Ana Moser assume Ministério do Esporte e fala em diminuir desigualdade no acesso à prática esportiva


Ex-jogadora de vôlei de 54 anos tomou posse nesta quarta-feira, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília

Por Rodrigo Sampaio
Atualização:

A ex-jogadora de vôlei Ana Moser tomou posse, nesta quarta-feira, como ministra do Esporte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em solenidade na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a ex-atleta de 54 anos afirmou que a principal missão da pasta será diminuir a desigualdade no acesso à prática esportiva no País, invertendo o foco do setor no esporte de rendimento e garantindo o direito constitucional. “Missão mais difícil que Brasil x Cuba”, brincou, relembrando a rivalidade histórica entre as seleções no vôlei.

O Ministério do Esporte foi rebaixado no governo de Jair Bolsonaro (PL), sendo incorporado ao da Cidadania. Durante a campanha, Lula assumiu o compromisso de recriar a pasta. Segundo Ana Moser, ela foi procurada pelo petista para fazer uma “revolução” na área, atrelando o esporte à educação, saúde e assistência social, para que mais pessoas se beneficiem da prática esportiva em todos os sentidos possíveis. O desenvolvimento do esporte amador também está em pauta.

Ana Moser durante a posse do presidente Lula, no dia 1º de novembro.  Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO CONTEUDO
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“Quando conversamos houve muito entendimento. É uma pessoa que entende na pele o que é o esporte”, disse Ana, recordando a experiência de Lula como jogador na várzea de São Paulo. “Esse sempre foi um desafio: como sensibilizar as lideranças para entender o potencial do esporte. É preciso desenvolver a cultura da prática motora nas famílias e nos bairros.”

Primeira mulher na história a assumir o ministério, Ana Moser afirmou que o seu grande desafio à frente do Ministério do Esporte será a implantação de uma estrutura no País para atender o máximo de cidadãos. Segundo ela, as metas da pasta serão negociadas no Plano Nacional do Esporte (PNEsporte). mas não serão alcançadas durante o seu mandato de quatro anos porque a defasagem no acesso ao esporte no Brasil é “muito grande”.

“Precisamos estabelecer metas factíveis, conquistando aos poucos o território nacional, estabelecendo essa estrutura por centros de redes, articulando com instituições e projetos que estejam alinhadas com o incentivo da prática do esporte”, disse a ministra. "

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“Temos essa cultura (do Esporte) no País, mas, dependemos da sorte para ter acesso. Não temos noção do total da população que pratica esporte. Será necessário construir uma união com outras pastas, como Saúde e Educação.”

O Ministério do Esporte sofreu com seguidas perdas no orçamento ao longo dos últimos anos. O Bolsa Atleta, programa carro-chefe do ministério criado durante a primeira gestão de Lula, não tem reajuste desde 2015 e não teve edital lançado pela União em 2020. Ana Moser afirmou que irá manter diálogo aberto com órgãos e atletas por meio da Secretaria de Esporte e Rendimento, chefiada pela ex-jogadora de basquete Marta Sobral. A ministra disse ainda que, no futebol, irá abrir diálogo com as torcidas organizadas, citando a função social destes grupos.

Ao final da cerimônia, Ana Moser fez uma menção à Pelé, falecido no último dia 29 de dezembro, aos 82 anos. Ela fez um apelo para que o nome do Rei do Futebol batize escolas espalhadas pelo Brasil. “Assim, os alunos dessas escolas vão conhecer a história do Pelé e a história do Esporte”. Também foram lembrados a ex-jogadora de vôlei Isabel Salgado, que faz parte do Grupo Técnico de de Esporte do grupo de transição do governo Lula e faleceu em novembro, e Sócrates, ídolo do Corinthians.

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Ana Moser é fundadora do Instituto Esporte e Educação (IEE), ONG criada em 2001 com objetivo de atender crianças e adolescentes com uma metodologia de esporte educacional, além de formar professores e estagiários. O órgão nasceu do projeto Ana Moser Sports, que visava a formação de atletas baseado no ensino de vôlei em escolas públicas e privadas.

CARREIRA VITORIOSA NAS QUADRAS

Natural de Blumenau, Santa Catarina, Ana Moser foi titular da seleção brasileira de vôlei feminino nas Olimpíadas de Seul, com apenas 20 anos de idade. Participou também dos Jogos de Barcelona, em 1992, e quatro anos mais tarde conquistou o bronze em Atlanta. Ela também ajudou o Brasil a levar o ouro três vezes no extinto Grand Prix de Voleibol (1994, 1996 e 1998), e foi prata no Pan de Havana (1991).

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Ponteira de extrema força física, Ana Moser conviveu com lesões durante a carreira. Abandonou as quadras em 1999, quatro anos depois de sofrer grave lesão no joelho. Trabalhou como auxiliar do técnico José Roberto Guimarães na Copa do Mundo de 2003 e foi eternizada no Hall da Fama do Vôlei, em 2009.

Além do trabalho no IEE, a ex-jogadora atuou como comentarista nos canais ESPN, Bandeirantes e Rede TV. Além disso, também escreveu o livro “Ana Moser: pelas minhas mãos”, no qual conta a sua trajetória dentro das quadras ao longo de 15 anos de carreira profissional.

A ex-jogadora de vôlei Ana Moser tomou posse, nesta quarta-feira, como ministra do Esporte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em solenidade na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a ex-atleta de 54 anos afirmou que a principal missão da pasta será diminuir a desigualdade no acesso à prática esportiva no País, invertendo o foco do setor no esporte de rendimento e garantindo o direito constitucional. “Missão mais difícil que Brasil x Cuba”, brincou, relembrando a rivalidade histórica entre as seleções no vôlei.

O Ministério do Esporte foi rebaixado no governo de Jair Bolsonaro (PL), sendo incorporado ao da Cidadania. Durante a campanha, Lula assumiu o compromisso de recriar a pasta. Segundo Ana Moser, ela foi procurada pelo petista para fazer uma “revolução” na área, atrelando o esporte à educação, saúde e assistência social, para que mais pessoas se beneficiem da prática esportiva em todos os sentidos possíveis. O desenvolvimento do esporte amador também está em pauta.

Ana Moser durante a posse do presidente Lula, no dia 1º de novembro.  Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO CONTEUDO

“Quando conversamos houve muito entendimento. É uma pessoa que entende na pele o que é o esporte”, disse Ana, recordando a experiência de Lula como jogador na várzea de São Paulo. “Esse sempre foi um desafio: como sensibilizar as lideranças para entender o potencial do esporte. É preciso desenvolver a cultura da prática motora nas famílias e nos bairros.”

Primeira mulher na história a assumir o ministério, Ana Moser afirmou que o seu grande desafio à frente do Ministério do Esporte será a implantação de uma estrutura no País para atender o máximo de cidadãos. Segundo ela, as metas da pasta serão negociadas no Plano Nacional do Esporte (PNEsporte). mas não serão alcançadas durante o seu mandato de quatro anos porque a defasagem no acesso ao esporte no Brasil é “muito grande”.

“Precisamos estabelecer metas factíveis, conquistando aos poucos o território nacional, estabelecendo essa estrutura por centros de redes, articulando com instituições e projetos que estejam alinhadas com o incentivo da prática do esporte”, disse a ministra. "

“Temos essa cultura (do Esporte) no País, mas, dependemos da sorte para ter acesso. Não temos noção do total da população que pratica esporte. Será necessário construir uma união com outras pastas, como Saúde e Educação.”

O Ministério do Esporte sofreu com seguidas perdas no orçamento ao longo dos últimos anos. O Bolsa Atleta, programa carro-chefe do ministério criado durante a primeira gestão de Lula, não tem reajuste desde 2015 e não teve edital lançado pela União em 2020. Ana Moser afirmou que irá manter diálogo aberto com órgãos e atletas por meio da Secretaria de Esporte e Rendimento, chefiada pela ex-jogadora de basquete Marta Sobral. A ministra disse ainda que, no futebol, irá abrir diálogo com as torcidas organizadas, citando a função social destes grupos.

Ao final da cerimônia, Ana Moser fez uma menção à Pelé, falecido no último dia 29 de dezembro, aos 82 anos. Ela fez um apelo para que o nome do Rei do Futebol batize escolas espalhadas pelo Brasil. “Assim, os alunos dessas escolas vão conhecer a história do Pelé e a história do Esporte”. Também foram lembrados a ex-jogadora de vôlei Isabel Salgado, que faz parte do Grupo Técnico de de Esporte do grupo de transição do governo Lula e faleceu em novembro, e Sócrates, ídolo do Corinthians.

Ana Moser é fundadora do Instituto Esporte e Educação (IEE), ONG criada em 2001 com objetivo de atender crianças e adolescentes com uma metodologia de esporte educacional, além de formar professores e estagiários. O órgão nasceu do projeto Ana Moser Sports, que visava a formação de atletas baseado no ensino de vôlei em escolas públicas e privadas.

CARREIRA VITORIOSA NAS QUADRAS

Natural de Blumenau, Santa Catarina, Ana Moser foi titular da seleção brasileira de vôlei feminino nas Olimpíadas de Seul, com apenas 20 anos de idade. Participou também dos Jogos de Barcelona, em 1992, e quatro anos mais tarde conquistou o bronze em Atlanta. Ela também ajudou o Brasil a levar o ouro três vezes no extinto Grand Prix de Voleibol (1994, 1996 e 1998), e foi prata no Pan de Havana (1991).

Ponteira de extrema força física, Ana Moser conviveu com lesões durante a carreira. Abandonou as quadras em 1999, quatro anos depois de sofrer grave lesão no joelho. Trabalhou como auxiliar do técnico José Roberto Guimarães na Copa do Mundo de 2003 e foi eternizada no Hall da Fama do Vôlei, em 2009.

Além do trabalho no IEE, a ex-jogadora atuou como comentarista nos canais ESPN, Bandeirantes e Rede TV. Além disso, também escreveu o livro “Ana Moser: pelas minhas mãos”, no qual conta a sua trajetória dentro das quadras ao longo de 15 anos de carreira profissional.

A ex-jogadora de vôlei Ana Moser tomou posse, nesta quarta-feira, como ministra do Esporte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em solenidade na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a ex-atleta de 54 anos afirmou que a principal missão da pasta será diminuir a desigualdade no acesso à prática esportiva no País, invertendo o foco do setor no esporte de rendimento e garantindo o direito constitucional. “Missão mais difícil que Brasil x Cuba”, brincou, relembrando a rivalidade histórica entre as seleções no vôlei.

O Ministério do Esporte foi rebaixado no governo de Jair Bolsonaro (PL), sendo incorporado ao da Cidadania. Durante a campanha, Lula assumiu o compromisso de recriar a pasta. Segundo Ana Moser, ela foi procurada pelo petista para fazer uma “revolução” na área, atrelando o esporte à educação, saúde e assistência social, para que mais pessoas se beneficiem da prática esportiva em todos os sentidos possíveis. O desenvolvimento do esporte amador também está em pauta.

Ana Moser durante a posse do presidente Lula, no dia 1º de novembro.  Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO CONTEUDO

“Quando conversamos houve muito entendimento. É uma pessoa que entende na pele o que é o esporte”, disse Ana, recordando a experiência de Lula como jogador na várzea de São Paulo. “Esse sempre foi um desafio: como sensibilizar as lideranças para entender o potencial do esporte. É preciso desenvolver a cultura da prática motora nas famílias e nos bairros.”

Primeira mulher na história a assumir o ministério, Ana Moser afirmou que o seu grande desafio à frente do Ministério do Esporte será a implantação de uma estrutura no País para atender o máximo de cidadãos. Segundo ela, as metas da pasta serão negociadas no Plano Nacional do Esporte (PNEsporte). mas não serão alcançadas durante o seu mandato de quatro anos porque a defasagem no acesso ao esporte no Brasil é “muito grande”.

“Precisamos estabelecer metas factíveis, conquistando aos poucos o território nacional, estabelecendo essa estrutura por centros de redes, articulando com instituições e projetos que estejam alinhadas com o incentivo da prática do esporte”, disse a ministra. "

“Temos essa cultura (do Esporte) no País, mas, dependemos da sorte para ter acesso. Não temos noção do total da população que pratica esporte. Será necessário construir uma união com outras pastas, como Saúde e Educação.”

O Ministério do Esporte sofreu com seguidas perdas no orçamento ao longo dos últimos anos. O Bolsa Atleta, programa carro-chefe do ministério criado durante a primeira gestão de Lula, não tem reajuste desde 2015 e não teve edital lançado pela União em 2020. Ana Moser afirmou que irá manter diálogo aberto com órgãos e atletas por meio da Secretaria de Esporte e Rendimento, chefiada pela ex-jogadora de basquete Marta Sobral. A ministra disse ainda que, no futebol, irá abrir diálogo com as torcidas organizadas, citando a função social destes grupos.

Ao final da cerimônia, Ana Moser fez uma menção à Pelé, falecido no último dia 29 de dezembro, aos 82 anos. Ela fez um apelo para que o nome do Rei do Futebol batize escolas espalhadas pelo Brasil. “Assim, os alunos dessas escolas vão conhecer a história do Pelé e a história do Esporte”. Também foram lembrados a ex-jogadora de vôlei Isabel Salgado, que faz parte do Grupo Técnico de de Esporte do grupo de transição do governo Lula e faleceu em novembro, e Sócrates, ídolo do Corinthians.

Ana Moser é fundadora do Instituto Esporte e Educação (IEE), ONG criada em 2001 com objetivo de atender crianças e adolescentes com uma metodologia de esporte educacional, além de formar professores e estagiários. O órgão nasceu do projeto Ana Moser Sports, que visava a formação de atletas baseado no ensino de vôlei em escolas públicas e privadas.

CARREIRA VITORIOSA NAS QUADRAS

Natural de Blumenau, Santa Catarina, Ana Moser foi titular da seleção brasileira de vôlei feminino nas Olimpíadas de Seul, com apenas 20 anos de idade. Participou também dos Jogos de Barcelona, em 1992, e quatro anos mais tarde conquistou o bronze em Atlanta. Ela também ajudou o Brasil a levar o ouro três vezes no extinto Grand Prix de Voleibol (1994, 1996 e 1998), e foi prata no Pan de Havana (1991).

Ponteira de extrema força física, Ana Moser conviveu com lesões durante a carreira. Abandonou as quadras em 1999, quatro anos depois de sofrer grave lesão no joelho. Trabalhou como auxiliar do técnico José Roberto Guimarães na Copa do Mundo de 2003 e foi eternizada no Hall da Fama do Vôlei, em 2009.

Além do trabalho no IEE, a ex-jogadora atuou como comentarista nos canais ESPN, Bandeirantes e Rede TV. Além disso, também escreveu o livro “Ana Moser: pelas minhas mãos”, no qual conta a sua trajetória dentro das quadras ao longo de 15 anos de carreira profissional.

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