COB nega ‘desamparo’ de nadadora expulsa, confirma denúncia, mas afirma que ‘não há pendências’


Ana Carolina Vieira afirmou ter ficado desamparada após expulsão e mencionou caso de assédio reportado por ela ao órgão, em que ‘nada foi resolvido’

Por Leonardo Catto

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) se manifestou sobre o que disse Ana Carolina Vieira após ter sido expulsa da delegação brasileira em Paris para os Jogos Olímpicos. O órgão negou que a nadadora tenha ficado desamparada após a expulsão, como ela alegou. Além disso, foi confirmado que houve denúncia de assédio por parte de Ana Carolina, mas o COB afirma não haver pendências sobre isso.

“Ao longo de todo o processo, Ana Carolina Vieira esteve acompanhada da Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão brasileira em Paris, que lhe prestou apoio. A atleta falou com a mãe, com o psicólogo da delegação, arrumou suas malas e teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto”, escreve o comunicado do comitê brasileiro.

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O texto ainda aponta que “eventual denúncia” feita por Ana Carolina não tem relação com o que aconteceu em Paris e, por isso, não será comentada. “Principalmente, porque tais denúncias são sigilosas e dependem de averiguação da área de compliance, que age com total autonomia em relação ao executivo do COB”, explica a nota.

Ana Carolina chegou a disputar a prova dos 400m livre feminino, em que o Brasil ficou em 12º, em Paris. Foto: Luiza Moraes/COB

A expulsão se deu no último domingo, 28. Em comunicado, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) afirmou que o motivo foi a atleta ter deixado a Vila Olímpica, ao lado de Gabriel Santos, sem autorização. Além disso, foi citada uma reação agressiva da nadadora ao contestar mudanças na formação do revezamento 4x100m livre, a única prova que Ana Carolina participou.

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Mais tarde naquele dia, a atleta se pronunciou no seu perfil do Instagram. Ela negou ter apresentado má conduta. Foi nessa manifestação que ela afirmou estar desamparada e mencionou a denúncia de assédio. A nadadora disse que não pôde ser ouvida por um psiquiatra. O COB afirma que um psicólogo a acompanhou antes da saída dela da Vila Olímpica.

“Saí de lá (da Vila Olímpica), deixei meus materiais, não sabia o que fazer. Minhas coisas estão lá, fui para o aeroporto de shorts (...). Estou em Portugal, vou para Recife e depois para São Paulo. Estou desamparada”, escreveu a atleta, que concluiu: “Como eu vou falar com o COB? Já fiz uma denúncia de assédio dentro da seleção e nada foi resolvido”.

A brasileira disse que conversará com os seus advogados e voltará a abordar o tema. Ela não especifica a natureza de assédio que alega ter sido vítima. “Estou bem, estou triste, mas estou com o coração em paz. Sei quem eu sou, sei do meu caráter, sei da minha índole e é isso que me conforta. Espero ainda poder defender a natação brasileira feminina, só peço tempo e um pouco de paciência”, finalizou.

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Ana Carolina Vieira, durante o treino da seleção brasileira de natação na Arena Paris La Défense. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Essa era a segunda Olimpíada da atleta de 22 anos, que é natural da cidade de São Paulo e atleta do Esporte Clube Pinheiros, uma das equipes mais tradicionais nos esportes olímpicos do país. Em Tóquio, em 2021, ela também participou do revezamento 4x100 metros livre feminino.

Em junho do ano passado, Ana Carolina se envolveu em outra confusão, quando brigou com a também nadadora Jhennifer Alves durante o Troféu Brasil de natação, disputado em Recife. Jhennifer, que havia conquistado a medalha de ouro nos 100m peito, prova na qual Ana Carolina foi bronze, teria trocado provocações com a companheira de profissão, que, segundo os relatos, a agrediu na sequência. Na ocasião, as atletas acabaram não sendo punidas pela organização do Troféu Brasil. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da modalidade também chegou a analisar o caso.

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Veja o comunicado do COB sobre a expulsão de Ana Carolina Vieira na íntegra:

Durante o desligamento da nadadora Ana Carolina Vieira da delegação, a atuação do Comitê Olímpico do Brasil (COB) foi pautada, como de costume, pelo respeito, atenção e cuidado à atleta em razão do momento delicado pelo que ela passava.

Ao longo de todo o processo, Ana Carolina Vieira esteve acompanhada da Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão brasileira em Paris, que lhe prestou apoio. A atleta falou com a mãe, com o psicólogo da delegação, arrumou suas malas e teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto.

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Eventuais fatos que tenham sido objeto de denúncia por parte da atleta por meio dos canais de atendimento e apoio do COB não têm qualquer relação com o ocorrido nos Jogos Olímpicos de Paris. Portanto, não serão objeto de comentários por parte do Comitê Olímpico do Brasil, principalmente porque tais denúncias são sigilosas e dependem de averiguação da área de Compliance, que age com total autonomia em relação ao executivo do COB.

É possível informar, contudo, que não existem denúncias pendentes referentes a atletas ou membros do corpo técnico da natação vinculados à CBDA.

O COB reitera que o respeito entre todas as pessoas que atuam em suas Missões é um valor fundamental e norteador das nossas ações. Além disso, o COB acredita que o acolhimento e cuidado com todas as pessoas que integram a Missão, independentemente dos atos praticados e das sanções aplicadas, deve sempre ser assegurado.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) se manifestou sobre o que disse Ana Carolina Vieira após ter sido expulsa da delegação brasileira em Paris para os Jogos Olímpicos. O órgão negou que a nadadora tenha ficado desamparada após a expulsão, como ela alegou. Além disso, foi confirmado que houve denúncia de assédio por parte de Ana Carolina, mas o COB afirma não haver pendências sobre isso.

“Ao longo de todo o processo, Ana Carolina Vieira esteve acompanhada da Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão brasileira em Paris, que lhe prestou apoio. A atleta falou com a mãe, com o psicólogo da delegação, arrumou suas malas e teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto”, escreve o comunicado do comitê brasileiro.

O texto ainda aponta que “eventual denúncia” feita por Ana Carolina não tem relação com o que aconteceu em Paris e, por isso, não será comentada. “Principalmente, porque tais denúncias são sigilosas e dependem de averiguação da área de compliance, que age com total autonomia em relação ao executivo do COB”, explica a nota.

Ana Carolina chegou a disputar a prova dos 400m livre feminino, em que o Brasil ficou em 12º, em Paris. Foto: Luiza Moraes/COB

A expulsão se deu no último domingo, 28. Em comunicado, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) afirmou que o motivo foi a atleta ter deixado a Vila Olímpica, ao lado de Gabriel Santos, sem autorização. Além disso, foi citada uma reação agressiva da nadadora ao contestar mudanças na formação do revezamento 4x100m livre, a única prova que Ana Carolina participou.

Mais tarde naquele dia, a atleta se pronunciou no seu perfil do Instagram. Ela negou ter apresentado má conduta. Foi nessa manifestação que ela afirmou estar desamparada e mencionou a denúncia de assédio. A nadadora disse que não pôde ser ouvida por um psiquiatra. O COB afirma que um psicólogo a acompanhou antes da saída dela da Vila Olímpica.

“Saí de lá (da Vila Olímpica), deixei meus materiais, não sabia o que fazer. Minhas coisas estão lá, fui para o aeroporto de shorts (...). Estou em Portugal, vou para Recife e depois para São Paulo. Estou desamparada”, escreveu a atleta, que concluiu: “Como eu vou falar com o COB? Já fiz uma denúncia de assédio dentro da seleção e nada foi resolvido”.

A brasileira disse que conversará com os seus advogados e voltará a abordar o tema. Ela não especifica a natureza de assédio que alega ter sido vítima. “Estou bem, estou triste, mas estou com o coração em paz. Sei quem eu sou, sei do meu caráter, sei da minha índole e é isso que me conforta. Espero ainda poder defender a natação brasileira feminina, só peço tempo e um pouco de paciência”, finalizou.

Ana Carolina Vieira, durante o treino da seleção brasileira de natação na Arena Paris La Défense. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Essa era a segunda Olimpíada da atleta de 22 anos, que é natural da cidade de São Paulo e atleta do Esporte Clube Pinheiros, uma das equipes mais tradicionais nos esportes olímpicos do país. Em Tóquio, em 2021, ela também participou do revezamento 4x100 metros livre feminino.

Em junho do ano passado, Ana Carolina se envolveu em outra confusão, quando brigou com a também nadadora Jhennifer Alves durante o Troféu Brasil de natação, disputado em Recife. Jhennifer, que havia conquistado a medalha de ouro nos 100m peito, prova na qual Ana Carolina foi bronze, teria trocado provocações com a companheira de profissão, que, segundo os relatos, a agrediu na sequência. Na ocasião, as atletas acabaram não sendo punidas pela organização do Troféu Brasil. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da modalidade também chegou a analisar o caso.

Veja o comunicado do COB sobre a expulsão de Ana Carolina Vieira na íntegra:

Durante o desligamento da nadadora Ana Carolina Vieira da delegação, a atuação do Comitê Olímpico do Brasil (COB) foi pautada, como de costume, pelo respeito, atenção e cuidado à atleta em razão do momento delicado pelo que ela passava.

Ao longo de todo o processo, Ana Carolina Vieira esteve acompanhada da Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão brasileira em Paris, que lhe prestou apoio. A atleta falou com a mãe, com o psicólogo da delegação, arrumou suas malas e teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto.

Eventuais fatos que tenham sido objeto de denúncia por parte da atleta por meio dos canais de atendimento e apoio do COB não têm qualquer relação com o ocorrido nos Jogos Olímpicos de Paris. Portanto, não serão objeto de comentários por parte do Comitê Olímpico do Brasil, principalmente porque tais denúncias são sigilosas e dependem de averiguação da área de Compliance, que age com total autonomia em relação ao executivo do COB.

É possível informar, contudo, que não existem denúncias pendentes referentes a atletas ou membros do corpo técnico da natação vinculados à CBDA.

O COB reitera que o respeito entre todas as pessoas que atuam em suas Missões é um valor fundamental e norteador das nossas ações. Além disso, o COB acredita que o acolhimento e cuidado com todas as pessoas que integram a Missão, independentemente dos atos praticados e das sanções aplicadas, deve sempre ser assegurado.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) se manifestou sobre o que disse Ana Carolina Vieira após ter sido expulsa da delegação brasileira em Paris para os Jogos Olímpicos. O órgão negou que a nadadora tenha ficado desamparada após a expulsão, como ela alegou. Além disso, foi confirmado que houve denúncia de assédio por parte de Ana Carolina, mas o COB afirma não haver pendências sobre isso.

“Ao longo de todo o processo, Ana Carolina Vieira esteve acompanhada da Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão brasileira em Paris, que lhe prestou apoio. A atleta falou com a mãe, com o psicólogo da delegação, arrumou suas malas e teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto”, escreve o comunicado do comitê brasileiro.

O texto ainda aponta que “eventual denúncia” feita por Ana Carolina não tem relação com o que aconteceu em Paris e, por isso, não será comentada. “Principalmente, porque tais denúncias são sigilosas e dependem de averiguação da área de compliance, que age com total autonomia em relação ao executivo do COB”, explica a nota.

Ana Carolina chegou a disputar a prova dos 400m livre feminino, em que o Brasil ficou em 12º, em Paris. Foto: Luiza Moraes/COB

A expulsão se deu no último domingo, 28. Em comunicado, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) afirmou que o motivo foi a atleta ter deixado a Vila Olímpica, ao lado de Gabriel Santos, sem autorização. Além disso, foi citada uma reação agressiva da nadadora ao contestar mudanças na formação do revezamento 4x100m livre, a única prova que Ana Carolina participou.

Mais tarde naquele dia, a atleta se pronunciou no seu perfil do Instagram. Ela negou ter apresentado má conduta. Foi nessa manifestação que ela afirmou estar desamparada e mencionou a denúncia de assédio. A nadadora disse que não pôde ser ouvida por um psiquiatra. O COB afirma que um psicólogo a acompanhou antes da saída dela da Vila Olímpica.

“Saí de lá (da Vila Olímpica), deixei meus materiais, não sabia o que fazer. Minhas coisas estão lá, fui para o aeroporto de shorts (...). Estou em Portugal, vou para Recife e depois para São Paulo. Estou desamparada”, escreveu a atleta, que concluiu: “Como eu vou falar com o COB? Já fiz uma denúncia de assédio dentro da seleção e nada foi resolvido”.

A brasileira disse que conversará com os seus advogados e voltará a abordar o tema. Ela não especifica a natureza de assédio que alega ter sido vítima. “Estou bem, estou triste, mas estou com o coração em paz. Sei quem eu sou, sei do meu caráter, sei da minha índole e é isso que me conforta. Espero ainda poder defender a natação brasileira feminina, só peço tempo e um pouco de paciência”, finalizou.

Ana Carolina Vieira, durante o treino da seleção brasileira de natação na Arena Paris La Défense. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Essa era a segunda Olimpíada da atleta de 22 anos, que é natural da cidade de São Paulo e atleta do Esporte Clube Pinheiros, uma das equipes mais tradicionais nos esportes olímpicos do país. Em Tóquio, em 2021, ela também participou do revezamento 4x100 metros livre feminino.

Em junho do ano passado, Ana Carolina se envolveu em outra confusão, quando brigou com a também nadadora Jhennifer Alves durante o Troféu Brasil de natação, disputado em Recife. Jhennifer, que havia conquistado a medalha de ouro nos 100m peito, prova na qual Ana Carolina foi bronze, teria trocado provocações com a companheira de profissão, que, segundo os relatos, a agrediu na sequência. Na ocasião, as atletas acabaram não sendo punidas pela organização do Troféu Brasil. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da modalidade também chegou a analisar o caso.

Veja o comunicado do COB sobre a expulsão de Ana Carolina Vieira na íntegra:

Durante o desligamento da nadadora Ana Carolina Vieira da delegação, a atuação do Comitê Olímpico do Brasil (COB) foi pautada, como de costume, pelo respeito, atenção e cuidado à atleta em razão do momento delicado pelo que ela passava.

Ao longo de todo o processo, Ana Carolina Vieira esteve acompanhada da Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão brasileira em Paris, que lhe prestou apoio. A atleta falou com a mãe, com o psicólogo da delegação, arrumou suas malas e teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto.

Eventuais fatos que tenham sido objeto de denúncia por parte da atleta por meio dos canais de atendimento e apoio do COB não têm qualquer relação com o ocorrido nos Jogos Olímpicos de Paris. Portanto, não serão objeto de comentários por parte do Comitê Olímpico do Brasil, principalmente porque tais denúncias são sigilosas e dependem de averiguação da área de Compliance, que age com total autonomia em relação ao executivo do COB.

É possível informar, contudo, que não existem denúncias pendentes referentes a atletas ou membros do corpo técnico da natação vinculados à CBDA.

O COB reitera que o respeito entre todas as pessoas que atuam em suas Missões é um valor fundamental e norteador das nossas ações. Além disso, o COB acredita que o acolhimento e cuidado com todas as pessoas que integram a Missão, independentemente dos atos praticados e das sanções aplicadas, deve sempre ser assegurado.

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