O Palmeiras ganhou do Joinville por 3 a 2, voltou ao G4, embora continue muito distante do líder Corinthians. A partida foi movimentada, agradável e com surpresas para o público. Mas quem roubou a cena foi um jovem (Gabriel Jesus) e um vovô da bola (Marcelinho Paraíba). Cada um fez dois gols e ainda teve participação importante no desempenho das respectivas equipes.
O começo foi para o garoto. Com menos de um minuto, Gabriel abriu o placar e dava a impressão de que seria vitória fácil. Sensação que aumentou com o gol de Dudu. Pronto, parecia conversa liquidada. A questão seria ver de quanto seria a goleada e a farra palestrina.
Daí entrou em cena a experiência. O quarentão Marcelinho diminuiu, numa falha conjunta da defesa palmeirense, e menos de dois minutos depois, empatava, ao aproveitar bate-rebate da zaga. Com sentido de colocação perfeito, recolocou a equipe dele na briga. E fez correr vento frio nas arquibancadas.
O roteiro de tropeços diante de times em situação inferior na tabela só não se consolidou para o Palmeiras porque, no segundo tempo, outra vez apareceu o oportunismo de Gabriel Jesus, para marcar o terceiro. Gol que garantiu o resultado, trouxe alívio e jogou a jovem promessa nos braços da torcida. Pouco depois, sentiu cãibras fortes e teve de sair - deu lugar para Thiago Santos, o estreante do dia.
O pecado do Palmeiras continua a ser a oscilação. Impressionante como diminui o ritmo, como se retrai, depois que obtém vantagens. Não se trata de estratégia, mas de vício, defeito mesmo. Em diversas ocasiões, se deu mal com isso e quase viu o filme repetir-se contra o rival catarinense.
O meio-campo também não mostra a estabilidade de rodadas atrás e sente ausência de Gabriel e Arouca. O paraguaio Lucas Barrios teve atuação discreta (mandou uma bola na trave) e foi trocado por Alecsandro. Mudança estranha, porque até agora Alecsandro não correspondeu no Palmeiras.