Sonny Liston está na história do boxe como um dos pugilistas mais temidos de todos os tempos. Dentro do ringue exibia uma força descomunal e fora do quadrilátero mantinha ligação com a máfia.
Após duas derrotas para Muhammad Ali (na primeira ainda era Cassius Clay), Liston acumulou uma série de vitórias sem expressão e nunca mais conseguiu se reerguer. Com isso, segundo muitas pessoas ligadas ao lutador, Liston, que tinha problemas financeiros, dividia o tempo nas lutas e no seu antigo trabalho de cobrador, servindo a agiotas e traficantes.
No fim de 1970, Geraldine, sua mulher, foi visitar a mãe e Saint Louis. Quando retornou, em 5 de janeiro, encontrou Liston, de cuecas, caído ao lado da cama em sua casa, com o corpo bem inchado e sangue seco no nariz.
Segundo exames, Liston teria morrido em 30 de dezembro, vítima de congestão pulmonar e parada cardíaca, aos 38 anos de idade. Os vestígios de morfina e codeína, produzidos talvez pela quebra de heroína, não foram levados em consideração pela polícia, assim como a pouca quantidade de maconha, uma seringa e um papelote de heroína, capaz de produzir poucas doses, encontrados no armário.
A principal teoria para a morte de Liston é que ele ter sido assassinado com uma dose letal de heroína aplicada por um policial a mando de um gângster, revoltado com o fato de o peso pesado não ter entregado suas últimas lutas. Outra tese também aponta para um assassinato, mas sem indicar culpados.
Liston teve o funeral que queria. Seu corpo percorreu a principal avenida de Las Vegas, com a presença de figuras ilustres como Doris Day, Ed Sullivan, Ella Fitzgerald e Joe Louis, campeão mundial dos pesos pesados nas décadas de 30 e 40. Seu corpo foi enterrado no Paradise Memorial Gardens.