Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Presidentes do Corinthians, Duílio e Melo, abandonam a diplomacia e se atacam em defesa das gestões


Enquanto o time de Cássio e Fagner tenta sobreviver ao ‘terremoto’ no Parque São Jorge, dirigentes discordam de tudo sobre as finanças do clube e seu empobrecimento e tentam provar ao torcedor quem está certo nessa história

Por Robson Morelli
Atualização:

O Corinthians está em pé de guerra com o próprio Corinthians e só um sairá prejudicado dessa história: o próprio Corinthians. O clube implode nas provocações, acusações e bravatas de seus presidentes. Duílio Monteiro Alves, da gestão anterior, e Augusto Melo deixaram a diplomacia de lado e trocam farpas pelas redes sociais e imprensa. O motivo das desavenças que afundam o clube e o tornam “réu” nos tribunais esportivos, da Justiça do Trabalho e até da Fifa é um só: dinheiro.

A gestão passada diz que não gastou nada é que deixou o cofre equilibrado. A nova administração nega que o voo seja de brigadeiro nas finanças e diz que uma auditoria contratada vai desmascarar Duílio com uma dívida do Corinthians para mais de R$ 2 bilhões - isso equivale às receitas de duas temporadas. Ou seja, o Corinthians não tem como pagar sua conta em menos de dois anos.

Há apenas uma notícia boa nesse começo de temporada: o clube não parou de funcionar, mesmo a trancos e barrancos, e tem fôlego para continuar fazendo receita anual na casa dos R$ 900 milhões. O estádio em Itaquera, apesar da fase péssima do time, continua dando boas bilheterias, perto dos R$ 2,5 milhões. Metade desse valor desaparece com as despesas da partida. A outra metade é depositada no fundo para pagar a arena, cuja dívida é de R$ 700 milhões.

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Duílio Monteiro Alves (esq.) deu lugar ao opositor Augusto Melo na presidência do Corinthians. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

As bravatas dos dois dirigentes dizem respeito unicamente à parte financeira. Um lado acusa o outro de mentir sobre a condição do caixa. Quem saiu diz que tem muito dinheiro no cofre e contratos vigentes capazes de virar o clube sem sobressaltos. Quem entrou nega tal situação confortável e afirma que o Corinthians está falido, com uma dívida altíssima e contratos ultrajantes.

Enquanto os homens que deveriam remar para o mesmo lado se afundam no barco, o time entra em parafuso, fica fora do Paulistão e tem jogo de “vida ou morte” na Copa do Brasil já na segunda rodada. Uma eliminação na quinta-feira contra o São Bernardo esquenta a fervura no Parque São Jorge.

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Nos bastidores, a derrota do grupo da situação, então liderada por Andrés Sanchez, ainda não assimilou a derrota nas urnas. Andrés fez alguns presidentes que tiveram vida própria dentro do Corinthians e tomaram decisões muitas vezes sem consultar os cacifes do clube. Duílio foi um deles. O entendimento de sua administração não condiz com o sofrimento do clube nos últimos anos, o aumento da dívida, o empobrecimento do elenco, os resultados ruins e as “furadas” em algumas contratações, como Mano Menezes e o meia paraguaio Matías Rojas, que cobra R$ 40 milhões do clube e levou o caso para a Fifa.

Há jogadores que deram graças a Deus de ter o contrato rescindido. Alguns estão indo para a Justiça a fim de receber seus direitos, como é o caso do meia Giuliano, agora jogador do Santos. Mesmo com a falta de dinheiro declarada pela nova gestão, o presidente Augusto Melo faz negócios caros no futebol. O dinheiro que envolveu a negociação de zagueiro Félix Torres teria sido de R$ 82 milhões por um contrato se quatro anos. Algumas transações estariam sendo feitas por advogados fora do Corinthians.

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Depois de tirar o time de campo com a perda das eleições no ano passado, o grupo da situação resolveu atacar e não vai aceitar o que eles chamam de “mentiras” da atual gestão. Há uma semana, Duílio quebrou o silêncio para bater boca com o apresentador Benjamin Back, da CNN, sobre as finanças do clube. Outro dirigentes que estava “enterrado”, Mário Gobbi, ressurgiu atacando rivais e o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras. A direção do clube alviverde não deu a menor bola para suas provocações e desvio de foco.

O fato é que há um movimento dos dirigentes do antigo comando para se defender e defender suas ações no período em que estiveram no cargo. Alguns navegaram sozinhos. Outros em grupo. Os sucessores foram sendo eleitos nos últimos 16 anos, quando o clube teve bons momentos esportivos e financeiros, diga-se. Há quem diga no clube que Augusto Melo não vai sobreviver até o fim do seu mandato. Ele está no terceiro mês do seu primeiro ano à frente do clube.

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Há muitas desinformações nesse momento no Parque São Jorge, muita confusão administrativa envolvendo contratos e distratos e contratações de jogadores, e uma tremenda falta de rumo para o time no ano. O Corinthians, sob o comando do bom técnico António Oliveira e com uma safra rica de garotos recém-campeões da Copinha, como Breno Bidon, não consegue olhar para a temporada e se enxergar nela. Vive um dia de cada vez sem fazer muitos planos.

Nunca o lugar-comum repetido pelos jogadores de que “temos de pensar no próximo jogo” foi tão real como agora para o Corinthians. E enquanto o elenco liderado por Cássio e Vagner tentam sobreviver ao terremoto no Parque São Jorge, seus dirigentes, de ontem e de hoje, continuam a se engalfinhar pelo e para o poder.

O Corinthians está em pé de guerra com o próprio Corinthians e só um sairá prejudicado dessa história: o próprio Corinthians. O clube implode nas provocações, acusações e bravatas de seus presidentes. Duílio Monteiro Alves, da gestão anterior, e Augusto Melo deixaram a diplomacia de lado e trocam farpas pelas redes sociais e imprensa. O motivo das desavenças que afundam o clube e o tornam “réu” nos tribunais esportivos, da Justiça do Trabalho e até da Fifa é um só: dinheiro.

A gestão passada diz que não gastou nada é que deixou o cofre equilibrado. A nova administração nega que o voo seja de brigadeiro nas finanças e diz que uma auditoria contratada vai desmascarar Duílio com uma dívida do Corinthians para mais de R$ 2 bilhões - isso equivale às receitas de duas temporadas. Ou seja, o Corinthians não tem como pagar sua conta em menos de dois anos.

Há apenas uma notícia boa nesse começo de temporada: o clube não parou de funcionar, mesmo a trancos e barrancos, e tem fôlego para continuar fazendo receita anual na casa dos R$ 900 milhões. O estádio em Itaquera, apesar da fase péssima do time, continua dando boas bilheterias, perto dos R$ 2,5 milhões. Metade desse valor desaparece com as despesas da partida. A outra metade é depositada no fundo para pagar a arena, cuja dívida é de R$ 700 milhões.

Duílio Monteiro Alves (esq.) deu lugar ao opositor Augusto Melo na presidência do Corinthians. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

As bravatas dos dois dirigentes dizem respeito unicamente à parte financeira. Um lado acusa o outro de mentir sobre a condição do caixa. Quem saiu diz que tem muito dinheiro no cofre e contratos vigentes capazes de virar o clube sem sobressaltos. Quem entrou nega tal situação confortável e afirma que o Corinthians está falido, com uma dívida altíssima e contratos ultrajantes.

Enquanto os homens que deveriam remar para o mesmo lado se afundam no barco, o time entra em parafuso, fica fora do Paulistão e tem jogo de “vida ou morte” na Copa do Brasil já na segunda rodada. Uma eliminação na quinta-feira contra o São Bernardo esquenta a fervura no Parque São Jorge.

Nos bastidores, a derrota do grupo da situação, então liderada por Andrés Sanchez, ainda não assimilou a derrota nas urnas. Andrés fez alguns presidentes que tiveram vida própria dentro do Corinthians e tomaram decisões muitas vezes sem consultar os cacifes do clube. Duílio foi um deles. O entendimento de sua administração não condiz com o sofrimento do clube nos últimos anos, o aumento da dívida, o empobrecimento do elenco, os resultados ruins e as “furadas” em algumas contratações, como Mano Menezes e o meia paraguaio Matías Rojas, que cobra R$ 40 milhões do clube e levou o caso para a Fifa.

Há jogadores que deram graças a Deus de ter o contrato rescindido. Alguns estão indo para a Justiça a fim de receber seus direitos, como é o caso do meia Giuliano, agora jogador do Santos. Mesmo com a falta de dinheiro declarada pela nova gestão, o presidente Augusto Melo faz negócios caros no futebol. O dinheiro que envolveu a negociação de zagueiro Félix Torres teria sido de R$ 82 milhões por um contrato se quatro anos. Algumas transações estariam sendo feitas por advogados fora do Corinthians.

Depois de tirar o time de campo com a perda das eleições no ano passado, o grupo da situação resolveu atacar e não vai aceitar o que eles chamam de “mentiras” da atual gestão. Há uma semana, Duílio quebrou o silêncio para bater boca com o apresentador Benjamin Back, da CNN, sobre as finanças do clube. Outro dirigentes que estava “enterrado”, Mário Gobbi, ressurgiu atacando rivais e o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras. A direção do clube alviverde não deu a menor bola para suas provocações e desvio de foco.

O fato é que há um movimento dos dirigentes do antigo comando para se defender e defender suas ações no período em que estiveram no cargo. Alguns navegaram sozinhos. Outros em grupo. Os sucessores foram sendo eleitos nos últimos 16 anos, quando o clube teve bons momentos esportivos e financeiros, diga-se. Há quem diga no clube que Augusto Melo não vai sobreviver até o fim do seu mandato. Ele está no terceiro mês do seu primeiro ano à frente do clube.

Há muitas desinformações nesse momento no Parque São Jorge, muita confusão administrativa envolvendo contratos e distratos e contratações de jogadores, e uma tremenda falta de rumo para o time no ano. O Corinthians, sob o comando do bom técnico António Oliveira e com uma safra rica de garotos recém-campeões da Copinha, como Breno Bidon, não consegue olhar para a temporada e se enxergar nela. Vive um dia de cada vez sem fazer muitos planos.

Nunca o lugar-comum repetido pelos jogadores de que “temos de pensar no próximo jogo” foi tão real como agora para o Corinthians. E enquanto o elenco liderado por Cássio e Vagner tentam sobreviver ao terremoto no Parque São Jorge, seus dirigentes, de ontem e de hoje, continuam a se engalfinhar pelo e para o poder.

O Corinthians está em pé de guerra com o próprio Corinthians e só um sairá prejudicado dessa história: o próprio Corinthians. O clube implode nas provocações, acusações e bravatas de seus presidentes. Duílio Monteiro Alves, da gestão anterior, e Augusto Melo deixaram a diplomacia de lado e trocam farpas pelas redes sociais e imprensa. O motivo das desavenças que afundam o clube e o tornam “réu” nos tribunais esportivos, da Justiça do Trabalho e até da Fifa é um só: dinheiro.

A gestão passada diz que não gastou nada é que deixou o cofre equilibrado. A nova administração nega que o voo seja de brigadeiro nas finanças e diz que uma auditoria contratada vai desmascarar Duílio com uma dívida do Corinthians para mais de R$ 2 bilhões - isso equivale às receitas de duas temporadas. Ou seja, o Corinthians não tem como pagar sua conta em menos de dois anos.

Há apenas uma notícia boa nesse começo de temporada: o clube não parou de funcionar, mesmo a trancos e barrancos, e tem fôlego para continuar fazendo receita anual na casa dos R$ 900 milhões. O estádio em Itaquera, apesar da fase péssima do time, continua dando boas bilheterias, perto dos R$ 2,5 milhões. Metade desse valor desaparece com as despesas da partida. A outra metade é depositada no fundo para pagar a arena, cuja dívida é de R$ 700 milhões.

Duílio Monteiro Alves (esq.) deu lugar ao opositor Augusto Melo na presidência do Corinthians. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

As bravatas dos dois dirigentes dizem respeito unicamente à parte financeira. Um lado acusa o outro de mentir sobre a condição do caixa. Quem saiu diz que tem muito dinheiro no cofre e contratos vigentes capazes de virar o clube sem sobressaltos. Quem entrou nega tal situação confortável e afirma que o Corinthians está falido, com uma dívida altíssima e contratos ultrajantes.

Enquanto os homens que deveriam remar para o mesmo lado se afundam no barco, o time entra em parafuso, fica fora do Paulistão e tem jogo de “vida ou morte” na Copa do Brasil já na segunda rodada. Uma eliminação na quinta-feira contra o São Bernardo esquenta a fervura no Parque São Jorge.

Nos bastidores, a derrota do grupo da situação, então liderada por Andrés Sanchez, ainda não assimilou a derrota nas urnas. Andrés fez alguns presidentes que tiveram vida própria dentro do Corinthians e tomaram decisões muitas vezes sem consultar os cacifes do clube. Duílio foi um deles. O entendimento de sua administração não condiz com o sofrimento do clube nos últimos anos, o aumento da dívida, o empobrecimento do elenco, os resultados ruins e as “furadas” em algumas contratações, como Mano Menezes e o meia paraguaio Matías Rojas, que cobra R$ 40 milhões do clube e levou o caso para a Fifa.

Há jogadores que deram graças a Deus de ter o contrato rescindido. Alguns estão indo para a Justiça a fim de receber seus direitos, como é o caso do meia Giuliano, agora jogador do Santos. Mesmo com a falta de dinheiro declarada pela nova gestão, o presidente Augusto Melo faz negócios caros no futebol. O dinheiro que envolveu a negociação de zagueiro Félix Torres teria sido de R$ 82 milhões por um contrato se quatro anos. Algumas transações estariam sendo feitas por advogados fora do Corinthians.

Depois de tirar o time de campo com a perda das eleições no ano passado, o grupo da situação resolveu atacar e não vai aceitar o que eles chamam de “mentiras” da atual gestão. Há uma semana, Duílio quebrou o silêncio para bater boca com o apresentador Benjamin Back, da CNN, sobre as finanças do clube. Outro dirigentes que estava “enterrado”, Mário Gobbi, ressurgiu atacando rivais e o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras. A direção do clube alviverde não deu a menor bola para suas provocações e desvio de foco.

O fato é que há um movimento dos dirigentes do antigo comando para se defender e defender suas ações no período em que estiveram no cargo. Alguns navegaram sozinhos. Outros em grupo. Os sucessores foram sendo eleitos nos últimos 16 anos, quando o clube teve bons momentos esportivos e financeiros, diga-se. Há quem diga no clube que Augusto Melo não vai sobreviver até o fim do seu mandato. Ele está no terceiro mês do seu primeiro ano à frente do clube.

Há muitas desinformações nesse momento no Parque São Jorge, muita confusão administrativa envolvendo contratos e distratos e contratações de jogadores, e uma tremenda falta de rumo para o time no ano. O Corinthians, sob o comando do bom técnico António Oliveira e com uma safra rica de garotos recém-campeões da Copinha, como Breno Bidon, não consegue olhar para a temporada e se enxergar nela. Vive um dia de cada vez sem fazer muitos planos.

Nunca o lugar-comum repetido pelos jogadores de que “temos de pensar no próximo jogo” foi tão real como agora para o Corinthians. E enquanto o elenco liderado por Cássio e Vagner tentam sobreviver ao terremoto no Parque São Jorge, seus dirigentes, de ontem e de hoje, continuam a se engalfinhar pelo e para o poder.

O Corinthians está em pé de guerra com o próprio Corinthians e só um sairá prejudicado dessa história: o próprio Corinthians. O clube implode nas provocações, acusações e bravatas de seus presidentes. Duílio Monteiro Alves, da gestão anterior, e Augusto Melo deixaram a diplomacia de lado e trocam farpas pelas redes sociais e imprensa. O motivo das desavenças que afundam o clube e o tornam “réu” nos tribunais esportivos, da Justiça do Trabalho e até da Fifa é um só: dinheiro.

A gestão passada diz que não gastou nada é que deixou o cofre equilibrado. A nova administração nega que o voo seja de brigadeiro nas finanças e diz que uma auditoria contratada vai desmascarar Duílio com uma dívida do Corinthians para mais de R$ 2 bilhões - isso equivale às receitas de duas temporadas. Ou seja, o Corinthians não tem como pagar sua conta em menos de dois anos.

Há apenas uma notícia boa nesse começo de temporada: o clube não parou de funcionar, mesmo a trancos e barrancos, e tem fôlego para continuar fazendo receita anual na casa dos R$ 900 milhões. O estádio em Itaquera, apesar da fase péssima do time, continua dando boas bilheterias, perto dos R$ 2,5 milhões. Metade desse valor desaparece com as despesas da partida. A outra metade é depositada no fundo para pagar a arena, cuja dívida é de R$ 700 milhões.

Duílio Monteiro Alves (esq.) deu lugar ao opositor Augusto Melo na presidência do Corinthians. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

As bravatas dos dois dirigentes dizem respeito unicamente à parte financeira. Um lado acusa o outro de mentir sobre a condição do caixa. Quem saiu diz que tem muito dinheiro no cofre e contratos vigentes capazes de virar o clube sem sobressaltos. Quem entrou nega tal situação confortável e afirma que o Corinthians está falido, com uma dívida altíssima e contratos ultrajantes.

Enquanto os homens que deveriam remar para o mesmo lado se afundam no barco, o time entra em parafuso, fica fora do Paulistão e tem jogo de “vida ou morte” na Copa do Brasil já na segunda rodada. Uma eliminação na quinta-feira contra o São Bernardo esquenta a fervura no Parque São Jorge.

Nos bastidores, a derrota do grupo da situação, então liderada por Andrés Sanchez, ainda não assimilou a derrota nas urnas. Andrés fez alguns presidentes que tiveram vida própria dentro do Corinthians e tomaram decisões muitas vezes sem consultar os cacifes do clube. Duílio foi um deles. O entendimento de sua administração não condiz com o sofrimento do clube nos últimos anos, o aumento da dívida, o empobrecimento do elenco, os resultados ruins e as “furadas” em algumas contratações, como Mano Menezes e o meia paraguaio Matías Rojas, que cobra R$ 40 milhões do clube e levou o caso para a Fifa.

Há jogadores que deram graças a Deus de ter o contrato rescindido. Alguns estão indo para a Justiça a fim de receber seus direitos, como é o caso do meia Giuliano, agora jogador do Santos. Mesmo com a falta de dinheiro declarada pela nova gestão, o presidente Augusto Melo faz negócios caros no futebol. O dinheiro que envolveu a negociação de zagueiro Félix Torres teria sido de R$ 82 milhões por um contrato se quatro anos. Algumas transações estariam sendo feitas por advogados fora do Corinthians.

Depois de tirar o time de campo com a perda das eleições no ano passado, o grupo da situação resolveu atacar e não vai aceitar o que eles chamam de “mentiras” da atual gestão. Há uma semana, Duílio quebrou o silêncio para bater boca com o apresentador Benjamin Back, da CNN, sobre as finanças do clube. Outro dirigentes que estava “enterrado”, Mário Gobbi, ressurgiu atacando rivais e o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras. A direção do clube alviverde não deu a menor bola para suas provocações e desvio de foco.

O fato é que há um movimento dos dirigentes do antigo comando para se defender e defender suas ações no período em que estiveram no cargo. Alguns navegaram sozinhos. Outros em grupo. Os sucessores foram sendo eleitos nos últimos 16 anos, quando o clube teve bons momentos esportivos e financeiros, diga-se. Há quem diga no clube que Augusto Melo não vai sobreviver até o fim do seu mandato. Ele está no terceiro mês do seu primeiro ano à frente do clube.

Há muitas desinformações nesse momento no Parque São Jorge, muita confusão administrativa envolvendo contratos e distratos e contratações de jogadores, e uma tremenda falta de rumo para o time no ano. O Corinthians, sob o comando do bom técnico António Oliveira e com uma safra rica de garotos recém-campeões da Copinha, como Breno Bidon, não consegue olhar para a temporada e se enxergar nela. Vive um dia de cada vez sem fazer muitos planos.

Nunca o lugar-comum repetido pelos jogadores de que “temos de pensar no próximo jogo” foi tão real como agora para o Corinthians. E enquanto o elenco liderado por Cássio e Vagner tentam sobreviver ao terremoto no Parque São Jorge, seus dirigentes, de ontem e de hoje, continuam a se engalfinhar pelo e para o poder.

O Corinthians está em pé de guerra com o próprio Corinthians e só um sairá prejudicado dessa história: o próprio Corinthians. O clube implode nas provocações, acusações e bravatas de seus presidentes. Duílio Monteiro Alves, da gestão anterior, e Augusto Melo deixaram a diplomacia de lado e trocam farpas pelas redes sociais e imprensa. O motivo das desavenças que afundam o clube e o tornam “réu” nos tribunais esportivos, da Justiça do Trabalho e até da Fifa é um só: dinheiro.

A gestão passada diz que não gastou nada é que deixou o cofre equilibrado. A nova administração nega que o voo seja de brigadeiro nas finanças e diz que uma auditoria contratada vai desmascarar Duílio com uma dívida do Corinthians para mais de R$ 2 bilhões - isso equivale às receitas de duas temporadas. Ou seja, o Corinthians não tem como pagar sua conta em menos de dois anos.

Há apenas uma notícia boa nesse começo de temporada: o clube não parou de funcionar, mesmo a trancos e barrancos, e tem fôlego para continuar fazendo receita anual na casa dos R$ 900 milhões. O estádio em Itaquera, apesar da fase péssima do time, continua dando boas bilheterias, perto dos R$ 2,5 milhões. Metade desse valor desaparece com as despesas da partida. A outra metade é depositada no fundo para pagar a arena, cuja dívida é de R$ 700 milhões.

Duílio Monteiro Alves (esq.) deu lugar ao opositor Augusto Melo na presidência do Corinthians. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

As bravatas dos dois dirigentes dizem respeito unicamente à parte financeira. Um lado acusa o outro de mentir sobre a condição do caixa. Quem saiu diz que tem muito dinheiro no cofre e contratos vigentes capazes de virar o clube sem sobressaltos. Quem entrou nega tal situação confortável e afirma que o Corinthians está falido, com uma dívida altíssima e contratos ultrajantes.

Enquanto os homens que deveriam remar para o mesmo lado se afundam no barco, o time entra em parafuso, fica fora do Paulistão e tem jogo de “vida ou morte” na Copa do Brasil já na segunda rodada. Uma eliminação na quinta-feira contra o São Bernardo esquenta a fervura no Parque São Jorge.

Nos bastidores, a derrota do grupo da situação, então liderada por Andrés Sanchez, ainda não assimilou a derrota nas urnas. Andrés fez alguns presidentes que tiveram vida própria dentro do Corinthians e tomaram decisões muitas vezes sem consultar os cacifes do clube. Duílio foi um deles. O entendimento de sua administração não condiz com o sofrimento do clube nos últimos anos, o aumento da dívida, o empobrecimento do elenco, os resultados ruins e as “furadas” em algumas contratações, como Mano Menezes e o meia paraguaio Matías Rojas, que cobra R$ 40 milhões do clube e levou o caso para a Fifa.

Há jogadores que deram graças a Deus de ter o contrato rescindido. Alguns estão indo para a Justiça a fim de receber seus direitos, como é o caso do meia Giuliano, agora jogador do Santos. Mesmo com a falta de dinheiro declarada pela nova gestão, o presidente Augusto Melo faz negócios caros no futebol. O dinheiro que envolveu a negociação de zagueiro Félix Torres teria sido de R$ 82 milhões por um contrato se quatro anos. Algumas transações estariam sendo feitas por advogados fora do Corinthians.

Depois de tirar o time de campo com a perda das eleições no ano passado, o grupo da situação resolveu atacar e não vai aceitar o que eles chamam de “mentiras” da atual gestão. Há uma semana, Duílio quebrou o silêncio para bater boca com o apresentador Benjamin Back, da CNN, sobre as finanças do clube. Outro dirigentes que estava “enterrado”, Mário Gobbi, ressurgiu atacando rivais e o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras. A direção do clube alviverde não deu a menor bola para suas provocações e desvio de foco.

O fato é que há um movimento dos dirigentes do antigo comando para se defender e defender suas ações no período em que estiveram no cargo. Alguns navegaram sozinhos. Outros em grupo. Os sucessores foram sendo eleitos nos últimos 16 anos, quando o clube teve bons momentos esportivos e financeiros, diga-se. Há quem diga no clube que Augusto Melo não vai sobreviver até o fim do seu mandato. Ele está no terceiro mês do seu primeiro ano à frente do clube.

Há muitas desinformações nesse momento no Parque São Jorge, muita confusão administrativa envolvendo contratos e distratos e contratações de jogadores, e uma tremenda falta de rumo para o time no ano. O Corinthians, sob o comando do bom técnico António Oliveira e com uma safra rica de garotos recém-campeões da Copinha, como Breno Bidon, não consegue olhar para a temporada e se enxergar nela. Vive um dia de cada vez sem fazer muitos planos.

Nunca o lugar-comum repetido pelos jogadores de que “temos de pensar no próximo jogo” foi tão real como agora para o Corinthians. E enquanto o elenco liderado por Cássio e Vagner tentam sobreviver ao terremoto no Parque São Jorge, seus dirigentes, de ontem e de hoje, continuam a se engalfinhar pelo e para o poder.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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