Como a IA promete revolucionar segurança, estatísticas e transmissão da Olimpíada 2024


Tecnologia deve auxiliar a preparação de atletas e distribuição de conteúdos pelas TVs, mas enfrenta questionamentos sobre reconhecimento facial

Por Marcos Antomil

O Comitê Olímpico Internacional (COI) vê a inteligência artificial (IA) como uma tecnologia transformadora para a segurança, análise de dados dos atletas e transmissão do Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Esses três setores serão diretamente afetados pela implementação de novidades digitais que aperfeiçoaram o modo como os torcedores desfrutam do evento, presencialmente ou à distância, através das televisões e celulares. A Olimpíada será realizada entre os dias 24 de julho e 11 de agosto.

Segurança é a maior preocupação dos organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris. Foto: Michel Euler/AP

Experiência do público nos Jogos de Paris

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Apesar de a inteligência artificial já estar sendo adotada pela cobertura televisiva desde os Jogos de Inverno de PyeongChang, em 2018, a sua aplicação será mais abrangente neste ano. A geração de replays em 360º é um dos recursos possibilitados pela inteligência artificial. Com a chance de usar novos meios para reproduzir imagens em ângulos jamais vistos, o COI aposta na ferramenta para melhorar ainda mais a experiência dos telespectadores.

Uma parceria do COI, por meio do Serviço Olímpico de Transmissão (OBS, sigla em inglês) com a Intel vai possibilitar pela primeira vez a transmissão dos Jogos Olímpicos ao vivo em 8K, que representa uma imagem de altíssima resolução presente nos televisores e computadores mais modernos do mercado. Além disso, a IA desenvolvida pela empresa possibilitará cortes personalizados e distribuição de conteúdos para as emissoras com mais eficácia, substituindo o trabalho de edição tradicional.

O revezamento da tocha é uma das cerimônias mais tradicionais que antecedem os Jogos e buscam integrar as diferentes regiões do país ao clima olímpico. Foto: Lou Benoist/AFP
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“Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos são a maior vitrine do mundo para os melhores atletas ultrapassarem seus limites e fazerem coisas que nunca imaginamos serem possíveis”, analisou Sarah Vickers, líder do escritório de Jogos Olímpicos e Paralímpicos da Intel.

A ideia é que os Jogos Olímpicos de Paris consigam modificar a forma como os torcedores consomem o evento. A inteligência artificial deve estar a serviço da interatividade, de modo a integrar o fã às modalidades disputadas na capital francesa. Novidades podem ser apresentadas nas próximas semanas.

“Uma das missões dos Jogos Olímpicos é deixar um legado para a população local e. com certeza, os avanços com IA ficarão marcados como um desses impactos. É certo que a inteligência artificial irá agregar muito para o avanço da infraestrutura esportiva”, ressalta Sergio Schildt, presidente da Recoma, empresa especializada em construções esportivas.

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Segurança na Olimpíada 2024

A segurança é um dos temas mais sensíveis para os organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris. Tanto que a França pediu apoio para 46 países que auxiliarão na proteção de atletas, delegações e fãs durante todo o evento. São esperados 2.185 policiais. O Brasil, conforme antecipou o Estadão, enviará 14 agentes da Polícia Federal para a capital francesa. Além disso, agentes de segurança da Embaixada brasileira em Paris vão compor o centro de cooperação internacional dos Jogos.

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Desde o fim de 2023, a França testa câmeras que utilizam inteligência artificial para identificar crimes e capazes de diferenciar até gêmeos idênticos por meio de um software reconhecimento facial. O uso desses equipamentos, porém, tem sido alvo de debates locais, como a maioria dos setores que a inteligência artificial afeta.

Soldados da Legião Estrangeira Francesa participam de um exercício de treinamento em bases militares em Canjuers, sul da França, em 28 de maio de 2024, antes de serem enviados a Paris para garantir missões de segurança durante a Olimpíada de Paris. Foto: Nicolas Tucat/AFP

Nos últimos meses, a União Europeia aprovou uma lei que regula o uso da IA e atinge o tema segurança. O texto, que ainda precisa da aprovação local dos países-membro do bloco, prevê a proibição de classificação de cidadãos por meio dessa tecnologia e o veto a sistemas de monitoramento em massa.

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Uma das grandes preocupações francesas se concentra em ameaças terroristas. Por isso, a tecnologia das câmeras permitirá a vigilância dos atletas e do público, além da identificação de potenciais riscos, como bolsas, pacotes abandonados e até pessoas deitadas no chão.

“A tecnologia de inteligência artificial oferece uma camada adicional de proteção, ajudando a identificar possíveis ameaças e agir rapidamente para mitigar riscos. Vale reforçar que a eficiência deve ser equilibrada com privacidade e ética”, afirma Cristiano Maschio, CEO da fintech Qesh.

IA a serviço de técnicos e atletas

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O tratamento de dados pode influenciar diretamente o desenvolvimento técnico e esportivo de um atleta. A forma como esses números, marcas e estatísticas são analisadas podem ser determinantes para a definição de um treinamento mais específico ou a necessidade de melhora em um movimento que o atleta executa, por exemplo.

Por isso, a inteligência artificial impactará na preparação dos atletas e no trabalho dos treinadores durante os Jogos. Os atletas terão informações mais precisas sobre as performances nas competições, possibilitando uma análise de desempenho mais completa.

Gabriel Medina em ação nas ondas do Taiti, onde será a disputa do surfe nos Jogos de Paris. Foto: Thomas Bevilacqua/Reuters

Dessa forma, a IA será uma aliada dos sistemas de cronometragem e no julgamento dos competidores naquelas modalidades que têm jurados. “A análise de desempenho dos atletas promete elevar o nível de precisão e insights, proporcionando uma experiência mais informativa para todos os envolvidos”, afirma Vitor Roma, CEO da keeggo, consultoria especializada em tecnologia.

O COI também afirma que uma das utilidades da IA será em coibir o assédio online a atletas. Outra utilidade futura será para a descoberta de novos talentos, que poderiam não ter a oportunidade de se desenvolver como esportistas. A capacidade de um jovem saltar, correr, fazer movimentos relativos a uma modalidade podem ser averiguados de modo mais fidedigno com uso da inteligência artificial.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) vê a inteligência artificial (IA) como uma tecnologia transformadora para a segurança, análise de dados dos atletas e transmissão do Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Esses três setores serão diretamente afetados pela implementação de novidades digitais que aperfeiçoaram o modo como os torcedores desfrutam do evento, presencialmente ou à distância, através das televisões e celulares. A Olimpíada será realizada entre os dias 24 de julho e 11 de agosto.

Segurança é a maior preocupação dos organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris. Foto: Michel Euler/AP

Experiência do público nos Jogos de Paris

Apesar de a inteligência artificial já estar sendo adotada pela cobertura televisiva desde os Jogos de Inverno de PyeongChang, em 2018, a sua aplicação será mais abrangente neste ano. A geração de replays em 360º é um dos recursos possibilitados pela inteligência artificial. Com a chance de usar novos meios para reproduzir imagens em ângulos jamais vistos, o COI aposta na ferramenta para melhorar ainda mais a experiência dos telespectadores.

Uma parceria do COI, por meio do Serviço Olímpico de Transmissão (OBS, sigla em inglês) com a Intel vai possibilitar pela primeira vez a transmissão dos Jogos Olímpicos ao vivo em 8K, que representa uma imagem de altíssima resolução presente nos televisores e computadores mais modernos do mercado. Além disso, a IA desenvolvida pela empresa possibilitará cortes personalizados e distribuição de conteúdos para as emissoras com mais eficácia, substituindo o trabalho de edição tradicional.

O revezamento da tocha é uma das cerimônias mais tradicionais que antecedem os Jogos e buscam integrar as diferentes regiões do país ao clima olímpico. Foto: Lou Benoist/AFP

“Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos são a maior vitrine do mundo para os melhores atletas ultrapassarem seus limites e fazerem coisas que nunca imaginamos serem possíveis”, analisou Sarah Vickers, líder do escritório de Jogos Olímpicos e Paralímpicos da Intel.

A ideia é que os Jogos Olímpicos de Paris consigam modificar a forma como os torcedores consomem o evento. A inteligência artificial deve estar a serviço da interatividade, de modo a integrar o fã às modalidades disputadas na capital francesa. Novidades podem ser apresentadas nas próximas semanas.

“Uma das missões dos Jogos Olímpicos é deixar um legado para a população local e. com certeza, os avanços com IA ficarão marcados como um desses impactos. É certo que a inteligência artificial irá agregar muito para o avanço da infraestrutura esportiva”, ressalta Sergio Schildt, presidente da Recoma, empresa especializada em construções esportivas.

Segurança na Olimpíada 2024

A segurança é um dos temas mais sensíveis para os organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris. Tanto que a França pediu apoio para 46 países que auxiliarão na proteção de atletas, delegações e fãs durante todo o evento. São esperados 2.185 policiais. O Brasil, conforme antecipou o Estadão, enviará 14 agentes da Polícia Federal para a capital francesa. Além disso, agentes de segurança da Embaixada brasileira em Paris vão compor o centro de cooperação internacional dos Jogos.

Desde o fim de 2023, a França testa câmeras que utilizam inteligência artificial para identificar crimes e capazes de diferenciar até gêmeos idênticos por meio de um software reconhecimento facial. O uso desses equipamentos, porém, tem sido alvo de debates locais, como a maioria dos setores que a inteligência artificial afeta.

Soldados da Legião Estrangeira Francesa participam de um exercício de treinamento em bases militares em Canjuers, sul da França, em 28 de maio de 2024, antes de serem enviados a Paris para garantir missões de segurança durante a Olimpíada de Paris. Foto: Nicolas Tucat/AFP

Nos últimos meses, a União Europeia aprovou uma lei que regula o uso da IA e atinge o tema segurança. O texto, que ainda precisa da aprovação local dos países-membro do bloco, prevê a proibição de classificação de cidadãos por meio dessa tecnologia e o veto a sistemas de monitoramento em massa.

Uma das grandes preocupações francesas se concentra em ameaças terroristas. Por isso, a tecnologia das câmeras permitirá a vigilância dos atletas e do público, além da identificação de potenciais riscos, como bolsas, pacotes abandonados e até pessoas deitadas no chão.

“A tecnologia de inteligência artificial oferece uma camada adicional de proteção, ajudando a identificar possíveis ameaças e agir rapidamente para mitigar riscos. Vale reforçar que a eficiência deve ser equilibrada com privacidade e ética”, afirma Cristiano Maschio, CEO da fintech Qesh.

IA a serviço de técnicos e atletas

O tratamento de dados pode influenciar diretamente o desenvolvimento técnico e esportivo de um atleta. A forma como esses números, marcas e estatísticas são analisadas podem ser determinantes para a definição de um treinamento mais específico ou a necessidade de melhora em um movimento que o atleta executa, por exemplo.

Por isso, a inteligência artificial impactará na preparação dos atletas e no trabalho dos treinadores durante os Jogos. Os atletas terão informações mais precisas sobre as performances nas competições, possibilitando uma análise de desempenho mais completa.

Gabriel Medina em ação nas ondas do Taiti, onde será a disputa do surfe nos Jogos de Paris. Foto: Thomas Bevilacqua/Reuters

Dessa forma, a IA será uma aliada dos sistemas de cronometragem e no julgamento dos competidores naquelas modalidades que têm jurados. “A análise de desempenho dos atletas promete elevar o nível de precisão e insights, proporcionando uma experiência mais informativa para todos os envolvidos”, afirma Vitor Roma, CEO da keeggo, consultoria especializada em tecnologia.

O COI também afirma que uma das utilidades da IA será em coibir o assédio online a atletas. Outra utilidade futura será para a descoberta de novos talentos, que poderiam não ter a oportunidade de se desenvolver como esportistas. A capacidade de um jovem saltar, correr, fazer movimentos relativos a uma modalidade podem ser averiguados de modo mais fidedigno com uso da inteligência artificial.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) vê a inteligência artificial (IA) como uma tecnologia transformadora para a segurança, análise de dados dos atletas e transmissão do Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Esses três setores serão diretamente afetados pela implementação de novidades digitais que aperfeiçoaram o modo como os torcedores desfrutam do evento, presencialmente ou à distância, através das televisões e celulares. A Olimpíada será realizada entre os dias 24 de julho e 11 de agosto.

Segurança é a maior preocupação dos organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris. Foto: Michel Euler/AP

Experiência do público nos Jogos de Paris

Apesar de a inteligência artificial já estar sendo adotada pela cobertura televisiva desde os Jogos de Inverno de PyeongChang, em 2018, a sua aplicação será mais abrangente neste ano. A geração de replays em 360º é um dos recursos possibilitados pela inteligência artificial. Com a chance de usar novos meios para reproduzir imagens em ângulos jamais vistos, o COI aposta na ferramenta para melhorar ainda mais a experiência dos telespectadores.

Uma parceria do COI, por meio do Serviço Olímpico de Transmissão (OBS, sigla em inglês) com a Intel vai possibilitar pela primeira vez a transmissão dos Jogos Olímpicos ao vivo em 8K, que representa uma imagem de altíssima resolução presente nos televisores e computadores mais modernos do mercado. Além disso, a IA desenvolvida pela empresa possibilitará cortes personalizados e distribuição de conteúdos para as emissoras com mais eficácia, substituindo o trabalho de edição tradicional.

O revezamento da tocha é uma das cerimônias mais tradicionais que antecedem os Jogos e buscam integrar as diferentes regiões do país ao clima olímpico. Foto: Lou Benoist/AFP

“Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos são a maior vitrine do mundo para os melhores atletas ultrapassarem seus limites e fazerem coisas que nunca imaginamos serem possíveis”, analisou Sarah Vickers, líder do escritório de Jogos Olímpicos e Paralímpicos da Intel.

A ideia é que os Jogos Olímpicos de Paris consigam modificar a forma como os torcedores consomem o evento. A inteligência artificial deve estar a serviço da interatividade, de modo a integrar o fã às modalidades disputadas na capital francesa. Novidades podem ser apresentadas nas próximas semanas.

“Uma das missões dos Jogos Olímpicos é deixar um legado para a população local e. com certeza, os avanços com IA ficarão marcados como um desses impactos. É certo que a inteligência artificial irá agregar muito para o avanço da infraestrutura esportiva”, ressalta Sergio Schildt, presidente da Recoma, empresa especializada em construções esportivas.

Segurança na Olimpíada 2024

A segurança é um dos temas mais sensíveis para os organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris. Tanto que a França pediu apoio para 46 países que auxiliarão na proteção de atletas, delegações e fãs durante todo o evento. São esperados 2.185 policiais. O Brasil, conforme antecipou o Estadão, enviará 14 agentes da Polícia Federal para a capital francesa. Além disso, agentes de segurança da Embaixada brasileira em Paris vão compor o centro de cooperação internacional dos Jogos.

Desde o fim de 2023, a França testa câmeras que utilizam inteligência artificial para identificar crimes e capazes de diferenciar até gêmeos idênticos por meio de um software reconhecimento facial. O uso desses equipamentos, porém, tem sido alvo de debates locais, como a maioria dos setores que a inteligência artificial afeta.

Soldados da Legião Estrangeira Francesa participam de um exercício de treinamento em bases militares em Canjuers, sul da França, em 28 de maio de 2024, antes de serem enviados a Paris para garantir missões de segurança durante a Olimpíada de Paris. Foto: Nicolas Tucat/AFP

Nos últimos meses, a União Europeia aprovou uma lei que regula o uso da IA e atinge o tema segurança. O texto, que ainda precisa da aprovação local dos países-membro do bloco, prevê a proibição de classificação de cidadãos por meio dessa tecnologia e o veto a sistemas de monitoramento em massa.

Uma das grandes preocupações francesas se concentra em ameaças terroristas. Por isso, a tecnologia das câmeras permitirá a vigilância dos atletas e do público, além da identificação de potenciais riscos, como bolsas, pacotes abandonados e até pessoas deitadas no chão.

“A tecnologia de inteligência artificial oferece uma camada adicional de proteção, ajudando a identificar possíveis ameaças e agir rapidamente para mitigar riscos. Vale reforçar que a eficiência deve ser equilibrada com privacidade e ética”, afirma Cristiano Maschio, CEO da fintech Qesh.

IA a serviço de técnicos e atletas

O tratamento de dados pode influenciar diretamente o desenvolvimento técnico e esportivo de um atleta. A forma como esses números, marcas e estatísticas são analisadas podem ser determinantes para a definição de um treinamento mais específico ou a necessidade de melhora em um movimento que o atleta executa, por exemplo.

Por isso, a inteligência artificial impactará na preparação dos atletas e no trabalho dos treinadores durante os Jogos. Os atletas terão informações mais precisas sobre as performances nas competições, possibilitando uma análise de desempenho mais completa.

Gabriel Medina em ação nas ondas do Taiti, onde será a disputa do surfe nos Jogos de Paris. Foto: Thomas Bevilacqua/Reuters

Dessa forma, a IA será uma aliada dos sistemas de cronometragem e no julgamento dos competidores naquelas modalidades que têm jurados. “A análise de desempenho dos atletas promete elevar o nível de precisão e insights, proporcionando uma experiência mais informativa para todos os envolvidos”, afirma Vitor Roma, CEO da keeggo, consultoria especializada em tecnologia.

O COI também afirma que uma das utilidades da IA será em coibir o assédio online a atletas. Outra utilidade futura será para a descoberta de novos talentos, que poderiam não ter a oportunidade de se desenvolver como esportistas. A capacidade de um jovem saltar, correr, fazer movimentos relativos a uma modalidade podem ser averiguados de modo mais fidedigno com uso da inteligência artificial.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) vê a inteligência artificial (IA) como uma tecnologia transformadora para a segurança, análise de dados dos atletas e transmissão do Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Esses três setores serão diretamente afetados pela implementação de novidades digitais que aperfeiçoaram o modo como os torcedores desfrutam do evento, presencialmente ou à distância, através das televisões e celulares. A Olimpíada será realizada entre os dias 24 de julho e 11 de agosto.

Segurança é a maior preocupação dos organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris. Foto: Michel Euler/AP

Experiência do público nos Jogos de Paris

Apesar de a inteligência artificial já estar sendo adotada pela cobertura televisiva desde os Jogos de Inverno de PyeongChang, em 2018, a sua aplicação será mais abrangente neste ano. A geração de replays em 360º é um dos recursos possibilitados pela inteligência artificial. Com a chance de usar novos meios para reproduzir imagens em ângulos jamais vistos, o COI aposta na ferramenta para melhorar ainda mais a experiência dos telespectadores.

Uma parceria do COI, por meio do Serviço Olímpico de Transmissão (OBS, sigla em inglês) com a Intel vai possibilitar pela primeira vez a transmissão dos Jogos Olímpicos ao vivo em 8K, que representa uma imagem de altíssima resolução presente nos televisores e computadores mais modernos do mercado. Além disso, a IA desenvolvida pela empresa possibilitará cortes personalizados e distribuição de conteúdos para as emissoras com mais eficácia, substituindo o trabalho de edição tradicional.

O revezamento da tocha é uma das cerimônias mais tradicionais que antecedem os Jogos e buscam integrar as diferentes regiões do país ao clima olímpico. Foto: Lou Benoist/AFP

“Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos são a maior vitrine do mundo para os melhores atletas ultrapassarem seus limites e fazerem coisas que nunca imaginamos serem possíveis”, analisou Sarah Vickers, líder do escritório de Jogos Olímpicos e Paralímpicos da Intel.

A ideia é que os Jogos Olímpicos de Paris consigam modificar a forma como os torcedores consomem o evento. A inteligência artificial deve estar a serviço da interatividade, de modo a integrar o fã às modalidades disputadas na capital francesa. Novidades podem ser apresentadas nas próximas semanas.

“Uma das missões dos Jogos Olímpicos é deixar um legado para a população local e. com certeza, os avanços com IA ficarão marcados como um desses impactos. É certo que a inteligência artificial irá agregar muito para o avanço da infraestrutura esportiva”, ressalta Sergio Schildt, presidente da Recoma, empresa especializada em construções esportivas.

Segurança na Olimpíada 2024

A segurança é um dos temas mais sensíveis para os organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris. Tanto que a França pediu apoio para 46 países que auxiliarão na proteção de atletas, delegações e fãs durante todo o evento. São esperados 2.185 policiais. O Brasil, conforme antecipou o Estadão, enviará 14 agentes da Polícia Federal para a capital francesa. Além disso, agentes de segurança da Embaixada brasileira em Paris vão compor o centro de cooperação internacional dos Jogos.

Desde o fim de 2023, a França testa câmeras que utilizam inteligência artificial para identificar crimes e capazes de diferenciar até gêmeos idênticos por meio de um software reconhecimento facial. O uso desses equipamentos, porém, tem sido alvo de debates locais, como a maioria dos setores que a inteligência artificial afeta.

Soldados da Legião Estrangeira Francesa participam de um exercício de treinamento em bases militares em Canjuers, sul da França, em 28 de maio de 2024, antes de serem enviados a Paris para garantir missões de segurança durante a Olimpíada de Paris. Foto: Nicolas Tucat/AFP

Nos últimos meses, a União Europeia aprovou uma lei que regula o uso da IA e atinge o tema segurança. O texto, que ainda precisa da aprovação local dos países-membro do bloco, prevê a proibição de classificação de cidadãos por meio dessa tecnologia e o veto a sistemas de monitoramento em massa.

Uma das grandes preocupações francesas se concentra em ameaças terroristas. Por isso, a tecnologia das câmeras permitirá a vigilância dos atletas e do público, além da identificação de potenciais riscos, como bolsas, pacotes abandonados e até pessoas deitadas no chão.

“A tecnologia de inteligência artificial oferece uma camada adicional de proteção, ajudando a identificar possíveis ameaças e agir rapidamente para mitigar riscos. Vale reforçar que a eficiência deve ser equilibrada com privacidade e ética”, afirma Cristiano Maschio, CEO da fintech Qesh.

IA a serviço de técnicos e atletas

O tratamento de dados pode influenciar diretamente o desenvolvimento técnico e esportivo de um atleta. A forma como esses números, marcas e estatísticas são analisadas podem ser determinantes para a definição de um treinamento mais específico ou a necessidade de melhora em um movimento que o atleta executa, por exemplo.

Por isso, a inteligência artificial impactará na preparação dos atletas e no trabalho dos treinadores durante os Jogos. Os atletas terão informações mais precisas sobre as performances nas competições, possibilitando uma análise de desempenho mais completa.

Gabriel Medina em ação nas ondas do Taiti, onde será a disputa do surfe nos Jogos de Paris. Foto: Thomas Bevilacqua/Reuters

Dessa forma, a IA será uma aliada dos sistemas de cronometragem e no julgamento dos competidores naquelas modalidades que têm jurados. “A análise de desempenho dos atletas promete elevar o nível de precisão e insights, proporcionando uma experiência mais informativa para todos os envolvidos”, afirma Vitor Roma, CEO da keeggo, consultoria especializada em tecnologia.

O COI também afirma que uma das utilidades da IA será em coibir o assédio online a atletas. Outra utilidade futura será para a descoberta de novos talentos, que poderiam não ter a oportunidade de se desenvolver como esportistas. A capacidade de um jovem saltar, correr, fazer movimentos relativos a uma modalidade podem ser averiguados de modo mais fidedigno com uso da inteligência artificial.

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