SÃO PAULO - Nas últimas quatro edições olímpicas, o basquete viu o domínio de quatro seleções: apenas EUA, Austrália, Rússia e Brasil conquistaram medalhas. Em Atenas/2004 e em Pequim/2008, as brasileiras estiveram fora deste seleto grupo e, em Londres, sonham com a chance de voltar a fazer frente às três forças.A equipe americana é, mais uma vez, favorita ao ouro. Já são quatro vitórias consecutivas (seis no total) e uma sequência de 32 partidas em Olimpíadas sem uma derrota sequer. O técnico Geno Auriemma terá força máxima em Londres, o que garante a presença de estrelas como a armadora Sue Bird, a ala-pivô Candace Parker e a ala-armadora Diana Taurasi.O ponto negativo para os EUA é o calendário. As americanas terão pouquíssimo tempo de preparação porque todas as atletas estão atuando na fase regular da WNBA, que vai parar apenas na metade de julho. "Toda a oportunidade de treinos que tivermos será vital", garante Auriemma. A seleção americana se reuniu por três dias neste mês e fez um amistoso com a China, vencido por 100 a 62. Agora, o time só se reúne em 14 de julho. Dois dias depois, enfrenta o Brasil em Washington, em uma partida amistosa – e importante. "Esse jogo nos dará a chance de ver exatamente como estamos, nossos pontos fortes e fracos", analisa Geno Auriemma.DESFALQUESAustrália e Rússia, que ficaram com a prata e o bronze nas duas últimas ições olímpicas, lamentam a perda de duas de suas principais estrelas.As australianas, campeãs mundiais em 2006, não terão Penny Taylor. A ala sofreu uma ruptura de ligamentos no joelho e passou por uma cirurgia no início de maio. "Estou desapontada. Tenho 30 anos e nunca havia sofrido uma lesão tão grave. Infelizmente, aconteceu na pior hora." Mas a equipe conta com o brilho de Lauren Jackson e da jovem Liz Cambage, além de uma inédita preparação de três meses.A Rússia também está às voltas com a perda da experiente Maria Stepanova, e pelo mesmo motivo: rompimento do ligamento do joelho. Mas são candidatas a brilhar Becky Hammon e Elena Danilochkina, MVP do último Campeonato Europeu, em 2011, vencido pelas russas.