O encantamento, no entanto, parece que evaporou, depois das finais nervosas do torneio continental, nos duelos com o Peñarol. A equipe entrou em parafuso e não se acerta mais, a ponto de acumular 7 derrotas em 14 apresentações no Campeonato Brasileiro. Ou seja, perdeu 50% dos jogos que disputou. No início, havia desculpa de cansaço, ressaca, jogadores esgotados. Depois, vieram contusões e ausências prolongadas por causa de seleções - aprincipal e a sub-20. Boa vontade de público e de crítica não faltou.
Agora, qual a explicação sensata para o futebol insosso, burocrático, sonolento que o time tem apresentado? Nenhuma. Não adiantam a cara feia e as respostas atravessadas de Muricy Ramalho. O jeito ranzinza do técnico, neste momento, não cola, não serve para calar críticos. A única resposta válida seria em campo, e esta também o Santos tem negado.
O campeão da América decepciona, se arrasta e passa a impressão de indolência, como se viu nos 2 a 0 para o Atlético-GO, na noite deste sábado. Quem acompanhou o jogo no Serra Dourada e não estava avisado, deve ter pensado que se tratava de amistoso. Praticamente ninguém se salvou e houve decepções maiores, como Ganso. Aliás, onde anda a arte extraordinária desse rapaz? Não pode ter sumido com a cirurgia no joelho.
Melhor para o Atlético, que pressionou pouco no primeiro tempo, mas se encheu de coragem no segundo, ao perceber a fragilidade atual do rival. Tanto que foi pra cima e ficou em vantagem com Anselmo aos 24 minutos. Animado, forçou mais um pouco e fez o segundo, com Diogo Campos, aos 34. Os goianos respiram, os santistas inspiram... cuidados.