'Brasileiro ama NBA. Já são mais de 41 milhões de fãs, mas falta de estrutura tira jogos do País'


Head da NBA no Brasil revela número inédito de pesquisa que aponta o aumento de quase 7 milhões de apaixonados pela liga de 2019 para 2020 e lamenta falta de programação no Brasil

A pandemia do novo coronavírus não prejudicou os negócios da NBA no Brasil. Pelo contrário. Fortaleceu. Em entrevista ao Estadão, Rodrigo Vicentini, head da NBA no Brasil, revelou que uma pesquisa recente da Nielsen apontou aumento significativo no número de fãs da liga no País de 2019 para 2020, saltando de 34,1 milhões para 41 milhões. "Esse número é maior do que a população de Canadá e Austrália", comemorou o executivo, que destacou também uma participação relevante do público feminino. 

Os fãs da NBA no Brasil, no entanto, não vão ver tão cedo um jogo de pré-temporada por aqui. A última vez foi em 2015, quando o Flamengo enfrentou o Orlando Magic no Rio. Rodrigo Vicentin diz que não existe nenhum local com estrutura suficiente para receber uma partida e oferecer a experiência desejada pela liga. Nos últimos anos apenas os times brasileiros têm ido jogar nos Estados Unidos. O jeito é curtir pela TV o início das finais, nesta quarta-feira, quando Los Angeles Lakers e Miami Heat se enfrentam no primeiro jogo.

Rodrigo Vicentini, head da NBA no Brasil Foto: Alexandre Loureiro / Inovafoto
continua após a publicidade

Qual foi o impacto da pandemia para o negócio NBA no Brasil?

A NBA foi a primeira liga do mundo a suspender o campeonato. E essa decisão foi baseada em uma série de conversas e discussões sobre diversos possíveis cenários, que já vinham sendo monitorados a partir das informações dos escritórios da Ásia. Durante todo esse período de pandemia, estivemos alinhados com as autoridades de saúde, respeitando protocolos rígidos, e os nossos parceiros entenderam o quanto era importante pensarmos em ações juntos. Temos parcerias de longo prazo, uma relação que é muito próxima e todos apoiaram a causa, então trabalhamos juntos para entender a complexidade da situação e quais seriam os impactos. Esse momento fortaleceu ainda mais nossas parcerias, conseguimos criar oportunidades, unindo forças para seguir engajando com os fãs da NBA e os consumidores das marcas.

A NBA fechou recentemente mais uma parceria, agora com o Cinemark. O que podemos esperar de novidade para os próximos meses?

continua após a publicidade

Durante todo esse período de pandemia, temos pensado e trabalhado com parceiros para estimular ações e experiências únicas, em casa, em segurança e em família. Nossa principal missão no Brasil é aumentar a base de fãs, para isso precisamos criar engajamento e, com o Cinemark, lançamos uma coleção de copos e um balde de pipoca em formato de bola incríveis, que vão transformar o momento de assistir ao jogo da NBA em casa em algo ainda mais especial. Estamos buscando soluções, investindo com os parceiros em ações e ideias para levar o melhor basquete do mundo de uma maneira única para dentro das casas dos nossos fãs. 

O espaço NBA House (já se chamou NBA Finals) se tornou um evento tradicional nos últimos anos. Qual o planejamento para este ano, em meio à pandemia?

Desde que a temporada foi suspensa, revisitamos também todos os planos e ações. Essa decisão foi necessária para manter todos em segurança, atletas, parceiros, nossa equipe, mídia, fãs, era inviável executar eventos presenciais. Estamos retomando aos poucos, agora, o planejamento estratégico dos próximos anos, sempre acompanhando as orientações das autoridades sanitárias, e teremos muitas novidades. Esse ano conseguimos inundar o mercado com uma variedade de conteúdos como o documentário 'The Last Dance', programas como 'Falando de NBA', 'NBA 2.0', 'NBA Freestyle' e 'jr. nba at home', alcançando níveis de engajamento muito altos, seguindo o propósito de estar sempre próximo dos nossos fãs.

continua após a publicidade

Como as ações da NBA têm refletido entre os fãs? A liga costuma fazer pesquisas de perfil e interesse?

Sim, temos trabalhado com pesquisas, estudos e muitos números, para entender as mudanças no perfil dos fãs, nas necessidades e demandas do mercado brasileiro. E temos conseguido bastante êxito nessa conexão com o público. O brasileiro ama NBA, se identifica e se conecta com a marca, com os valores e com o que ela representa em termos de performance, cultura, lifestyle e inovação. Temos dados recentes muito significativos, em especial um que mostra o tamanho da paixão do Brasil pela NBA. No início de 2019, recebemos uma pesquisa com números que mostravam 34,1 milhões de fãs da liga no país. Este ano, recebemos um estudo da Nielsen indicando mais de 41 milhões de fãs da NBA no Brasil. E isso que estamos no 'país do futebol'. Esse número é maior do que a população de países como Canadá e Austrália, por exemplo. Notamos também um aumento significativo na prática do basquete no País, bem como uma participação relevante do público feminino, que cresce muito ano a ano. Isso é um indicativo de que os nossos esforços estão sendo bem feitos, que a execução está no caminho certo, mas temos também a certeza de que há muito a se explorar em território nacional.

continua após a publicidade

A NBA inaugurou nova loja (agora são oito) no Brasil. Qual é o segredo para o modelo dar certo? Quais serão os próximos passos neste sentido?

O maior diferencial de uma NBA Store é a experiência, algo que prezamos muito, para que uma simples visita à loja, se transforme em algo mágico, especial. E isso falamos pensando em fãs de todas as idades. Dentro de uma NBA Store, o fã vai encontrar itens de memorabilia, telões, tabela para poder jogar basquete, videogame, os moldes de mãos de 'lendas' da liga, onde pode comparar os tamanhos de suas mãos, e muito mais. O Brasil é um dos principais mercados da NBA em termos de consumo, são oito lojas em operação, todas pensadas nos mínimos detalhes na experiência que podemos proporcionar, é um ponto de contato importante com o público. Mais de um milhão de pessoas visitaram as NBA Store no Brasil em 2019. Uma visita às nossas lojas não é apenas uma visita, é um mergulho no que a liga tem de melhor.

continua após a publicidade

Apenas 1% dos fãs da NBA no mundo conseguem assistir a um jogo ao vivo nos EUA ou Canadá, há planos para trazer novamente um jogo de pré-temporada ao Brasil? 

Nosso maior desafio continua sendo o de equipamentos, de estrutura. Experiência é fundamental e um jogo no Brasil precisa replicar uma experiência exatamente igual à que é oferecida nas arenas da NBA, seja para aquele fã mais apaixonado, seja para aquele que não é tão fanático, mas que vai ter uma experiência inesquecível. Temos um padrão que precisa ser seguido. O Brasil é o segundo mercado mais importante para a liga no mundo fora dos EUA, atrás apenas da China, tivemos três partidas no Rio de Janeiro, iniciativas de muito sucesso e que ajudaram a fortalecer ainda mais a liga no país naquele momento, mas o número de jogos internacionais de pré-temporada reduziu bastante nos últimos anos. Temos trabalhado em várias frentes para abraçar os fãs sempre com novidades e experiências únicas. 

Qual o planejamento para o NBA Basketball School neste momento de retomada? O projeto sofreu com os efeitos da pandemia?

continua após a publicidade

O NBA Basketball School é uma plataforma de muito sucesso no Brasil. E não parou durante a pandemia. São quase 7 mil meninos e meninas praticando o nosso esporte em mais de 100 unidades espalhadas por 18 Estados das cinco regiões do Brasil. As aulas presenciais foram interrompidas,mas a metodologia e as atividades rapidamente foram adaptadas para o digital. E o engajamento foi altíssimo dos alunos e também dos familiares, com a promoção de aulões, cursos, concursos culturais, palestras, uma série de conteúdos e dinâmicas que mantiveram o programa ativo e forte, alcançando todos os objetivos que tínhamos para a rede. Algumas unidades já estão retomando as atividades, respeitando todos os protocolos de saúde e segurança, e o programa não para de crescer.

O escritório brasileiro tem o seu trabalho reconhecido no País pelos fãs, mídia e em premiações, como Cannes, eventos internacionais de publicidade, licenciamento e relações públicas. Quão importante para a liga são esses prêmios?

Todos esses prêmios são reconhecimentos à dedicação da nossa equipe. Temos um time incrível no Brasil, extremamente competente, que entrega um trabalho de excelência para o mercado, para os parceiros e, principalmente, para os fãs. É uma resposta de que estamos no caminho certo. O fã brasileiro é apaixonado e muito exigente, estamos sempre testando plataformas, promovendo eventos, trabalhando para superar as expectativas sempre. Esses prêmios precisam e devem ser divididos com os fãs, com as marcas com as quais nos relacionamos, porque é fruto de um trabalho conjunto, e ratifica a qualidade e a importância do Brasil no cenário global para a liga.Estamos todos muito felizes com os prêmios, claro, mas o maior prêmio que podemos ter é o reconhecimento dos fãs.

A pandemia do novo coronavírus não prejudicou os negócios da NBA no Brasil. Pelo contrário. Fortaleceu. Em entrevista ao Estadão, Rodrigo Vicentini, head da NBA no Brasil, revelou que uma pesquisa recente da Nielsen apontou aumento significativo no número de fãs da liga no País de 2019 para 2020, saltando de 34,1 milhões para 41 milhões. "Esse número é maior do que a população de Canadá e Austrália", comemorou o executivo, que destacou também uma participação relevante do público feminino. 

Os fãs da NBA no Brasil, no entanto, não vão ver tão cedo um jogo de pré-temporada por aqui. A última vez foi em 2015, quando o Flamengo enfrentou o Orlando Magic no Rio. Rodrigo Vicentin diz que não existe nenhum local com estrutura suficiente para receber uma partida e oferecer a experiência desejada pela liga. Nos últimos anos apenas os times brasileiros têm ido jogar nos Estados Unidos. O jeito é curtir pela TV o início das finais, nesta quarta-feira, quando Los Angeles Lakers e Miami Heat se enfrentam no primeiro jogo.

Rodrigo Vicentini, head da NBA no Brasil Foto: Alexandre Loureiro / Inovafoto

Qual foi o impacto da pandemia para o negócio NBA no Brasil?

A NBA foi a primeira liga do mundo a suspender o campeonato. E essa decisão foi baseada em uma série de conversas e discussões sobre diversos possíveis cenários, que já vinham sendo monitorados a partir das informações dos escritórios da Ásia. Durante todo esse período de pandemia, estivemos alinhados com as autoridades de saúde, respeitando protocolos rígidos, e os nossos parceiros entenderam o quanto era importante pensarmos em ações juntos. Temos parcerias de longo prazo, uma relação que é muito próxima e todos apoiaram a causa, então trabalhamos juntos para entender a complexidade da situação e quais seriam os impactos. Esse momento fortaleceu ainda mais nossas parcerias, conseguimos criar oportunidades, unindo forças para seguir engajando com os fãs da NBA e os consumidores das marcas.

A NBA fechou recentemente mais uma parceria, agora com o Cinemark. O que podemos esperar de novidade para os próximos meses?

Durante todo esse período de pandemia, temos pensado e trabalhado com parceiros para estimular ações e experiências únicas, em casa, em segurança e em família. Nossa principal missão no Brasil é aumentar a base de fãs, para isso precisamos criar engajamento e, com o Cinemark, lançamos uma coleção de copos e um balde de pipoca em formato de bola incríveis, que vão transformar o momento de assistir ao jogo da NBA em casa em algo ainda mais especial. Estamos buscando soluções, investindo com os parceiros em ações e ideias para levar o melhor basquete do mundo de uma maneira única para dentro das casas dos nossos fãs. 

O espaço NBA House (já se chamou NBA Finals) se tornou um evento tradicional nos últimos anos. Qual o planejamento para este ano, em meio à pandemia?

Desde que a temporada foi suspensa, revisitamos também todos os planos e ações. Essa decisão foi necessária para manter todos em segurança, atletas, parceiros, nossa equipe, mídia, fãs, era inviável executar eventos presenciais. Estamos retomando aos poucos, agora, o planejamento estratégico dos próximos anos, sempre acompanhando as orientações das autoridades sanitárias, e teremos muitas novidades. Esse ano conseguimos inundar o mercado com uma variedade de conteúdos como o documentário 'The Last Dance', programas como 'Falando de NBA', 'NBA 2.0', 'NBA Freestyle' e 'jr. nba at home', alcançando níveis de engajamento muito altos, seguindo o propósito de estar sempre próximo dos nossos fãs.

Como as ações da NBA têm refletido entre os fãs? A liga costuma fazer pesquisas de perfil e interesse?

Sim, temos trabalhado com pesquisas, estudos e muitos números, para entender as mudanças no perfil dos fãs, nas necessidades e demandas do mercado brasileiro. E temos conseguido bastante êxito nessa conexão com o público. O brasileiro ama NBA, se identifica e se conecta com a marca, com os valores e com o que ela representa em termos de performance, cultura, lifestyle e inovação. Temos dados recentes muito significativos, em especial um que mostra o tamanho da paixão do Brasil pela NBA. No início de 2019, recebemos uma pesquisa com números que mostravam 34,1 milhões de fãs da liga no país. Este ano, recebemos um estudo da Nielsen indicando mais de 41 milhões de fãs da NBA no Brasil. E isso que estamos no 'país do futebol'. Esse número é maior do que a população de países como Canadá e Austrália, por exemplo. Notamos também um aumento significativo na prática do basquete no País, bem como uma participação relevante do público feminino, que cresce muito ano a ano. Isso é um indicativo de que os nossos esforços estão sendo bem feitos, que a execução está no caminho certo, mas temos também a certeza de que há muito a se explorar em território nacional.

A NBA inaugurou nova loja (agora são oito) no Brasil. Qual é o segredo para o modelo dar certo? Quais serão os próximos passos neste sentido?

O maior diferencial de uma NBA Store é a experiência, algo que prezamos muito, para que uma simples visita à loja, se transforme em algo mágico, especial. E isso falamos pensando em fãs de todas as idades. Dentro de uma NBA Store, o fã vai encontrar itens de memorabilia, telões, tabela para poder jogar basquete, videogame, os moldes de mãos de 'lendas' da liga, onde pode comparar os tamanhos de suas mãos, e muito mais. O Brasil é um dos principais mercados da NBA em termos de consumo, são oito lojas em operação, todas pensadas nos mínimos detalhes na experiência que podemos proporcionar, é um ponto de contato importante com o público. Mais de um milhão de pessoas visitaram as NBA Store no Brasil em 2019. Uma visita às nossas lojas não é apenas uma visita, é um mergulho no que a liga tem de melhor.

Apenas 1% dos fãs da NBA no mundo conseguem assistir a um jogo ao vivo nos EUA ou Canadá, há planos para trazer novamente um jogo de pré-temporada ao Brasil? 

Nosso maior desafio continua sendo o de equipamentos, de estrutura. Experiência é fundamental e um jogo no Brasil precisa replicar uma experiência exatamente igual à que é oferecida nas arenas da NBA, seja para aquele fã mais apaixonado, seja para aquele que não é tão fanático, mas que vai ter uma experiência inesquecível. Temos um padrão que precisa ser seguido. O Brasil é o segundo mercado mais importante para a liga no mundo fora dos EUA, atrás apenas da China, tivemos três partidas no Rio de Janeiro, iniciativas de muito sucesso e que ajudaram a fortalecer ainda mais a liga no país naquele momento, mas o número de jogos internacionais de pré-temporada reduziu bastante nos últimos anos. Temos trabalhado em várias frentes para abraçar os fãs sempre com novidades e experiências únicas. 

Qual o planejamento para o NBA Basketball School neste momento de retomada? O projeto sofreu com os efeitos da pandemia?

O NBA Basketball School é uma plataforma de muito sucesso no Brasil. E não parou durante a pandemia. São quase 7 mil meninos e meninas praticando o nosso esporte em mais de 100 unidades espalhadas por 18 Estados das cinco regiões do Brasil. As aulas presenciais foram interrompidas,mas a metodologia e as atividades rapidamente foram adaptadas para o digital. E o engajamento foi altíssimo dos alunos e também dos familiares, com a promoção de aulões, cursos, concursos culturais, palestras, uma série de conteúdos e dinâmicas que mantiveram o programa ativo e forte, alcançando todos os objetivos que tínhamos para a rede. Algumas unidades já estão retomando as atividades, respeitando todos os protocolos de saúde e segurança, e o programa não para de crescer.

O escritório brasileiro tem o seu trabalho reconhecido no País pelos fãs, mídia e em premiações, como Cannes, eventos internacionais de publicidade, licenciamento e relações públicas. Quão importante para a liga são esses prêmios?

Todos esses prêmios são reconhecimentos à dedicação da nossa equipe. Temos um time incrível no Brasil, extremamente competente, que entrega um trabalho de excelência para o mercado, para os parceiros e, principalmente, para os fãs. É uma resposta de que estamos no caminho certo. O fã brasileiro é apaixonado e muito exigente, estamos sempre testando plataformas, promovendo eventos, trabalhando para superar as expectativas sempre. Esses prêmios precisam e devem ser divididos com os fãs, com as marcas com as quais nos relacionamos, porque é fruto de um trabalho conjunto, e ratifica a qualidade e a importância do Brasil no cenário global para a liga.Estamos todos muito felizes com os prêmios, claro, mas o maior prêmio que podemos ter é o reconhecimento dos fãs.

A pandemia do novo coronavírus não prejudicou os negócios da NBA no Brasil. Pelo contrário. Fortaleceu. Em entrevista ao Estadão, Rodrigo Vicentini, head da NBA no Brasil, revelou que uma pesquisa recente da Nielsen apontou aumento significativo no número de fãs da liga no País de 2019 para 2020, saltando de 34,1 milhões para 41 milhões. "Esse número é maior do que a população de Canadá e Austrália", comemorou o executivo, que destacou também uma participação relevante do público feminino. 

Os fãs da NBA no Brasil, no entanto, não vão ver tão cedo um jogo de pré-temporada por aqui. A última vez foi em 2015, quando o Flamengo enfrentou o Orlando Magic no Rio. Rodrigo Vicentin diz que não existe nenhum local com estrutura suficiente para receber uma partida e oferecer a experiência desejada pela liga. Nos últimos anos apenas os times brasileiros têm ido jogar nos Estados Unidos. O jeito é curtir pela TV o início das finais, nesta quarta-feira, quando Los Angeles Lakers e Miami Heat se enfrentam no primeiro jogo.

Rodrigo Vicentini, head da NBA no Brasil Foto: Alexandre Loureiro / Inovafoto

Qual foi o impacto da pandemia para o negócio NBA no Brasil?

A NBA foi a primeira liga do mundo a suspender o campeonato. E essa decisão foi baseada em uma série de conversas e discussões sobre diversos possíveis cenários, que já vinham sendo monitorados a partir das informações dos escritórios da Ásia. Durante todo esse período de pandemia, estivemos alinhados com as autoridades de saúde, respeitando protocolos rígidos, e os nossos parceiros entenderam o quanto era importante pensarmos em ações juntos. Temos parcerias de longo prazo, uma relação que é muito próxima e todos apoiaram a causa, então trabalhamos juntos para entender a complexidade da situação e quais seriam os impactos. Esse momento fortaleceu ainda mais nossas parcerias, conseguimos criar oportunidades, unindo forças para seguir engajando com os fãs da NBA e os consumidores das marcas.

A NBA fechou recentemente mais uma parceria, agora com o Cinemark. O que podemos esperar de novidade para os próximos meses?

Durante todo esse período de pandemia, temos pensado e trabalhado com parceiros para estimular ações e experiências únicas, em casa, em segurança e em família. Nossa principal missão no Brasil é aumentar a base de fãs, para isso precisamos criar engajamento e, com o Cinemark, lançamos uma coleção de copos e um balde de pipoca em formato de bola incríveis, que vão transformar o momento de assistir ao jogo da NBA em casa em algo ainda mais especial. Estamos buscando soluções, investindo com os parceiros em ações e ideias para levar o melhor basquete do mundo de uma maneira única para dentro das casas dos nossos fãs. 

O espaço NBA House (já se chamou NBA Finals) se tornou um evento tradicional nos últimos anos. Qual o planejamento para este ano, em meio à pandemia?

Desde que a temporada foi suspensa, revisitamos também todos os planos e ações. Essa decisão foi necessária para manter todos em segurança, atletas, parceiros, nossa equipe, mídia, fãs, era inviável executar eventos presenciais. Estamos retomando aos poucos, agora, o planejamento estratégico dos próximos anos, sempre acompanhando as orientações das autoridades sanitárias, e teremos muitas novidades. Esse ano conseguimos inundar o mercado com uma variedade de conteúdos como o documentário 'The Last Dance', programas como 'Falando de NBA', 'NBA 2.0', 'NBA Freestyle' e 'jr. nba at home', alcançando níveis de engajamento muito altos, seguindo o propósito de estar sempre próximo dos nossos fãs.

Como as ações da NBA têm refletido entre os fãs? A liga costuma fazer pesquisas de perfil e interesse?

Sim, temos trabalhado com pesquisas, estudos e muitos números, para entender as mudanças no perfil dos fãs, nas necessidades e demandas do mercado brasileiro. E temos conseguido bastante êxito nessa conexão com o público. O brasileiro ama NBA, se identifica e se conecta com a marca, com os valores e com o que ela representa em termos de performance, cultura, lifestyle e inovação. Temos dados recentes muito significativos, em especial um que mostra o tamanho da paixão do Brasil pela NBA. No início de 2019, recebemos uma pesquisa com números que mostravam 34,1 milhões de fãs da liga no país. Este ano, recebemos um estudo da Nielsen indicando mais de 41 milhões de fãs da NBA no Brasil. E isso que estamos no 'país do futebol'. Esse número é maior do que a população de países como Canadá e Austrália, por exemplo. Notamos também um aumento significativo na prática do basquete no País, bem como uma participação relevante do público feminino, que cresce muito ano a ano. Isso é um indicativo de que os nossos esforços estão sendo bem feitos, que a execução está no caminho certo, mas temos também a certeza de que há muito a se explorar em território nacional.

A NBA inaugurou nova loja (agora são oito) no Brasil. Qual é o segredo para o modelo dar certo? Quais serão os próximos passos neste sentido?

O maior diferencial de uma NBA Store é a experiência, algo que prezamos muito, para que uma simples visita à loja, se transforme em algo mágico, especial. E isso falamos pensando em fãs de todas as idades. Dentro de uma NBA Store, o fã vai encontrar itens de memorabilia, telões, tabela para poder jogar basquete, videogame, os moldes de mãos de 'lendas' da liga, onde pode comparar os tamanhos de suas mãos, e muito mais. O Brasil é um dos principais mercados da NBA em termos de consumo, são oito lojas em operação, todas pensadas nos mínimos detalhes na experiência que podemos proporcionar, é um ponto de contato importante com o público. Mais de um milhão de pessoas visitaram as NBA Store no Brasil em 2019. Uma visita às nossas lojas não é apenas uma visita, é um mergulho no que a liga tem de melhor.

Apenas 1% dos fãs da NBA no mundo conseguem assistir a um jogo ao vivo nos EUA ou Canadá, há planos para trazer novamente um jogo de pré-temporada ao Brasil? 

Nosso maior desafio continua sendo o de equipamentos, de estrutura. Experiência é fundamental e um jogo no Brasil precisa replicar uma experiência exatamente igual à que é oferecida nas arenas da NBA, seja para aquele fã mais apaixonado, seja para aquele que não é tão fanático, mas que vai ter uma experiência inesquecível. Temos um padrão que precisa ser seguido. O Brasil é o segundo mercado mais importante para a liga no mundo fora dos EUA, atrás apenas da China, tivemos três partidas no Rio de Janeiro, iniciativas de muito sucesso e que ajudaram a fortalecer ainda mais a liga no país naquele momento, mas o número de jogos internacionais de pré-temporada reduziu bastante nos últimos anos. Temos trabalhado em várias frentes para abraçar os fãs sempre com novidades e experiências únicas. 

Qual o planejamento para o NBA Basketball School neste momento de retomada? O projeto sofreu com os efeitos da pandemia?

O NBA Basketball School é uma plataforma de muito sucesso no Brasil. E não parou durante a pandemia. São quase 7 mil meninos e meninas praticando o nosso esporte em mais de 100 unidades espalhadas por 18 Estados das cinco regiões do Brasil. As aulas presenciais foram interrompidas,mas a metodologia e as atividades rapidamente foram adaptadas para o digital. E o engajamento foi altíssimo dos alunos e também dos familiares, com a promoção de aulões, cursos, concursos culturais, palestras, uma série de conteúdos e dinâmicas que mantiveram o programa ativo e forte, alcançando todos os objetivos que tínhamos para a rede. Algumas unidades já estão retomando as atividades, respeitando todos os protocolos de saúde e segurança, e o programa não para de crescer.

O escritório brasileiro tem o seu trabalho reconhecido no País pelos fãs, mídia e em premiações, como Cannes, eventos internacionais de publicidade, licenciamento e relações públicas. Quão importante para a liga são esses prêmios?

Todos esses prêmios são reconhecimentos à dedicação da nossa equipe. Temos um time incrível no Brasil, extremamente competente, que entrega um trabalho de excelência para o mercado, para os parceiros e, principalmente, para os fãs. É uma resposta de que estamos no caminho certo. O fã brasileiro é apaixonado e muito exigente, estamos sempre testando plataformas, promovendo eventos, trabalhando para superar as expectativas sempre. Esses prêmios precisam e devem ser divididos com os fãs, com as marcas com as quais nos relacionamos, porque é fruto de um trabalho conjunto, e ratifica a qualidade e a importância do Brasil no cenário global para a liga.Estamos todos muito felizes com os prêmios, claro, mas o maior prêmio que podemos ter é o reconhecimento dos fãs.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.