O sul-coreano Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) entre 2007 e 2016, foi escolhido nesta quinta-feira como novo presidente do Comitê de Ética do Comitê Olímpico Internacional (COI). A escolha foi feita na assembleia da entidade esportiva, que está acontecendo em Lima, no Peru. Ao todo, foram 74 votos a favor da nomeação, quatro contrários, além de outras cinco abstenções.
Em discurso feito logo após a votação, Ban exaltou o Movimento Olímpico e destacou que a ética "é essencial para o sucesso de qualquer organização", e que a transparência e a boa governança são formas de ganhar o "respeito do público". "Farei tudo o que estiver ao alcance das minhas mãos para contribuir com o sucesso do COI", disse o sul-coreano.
O ex-secretário-geral da ONU substituirá no Comitê de Ética da entidade esportiva ao senegalês Youssoupha Ndiaye. A votação para a escolha do presidente do órgão é uma das mudanças previstas pela Agenda 2020 do COI. Anteriormente, o ocupante da função era designado pelo mandatário do Comitê Olímpico Internacional.
Uma das primeiras atribuições de Ban Ki-moon será analisar a acusação de que o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, participou de um esquema de compra de votos para garantir o Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A acusação foi feita semana passada em conjunto pelos Ministérios Públicos do Brasil e da França.
Também durante a assembleia do COI, o presidente do Comitê Olímpico Argentino, Gerardo Werthein, disse que existe a possibilidade de Buenos Aires se lançar candidata a sediar os Jogos Olímpicos de 2032 caso deixe uma boa impressão ao organizar os Jogos da Juventude de 2018. "Sem dúvidas a Argentina é um país que sempre teve como grande aspiração realizar os Jogos Olímpicos", afirmou Werthein
A assembleia já definiu Paris e Los Angeles como sedes das edições de 2024 e 2028, respectivamente.