O Comitê Olímpico do Brasil (COB) chegou às Olimpíadas de Paris com uma possibilidade: quebrar o recorde de medalhas da delegação brasileira nos Jogos. Desde Londres-2012, o País melhora seu desempenho geral a cada nova edição. Em Paris, são treze pódios até essa terça-feira, 6, e a meta a ser superada é de 21, alcançado em Tóquio-2020.
Em comparação com as outras Olimpíadas, a delegação brasileira chega à última semana em Paris com o mesmo número que obteve em Tóquio-2020. Vale ressaltar que cada edição tem seu próprio calendário e alterações de datas podem provocar um aumento ou queda no número de medalhas, mas o início em 2024 possibilitou que o Time Brasil continuasse almejando o recorde.
Das treze medalhas, o Brasil conquistou duas de ouro, cinco de prata e seis de bronze. Em Londres e Rio, a delegação brasileira chegou a esta fase da competição com sete e seis pódios, respectivamente. “O COB está se preparando para buscar grandes resultados nos Jogos Olímpicos de Paris. Sonhamos em ter uma participação histórica em Paris e o esforço é diário”, comentou Rogério Sampaio, diretor-geral do COB, em 2023, projetando o desempenho do Time Brasil.
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O judô brasileiro foi que mais rendeu vitórias até aqui: quatro medalhas (uma de ouro, uma de prata e duas bronze) e a melhor campanha da modalidade em uma edição de Jogos Olímpicos. Mesmo assim, o cenário poderia ser ainda melhor, caso Mayra Aguiar e Rafaela Silva confirmassem seus favoritismos no individual.
O mesmo vale para outros casos. Hugo Calderano perdeu a disputa pela medalha de bronze, Marcus D’Almeida, número 1 do ranking no tiro com arco, foi eliminado nas oitavas de final, e Martine Grael e Kahena Kunze, da vela, terminaram em oitavo lugar em Paris, depois do ouro olímpico no Rio e Tóquio.
Uma das principais apostas do Time Brasil, o boxe deixa Paris com apenas uma medalha conquistada – Bia Ferreira, com o bronze. Jucielen Romeu e Keno Marley, que chegaram a Paris com chances de pódio, não corresponderam às expectativas. Valdileia Martins, que igualou o recorde brasileiro no salto em altura, desistiu da decisão após sentir lesão na classificatória.
Segunda-feira teve saldo positivo
Faltam 9 medalhas para igualar o recorde e 10 para superar. Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb no surfe conquistaram um bronze e uma prata, respectivamente, na noite desta segunda-feira.
Rebeca Andrade, nesta segunda-feira, disputou as finais do solo (medalha de ouro) e da trave na ginástica artística (terminou na quarta posição nesta). A brasileira soma quatro medalhas em Paris. Julia Soares se juntou à maior medalhista olímpica do País na decisão por traves, mas terminou em sétimo.
Quem também pode ganhar?
Destaque também para os esportes coletivos. No futebol feminino, a seleção brasileira se classificou para as semifinais – encara a Espanha – e disputará, ao menos o bronze. No vôlei, a aposta é o feminino depois do masculino ter sido eliminado pelos Estados Unidos nas quartas de final. No handebol feminino, menos chances, mas o Brasil encara a Noruega e também está a uma vitória de disputar pelo menos o bronze.
Alison dos Santos (400m com barreiras), Ana Marcela Cunha (10km em água abertas) e Isaquias Queiroz (canoagem) também chegam com grandes chances de medalha em Paris – o que colocaria o Brasil em um bom cenário para superar o recorde.
Correndo por fora, e que podem surpreender, chegam Bruno Lobo, na Vela na Fórmula Kite, e o skate park brasileiro. Pedro Barros, medalhista de prata em Tóquio, compete ao lado de Dora Varella, Isadora Pacheco, Raicca, Augusto Akio e Luigi Cini. O vôlei de praia, com Ana Patrícia/Duda e Evandro/Arthur também podem auxiliar o Time Brasil na quebra do recorde de medalhas.
Quais esportes o Brasil deve disputar por medalha?
- Vôlei: feminino
- Futebol feminino
- Skate park
- Vôlei de praia: Ana Patrícia/Duda e Evandro/Arthur
- Atletismo: Alison dos Santos
- Maratona aquática: Ana Marcela Cunha
- Canoagem: Isaquias Queiroz