Packers x Eagles: como NFL lida com segurança, verde no estádio do Corinthians e críticas ao Brasil


Estafe e delegações de Eagles e Packers chegaram nesta quarta-feira, em São Paulo; Peter O’Reilly, vice-presidente executivo, trata sobre os temas ao ‘Estadão’

Por Murillo César Alves
Atualização:

Milhares de funcionários da National Football League (NFL) chegaram nesta semana a São Paulo, para a primeira partida da liga no Brasil, entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, nesta sexta-feira, 6. Um hotel no Morumbi, com esquema de segurança reforçado, cães de guarda – para evitar ameaças de bomba – e o estafe da organização, concentra o “núcleo duro” da NFL em sua primeira experiência no País.

Peter O’Reilly, vice-presidente executivo da NFL, é um destes. Ele está logo abaixo de Roger Goodell, comissário da NFL e que chega ao Brasil nesta quinta-feira – acompanhará a sessão de treinamento dos Eagles, na Neo Química Arena. O’Reilly, que participa ativamente da expansão da liga no País desde o anúncio em dezembro, recebeu a reportagem do Estadão na War Room – sala de guerra, em tradução direta – da NFL durante passagem pelo hemisfério sul.

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Desde dezembro, os planos da NFL não mudaram: a ideia é fazer com que esta primeira partida no Brasil seja “perfeita”, sem grandes problemas ou imprevistos, para que a liga volte em 2025, 2026 e assim por diante. É um desejo mútuo entre todas as partes, expresso pela prefeitura de São Paulo, SPTuris e a própria NFL, que recentemente abriu um escritório no Brasil, comandado pelo gerente geral Luis Martínez.

Eagles e Packers se enfrentam nesta sexta-feira, na Neo Química Arena. Foto: Vinícius Alves/ Agência Corinthians

“Nosso foco é garantir que esta semana seja de muito sucesso, assim como a experiência para os torcedores, para os times e dos nossos parceiros. Após o jogo, rapidamente olharemos para o futuro e traçar plano. Não se trata de vir para o Brasil para um jogo. Isto é sobre uma parceria contínua no País”, afirma o VP ao Estadão. Gustavo Pires, presidente da SPTuris e fã de esportes americanos, deseja que a partir de 2026 sejam realizados duas partidas da liga em solo paulista.

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De Nova York para São Paulo, o fuso-horário de apenas uma hora faz com que ele ainda esteja habituado à rotina, sem grande jet lag. Tanto que divaga, sem grandes problemas, sobre as questões que repercutiram no noticiário da liga nas últimas semanas: a cor verde, trazida como um problema pela rivalidade entre Corinthians e Palmeiras, a segurança dos jogadores, que temiam riscos por jogar no Brasil, e críticas de torcedores, por uma partida internacional na primeira semana da temporada regular.

Peter O'Rilley é vice-presidente executivo da NFL Foto: Divulgação/NFL

Todas as questões foram tidas como “minoritárias” pela liga, mas os assuntos foram debatidos. “Sempre que você faz algo novo, há uma curva de aprendizado. É compreensível que as pessoas façam perguntas, mas acho que conseguimos mostrar, rapidamente, o nosso plano de segurança e os parceiros que temos para garantir o sucesso deste evento”, conta.

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A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o efetivo será reforçado em pontos estratégicos da cidade para a partida, que vão desde a rede hoteleira até pontos turísticos e gastronômicos da capital paulista, passando pelas ruas e avenidas no entorno da Neo Química Arena, localizada na Zona Leste da cidade.

Em relação ao verde, tanto Eagles quanto Packers têm a cor como primária em seus respectivos uniformes. Mandante na partida, a franquia da Filadélfia por utilizar tons alvinegros, com leves detalhes no número. Assim que as franquias foram definidas para a partida, o Corinthians levou à NFL a questão da rivalidade com o Palmeiras, que foi respeitada, tanto pelos Eagles quanto pelos Packers.

Cores alvinegras foram adotadas pelo Philadelphia Eagles para a partida na Neo Química Arena. Foto: Vinícius Alves/ Agência Corinthians
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“O que nos explicaram e entendemos muito bem no mundo da NFL, é o poder das rivalidades e o que é ela significa para Corinthians e Palmeiras. O Eagles, quando usa uniformes alvinegros, entende o peso de onde estão jogando”, afirma O’Reilly. Em conversas com os Packers, a franquia comparou a relação entre os rivais paulistas com aquela que possui com o Minnesota Vikings, que tem o roxo como cor principal.

“Eles nos disseram: ‘também não gostamos de muitas camisas roxas no Lambeau Field (estádio do Green Bay Packers)’. Tanto a NFL, quanto as equipes, querem respeitar essa identidade”. Na Neo Química Arena – chamada de Arena Corinthians, por motivos comerciais, pela liga – o verde está mais discreto no envelopamento do estádio.

Green Bay Packers optou por utilizar tons de amarelo e preto. Foto: Vinícius Alves/ Agência Corinthians
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Críticas ao Brasil

A ‘aversão’ à cor verde foi classificada como uma rivalidade entre gangues. Torcedores, nas redes sociais, se mostraram contrários, a princípio, com uma partida internacional da liga logo na primeira semana. Jogadores, tanto de Eagles, quanto de Packers, se mostraram preocupados com a segurança no País.

“Eu não quero ir para o Brasil. Eles (Philadelphia Eagles) já nos disseram para não sair do hotel. Eles nos disseram que não podemos fazer muita coisa porque a taxa de criminalidade é louca. Eu me pergunto por que a NFL quer nos mandar para um lugar onde a taxa de crime é tão alta”, afirmou o cornerback em seu próprio podcast, Big Play Slay. Posteriormente, ele se desculpou pelos comentários.

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O’Reilly, pessoalmente, conversou com líderes de ambas as franquias para garantir que eles teriam toda a segurança necessária para a partida. São Paulo já recebeu jogos da Copa do Mundo, Olimpíadas e Copa América, além de eventos da Fórmula 1, UFC, entre outros. “Tanto Packers, quanto Eagles estão confiantes no plano de segurança proposto pela NFL e por nossos parceiros”, garantiu o VP.

Além de Brasil, Inglaterra e Alemanha receberão partidas da NFL nesta temporada. Quando foi iniciado este plano de expansão da liga, as 32 franquias concordaram em, regularmente, ceder uma partida como mandantes, para poder atuar longe dos EUA. É o caso dos Eagles em 2024.

“Os torcedores dos Eagles são apaixonados por seu time. As críticas nas redes sociais não têm sido algo que está muito no nosso radar. É uma oportunidade única de jogar na noite de sexta-feira da primeira semana. Nunca fizemos isso antes, não jogamos na noite de sexta-feira há mais de 50 anos. Tivemos esta oportunidade e Eagles e os Packers a abraçaram”, diz o VP executivo da liga.

A expectativa é de que, dos mais de 45 mil lugares para a partida, uma grande parte destes sejam de torcedores vindos dos Estados Unidos. A proximidade da Neo Química Arena com o aeroporto de Guarulhos favorece esse deslocamento até o jogo. De acordo com a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), o Brasil observou um aumento de 133% na emissão de passagens aéreas dos Estados Unidos.

Milhares de funcionários da National Football League (NFL) chegaram nesta semana a São Paulo, para a primeira partida da liga no Brasil, entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, nesta sexta-feira, 6. Um hotel no Morumbi, com esquema de segurança reforçado, cães de guarda – para evitar ameaças de bomba – e o estafe da organização, concentra o “núcleo duro” da NFL em sua primeira experiência no País.

Peter O’Reilly, vice-presidente executivo da NFL, é um destes. Ele está logo abaixo de Roger Goodell, comissário da NFL e que chega ao Brasil nesta quinta-feira – acompanhará a sessão de treinamento dos Eagles, na Neo Química Arena. O’Reilly, que participa ativamente da expansão da liga no País desde o anúncio em dezembro, recebeu a reportagem do Estadão na War Room – sala de guerra, em tradução direta – da NFL durante passagem pelo hemisfério sul.

Desde dezembro, os planos da NFL não mudaram: a ideia é fazer com que esta primeira partida no Brasil seja “perfeita”, sem grandes problemas ou imprevistos, para que a liga volte em 2025, 2026 e assim por diante. É um desejo mútuo entre todas as partes, expresso pela prefeitura de São Paulo, SPTuris e a própria NFL, que recentemente abriu um escritório no Brasil, comandado pelo gerente geral Luis Martínez.

Eagles e Packers se enfrentam nesta sexta-feira, na Neo Química Arena. Foto: Vinícius Alves/ Agência Corinthians

“Nosso foco é garantir que esta semana seja de muito sucesso, assim como a experiência para os torcedores, para os times e dos nossos parceiros. Após o jogo, rapidamente olharemos para o futuro e traçar plano. Não se trata de vir para o Brasil para um jogo. Isto é sobre uma parceria contínua no País”, afirma o VP ao Estadão. Gustavo Pires, presidente da SPTuris e fã de esportes americanos, deseja que a partir de 2026 sejam realizados duas partidas da liga em solo paulista.

De Nova York para São Paulo, o fuso-horário de apenas uma hora faz com que ele ainda esteja habituado à rotina, sem grande jet lag. Tanto que divaga, sem grandes problemas, sobre as questões que repercutiram no noticiário da liga nas últimas semanas: a cor verde, trazida como um problema pela rivalidade entre Corinthians e Palmeiras, a segurança dos jogadores, que temiam riscos por jogar no Brasil, e críticas de torcedores, por uma partida internacional na primeira semana da temporada regular.

Peter O'Rilley é vice-presidente executivo da NFL Foto: Divulgação/NFL

Todas as questões foram tidas como “minoritárias” pela liga, mas os assuntos foram debatidos. “Sempre que você faz algo novo, há uma curva de aprendizado. É compreensível que as pessoas façam perguntas, mas acho que conseguimos mostrar, rapidamente, o nosso plano de segurança e os parceiros que temos para garantir o sucesso deste evento”, conta.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o efetivo será reforçado em pontos estratégicos da cidade para a partida, que vão desde a rede hoteleira até pontos turísticos e gastronômicos da capital paulista, passando pelas ruas e avenidas no entorno da Neo Química Arena, localizada na Zona Leste da cidade.

Em relação ao verde, tanto Eagles quanto Packers têm a cor como primária em seus respectivos uniformes. Mandante na partida, a franquia da Filadélfia por utilizar tons alvinegros, com leves detalhes no número. Assim que as franquias foram definidas para a partida, o Corinthians levou à NFL a questão da rivalidade com o Palmeiras, que foi respeitada, tanto pelos Eagles quanto pelos Packers.

Cores alvinegras foram adotadas pelo Philadelphia Eagles para a partida na Neo Química Arena. Foto: Vinícius Alves/ Agência Corinthians

“O que nos explicaram e entendemos muito bem no mundo da NFL, é o poder das rivalidades e o que é ela significa para Corinthians e Palmeiras. O Eagles, quando usa uniformes alvinegros, entende o peso de onde estão jogando”, afirma O’Reilly. Em conversas com os Packers, a franquia comparou a relação entre os rivais paulistas com aquela que possui com o Minnesota Vikings, que tem o roxo como cor principal.

“Eles nos disseram: ‘também não gostamos de muitas camisas roxas no Lambeau Field (estádio do Green Bay Packers)’. Tanto a NFL, quanto as equipes, querem respeitar essa identidade”. Na Neo Química Arena – chamada de Arena Corinthians, por motivos comerciais, pela liga – o verde está mais discreto no envelopamento do estádio.

Green Bay Packers optou por utilizar tons de amarelo e preto. Foto: Vinícius Alves/ Agência Corinthians

Críticas ao Brasil

A ‘aversão’ à cor verde foi classificada como uma rivalidade entre gangues. Torcedores, nas redes sociais, se mostraram contrários, a princípio, com uma partida internacional da liga logo na primeira semana. Jogadores, tanto de Eagles, quanto de Packers, se mostraram preocupados com a segurança no País.

“Eu não quero ir para o Brasil. Eles (Philadelphia Eagles) já nos disseram para não sair do hotel. Eles nos disseram que não podemos fazer muita coisa porque a taxa de criminalidade é louca. Eu me pergunto por que a NFL quer nos mandar para um lugar onde a taxa de crime é tão alta”, afirmou o cornerback em seu próprio podcast, Big Play Slay. Posteriormente, ele se desculpou pelos comentários.

O’Reilly, pessoalmente, conversou com líderes de ambas as franquias para garantir que eles teriam toda a segurança necessária para a partida. São Paulo já recebeu jogos da Copa do Mundo, Olimpíadas e Copa América, além de eventos da Fórmula 1, UFC, entre outros. “Tanto Packers, quanto Eagles estão confiantes no plano de segurança proposto pela NFL e por nossos parceiros”, garantiu o VP.

Além de Brasil, Inglaterra e Alemanha receberão partidas da NFL nesta temporada. Quando foi iniciado este plano de expansão da liga, as 32 franquias concordaram em, regularmente, ceder uma partida como mandantes, para poder atuar longe dos EUA. É o caso dos Eagles em 2024.

“Os torcedores dos Eagles são apaixonados por seu time. As críticas nas redes sociais não têm sido algo que está muito no nosso radar. É uma oportunidade única de jogar na noite de sexta-feira da primeira semana. Nunca fizemos isso antes, não jogamos na noite de sexta-feira há mais de 50 anos. Tivemos esta oportunidade e Eagles e os Packers a abraçaram”, diz o VP executivo da liga.

A expectativa é de que, dos mais de 45 mil lugares para a partida, uma grande parte destes sejam de torcedores vindos dos Estados Unidos. A proximidade da Neo Química Arena com o aeroporto de Guarulhos favorece esse deslocamento até o jogo. De acordo com a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), o Brasil observou um aumento de 133% na emissão de passagens aéreas dos Estados Unidos.

Milhares de funcionários da National Football League (NFL) chegaram nesta semana a São Paulo, para a primeira partida da liga no Brasil, entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, nesta sexta-feira, 6. Um hotel no Morumbi, com esquema de segurança reforçado, cães de guarda – para evitar ameaças de bomba – e o estafe da organização, concentra o “núcleo duro” da NFL em sua primeira experiência no País.

Peter O’Reilly, vice-presidente executivo da NFL, é um destes. Ele está logo abaixo de Roger Goodell, comissário da NFL e que chega ao Brasil nesta quinta-feira – acompanhará a sessão de treinamento dos Eagles, na Neo Química Arena. O’Reilly, que participa ativamente da expansão da liga no País desde o anúncio em dezembro, recebeu a reportagem do Estadão na War Room – sala de guerra, em tradução direta – da NFL durante passagem pelo hemisfério sul.

Desde dezembro, os planos da NFL não mudaram: a ideia é fazer com que esta primeira partida no Brasil seja “perfeita”, sem grandes problemas ou imprevistos, para que a liga volte em 2025, 2026 e assim por diante. É um desejo mútuo entre todas as partes, expresso pela prefeitura de São Paulo, SPTuris e a própria NFL, que recentemente abriu um escritório no Brasil, comandado pelo gerente geral Luis Martínez.

Eagles e Packers se enfrentam nesta sexta-feira, na Neo Química Arena. Foto: Vinícius Alves/ Agência Corinthians

“Nosso foco é garantir que esta semana seja de muito sucesso, assim como a experiência para os torcedores, para os times e dos nossos parceiros. Após o jogo, rapidamente olharemos para o futuro e traçar plano. Não se trata de vir para o Brasil para um jogo. Isto é sobre uma parceria contínua no País”, afirma o VP ao Estadão. Gustavo Pires, presidente da SPTuris e fã de esportes americanos, deseja que a partir de 2026 sejam realizados duas partidas da liga em solo paulista.

De Nova York para São Paulo, o fuso-horário de apenas uma hora faz com que ele ainda esteja habituado à rotina, sem grande jet lag. Tanto que divaga, sem grandes problemas, sobre as questões que repercutiram no noticiário da liga nas últimas semanas: a cor verde, trazida como um problema pela rivalidade entre Corinthians e Palmeiras, a segurança dos jogadores, que temiam riscos por jogar no Brasil, e críticas de torcedores, por uma partida internacional na primeira semana da temporada regular.

Peter O'Rilley é vice-presidente executivo da NFL Foto: Divulgação/NFL

Todas as questões foram tidas como “minoritárias” pela liga, mas os assuntos foram debatidos. “Sempre que você faz algo novo, há uma curva de aprendizado. É compreensível que as pessoas façam perguntas, mas acho que conseguimos mostrar, rapidamente, o nosso plano de segurança e os parceiros que temos para garantir o sucesso deste evento”, conta.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o efetivo será reforçado em pontos estratégicos da cidade para a partida, que vão desde a rede hoteleira até pontos turísticos e gastronômicos da capital paulista, passando pelas ruas e avenidas no entorno da Neo Química Arena, localizada na Zona Leste da cidade.

Em relação ao verde, tanto Eagles quanto Packers têm a cor como primária em seus respectivos uniformes. Mandante na partida, a franquia da Filadélfia por utilizar tons alvinegros, com leves detalhes no número. Assim que as franquias foram definidas para a partida, o Corinthians levou à NFL a questão da rivalidade com o Palmeiras, que foi respeitada, tanto pelos Eagles quanto pelos Packers.

Cores alvinegras foram adotadas pelo Philadelphia Eagles para a partida na Neo Química Arena. Foto: Vinícius Alves/ Agência Corinthians

“O que nos explicaram e entendemos muito bem no mundo da NFL, é o poder das rivalidades e o que é ela significa para Corinthians e Palmeiras. O Eagles, quando usa uniformes alvinegros, entende o peso de onde estão jogando”, afirma O’Reilly. Em conversas com os Packers, a franquia comparou a relação entre os rivais paulistas com aquela que possui com o Minnesota Vikings, que tem o roxo como cor principal.

“Eles nos disseram: ‘também não gostamos de muitas camisas roxas no Lambeau Field (estádio do Green Bay Packers)’. Tanto a NFL, quanto as equipes, querem respeitar essa identidade”. Na Neo Química Arena – chamada de Arena Corinthians, por motivos comerciais, pela liga – o verde está mais discreto no envelopamento do estádio.

Green Bay Packers optou por utilizar tons de amarelo e preto. Foto: Vinícius Alves/ Agência Corinthians

Críticas ao Brasil

A ‘aversão’ à cor verde foi classificada como uma rivalidade entre gangues. Torcedores, nas redes sociais, se mostraram contrários, a princípio, com uma partida internacional da liga logo na primeira semana. Jogadores, tanto de Eagles, quanto de Packers, se mostraram preocupados com a segurança no País.

“Eu não quero ir para o Brasil. Eles (Philadelphia Eagles) já nos disseram para não sair do hotel. Eles nos disseram que não podemos fazer muita coisa porque a taxa de criminalidade é louca. Eu me pergunto por que a NFL quer nos mandar para um lugar onde a taxa de crime é tão alta”, afirmou o cornerback em seu próprio podcast, Big Play Slay. Posteriormente, ele se desculpou pelos comentários.

O’Reilly, pessoalmente, conversou com líderes de ambas as franquias para garantir que eles teriam toda a segurança necessária para a partida. São Paulo já recebeu jogos da Copa do Mundo, Olimpíadas e Copa América, além de eventos da Fórmula 1, UFC, entre outros. “Tanto Packers, quanto Eagles estão confiantes no plano de segurança proposto pela NFL e por nossos parceiros”, garantiu o VP.

Além de Brasil, Inglaterra e Alemanha receberão partidas da NFL nesta temporada. Quando foi iniciado este plano de expansão da liga, as 32 franquias concordaram em, regularmente, ceder uma partida como mandantes, para poder atuar longe dos EUA. É o caso dos Eagles em 2024.

“Os torcedores dos Eagles são apaixonados por seu time. As críticas nas redes sociais não têm sido algo que está muito no nosso radar. É uma oportunidade única de jogar na noite de sexta-feira da primeira semana. Nunca fizemos isso antes, não jogamos na noite de sexta-feira há mais de 50 anos. Tivemos esta oportunidade e Eagles e os Packers a abraçaram”, diz o VP executivo da liga.

A expectativa é de que, dos mais de 45 mil lugares para a partida, uma grande parte destes sejam de torcedores vindos dos Estados Unidos. A proximidade da Neo Química Arena com o aeroporto de Guarulhos favorece esse deslocamento até o jogo. De acordo com a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), o Brasil observou um aumento de 133% na emissão de passagens aéreas dos Estados Unidos.

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