(Viramundo) Esportes daqui e dali

Vibração incômoda


A alegria do árbitro, ao final de São Paulo x Grêmio, foi criticada, quando deveria ser exaltada

Por Antero Greco

Espinafrar juiz é lei de ouro no futebol.Sua senhoria recebe insultos ao botar os pés no gramado. Pouco importa se terá desempenho exemplar; por antemão, o torcedor está convencido de que alguma aprontará. Nada lhe tira da cabeça que a tarefa do homem de preto (ou amarelo, azul, cor de rosa) será a de prejudicar o time. Enfim, não há ninguém no universo da bola mais azucrinado do que o mediador, estraga-prazeres por definição.  Agora, esculachar árbitro por causa de alegria é o fim da picada. Pois isso ocorreu com Ricardo Marques Ribeiro. O rapaz apitou – e bem – o duelo entre São Paulo e Grêmio (1 a 1), anteontem à noite, no Morumbi lotado, no encerramento da rodada número 16 do Brasileiro. Tão logo apontou o centro do campo ergueu os punhos, vibrou como se tivesse marcado um gol, fez o sinal da cruz, chamou os auxiliares e os cumprimentou com entusiasmo. Cena bonita, rara, diferente, de espontaneidade exemplar. Diria comovente, atitude de iniciante numa profissão. E, também, sinal da tensão que carregou por trabalhar num jogo importante, entre duas equipes em situação oposta na competição. Desempenho neutro, como se esperava do apitador, sem margem para reclamações.  Pois teve gente – e não foi pouca – que cornetou a atitude de Ricardo Ribeiro. O gesto dele virou “meme” em redes sociais, mereceu restrições, no mínimo por “ser exagerado”. Fora as alusões um tanto gaiatas de que festejou porque o placar beneficiou o Corinthians, cada vez mais líder do torneio, agora 8 pontos à frente do Grêmio. Vivemos fase estranha, em que se vigiam os passos de qualquer pessoa. Câmeras, celulares, dedos nervosos nas mídias estão a postos para registrar, divulgar, “printar’’, compartilhar absolutamente tudo. E para rotular, classificar, desqualificar, adjetivar o pobre vivente. Para julgamento sumário. O rigor cresce se, por algum motivo, o alvo da fúria santa tem certa visibilidade.  O árbitro merece elogios por externar emoção, pelo envolvimento com a atividade, pela alegria. Parabéns. Agora, quando pisar na bola... aí, querido, aguenta a bronca. Porque você sabe, juiz de futebol é isso, é aquilo, etc...

Alívio tricolor?

A propósito ainda do empate da segunda-feira entre tricolores. Há duas formas de enxergá-lo, no que se refere ao São Paulo. A primeira, negativa, dá conta de que permanece na zona de rebaixamento. A segunda, mais pra cima, detecta que houve progresso, pois em dois jogos foram conquistados quatro pontos (vitória sobre o Vasco na quarta), ou 25% do total acumulado até o momento na Série A. Fico com a segunda opção. Dorival Júnior acabou de chegar, continua a tatear o ambiente novo e a observar o elenco de que dispõe. O São Paulo está longe do ideal, porém mostrou mais equilíbrio tático e autocontrole. Pode sonhar com a permanência na elite.

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Hora verde?

O Palmeiras depara-se, logo mais, com outro episódio crucial na temporada. O tira-teima com o Cruzeiro, no Mineirão, não tem meio-termo, é vai ou racha na tentativa de alcançar conquistas no ano. A Copa do Brasil passou a ter peso imenso, na estratégia do clube, uma vez que capenga na briga pelo Brasileiro, a 14 pontos de distância dos corintianos. Eventual desclassificação reduz as esperanças verdes para a Libertadores, na qual também está em desvantagem. Ou seja, Cuca e rapazes vão submeter-se a teste azedo, após o empate maluco e heroico por 3 a 3 em casa. O treinador escala o que tem de melhor, e ainda assim é praticamente formação inédita. Salvo engano, não houve repetição do Palmeiras, não existe até agora aquela que se possa considerar “a equipe titular”. Essa indefinição atormenta a torcida, que não sabe o que esperar: noite memorável ou choro e ranger de dentes? 

Espinafrar juiz é lei de ouro no futebol.Sua senhoria recebe insultos ao botar os pés no gramado. Pouco importa se terá desempenho exemplar; por antemão, o torcedor está convencido de que alguma aprontará. Nada lhe tira da cabeça que a tarefa do homem de preto (ou amarelo, azul, cor de rosa) será a de prejudicar o time. Enfim, não há ninguém no universo da bola mais azucrinado do que o mediador, estraga-prazeres por definição.  Agora, esculachar árbitro por causa de alegria é o fim da picada. Pois isso ocorreu com Ricardo Marques Ribeiro. O rapaz apitou – e bem – o duelo entre São Paulo e Grêmio (1 a 1), anteontem à noite, no Morumbi lotado, no encerramento da rodada número 16 do Brasileiro. Tão logo apontou o centro do campo ergueu os punhos, vibrou como se tivesse marcado um gol, fez o sinal da cruz, chamou os auxiliares e os cumprimentou com entusiasmo. Cena bonita, rara, diferente, de espontaneidade exemplar. Diria comovente, atitude de iniciante numa profissão. E, também, sinal da tensão que carregou por trabalhar num jogo importante, entre duas equipes em situação oposta na competição. Desempenho neutro, como se esperava do apitador, sem margem para reclamações.  Pois teve gente – e não foi pouca – que cornetou a atitude de Ricardo Ribeiro. O gesto dele virou “meme” em redes sociais, mereceu restrições, no mínimo por “ser exagerado”. Fora as alusões um tanto gaiatas de que festejou porque o placar beneficiou o Corinthians, cada vez mais líder do torneio, agora 8 pontos à frente do Grêmio. Vivemos fase estranha, em que se vigiam os passos de qualquer pessoa. Câmeras, celulares, dedos nervosos nas mídias estão a postos para registrar, divulgar, “printar’’, compartilhar absolutamente tudo. E para rotular, classificar, desqualificar, adjetivar o pobre vivente. Para julgamento sumário. O rigor cresce se, por algum motivo, o alvo da fúria santa tem certa visibilidade.  O árbitro merece elogios por externar emoção, pelo envolvimento com a atividade, pela alegria. Parabéns. Agora, quando pisar na bola... aí, querido, aguenta a bronca. Porque você sabe, juiz de futebol é isso, é aquilo, etc...

Alívio tricolor?

A propósito ainda do empate da segunda-feira entre tricolores. Há duas formas de enxergá-lo, no que se refere ao São Paulo. A primeira, negativa, dá conta de que permanece na zona de rebaixamento. A segunda, mais pra cima, detecta que houve progresso, pois em dois jogos foram conquistados quatro pontos (vitória sobre o Vasco na quarta), ou 25% do total acumulado até o momento na Série A. Fico com a segunda opção. Dorival Júnior acabou de chegar, continua a tatear o ambiente novo e a observar o elenco de que dispõe. O São Paulo está longe do ideal, porém mostrou mais equilíbrio tático e autocontrole. Pode sonhar com a permanência na elite.

Hora verde?

O Palmeiras depara-se, logo mais, com outro episódio crucial na temporada. O tira-teima com o Cruzeiro, no Mineirão, não tem meio-termo, é vai ou racha na tentativa de alcançar conquistas no ano. A Copa do Brasil passou a ter peso imenso, na estratégia do clube, uma vez que capenga na briga pelo Brasileiro, a 14 pontos de distância dos corintianos. Eventual desclassificação reduz as esperanças verdes para a Libertadores, na qual também está em desvantagem. Ou seja, Cuca e rapazes vão submeter-se a teste azedo, após o empate maluco e heroico por 3 a 3 em casa. O treinador escala o que tem de melhor, e ainda assim é praticamente formação inédita. Salvo engano, não houve repetição do Palmeiras, não existe até agora aquela que se possa considerar “a equipe titular”. Essa indefinição atormenta a torcida, que não sabe o que esperar: noite memorável ou choro e ranger de dentes? 

Espinafrar juiz é lei de ouro no futebol.Sua senhoria recebe insultos ao botar os pés no gramado. Pouco importa se terá desempenho exemplar; por antemão, o torcedor está convencido de que alguma aprontará. Nada lhe tira da cabeça que a tarefa do homem de preto (ou amarelo, azul, cor de rosa) será a de prejudicar o time. Enfim, não há ninguém no universo da bola mais azucrinado do que o mediador, estraga-prazeres por definição.  Agora, esculachar árbitro por causa de alegria é o fim da picada. Pois isso ocorreu com Ricardo Marques Ribeiro. O rapaz apitou – e bem – o duelo entre São Paulo e Grêmio (1 a 1), anteontem à noite, no Morumbi lotado, no encerramento da rodada número 16 do Brasileiro. Tão logo apontou o centro do campo ergueu os punhos, vibrou como se tivesse marcado um gol, fez o sinal da cruz, chamou os auxiliares e os cumprimentou com entusiasmo. Cena bonita, rara, diferente, de espontaneidade exemplar. Diria comovente, atitude de iniciante numa profissão. E, também, sinal da tensão que carregou por trabalhar num jogo importante, entre duas equipes em situação oposta na competição. Desempenho neutro, como se esperava do apitador, sem margem para reclamações.  Pois teve gente – e não foi pouca – que cornetou a atitude de Ricardo Ribeiro. O gesto dele virou “meme” em redes sociais, mereceu restrições, no mínimo por “ser exagerado”. Fora as alusões um tanto gaiatas de que festejou porque o placar beneficiou o Corinthians, cada vez mais líder do torneio, agora 8 pontos à frente do Grêmio. Vivemos fase estranha, em que se vigiam os passos de qualquer pessoa. Câmeras, celulares, dedos nervosos nas mídias estão a postos para registrar, divulgar, “printar’’, compartilhar absolutamente tudo. E para rotular, classificar, desqualificar, adjetivar o pobre vivente. Para julgamento sumário. O rigor cresce se, por algum motivo, o alvo da fúria santa tem certa visibilidade.  O árbitro merece elogios por externar emoção, pelo envolvimento com a atividade, pela alegria. Parabéns. Agora, quando pisar na bola... aí, querido, aguenta a bronca. Porque você sabe, juiz de futebol é isso, é aquilo, etc...

Alívio tricolor?

A propósito ainda do empate da segunda-feira entre tricolores. Há duas formas de enxergá-lo, no que se refere ao São Paulo. A primeira, negativa, dá conta de que permanece na zona de rebaixamento. A segunda, mais pra cima, detecta que houve progresso, pois em dois jogos foram conquistados quatro pontos (vitória sobre o Vasco na quarta), ou 25% do total acumulado até o momento na Série A. Fico com a segunda opção. Dorival Júnior acabou de chegar, continua a tatear o ambiente novo e a observar o elenco de que dispõe. O São Paulo está longe do ideal, porém mostrou mais equilíbrio tático e autocontrole. Pode sonhar com a permanência na elite.

Hora verde?

O Palmeiras depara-se, logo mais, com outro episódio crucial na temporada. O tira-teima com o Cruzeiro, no Mineirão, não tem meio-termo, é vai ou racha na tentativa de alcançar conquistas no ano. A Copa do Brasil passou a ter peso imenso, na estratégia do clube, uma vez que capenga na briga pelo Brasileiro, a 14 pontos de distância dos corintianos. Eventual desclassificação reduz as esperanças verdes para a Libertadores, na qual também está em desvantagem. Ou seja, Cuca e rapazes vão submeter-se a teste azedo, após o empate maluco e heroico por 3 a 3 em casa. O treinador escala o que tem de melhor, e ainda assim é praticamente formação inédita. Salvo engano, não houve repetição do Palmeiras, não existe até agora aquela que se possa considerar “a equipe titular”. Essa indefinição atormenta a torcida, que não sabe o que esperar: noite memorável ou choro e ranger de dentes? 

Espinafrar juiz é lei de ouro no futebol.Sua senhoria recebe insultos ao botar os pés no gramado. Pouco importa se terá desempenho exemplar; por antemão, o torcedor está convencido de que alguma aprontará. Nada lhe tira da cabeça que a tarefa do homem de preto (ou amarelo, azul, cor de rosa) será a de prejudicar o time. Enfim, não há ninguém no universo da bola mais azucrinado do que o mediador, estraga-prazeres por definição.  Agora, esculachar árbitro por causa de alegria é o fim da picada. Pois isso ocorreu com Ricardo Marques Ribeiro. O rapaz apitou – e bem – o duelo entre São Paulo e Grêmio (1 a 1), anteontem à noite, no Morumbi lotado, no encerramento da rodada número 16 do Brasileiro. Tão logo apontou o centro do campo ergueu os punhos, vibrou como se tivesse marcado um gol, fez o sinal da cruz, chamou os auxiliares e os cumprimentou com entusiasmo. Cena bonita, rara, diferente, de espontaneidade exemplar. Diria comovente, atitude de iniciante numa profissão. E, também, sinal da tensão que carregou por trabalhar num jogo importante, entre duas equipes em situação oposta na competição. Desempenho neutro, como se esperava do apitador, sem margem para reclamações.  Pois teve gente – e não foi pouca – que cornetou a atitude de Ricardo Ribeiro. O gesto dele virou “meme” em redes sociais, mereceu restrições, no mínimo por “ser exagerado”. Fora as alusões um tanto gaiatas de que festejou porque o placar beneficiou o Corinthians, cada vez mais líder do torneio, agora 8 pontos à frente do Grêmio. Vivemos fase estranha, em que se vigiam os passos de qualquer pessoa. Câmeras, celulares, dedos nervosos nas mídias estão a postos para registrar, divulgar, “printar’’, compartilhar absolutamente tudo. E para rotular, classificar, desqualificar, adjetivar o pobre vivente. Para julgamento sumário. O rigor cresce se, por algum motivo, o alvo da fúria santa tem certa visibilidade.  O árbitro merece elogios por externar emoção, pelo envolvimento com a atividade, pela alegria. Parabéns. Agora, quando pisar na bola... aí, querido, aguenta a bronca. Porque você sabe, juiz de futebol é isso, é aquilo, etc...

Alívio tricolor?

A propósito ainda do empate da segunda-feira entre tricolores. Há duas formas de enxergá-lo, no que se refere ao São Paulo. A primeira, negativa, dá conta de que permanece na zona de rebaixamento. A segunda, mais pra cima, detecta que houve progresso, pois em dois jogos foram conquistados quatro pontos (vitória sobre o Vasco na quarta), ou 25% do total acumulado até o momento na Série A. Fico com a segunda opção. Dorival Júnior acabou de chegar, continua a tatear o ambiente novo e a observar o elenco de que dispõe. O São Paulo está longe do ideal, porém mostrou mais equilíbrio tático e autocontrole. Pode sonhar com a permanência na elite.

Hora verde?

O Palmeiras depara-se, logo mais, com outro episódio crucial na temporada. O tira-teima com o Cruzeiro, no Mineirão, não tem meio-termo, é vai ou racha na tentativa de alcançar conquistas no ano. A Copa do Brasil passou a ter peso imenso, na estratégia do clube, uma vez que capenga na briga pelo Brasileiro, a 14 pontos de distância dos corintianos. Eventual desclassificação reduz as esperanças verdes para a Libertadores, na qual também está em desvantagem. Ou seja, Cuca e rapazes vão submeter-se a teste azedo, após o empate maluco e heroico por 3 a 3 em casa. O treinador escala o que tem de melhor, e ainda assim é praticamente formação inédita. Salvo engano, não houve repetição do Palmeiras, não existe até agora aquela que se possa considerar “a equipe titular”. Essa indefinição atormenta a torcida, que não sabe o que esperar: noite memorável ou choro e ranger de dentes? 

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