(Viramundo) Esportes daqui e dali

O craque, o goleiro, a definição


Pênalti, meu amigo, é coisa séria. Momento que consagra ou arrasa, que ergue ou destrói mitos. Ainda mais em decisão de campeonato. Nessas horas, necessariamente haverá um herói e um vilão. Não tem escolha, não existe meio-termo. Sem alternativa. Sem saída.

Por Antero Greco

Numa hora, ocorrerá o erro - a bola na trave, pra fora, por cima chutada pelo batedor. Ou o goleiro que a deixou passar por baixo do corpo. Ou, o que é muito costumeiro, o próprio goleiro que cresceu na frente do cobrador, virou monstro, agarrou, espalmou, mandou o perigo para longe. Garantiu o troféu, arrasou o adversário.

Pois foi esta última imagem que prevaleceu na noite da quarta-feira no Mineirão. Depois do 0 a 0 no tempo normal, com esporádicas jogadas de maior emoção, Cruzeiro e Flamengo foram no tira-teima das penalidades para ver quem ficava com a Copa do Brasil.

A turma celeste foi impecável nas finalizações - cinco cobranças, cinco gols. Os rubro-negros falharam uma, a terceira, na batida de Diego que desviou nas mãos de Fábio. 5 a 3, Cruzeiro pentacampeão. O maior de todos, que de novo se junta ao Grêmio. O Fla ficou no quase. O goleiro saiu como destaque, o craque, o regente rubro-negro, baixou a cabeça...

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Foi o fecho de um duelo amarrado, em que nenhum dos dois lados se arriscou. Desde o primeiro minuto, predominou a cautela. Parecia que um e outro sabiam que o menor vacilo seria suficiente para selar a sorte do jogo. O Fla esboçou impor-se nos primeiros minutos, tocou a bola, foi à frente. O Cruzeiro controlou os nervos e aos poucos se soltou.

Equilíbrio, marcação forte de lado a lado, porém sem truculência, tampouco catimba. Só mais cadência e olho vivo. Muralha e Fábio apareceram pouco, passaram batidos - ou perto disso. Já mais perto dos minutos finais, Guerrero fez jogada individual e testou os reflexos do indestrutível goleiro da Raposa. Fábio desviou para escanteio.

E só. O Cruzeiro finalizou pouco, assim como o Flamengo. Diego não brilhou - e, ainda por cima, perdeu a chance dele. Thiago Neves também esteve aquém do habitual, no Cruzeiro. Compensou com o fecho de ouro na quinta cobrança de pênaltis. As duas equipes se ressentiram de jogadas arquitetadas por seus maestros.

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Defesas não comprometeram, os meias foram bem, os atacantes andaram no ostracismo. Poderia ter sido uma final mais intensa, com muitos "ohhhsss!" das torcidas. Foi discreta, embora com a tensão implícita em todo jogo desse quilate.

Deu Cruzeiro, primeiro brasileiro já garantido na Libertadores de 2018. Ao Fla, resta a Sul-Americana para ainda neste ano fazer uma festa de título. Se serve como consolo...

 

Numa hora, ocorrerá o erro - a bola na trave, pra fora, por cima chutada pelo batedor. Ou o goleiro que a deixou passar por baixo do corpo. Ou, o que é muito costumeiro, o próprio goleiro que cresceu na frente do cobrador, virou monstro, agarrou, espalmou, mandou o perigo para longe. Garantiu o troféu, arrasou o adversário.

Pois foi esta última imagem que prevaleceu na noite da quarta-feira no Mineirão. Depois do 0 a 0 no tempo normal, com esporádicas jogadas de maior emoção, Cruzeiro e Flamengo foram no tira-teima das penalidades para ver quem ficava com a Copa do Brasil.

A turma celeste foi impecável nas finalizações - cinco cobranças, cinco gols. Os rubro-negros falharam uma, a terceira, na batida de Diego que desviou nas mãos de Fábio. 5 a 3, Cruzeiro pentacampeão. O maior de todos, que de novo se junta ao Grêmio. O Fla ficou no quase. O goleiro saiu como destaque, o craque, o regente rubro-negro, baixou a cabeça...

Foi o fecho de um duelo amarrado, em que nenhum dos dois lados se arriscou. Desde o primeiro minuto, predominou a cautela. Parecia que um e outro sabiam que o menor vacilo seria suficiente para selar a sorte do jogo. O Fla esboçou impor-se nos primeiros minutos, tocou a bola, foi à frente. O Cruzeiro controlou os nervos e aos poucos se soltou.

Equilíbrio, marcação forte de lado a lado, porém sem truculência, tampouco catimba. Só mais cadência e olho vivo. Muralha e Fábio apareceram pouco, passaram batidos - ou perto disso. Já mais perto dos minutos finais, Guerrero fez jogada individual e testou os reflexos do indestrutível goleiro da Raposa. Fábio desviou para escanteio.

E só. O Cruzeiro finalizou pouco, assim como o Flamengo. Diego não brilhou - e, ainda por cima, perdeu a chance dele. Thiago Neves também esteve aquém do habitual, no Cruzeiro. Compensou com o fecho de ouro na quinta cobrança de pênaltis. As duas equipes se ressentiram de jogadas arquitetadas por seus maestros.

Defesas não comprometeram, os meias foram bem, os atacantes andaram no ostracismo. Poderia ter sido uma final mais intensa, com muitos "ohhhsss!" das torcidas. Foi discreta, embora com a tensão implícita em todo jogo desse quilate.

Deu Cruzeiro, primeiro brasileiro já garantido na Libertadores de 2018. Ao Fla, resta a Sul-Americana para ainda neste ano fazer uma festa de título. Se serve como consolo...

 

Numa hora, ocorrerá o erro - a bola na trave, pra fora, por cima chutada pelo batedor. Ou o goleiro que a deixou passar por baixo do corpo. Ou, o que é muito costumeiro, o próprio goleiro que cresceu na frente do cobrador, virou monstro, agarrou, espalmou, mandou o perigo para longe. Garantiu o troféu, arrasou o adversário.

Pois foi esta última imagem que prevaleceu na noite da quarta-feira no Mineirão. Depois do 0 a 0 no tempo normal, com esporádicas jogadas de maior emoção, Cruzeiro e Flamengo foram no tira-teima das penalidades para ver quem ficava com a Copa do Brasil.

A turma celeste foi impecável nas finalizações - cinco cobranças, cinco gols. Os rubro-negros falharam uma, a terceira, na batida de Diego que desviou nas mãos de Fábio. 5 a 3, Cruzeiro pentacampeão. O maior de todos, que de novo se junta ao Grêmio. O Fla ficou no quase. O goleiro saiu como destaque, o craque, o regente rubro-negro, baixou a cabeça...

Foi o fecho de um duelo amarrado, em que nenhum dos dois lados se arriscou. Desde o primeiro minuto, predominou a cautela. Parecia que um e outro sabiam que o menor vacilo seria suficiente para selar a sorte do jogo. O Fla esboçou impor-se nos primeiros minutos, tocou a bola, foi à frente. O Cruzeiro controlou os nervos e aos poucos se soltou.

Equilíbrio, marcação forte de lado a lado, porém sem truculência, tampouco catimba. Só mais cadência e olho vivo. Muralha e Fábio apareceram pouco, passaram batidos - ou perto disso. Já mais perto dos minutos finais, Guerrero fez jogada individual e testou os reflexos do indestrutível goleiro da Raposa. Fábio desviou para escanteio.

E só. O Cruzeiro finalizou pouco, assim como o Flamengo. Diego não brilhou - e, ainda por cima, perdeu a chance dele. Thiago Neves também esteve aquém do habitual, no Cruzeiro. Compensou com o fecho de ouro na quinta cobrança de pênaltis. As duas equipes se ressentiram de jogadas arquitetadas por seus maestros.

Defesas não comprometeram, os meias foram bem, os atacantes andaram no ostracismo. Poderia ter sido uma final mais intensa, com muitos "ohhhsss!" das torcidas. Foi discreta, embora com a tensão implícita em todo jogo desse quilate.

Deu Cruzeiro, primeiro brasileiro já garantido na Libertadores de 2018. Ao Fla, resta a Sul-Americana para ainda neste ano fazer uma festa de título. Se serve como consolo...

 

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