato na F-1. Parece ter aprendido a lição. 

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Mesmo com as reformas e todo o planejamento no autódromo, os problemas apareceram e trouxeram dor de cabeça. Centenas de torcedores, de posse de ingressos oficiais, não conseguiram entrar nas arquibancadas devido a superlotação. "Foram vendidos ingressos falsificados", afirmou o membro do comitê organizador da prova, Tamas Rohonyl. Após horas na fila, os fãs apenas puderam comparecer novamente aos postos de venda para rever o dinheiro.

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