Veja as seis vezes em que Akira Toriyama, criador do ‘Dragon Ball’, cruzou o caminho do esporte


Artista japonês morreu no começo de março aos 68 anos, mas morte foi anunciada nesta semana

Por Leonardo Catto
Atualização:

O autor de Dragon Ball, Akira Toriyama, morto aos 68 anos, tinha uma relação próxima com esporte. Ele era fã declarado do piloto Ayrton Senna, morto em 1994, e chegou a fazer um desenho em homenagem à McLaren pilotada pelo brasileiro. No futebol, referências ao anime foram tomadas por jogadores em comemorações. Toriyama morreu em 1º de março, mas teve a morte anunciada apenas nesta sexta-feira, dia 8, pelo estúdio criado por ele, o Bird Studio.

A franquia Dragon Ball tem sucesso internacional e é bastante apreciada no Brasil, especialmente entre pessoas que eram crianças ou adolescentes entre o final da década de 1990 e o início dos anos 2000, quando o desenho animado começou a ser transmitido no País. O formato original da história, concebida por Toriyama, é em manga, como são chamadas as histórias em quadrinho japonesas.

O Estadão relembra seis vezes em que o principal trabalho de Toriyama e o próprio autor tiveram relação com esportes, no futebol e no automobilismo. Há referências em comemorações, chuteiras, tatuagem e até no nome usado na camisa.

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1. Fusão

As comemorações de “fusão” já ganharam diferentes representantes em campo. Na trama da série, a fusão é uma técnica em que duas ou mais pessoas se unem em um só corpo. A criação do conceito foi o questionamento de Toriyama sobre o que seria mais poderoso que os Super Saiyajin, os lutadores do anime. No Brasil, a comemoração ficou famosa com Gabigol e Arrascaeta, do Flamengo. Marco Reus e Aubameyang também faziam o gesto de unir os dedos e inclinar o corpo quando jogavam no Borussia Dortmund, da Alemanha.

Gabigol e Arrascaeta repetiram a comemoração diferentes vezes ao comemorar gols pelo Flamengo. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo
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Mais recentemente, outro exemplo aconteceu na seleção brasileira pré-olímpica. Guilherme Biro e Endrick comemoraram o gol que deu a vitória ao Brasil contra a Venezuela, por 2 a 1, da mesma forma. Nem mesmo a fusão evitou que a seleção tivesse uma campanha ruim e ficasse fora dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Endrick e Guilherme Biro comemoram gol com a fusão na seleção brasileira pré-olímpica. Foto: Joilson Marconne/CBF

2. Aubameyang

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O atacante gabonês é um nome a parte na lista. Além de fazer a fusão com Reus, Aubameyang tem também uma chuteira e até uma tatuagem com desenho de Goku, personagem principal da série. Ele também já comemorou com outros gestos em referência a Dragon Ball.

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3. Ayrton Senna

Em 1990, a McLaren convidou Toriyama para desenhar o carro da escuderia na Fórmula 1. No lugar do piloto Ayrton Senna, ele colocou Goku. Mais tarde, Senna e o artista se conheceram, no GP da Alemanha. O japonês fez um mangá chamado “BattleMan F-1 GP”, que contou a história da prova e sobre o encontro dos dois, em uma narrativa que misturou reportagem e quadrinhos. Senna morreu em 1994.

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Akira Toriyama e Ayrton Senna conheceram-se no GP da Alemanha em 1990. Foto: X/Reprodução

4. Marcos Júnior, o Kuririn

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Atualmente no Sanfrecce Hiroshima, do Japão, o atacante ex-Fluminense é fã do anime. Ele já comemorou gols diversas vezes com um “Kamehameha”, uma técnica de combate usada pelos lutadores criados por Toriyama. Pela careca, o jogador já foi comparado diretamente com um personagem específico, Kuririn, que também não tem cabelo. “Eu sou fã de Dragon Ball, ontem mesmo só fui dormir depois que assisti ao último episódio de Dragon Ball Super, e a comemoração é um Kamehameha para homenagear o Goku”, contou em 2018, quando ainda jogava no Brasil.

5. Mudou até o nome para ‘ser Goku’

O meia espanhol Joan Román alterou o próprio nome devido a Dragon Ball. Em 2020, ele comunicou a mudança nas redes sociais. “Sou grato ao Joan por tudo que vivi e pelas coisas positivas e lições que isso me deu. Mas agora eu sou o Goku. Escolhi esse nome, pois me identifico com os valores dele e o que ele representa para mim: perseverança, empatia, crescimento através dos obstáculos, luz e positividade. Eu só peço para que respeitem a minha decisão como muitas pessoas já estão fazendo, sempre seguindo em frente. Muito carinho para todos vocês”, escreveu.

Aos 30 anos, Goku Roman está no Wisła Kraków, da Polônia. Ele foi formado na base do Barcelona e já passou por equipes de Portugal e da Grécia.

6. Arquibancadas de Wydad Casablanca e PSG

Um dos times mais populares do Marrocos tem a torcida inteira fã de Dragon Ball. Em 2023, um mosaico foi montado estampando Goku, com os tradicionais cabelos pretos. Quando o personagem “ativa” o modo Super Saiyajin, os cabelos ficam loiros. E isso foi mantido na arte da arquibancada.

Em Paris, a torcida do PSG fez outro mosaico, com Goku e Shenlong, o dragão do anime. A arte foi feita em 2019 e era uma referência ao sétimo título francês buscado pelo clube, assim como são sete as esferas do dragão na trama.

Referências aproximam torcedor de clubes e jogadores

A união da cultura pop com o futebol atrai ainda mais o torcedor e abre caminhos para quem não acompanha futebol ter contato com o esporte. É o que acredita o CEO da End to End, Reginaldo Diniz. “Celebrações especiais, que prestam homenagem a algo fora do futebol, seja por parte da torcida ou dos jogadores, sempre geram grande repercussão. Por (Dragon Ball) se tratar de uma série aclamada e com milhares de fãs no mundo inteiro, isso une os torcedores e gera um engajamento muito grande com a instituição”, avalia.

No sentido do marketing, explorar experiências além do jogo pode ser um caminho rentável. Léo Rizzo, CEO da Soccer Hospitality, empresa que administra camarotes em estádios, isso enriquece o evento enquanto espetáculo. “Uma partida de futebol não é só o jogo em si. É importante termos outros elementos que possam aproximar os espectadores”, explica.

O mangá de Dragon Ball teve 519 capítulos, compilados em 42 volumes. A série originou o desenho e até filmes. Incluindo produtos licenciados, franquia de mídia é uma das mais rentáveis do mundo.

O autor de Dragon Ball, Akira Toriyama, morto aos 68 anos, tinha uma relação próxima com esporte. Ele era fã declarado do piloto Ayrton Senna, morto em 1994, e chegou a fazer um desenho em homenagem à McLaren pilotada pelo brasileiro. No futebol, referências ao anime foram tomadas por jogadores em comemorações. Toriyama morreu em 1º de março, mas teve a morte anunciada apenas nesta sexta-feira, dia 8, pelo estúdio criado por ele, o Bird Studio.

A franquia Dragon Ball tem sucesso internacional e é bastante apreciada no Brasil, especialmente entre pessoas que eram crianças ou adolescentes entre o final da década de 1990 e o início dos anos 2000, quando o desenho animado começou a ser transmitido no País. O formato original da história, concebida por Toriyama, é em manga, como são chamadas as histórias em quadrinho japonesas.

O Estadão relembra seis vezes em que o principal trabalho de Toriyama e o próprio autor tiveram relação com esportes, no futebol e no automobilismo. Há referências em comemorações, chuteiras, tatuagem e até no nome usado na camisa.

1. Fusão

As comemorações de “fusão” já ganharam diferentes representantes em campo. Na trama da série, a fusão é uma técnica em que duas ou mais pessoas se unem em um só corpo. A criação do conceito foi o questionamento de Toriyama sobre o que seria mais poderoso que os Super Saiyajin, os lutadores do anime. No Brasil, a comemoração ficou famosa com Gabigol e Arrascaeta, do Flamengo. Marco Reus e Aubameyang também faziam o gesto de unir os dedos e inclinar o corpo quando jogavam no Borussia Dortmund, da Alemanha.

Gabigol e Arrascaeta repetiram a comemoração diferentes vezes ao comemorar gols pelo Flamengo. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Mais recentemente, outro exemplo aconteceu na seleção brasileira pré-olímpica. Guilherme Biro e Endrick comemoraram o gol que deu a vitória ao Brasil contra a Venezuela, por 2 a 1, da mesma forma. Nem mesmo a fusão evitou que a seleção tivesse uma campanha ruim e ficasse fora dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Endrick e Guilherme Biro comemoram gol com a fusão na seleção brasileira pré-olímpica. Foto: Joilson Marconne/CBF

2. Aubameyang

O atacante gabonês é um nome a parte na lista. Além de fazer a fusão com Reus, Aubameyang tem também uma chuteira e até uma tatuagem com desenho de Goku, personagem principal da série. Ele também já comemorou com outros gestos em referência a Dragon Ball.

3. Ayrton Senna

Em 1990, a McLaren convidou Toriyama para desenhar o carro da escuderia na Fórmula 1. No lugar do piloto Ayrton Senna, ele colocou Goku. Mais tarde, Senna e o artista se conheceram, no GP da Alemanha. O japonês fez um mangá chamado “BattleMan F-1 GP”, que contou a história da prova e sobre o encontro dos dois, em uma narrativa que misturou reportagem e quadrinhos. Senna morreu em 1994.

Akira Toriyama e Ayrton Senna conheceram-se no GP da Alemanha em 1990. Foto: X/Reprodução

4. Marcos Júnior, o Kuririn

Atualmente no Sanfrecce Hiroshima, do Japão, o atacante ex-Fluminense é fã do anime. Ele já comemorou gols diversas vezes com um “Kamehameha”, uma técnica de combate usada pelos lutadores criados por Toriyama. Pela careca, o jogador já foi comparado diretamente com um personagem específico, Kuririn, que também não tem cabelo. “Eu sou fã de Dragon Ball, ontem mesmo só fui dormir depois que assisti ao último episódio de Dragon Ball Super, e a comemoração é um Kamehameha para homenagear o Goku”, contou em 2018, quando ainda jogava no Brasil.

5. Mudou até o nome para ‘ser Goku’

O meia espanhol Joan Román alterou o próprio nome devido a Dragon Ball. Em 2020, ele comunicou a mudança nas redes sociais. “Sou grato ao Joan por tudo que vivi e pelas coisas positivas e lições que isso me deu. Mas agora eu sou o Goku. Escolhi esse nome, pois me identifico com os valores dele e o que ele representa para mim: perseverança, empatia, crescimento através dos obstáculos, luz e positividade. Eu só peço para que respeitem a minha decisão como muitas pessoas já estão fazendo, sempre seguindo em frente. Muito carinho para todos vocês”, escreveu.

Aos 30 anos, Goku Roman está no Wisła Kraków, da Polônia. Ele foi formado na base do Barcelona e já passou por equipes de Portugal e da Grécia.

6. Arquibancadas de Wydad Casablanca e PSG

Um dos times mais populares do Marrocos tem a torcida inteira fã de Dragon Ball. Em 2023, um mosaico foi montado estampando Goku, com os tradicionais cabelos pretos. Quando o personagem “ativa” o modo Super Saiyajin, os cabelos ficam loiros. E isso foi mantido na arte da arquibancada.

Em Paris, a torcida do PSG fez outro mosaico, com Goku e Shenlong, o dragão do anime. A arte foi feita em 2019 e era uma referência ao sétimo título francês buscado pelo clube, assim como são sete as esferas do dragão na trama.

Referências aproximam torcedor de clubes e jogadores

A união da cultura pop com o futebol atrai ainda mais o torcedor e abre caminhos para quem não acompanha futebol ter contato com o esporte. É o que acredita o CEO da End to End, Reginaldo Diniz. “Celebrações especiais, que prestam homenagem a algo fora do futebol, seja por parte da torcida ou dos jogadores, sempre geram grande repercussão. Por (Dragon Ball) se tratar de uma série aclamada e com milhares de fãs no mundo inteiro, isso une os torcedores e gera um engajamento muito grande com a instituição”, avalia.

No sentido do marketing, explorar experiências além do jogo pode ser um caminho rentável. Léo Rizzo, CEO da Soccer Hospitality, empresa que administra camarotes em estádios, isso enriquece o evento enquanto espetáculo. “Uma partida de futebol não é só o jogo em si. É importante termos outros elementos que possam aproximar os espectadores”, explica.

O mangá de Dragon Ball teve 519 capítulos, compilados em 42 volumes. A série originou o desenho e até filmes. Incluindo produtos licenciados, franquia de mídia é uma das mais rentáveis do mundo.

O autor de Dragon Ball, Akira Toriyama, morto aos 68 anos, tinha uma relação próxima com esporte. Ele era fã declarado do piloto Ayrton Senna, morto em 1994, e chegou a fazer um desenho em homenagem à McLaren pilotada pelo brasileiro. No futebol, referências ao anime foram tomadas por jogadores em comemorações. Toriyama morreu em 1º de março, mas teve a morte anunciada apenas nesta sexta-feira, dia 8, pelo estúdio criado por ele, o Bird Studio.

A franquia Dragon Ball tem sucesso internacional e é bastante apreciada no Brasil, especialmente entre pessoas que eram crianças ou adolescentes entre o final da década de 1990 e o início dos anos 2000, quando o desenho animado começou a ser transmitido no País. O formato original da história, concebida por Toriyama, é em manga, como são chamadas as histórias em quadrinho japonesas.

O Estadão relembra seis vezes em que o principal trabalho de Toriyama e o próprio autor tiveram relação com esportes, no futebol e no automobilismo. Há referências em comemorações, chuteiras, tatuagem e até no nome usado na camisa.

1. Fusão

As comemorações de “fusão” já ganharam diferentes representantes em campo. Na trama da série, a fusão é uma técnica em que duas ou mais pessoas se unem em um só corpo. A criação do conceito foi o questionamento de Toriyama sobre o que seria mais poderoso que os Super Saiyajin, os lutadores do anime. No Brasil, a comemoração ficou famosa com Gabigol e Arrascaeta, do Flamengo. Marco Reus e Aubameyang também faziam o gesto de unir os dedos e inclinar o corpo quando jogavam no Borussia Dortmund, da Alemanha.

Gabigol e Arrascaeta repetiram a comemoração diferentes vezes ao comemorar gols pelo Flamengo. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Mais recentemente, outro exemplo aconteceu na seleção brasileira pré-olímpica. Guilherme Biro e Endrick comemoraram o gol que deu a vitória ao Brasil contra a Venezuela, por 2 a 1, da mesma forma. Nem mesmo a fusão evitou que a seleção tivesse uma campanha ruim e ficasse fora dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Endrick e Guilherme Biro comemoram gol com a fusão na seleção brasileira pré-olímpica. Foto: Joilson Marconne/CBF

2. Aubameyang

O atacante gabonês é um nome a parte na lista. Além de fazer a fusão com Reus, Aubameyang tem também uma chuteira e até uma tatuagem com desenho de Goku, personagem principal da série. Ele também já comemorou com outros gestos em referência a Dragon Ball.

3. Ayrton Senna

Em 1990, a McLaren convidou Toriyama para desenhar o carro da escuderia na Fórmula 1. No lugar do piloto Ayrton Senna, ele colocou Goku. Mais tarde, Senna e o artista se conheceram, no GP da Alemanha. O japonês fez um mangá chamado “BattleMan F-1 GP”, que contou a história da prova e sobre o encontro dos dois, em uma narrativa que misturou reportagem e quadrinhos. Senna morreu em 1994.

Akira Toriyama e Ayrton Senna conheceram-se no GP da Alemanha em 1990. Foto: X/Reprodução

4. Marcos Júnior, o Kuririn

Atualmente no Sanfrecce Hiroshima, do Japão, o atacante ex-Fluminense é fã do anime. Ele já comemorou gols diversas vezes com um “Kamehameha”, uma técnica de combate usada pelos lutadores criados por Toriyama. Pela careca, o jogador já foi comparado diretamente com um personagem específico, Kuririn, que também não tem cabelo. “Eu sou fã de Dragon Ball, ontem mesmo só fui dormir depois que assisti ao último episódio de Dragon Ball Super, e a comemoração é um Kamehameha para homenagear o Goku”, contou em 2018, quando ainda jogava no Brasil.

5. Mudou até o nome para ‘ser Goku’

O meia espanhol Joan Román alterou o próprio nome devido a Dragon Ball. Em 2020, ele comunicou a mudança nas redes sociais. “Sou grato ao Joan por tudo que vivi e pelas coisas positivas e lições que isso me deu. Mas agora eu sou o Goku. Escolhi esse nome, pois me identifico com os valores dele e o que ele representa para mim: perseverança, empatia, crescimento através dos obstáculos, luz e positividade. Eu só peço para que respeitem a minha decisão como muitas pessoas já estão fazendo, sempre seguindo em frente. Muito carinho para todos vocês”, escreveu.

Aos 30 anos, Goku Roman está no Wisła Kraków, da Polônia. Ele foi formado na base do Barcelona e já passou por equipes de Portugal e da Grécia.

6. Arquibancadas de Wydad Casablanca e PSG

Um dos times mais populares do Marrocos tem a torcida inteira fã de Dragon Ball. Em 2023, um mosaico foi montado estampando Goku, com os tradicionais cabelos pretos. Quando o personagem “ativa” o modo Super Saiyajin, os cabelos ficam loiros. E isso foi mantido na arte da arquibancada.

Em Paris, a torcida do PSG fez outro mosaico, com Goku e Shenlong, o dragão do anime. A arte foi feita em 2019 e era uma referência ao sétimo título francês buscado pelo clube, assim como são sete as esferas do dragão na trama.

Referências aproximam torcedor de clubes e jogadores

A união da cultura pop com o futebol atrai ainda mais o torcedor e abre caminhos para quem não acompanha futebol ter contato com o esporte. É o que acredita o CEO da End to End, Reginaldo Diniz. “Celebrações especiais, que prestam homenagem a algo fora do futebol, seja por parte da torcida ou dos jogadores, sempre geram grande repercussão. Por (Dragon Ball) se tratar de uma série aclamada e com milhares de fãs no mundo inteiro, isso une os torcedores e gera um engajamento muito grande com a instituição”, avalia.

No sentido do marketing, explorar experiências além do jogo pode ser um caminho rentável. Léo Rizzo, CEO da Soccer Hospitality, empresa que administra camarotes em estádios, isso enriquece o evento enquanto espetáculo. “Uma partida de futebol não é só o jogo em si. É importante termos outros elementos que possam aproximar os espectadores”, explica.

O mangá de Dragon Ball teve 519 capítulos, compilados em 42 volumes. A série originou o desenho e até filmes. Incluindo produtos licenciados, franquia de mídia é uma das mais rentáveis do mundo.

O autor de Dragon Ball, Akira Toriyama, morto aos 68 anos, tinha uma relação próxima com esporte. Ele era fã declarado do piloto Ayrton Senna, morto em 1994, e chegou a fazer um desenho em homenagem à McLaren pilotada pelo brasileiro. No futebol, referências ao anime foram tomadas por jogadores em comemorações. Toriyama morreu em 1º de março, mas teve a morte anunciada apenas nesta sexta-feira, dia 8, pelo estúdio criado por ele, o Bird Studio.

A franquia Dragon Ball tem sucesso internacional e é bastante apreciada no Brasil, especialmente entre pessoas que eram crianças ou adolescentes entre o final da década de 1990 e o início dos anos 2000, quando o desenho animado começou a ser transmitido no País. O formato original da história, concebida por Toriyama, é em manga, como são chamadas as histórias em quadrinho japonesas.

O Estadão relembra seis vezes em que o principal trabalho de Toriyama e o próprio autor tiveram relação com esportes, no futebol e no automobilismo. Há referências em comemorações, chuteiras, tatuagem e até no nome usado na camisa.

1. Fusão

As comemorações de “fusão” já ganharam diferentes representantes em campo. Na trama da série, a fusão é uma técnica em que duas ou mais pessoas se unem em um só corpo. A criação do conceito foi o questionamento de Toriyama sobre o que seria mais poderoso que os Super Saiyajin, os lutadores do anime. No Brasil, a comemoração ficou famosa com Gabigol e Arrascaeta, do Flamengo. Marco Reus e Aubameyang também faziam o gesto de unir os dedos e inclinar o corpo quando jogavam no Borussia Dortmund, da Alemanha.

Gabigol e Arrascaeta repetiram a comemoração diferentes vezes ao comemorar gols pelo Flamengo. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Mais recentemente, outro exemplo aconteceu na seleção brasileira pré-olímpica. Guilherme Biro e Endrick comemoraram o gol que deu a vitória ao Brasil contra a Venezuela, por 2 a 1, da mesma forma. Nem mesmo a fusão evitou que a seleção tivesse uma campanha ruim e ficasse fora dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Endrick e Guilherme Biro comemoram gol com a fusão na seleção brasileira pré-olímpica. Foto: Joilson Marconne/CBF

2. Aubameyang

O atacante gabonês é um nome a parte na lista. Além de fazer a fusão com Reus, Aubameyang tem também uma chuteira e até uma tatuagem com desenho de Goku, personagem principal da série. Ele também já comemorou com outros gestos em referência a Dragon Ball.

3. Ayrton Senna

Em 1990, a McLaren convidou Toriyama para desenhar o carro da escuderia na Fórmula 1. No lugar do piloto Ayrton Senna, ele colocou Goku. Mais tarde, Senna e o artista se conheceram, no GP da Alemanha. O japonês fez um mangá chamado “BattleMan F-1 GP”, que contou a história da prova e sobre o encontro dos dois, em uma narrativa que misturou reportagem e quadrinhos. Senna morreu em 1994.

Akira Toriyama e Ayrton Senna conheceram-se no GP da Alemanha em 1990. Foto: X/Reprodução

4. Marcos Júnior, o Kuririn

Atualmente no Sanfrecce Hiroshima, do Japão, o atacante ex-Fluminense é fã do anime. Ele já comemorou gols diversas vezes com um “Kamehameha”, uma técnica de combate usada pelos lutadores criados por Toriyama. Pela careca, o jogador já foi comparado diretamente com um personagem específico, Kuririn, que também não tem cabelo. “Eu sou fã de Dragon Ball, ontem mesmo só fui dormir depois que assisti ao último episódio de Dragon Ball Super, e a comemoração é um Kamehameha para homenagear o Goku”, contou em 2018, quando ainda jogava no Brasil.

5. Mudou até o nome para ‘ser Goku’

O meia espanhol Joan Román alterou o próprio nome devido a Dragon Ball. Em 2020, ele comunicou a mudança nas redes sociais. “Sou grato ao Joan por tudo que vivi e pelas coisas positivas e lições que isso me deu. Mas agora eu sou o Goku. Escolhi esse nome, pois me identifico com os valores dele e o que ele representa para mim: perseverança, empatia, crescimento através dos obstáculos, luz e positividade. Eu só peço para que respeitem a minha decisão como muitas pessoas já estão fazendo, sempre seguindo em frente. Muito carinho para todos vocês”, escreveu.

Aos 30 anos, Goku Roman está no Wisła Kraków, da Polônia. Ele foi formado na base do Barcelona e já passou por equipes de Portugal e da Grécia.

6. Arquibancadas de Wydad Casablanca e PSG

Um dos times mais populares do Marrocos tem a torcida inteira fã de Dragon Ball. Em 2023, um mosaico foi montado estampando Goku, com os tradicionais cabelos pretos. Quando o personagem “ativa” o modo Super Saiyajin, os cabelos ficam loiros. E isso foi mantido na arte da arquibancada.

Em Paris, a torcida do PSG fez outro mosaico, com Goku e Shenlong, o dragão do anime. A arte foi feita em 2019 e era uma referência ao sétimo título francês buscado pelo clube, assim como são sete as esferas do dragão na trama.

Referências aproximam torcedor de clubes e jogadores

A união da cultura pop com o futebol atrai ainda mais o torcedor e abre caminhos para quem não acompanha futebol ter contato com o esporte. É o que acredita o CEO da End to End, Reginaldo Diniz. “Celebrações especiais, que prestam homenagem a algo fora do futebol, seja por parte da torcida ou dos jogadores, sempre geram grande repercussão. Por (Dragon Ball) se tratar de uma série aclamada e com milhares de fãs no mundo inteiro, isso une os torcedores e gera um engajamento muito grande com a instituição”, avalia.

No sentido do marketing, explorar experiências além do jogo pode ser um caminho rentável. Léo Rizzo, CEO da Soccer Hospitality, empresa que administra camarotes em estádios, isso enriquece o evento enquanto espetáculo. “Uma partida de futebol não é só o jogo em si. É importante termos outros elementos que possam aproximar os espectadores”, explica.

O mangá de Dragon Ball teve 519 capítulos, compilados em 42 volumes. A série originou o desenho e até filmes. Incluindo produtos licenciados, franquia de mídia é uma das mais rentáveis do mundo.

O autor de Dragon Ball, Akira Toriyama, morto aos 68 anos, tinha uma relação próxima com esporte. Ele era fã declarado do piloto Ayrton Senna, morto em 1994, e chegou a fazer um desenho em homenagem à McLaren pilotada pelo brasileiro. No futebol, referências ao anime foram tomadas por jogadores em comemorações. Toriyama morreu em 1º de março, mas teve a morte anunciada apenas nesta sexta-feira, dia 8, pelo estúdio criado por ele, o Bird Studio.

A franquia Dragon Ball tem sucesso internacional e é bastante apreciada no Brasil, especialmente entre pessoas que eram crianças ou adolescentes entre o final da década de 1990 e o início dos anos 2000, quando o desenho animado começou a ser transmitido no País. O formato original da história, concebida por Toriyama, é em manga, como são chamadas as histórias em quadrinho japonesas.

O Estadão relembra seis vezes em que o principal trabalho de Toriyama e o próprio autor tiveram relação com esportes, no futebol e no automobilismo. Há referências em comemorações, chuteiras, tatuagem e até no nome usado na camisa.

1. Fusão

As comemorações de “fusão” já ganharam diferentes representantes em campo. Na trama da série, a fusão é uma técnica em que duas ou mais pessoas se unem em um só corpo. A criação do conceito foi o questionamento de Toriyama sobre o que seria mais poderoso que os Super Saiyajin, os lutadores do anime. No Brasil, a comemoração ficou famosa com Gabigol e Arrascaeta, do Flamengo. Marco Reus e Aubameyang também faziam o gesto de unir os dedos e inclinar o corpo quando jogavam no Borussia Dortmund, da Alemanha.

Gabigol e Arrascaeta repetiram a comemoração diferentes vezes ao comemorar gols pelo Flamengo. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Mais recentemente, outro exemplo aconteceu na seleção brasileira pré-olímpica. Guilherme Biro e Endrick comemoraram o gol que deu a vitória ao Brasil contra a Venezuela, por 2 a 1, da mesma forma. Nem mesmo a fusão evitou que a seleção tivesse uma campanha ruim e ficasse fora dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Endrick e Guilherme Biro comemoram gol com a fusão na seleção brasileira pré-olímpica. Foto: Joilson Marconne/CBF

2. Aubameyang

O atacante gabonês é um nome a parte na lista. Além de fazer a fusão com Reus, Aubameyang tem também uma chuteira e até uma tatuagem com desenho de Goku, personagem principal da série. Ele também já comemorou com outros gestos em referência a Dragon Ball.

3. Ayrton Senna

Em 1990, a McLaren convidou Toriyama para desenhar o carro da escuderia na Fórmula 1. No lugar do piloto Ayrton Senna, ele colocou Goku. Mais tarde, Senna e o artista se conheceram, no GP da Alemanha. O japonês fez um mangá chamado “BattleMan F-1 GP”, que contou a história da prova e sobre o encontro dos dois, em uma narrativa que misturou reportagem e quadrinhos. Senna morreu em 1994.

Akira Toriyama e Ayrton Senna conheceram-se no GP da Alemanha em 1990. Foto: X/Reprodução

4. Marcos Júnior, o Kuririn

Atualmente no Sanfrecce Hiroshima, do Japão, o atacante ex-Fluminense é fã do anime. Ele já comemorou gols diversas vezes com um “Kamehameha”, uma técnica de combate usada pelos lutadores criados por Toriyama. Pela careca, o jogador já foi comparado diretamente com um personagem específico, Kuririn, que também não tem cabelo. “Eu sou fã de Dragon Ball, ontem mesmo só fui dormir depois que assisti ao último episódio de Dragon Ball Super, e a comemoração é um Kamehameha para homenagear o Goku”, contou em 2018, quando ainda jogava no Brasil.

5. Mudou até o nome para ‘ser Goku’

O meia espanhol Joan Román alterou o próprio nome devido a Dragon Ball. Em 2020, ele comunicou a mudança nas redes sociais. “Sou grato ao Joan por tudo que vivi e pelas coisas positivas e lições que isso me deu. Mas agora eu sou o Goku. Escolhi esse nome, pois me identifico com os valores dele e o que ele representa para mim: perseverança, empatia, crescimento através dos obstáculos, luz e positividade. Eu só peço para que respeitem a minha decisão como muitas pessoas já estão fazendo, sempre seguindo em frente. Muito carinho para todos vocês”, escreveu.

Aos 30 anos, Goku Roman está no Wisła Kraków, da Polônia. Ele foi formado na base do Barcelona e já passou por equipes de Portugal e da Grécia.

6. Arquibancadas de Wydad Casablanca e PSG

Um dos times mais populares do Marrocos tem a torcida inteira fã de Dragon Ball. Em 2023, um mosaico foi montado estampando Goku, com os tradicionais cabelos pretos. Quando o personagem “ativa” o modo Super Saiyajin, os cabelos ficam loiros. E isso foi mantido na arte da arquibancada.

Em Paris, a torcida do PSG fez outro mosaico, com Goku e Shenlong, o dragão do anime. A arte foi feita em 2019 e era uma referência ao sétimo título francês buscado pelo clube, assim como são sete as esferas do dragão na trama.

Referências aproximam torcedor de clubes e jogadores

A união da cultura pop com o futebol atrai ainda mais o torcedor e abre caminhos para quem não acompanha futebol ter contato com o esporte. É o que acredita o CEO da End to End, Reginaldo Diniz. “Celebrações especiais, que prestam homenagem a algo fora do futebol, seja por parte da torcida ou dos jogadores, sempre geram grande repercussão. Por (Dragon Ball) se tratar de uma série aclamada e com milhares de fãs no mundo inteiro, isso une os torcedores e gera um engajamento muito grande com a instituição”, avalia.

No sentido do marketing, explorar experiências além do jogo pode ser um caminho rentável. Léo Rizzo, CEO da Soccer Hospitality, empresa que administra camarotes em estádios, isso enriquece o evento enquanto espetáculo. “Uma partida de futebol não é só o jogo em si. É importante termos outros elementos que possam aproximar os espectadores”, explica.

O mangá de Dragon Ball teve 519 capítulos, compilados em 42 volumes. A série originou o desenho e até filmes. Incluindo produtos licenciados, franquia de mídia é uma das mais rentáveis do mundo.

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