Olimpíadas: como Calderano mudou patamar do tênis de mesa brasileiro para tentar medalha histórica


Mesatenista carioca pode ser o primeiro representante das Américas a subir ao pódio da modalidade

Por Bruno Accorsi e Ricardo Magatti
Atualização:

O tênis de mesa é um esporte totalmente dominado por competidores asiáticos, especialmente chineses, e nunca teve um medalhista olímpico das Américas, história que pode ser modificada por um brasileiro. Semifinalista nas Olimpíadas de Paris, Hugo Calerano pode ser o primeiro mesatenista do continente a subir ao pódio e se juntar a um pequeno grupo de não asiáticos que conquistaram medalhas em Jogos Olímpicos. Caso vença o duelo com o sueco Truls Moeregaardh, às 9h30 desta sexta-feira, vai à final e confirma o feito.

“É muito difícil. Estou lutando, não só eu, mas os atletas estão lutando contra treinadores, tradições, que é o que acontece na China e na Ásia em geral, e em alguns países da Europa. É um grande desafio para mim, mas ao mesmo tempo é disso que eu gosto. No meu esporte, preciso ultrapassar os limites e quebrar essas barreiras para trazer tanta alegria ao meu povo”, diz Calderano em entrevista ao Estadão.

Hugo Calderano é o mesatenista de maior sucesso da história do esporte brasileiro. Foto: Petros Giannakouris/AP
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Apenas quatro países fora da Ásia conseguiram ir ao pódio do tênis de mesa olímpico. O único ouro é da Suécia, alcançado por Jan-Ove Waldner em Barcelona-1992 - os suecos têm, ainda, uma prata e um bronze. Alemanha (quatro prata e cinco bronzes), França (uma prata e um bronze) e a antiga Iugoslávia (uma prata e um bronze) completam a curta lista.

O domínio chinês é gritante. São 60 medalhas para a China, das quais 32 são de ouro, 20 de prata e oito de bronze. A nação que chega mais perto é a Coreia do Sul, com três ouros, três pratas e 12 bronzes, um total de 18 medalhas. No terceiro lugar do ranking, está o Japão, com oito pódios - um ouro, uma prata e quatro bronzes.

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No Brasil, o tênis de mesa teve nomes relevantes ao longo da história, mas jamais um atleta havia elevado tanto o nível quanto Calderano. O esporte é praticado no País desde 1903, trazido por turistas ingleses, porém o caminho até a profissionalização foi longo.

Brasileiros começaram a participar de torneios mundiais no final da década de 1940 e tiveram alguns episódios marcantes, como a vitória de Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba, aos 13 anos, sobre o então campeão mundial Rong Guotuan, no Mundial de Pequim, em 1961.

O desenvolvimento da prática acelerou-se durante a década de 1980, com as primeiras medalhas conquistadas em Jogos Pan-Americanos, pouco antes de o esporte tornar-se Olímpico, ao ser incluído nas Olimpíadas de Seul, em 1988. Claudio Kano, que mais tardia morreria em um acidente automobilístico no dia do embarque para os Jogos de Atlanta-1996, e Carlos Kawai foram os representantes do Brasil na primeira disputa olímpica do tênis de mesa.

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Durante a década de 1990, começou a despontar o talento de Hugo Oyama, que chegou às oitavas de final em Atlanta, à época o melhor resultado alcançando por um mesatenista brasileiro em Olimpíadas. Oyama ajudou na evolução do esporte e virou um personagem respeitado do esporte, dominante nas Américas com com dez medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos entre disputas por equipes, duplas e individuais. Ele é até citado em um episódio da série americana The Office, pelo personagem Dwight, que diz ter “um pôster em tamanho real de Hugo Hoyama na parede.”

Um Hugo se conecta ao outro na evolução do tênis de mesa brasileiro. Talento promissor desde as primeiras raquetadas, Calderano chamou atenção aos 15 anos, em 2011, quando derrotou Oyama pela primeira vez. Depois de se destacar em campeonatos de base, o carioca aprimorou seu jogo fazendo carreira na Alemanha, o país fora da Ásia com melhor desempenho no esporte, a partir de 2014. Um ano antes, o Brasil deu a primeira conquista de uma etapa do Circuito Mundial à América do Sul, com Cazuo Matsumoto.

Conforme acumulava mais experiência no cenário alemão, Calderano ganhava mais relevância e quebrava barreiras que seus antecessores não quebraram, embora tenham aberto caminho para isso. Em 2018, alcançou o top 10 do ranking mundial, maior feito de um mesatenista das Américas no atual formato de classificação da Federação Internacional de Tênis de Mesa. Sua melhor posição no ranking foi o terceiro lugar alcançando em 2022.

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Em Olimpíadas, o carioca teve sua primeira experiência durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, aos quais chegou como cabeça de chave número 4 e sob o status de melhor não-asiático do ranking. Acabou eliminado nas quartas de final, ao perder por 4 sets a 2 para o alemão Dimitrij Ovtcharov, que já havia sido medalhista de bronze em Londres-2012 e repetiu o feito no Japão.

Chegar às quartas já era o melhor resultado olímpico do tênis de mesa brasileiro. Por isso, alcançar a semifinal foi um feito inédito, e não só em termos de Brasil. É a primeira vez que um atleta de fora da Ásia ou da Europa chega à esta fase da disputa. “Fiquei emocionado depois da partida. É muito bom representar um continente inteiro. Ao mesmo tempo, quero muito mais”, disse Calderano.

O tênis de mesa é um esporte totalmente dominado por competidores asiáticos, especialmente chineses, e nunca teve um medalhista olímpico das Américas, história que pode ser modificada por um brasileiro. Semifinalista nas Olimpíadas de Paris, Hugo Calerano pode ser o primeiro mesatenista do continente a subir ao pódio e se juntar a um pequeno grupo de não asiáticos que conquistaram medalhas em Jogos Olímpicos. Caso vença o duelo com o sueco Truls Moeregaardh, às 9h30 desta sexta-feira, vai à final e confirma o feito.

“É muito difícil. Estou lutando, não só eu, mas os atletas estão lutando contra treinadores, tradições, que é o que acontece na China e na Ásia em geral, e em alguns países da Europa. É um grande desafio para mim, mas ao mesmo tempo é disso que eu gosto. No meu esporte, preciso ultrapassar os limites e quebrar essas barreiras para trazer tanta alegria ao meu povo”, diz Calderano em entrevista ao Estadão.

Hugo Calderano é o mesatenista de maior sucesso da história do esporte brasileiro. Foto: Petros Giannakouris/AP

Apenas quatro países fora da Ásia conseguiram ir ao pódio do tênis de mesa olímpico. O único ouro é da Suécia, alcançado por Jan-Ove Waldner em Barcelona-1992 - os suecos têm, ainda, uma prata e um bronze. Alemanha (quatro prata e cinco bronzes), França (uma prata e um bronze) e a antiga Iugoslávia (uma prata e um bronze) completam a curta lista.

O domínio chinês é gritante. São 60 medalhas para a China, das quais 32 são de ouro, 20 de prata e oito de bronze. A nação que chega mais perto é a Coreia do Sul, com três ouros, três pratas e 12 bronzes, um total de 18 medalhas. No terceiro lugar do ranking, está o Japão, com oito pódios - um ouro, uma prata e quatro bronzes.

No Brasil, o tênis de mesa teve nomes relevantes ao longo da história, mas jamais um atleta havia elevado tanto o nível quanto Calderano. O esporte é praticado no País desde 1903, trazido por turistas ingleses, porém o caminho até a profissionalização foi longo.

Brasileiros começaram a participar de torneios mundiais no final da década de 1940 e tiveram alguns episódios marcantes, como a vitória de Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba, aos 13 anos, sobre o então campeão mundial Rong Guotuan, no Mundial de Pequim, em 1961.

O desenvolvimento da prática acelerou-se durante a década de 1980, com as primeiras medalhas conquistadas em Jogos Pan-Americanos, pouco antes de o esporte tornar-se Olímpico, ao ser incluído nas Olimpíadas de Seul, em 1988. Claudio Kano, que mais tardia morreria em um acidente automobilístico no dia do embarque para os Jogos de Atlanta-1996, e Carlos Kawai foram os representantes do Brasil na primeira disputa olímpica do tênis de mesa.

Durante a década de 1990, começou a despontar o talento de Hugo Oyama, que chegou às oitavas de final em Atlanta, à época o melhor resultado alcançando por um mesatenista brasileiro em Olimpíadas. Oyama ajudou na evolução do esporte e virou um personagem respeitado do esporte, dominante nas Américas com com dez medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos entre disputas por equipes, duplas e individuais. Ele é até citado em um episódio da série americana The Office, pelo personagem Dwight, que diz ter “um pôster em tamanho real de Hugo Hoyama na parede.”

Um Hugo se conecta ao outro na evolução do tênis de mesa brasileiro. Talento promissor desde as primeiras raquetadas, Calderano chamou atenção aos 15 anos, em 2011, quando derrotou Oyama pela primeira vez. Depois de se destacar em campeonatos de base, o carioca aprimorou seu jogo fazendo carreira na Alemanha, o país fora da Ásia com melhor desempenho no esporte, a partir de 2014. Um ano antes, o Brasil deu a primeira conquista de uma etapa do Circuito Mundial à América do Sul, com Cazuo Matsumoto.

Conforme acumulava mais experiência no cenário alemão, Calderano ganhava mais relevância e quebrava barreiras que seus antecessores não quebraram, embora tenham aberto caminho para isso. Em 2018, alcançou o top 10 do ranking mundial, maior feito de um mesatenista das Américas no atual formato de classificação da Federação Internacional de Tênis de Mesa. Sua melhor posição no ranking foi o terceiro lugar alcançando em 2022.

Em Olimpíadas, o carioca teve sua primeira experiência durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, aos quais chegou como cabeça de chave número 4 e sob o status de melhor não-asiático do ranking. Acabou eliminado nas quartas de final, ao perder por 4 sets a 2 para o alemão Dimitrij Ovtcharov, que já havia sido medalhista de bronze em Londres-2012 e repetiu o feito no Japão.

Chegar às quartas já era o melhor resultado olímpico do tênis de mesa brasileiro. Por isso, alcançar a semifinal foi um feito inédito, e não só em termos de Brasil. É a primeira vez que um atleta de fora da Ásia ou da Europa chega à esta fase da disputa. “Fiquei emocionado depois da partida. É muito bom representar um continente inteiro. Ao mesmo tempo, quero muito mais”, disse Calderano.

O tênis de mesa é um esporte totalmente dominado por competidores asiáticos, especialmente chineses, e nunca teve um medalhista olímpico das Américas, história que pode ser modificada por um brasileiro. Semifinalista nas Olimpíadas de Paris, Hugo Calerano pode ser o primeiro mesatenista do continente a subir ao pódio e se juntar a um pequeno grupo de não asiáticos que conquistaram medalhas em Jogos Olímpicos. Caso vença o duelo com o sueco Truls Moeregaardh, às 9h30 desta sexta-feira, vai à final e confirma o feito.

“É muito difícil. Estou lutando, não só eu, mas os atletas estão lutando contra treinadores, tradições, que é o que acontece na China e na Ásia em geral, e em alguns países da Europa. É um grande desafio para mim, mas ao mesmo tempo é disso que eu gosto. No meu esporte, preciso ultrapassar os limites e quebrar essas barreiras para trazer tanta alegria ao meu povo”, diz Calderano em entrevista ao Estadão.

Hugo Calderano é o mesatenista de maior sucesso da história do esporte brasileiro. Foto: Petros Giannakouris/AP

Apenas quatro países fora da Ásia conseguiram ir ao pódio do tênis de mesa olímpico. O único ouro é da Suécia, alcançado por Jan-Ove Waldner em Barcelona-1992 - os suecos têm, ainda, uma prata e um bronze. Alemanha (quatro prata e cinco bronzes), França (uma prata e um bronze) e a antiga Iugoslávia (uma prata e um bronze) completam a curta lista.

O domínio chinês é gritante. São 60 medalhas para a China, das quais 32 são de ouro, 20 de prata e oito de bronze. A nação que chega mais perto é a Coreia do Sul, com três ouros, três pratas e 12 bronzes, um total de 18 medalhas. No terceiro lugar do ranking, está o Japão, com oito pódios - um ouro, uma prata e quatro bronzes.

No Brasil, o tênis de mesa teve nomes relevantes ao longo da história, mas jamais um atleta havia elevado tanto o nível quanto Calderano. O esporte é praticado no País desde 1903, trazido por turistas ingleses, porém o caminho até a profissionalização foi longo.

Brasileiros começaram a participar de torneios mundiais no final da década de 1940 e tiveram alguns episódios marcantes, como a vitória de Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba, aos 13 anos, sobre o então campeão mundial Rong Guotuan, no Mundial de Pequim, em 1961.

O desenvolvimento da prática acelerou-se durante a década de 1980, com as primeiras medalhas conquistadas em Jogos Pan-Americanos, pouco antes de o esporte tornar-se Olímpico, ao ser incluído nas Olimpíadas de Seul, em 1988. Claudio Kano, que mais tardia morreria em um acidente automobilístico no dia do embarque para os Jogos de Atlanta-1996, e Carlos Kawai foram os representantes do Brasil na primeira disputa olímpica do tênis de mesa.

Durante a década de 1990, começou a despontar o talento de Hugo Oyama, que chegou às oitavas de final em Atlanta, à época o melhor resultado alcançando por um mesatenista brasileiro em Olimpíadas. Oyama ajudou na evolução do esporte e virou um personagem respeitado do esporte, dominante nas Américas com com dez medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos entre disputas por equipes, duplas e individuais. Ele é até citado em um episódio da série americana The Office, pelo personagem Dwight, que diz ter “um pôster em tamanho real de Hugo Hoyama na parede.”

Um Hugo se conecta ao outro na evolução do tênis de mesa brasileiro. Talento promissor desde as primeiras raquetadas, Calderano chamou atenção aos 15 anos, em 2011, quando derrotou Oyama pela primeira vez. Depois de se destacar em campeonatos de base, o carioca aprimorou seu jogo fazendo carreira na Alemanha, o país fora da Ásia com melhor desempenho no esporte, a partir de 2014. Um ano antes, o Brasil deu a primeira conquista de uma etapa do Circuito Mundial à América do Sul, com Cazuo Matsumoto.

Conforme acumulava mais experiência no cenário alemão, Calderano ganhava mais relevância e quebrava barreiras que seus antecessores não quebraram, embora tenham aberto caminho para isso. Em 2018, alcançou o top 10 do ranking mundial, maior feito de um mesatenista das Américas no atual formato de classificação da Federação Internacional de Tênis de Mesa. Sua melhor posição no ranking foi o terceiro lugar alcançando em 2022.

Em Olimpíadas, o carioca teve sua primeira experiência durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, aos quais chegou como cabeça de chave número 4 e sob o status de melhor não-asiático do ranking. Acabou eliminado nas quartas de final, ao perder por 4 sets a 2 para o alemão Dimitrij Ovtcharov, que já havia sido medalhista de bronze em Londres-2012 e repetiu o feito no Japão.

Chegar às quartas já era o melhor resultado olímpico do tênis de mesa brasileiro. Por isso, alcançar a semifinal foi um feito inédito, e não só em termos de Brasil. É a primeira vez que um atleta de fora da Ásia ou da Europa chega à esta fase da disputa. “Fiquei emocionado depois da partida. É muito bom representar um continente inteiro. Ao mesmo tempo, quero muito mais”, disse Calderano.

O tênis de mesa é um esporte totalmente dominado por competidores asiáticos, especialmente chineses, e nunca teve um medalhista olímpico das Américas, história que pode ser modificada por um brasileiro. Semifinalista nas Olimpíadas de Paris, Hugo Calerano pode ser o primeiro mesatenista do continente a subir ao pódio e se juntar a um pequeno grupo de não asiáticos que conquistaram medalhas em Jogos Olímpicos. Caso vença o duelo com o sueco Truls Moeregaardh, às 9h30 desta sexta-feira, vai à final e confirma o feito.

“É muito difícil. Estou lutando, não só eu, mas os atletas estão lutando contra treinadores, tradições, que é o que acontece na China e na Ásia em geral, e em alguns países da Europa. É um grande desafio para mim, mas ao mesmo tempo é disso que eu gosto. No meu esporte, preciso ultrapassar os limites e quebrar essas barreiras para trazer tanta alegria ao meu povo”, diz Calderano em entrevista ao Estadão.

Hugo Calderano é o mesatenista de maior sucesso da história do esporte brasileiro. Foto: Petros Giannakouris/AP

Apenas quatro países fora da Ásia conseguiram ir ao pódio do tênis de mesa olímpico. O único ouro é da Suécia, alcançado por Jan-Ove Waldner em Barcelona-1992 - os suecos têm, ainda, uma prata e um bronze. Alemanha (quatro prata e cinco bronzes), França (uma prata e um bronze) e a antiga Iugoslávia (uma prata e um bronze) completam a curta lista.

O domínio chinês é gritante. São 60 medalhas para a China, das quais 32 são de ouro, 20 de prata e oito de bronze. A nação que chega mais perto é a Coreia do Sul, com três ouros, três pratas e 12 bronzes, um total de 18 medalhas. No terceiro lugar do ranking, está o Japão, com oito pódios - um ouro, uma prata e quatro bronzes.

No Brasil, o tênis de mesa teve nomes relevantes ao longo da história, mas jamais um atleta havia elevado tanto o nível quanto Calderano. O esporte é praticado no País desde 1903, trazido por turistas ingleses, porém o caminho até a profissionalização foi longo.

Brasileiros começaram a participar de torneios mundiais no final da década de 1940 e tiveram alguns episódios marcantes, como a vitória de Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba, aos 13 anos, sobre o então campeão mundial Rong Guotuan, no Mundial de Pequim, em 1961.

O desenvolvimento da prática acelerou-se durante a década de 1980, com as primeiras medalhas conquistadas em Jogos Pan-Americanos, pouco antes de o esporte tornar-se Olímpico, ao ser incluído nas Olimpíadas de Seul, em 1988. Claudio Kano, que mais tardia morreria em um acidente automobilístico no dia do embarque para os Jogos de Atlanta-1996, e Carlos Kawai foram os representantes do Brasil na primeira disputa olímpica do tênis de mesa.

Durante a década de 1990, começou a despontar o talento de Hugo Oyama, que chegou às oitavas de final em Atlanta, à época o melhor resultado alcançando por um mesatenista brasileiro em Olimpíadas. Oyama ajudou na evolução do esporte e virou um personagem respeitado do esporte, dominante nas Américas com com dez medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos entre disputas por equipes, duplas e individuais. Ele é até citado em um episódio da série americana The Office, pelo personagem Dwight, que diz ter “um pôster em tamanho real de Hugo Hoyama na parede.”

Um Hugo se conecta ao outro na evolução do tênis de mesa brasileiro. Talento promissor desde as primeiras raquetadas, Calderano chamou atenção aos 15 anos, em 2011, quando derrotou Oyama pela primeira vez. Depois de se destacar em campeonatos de base, o carioca aprimorou seu jogo fazendo carreira na Alemanha, o país fora da Ásia com melhor desempenho no esporte, a partir de 2014. Um ano antes, o Brasil deu a primeira conquista de uma etapa do Circuito Mundial à América do Sul, com Cazuo Matsumoto.

Conforme acumulava mais experiência no cenário alemão, Calderano ganhava mais relevância e quebrava barreiras que seus antecessores não quebraram, embora tenham aberto caminho para isso. Em 2018, alcançou o top 10 do ranking mundial, maior feito de um mesatenista das Américas no atual formato de classificação da Federação Internacional de Tênis de Mesa. Sua melhor posição no ranking foi o terceiro lugar alcançando em 2022.

Em Olimpíadas, o carioca teve sua primeira experiência durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, aos quais chegou como cabeça de chave número 4 e sob o status de melhor não-asiático do ranking. Acabou eliminado nas quartas de final, ao perder por 4 sets a 2 para o alemão Dimitrij Ovtcharov, que já havia sido medalhista de bronze em Londres-2012 e repetiu o feito no Japão.

Chegar às quartas já era o melhor resultado olímpico do tênis de mesa brasileiro. Por isso, alcançar a semifinal foi um feito inédito, e não só em termos de Brasil. É a primeira vez que um atleta de fora da Ásia ou da Europa chega à esta fase da disputa. “Fiquei emocionado depois da partida. É muito bom representar um continente inteiro. Ao mesmo tempo, quero muito mais”, disse Calderano.

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