O Figueirense aparecia como o coadjuvante ideal para o Corinthians consolidar liderança e festejar o título simbólico do primeiro turno. O time catarinense, em 8 apresentações como visitante, tinha perdido 5, além de dois empates e só uma vitória. Retrospecto pra lá de ruim. Mas, como em geral no futebol não se perde nem se ganha de véspera, prevaleceu a surpresa.
Tite apostou no time que no meio de semana havia feito 3 a 2 no Atlético-MG de virada. Isso significava ter Alex e Danilo a cadenciar o meio-campo, além de Jorge Henrique e Liedson à frente. O Corinthians pressionou, como era de se esperar. Mas, como não era tão previsto, o Figueirense teve eficiência acima da média na marcação. Segurou o rojão o quanto pôde e, num contragolpe, ficou em vantagem, com Wellington Nem aos 34 minutos.
O temor de ver repetido o filme de jogos contra Avaí e Ceará, por exemplo, fez com que Tite se coçasse e mexesse no time. Weldinho saiu para a entrada de Emerson (Jorge Henrique ficou mais recuado pela ala esquerda), enquanto Willian substituía Danilo (mais lento neste sábado). Claro que houve carga alvinegra, com várias finalizações de Alex e Willian.E o Figueirense firme, corajoso, a aguentar o tranco.
Já nos acréscimos, com o Corinthians no desespero para chegar pelo menos ao empate, o Figueira partiu para o contra-ataque rápido, Júlio César mandou bola na trave defendida pelo xará. No rebote, Pittoni bateu livre para fazer 2 a 0. Decepção corintiana e algumas vaias da torcida. A festa ainda pode ser feita, mas no mínimo pode ficar adiada por uma semana, a depender dos resultados deste domingo.