Como Olimpíada de 2028 pode abrir chance para ‘boom’ de brasileiros com visto nos EUA


Território americano já serve como base para atletas do Brasil, mas Jogos de Los Angeles devem movimentar novo fluxo

Por Bruno Accorsi e Ingrid Gonzaga
Atualização:

Potência olímpica, os Estados Unidos vão sediar as Olimpíadas de 2028 em Los Angeles, daqui a quatro anos, situação que tende a promover um fluxo de atletas ao país, detentor de estrutura e suporte técnico de alto nível. Para atletas brasileiros, há oportunidades de passar os próximos anos em território americano para treinar e se preparar durante o novo ciclo olímpico.

A busca pelos EUA já era uma tendência antes. Medalhista de bronze nos 400 metros com barreira nos Jogos de Tóquio, em 2021, e de Paris, em 2024, Alison dos Santos se mudou para a Flórida em 2023. É comum também entre os skatistas ter residência nos EUA, caso de Felipe Gustavo e o medalhista olímpico Kelvin Hoefler.

Nadador Guilherme Caribé mora e treina nos Estados Unidos.  Foto: Luiza Moraes/COB
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O nadador Guilherme Caribé, por sua vez, mora nos Estados Unidos desde 2022 e faz parte da equipe de natação da Universidade do Tennessee. Bruno Fratus, medalhista de bronze nos 50 metros livres dos Jogos de Tóquio, mas que não foi a Paris por problemas de lesão e questões de saúde mental, também tem base de treinamentos no país.

Atletas brasileiras de diversas modalidades, que tenham o desejo de se preparar no país-sede dos próximos Jogos, podem seguir o mesmo caminho dos compatriotas. A opção mais rápida para esportistas é o visto P-1.

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“É o ideal para quem compete individualmente ou como parte de uma equipe esportiva reconhecida. O processo de obtenção é ágil e os requisitos incluem a demonstração de habilidades excepcionais e um histórico comprovado em competições de alto nível,” explica o advogado especialista em imigração, André Linhares.

Treinador da equipe olímpica de tênis, Jaime Oncins foi um dos esportistas que conseguiu o visto P-1 para ir aos Estados Unidos pela primeira vez. À época, era técnico do tenista português Gastão Elias e, por trabalhar com ele, conseguiu esta opção.

“Ter essa experiência no currículo de construir um programa do zero em um dos lugares onde o tênis é considerado uma das maiores potências do mundo, criar um programa dentro de uma instituição e depois de uns anos esse programa virar uma referência dentro dos Estados Unidos é sempre importante”, afirma Oncins, sobre a possibilidade de crescer como esportista no país. “A possibilidade de trabalhar em um país e cultura completamente diferentes foi muito importante em termos de experiência e crescimento pessoal”.

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A obtenção do P-1 não é garantida para todos os atletas, pois depende do que for apresentado por cada um em termos de resultados esportivos. Desportistas de menor expressão, que estão na corrida olímpica, mas ainda estão escalando a nível mundial, podem encontrar um pouco mais de dificuldade para conseguir a permissão. Mesmo assim, é possível.

“Atletas ‘de menor expressão’, que ainda não atingiram um destaque comparável ao de medalhistas olímpicos, podem, sim, obter o P-1, mas o processo se torna mais desafiador. É necessário apresentar evidências convincentes de sua participação em competições internacionais, além de cartas de recomendação de autoridades no esporte. Portanto, embora seja possível, a obtenção do visto P-1 para atletas de menor expressão requer um planejamento cuidadoso e uma documentação robusta”, diz Linhares.

Existem, ainda, outras opções de visto, que se encaixam em diferentes perfis de atletas, como os O-1, EB-1 e EB-2 “O visto O-1 é perfeito para atletas de habilidades extraordinárias que desejam treinar temporariamente nos EUA, oferecendo flexibilidade e possibilidade de renovação. Já o visto EB-1 é voltado para atletas de destaque mundial que buscam a imigração permanente, concedendo o Green Card. O EB-2 NIW é uma excelente opção para aqueles que podem demonstrar que sua presença nos EUA trará benefícios ao país, sem a necessidade de um patrocinador,” afirma o advogado.

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Outro caminho para conseguir se preparar nos Estados Unidos é obter o visto de estudante, o F-1, por meio do ingresso em universidades americanas, conhecidas por seus programas esportivos e times competitivos. Durante as Olimpíadas de Paris, 330 medalhas olímpicas foram conquistadas por atletas de 27 países diferentes que participaram de competições da National Collegiate Athletic Association (NCAA).

“A NCAA não é apenas um caminho para a educação superior nos Estados Unidos, mas também uma plataforma global para transformar atletas em campeões. Ver tantos medalhistas olímpicos que têm relação com a NCAA é a grande prova disso. E não são apenas atletas norte-americanos, mas do mundo todo, que buscam a excelência nos EUA”, Ricardo Silveira, CEO da 2SV e especialista em intercâmbio esportivo.

A jogadora de vôlei Julia Bergmann, que também tem nacionalidade alemã, é um exemplo de brasileira que competiu na NCAA e obteve sucesso olímpico. Jogou pela universidade Georgia Tech e se formou em 2022. Nas Olimpíadas de Paris, fez parte do grupo que conquistou a medalha de bronze.

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Também é o caso dos atletas da natação Guilherme Caribé (Tennessee) e Stephanie Balduccini (Michigan). A jogadora de futebol Rafaelle Souza fez parte da NCAA entre 2011 e 2013, quando frequentou a universidade do Mississipi.

O visto de estudante (F-1) também pode ser uma alternativa para atletas que desejam, além de treinar, estudar em universidades ou instituições de ensino com programas esportivos de alta qualidade.

“A NCAA é uma plataforma global para transformar atletas em campeões”, afirma Silveira. “O grande objetivo é ver esses talentos alcançando o sucesso, tanto acadêmico quanto esportivo. Isso garante que eles tenham um futuro promissor, seja dentro ou até mesmo fora do esporte”, ressalta Silveira.

Potência olímpica, os Estados Unidos vão sediar as Olimpíadas de 2028 em Los Angeles, daqui a quatro anos, situação que tende a promover um fluxo de atletas ao país, detentor de estrutura e suporte técnico de alto nível. Para atletas brasileiros, há oportunidades de passar os próximos anos em território americano para treinar e se preparar durante o novo ciclo olímpico.

A busca pelos EUA já era uma tendência antes. Medalhista de bronze nos 400 metros com barreira nos Jogos de Tóquio, em 2021, e de Paris, em 2024, Alison dos Santos se mudou para a Flórida em 2023. É comum também entre os skatistas ter residência nos EUA, caso de Felipe Gustavo e o medalhista olímpico Kelvin Hoefler.

Nadador Guilherme Caribé mora e treina nos Estados Unidos.  Foto: Luiza Moraes/COB

O nadador Guilherme Caribé, por sua vez, mora nos Estados Unidos desde 2022 e faz parte da equipe de natação da Universidade do Tennessee. Bruno Fratus, medalhista de bronze nos 50 metros livres dos Jogos de Tóquio, mas que não foi a Paris por problemas de lesão e questões de saúde mental, também tem base de treinamentos no país.

Atletas brasileiras de diversas modalidades, que tenham o desejo de se preparar no país-sede dos próximos Jogos, podem seguir o mesmo caminho dos compatriotas. A opção mais rápida para esportistas é o visto P-1.

“É o ideal para quem compete individualmente ou como parte de uma equipe esportiva reconhecida. O processo de obtenção é ágil e os requisitos incluem a demonstração de habilidades excepcionais e um histórico comprovado em competições de alto nível,” explica o advogado especialista em imigração, André Linhares.

Treinador da equipe olímpica de tênis, Jaime Oncins foi um dos esportistas que conseguiu o visto P-1 para ir aos Estados Unidos pela primeira vez. À época, era técnico do tenista português Gastão Elias e, por trabalhar com ele, conseguiu esta opção.

“Ter essa experiência no currículo de construir um programa do zero em um dos lugares onde o tênis é considerado uma das maiores potências do mundo, criar um programa dentro de uma instituição e depois de uns anos esse programa virar uma referência dentro dos Estados Unidos é sempre importante”, afirma Oncins, sobre a possibilidade de crescer como esportista no país. “A possibilidade de trabalhar em um país e cultura completamente diferentes foi muito importante em termos de experiência e crescimento pessoal”.

A obtenção do P-1 não é garantida para todos os atletas, pois depende do que for apresentado por cada um em termos de resultados esportivos. Desportistas de menor expressão, que estão na corrida olímpica, mas ainda estão escalando a nível mundial, podem encontrar um pouco mais de dificuldade para conseguir a permissão. Mesmo assim, é possível.

“Atletas ‘de menor expressão’, que ainda não atingiram um destaque comparável ao de medalhistas olímpicos, podem, sim, obter o P-1, mas o processo se torna mais desafiador. É necessário apresentar evidências convincentes de sua participação em competições internacionais, além de cartas de recomendação de autoridades no esporte. Portanto, embora seja possível, a obtenção do visto P-1 para atletas de menor expressão requer um planejamento cuidadoso e uma documentação robusta”, diz Linhares.

Existem, ainda, outras opções de visto, que se encaixam em diferentes perfis de atletas, como os O-1, EB-1 e EB-2 “O visto O-1 é perfeito para atletas de habilidades extraordinárias que desejam treinar temporariamente nos EUA, oferecendo flexibilidade e possibilidade de renovação. Já o visto EB-1 é voltado para atletas de destaque mundial que buscam a imigração permanente, concedendo o Green Card. O EB-2 NIW é uma excelente opção para aqueles que podem demonstrar que sua presença nos EUA trará benefícios ao país, sem a necessidade de um patrocinador,” afirma o advogado.

Outro caminho para conseguir se preparar nos Estados Unidos é obter o visto de estudante, o F-1, por meio do ingresso em universidades americanas, conhecidas por seus programas esportivos e times competitivos. Durante as Olimpíadas de Paris, 330 medalhas olímpicas foram conquistadas por atletas de 27 países diferentes que participaram de competições da National Collegiate Athletic Association (NCAA).

“A NCAA não é apenas um caminho para a educação superior nos Estados Unidos, mas também uma plataforma global para transformar atletas em campeões. Ver tantos medalhistas olímpicos que têm relação com a NCAA é a grande prova disso. E não são apenas atletas norte-americanos, mas do mundo todo, que buscam a excelência nos EUA”, Ricardo Silveira, CEO da 2SV e especialista em intercâmbio esportivo.

A jogadora de vôlei Julia Bergmann, que também tem nacionalidade alemã, é um exemplo de brasileira que competiu na NCAA e obteve sucesso olímpico. Jogou pela universidade Georgia Tech e se formou em 2022. Nas Olimpíadas de Paris, fez parte do grupo que conquistou a medalha de bronze.

Também é o caso dos atletas da natação Guilherme Caribé (Tennessee) e Stephanie Balduccini (Michigan). A jogadora de futebol Rafaelle Souza fez parte da NCAA entre 2011 e 2013, quando frequentou a universidade do Mississipi.

O visto de estudante (F-1) também pode ser uma alternativa para atletas que desejam, além de treinar, estudar em universidades ou instituições de ensino com programas esportivos de alta qualidade.

“A NCAA é uma plataforma global para transformar atletas em campeões”, afirma Silveira. “O grande objetivo é ver esses talentos alcançando o sucesso, tanto acadêmico quanto esportivo. Isso garante que eles tenham um futuro promissor, seja dentro ou até mesmo fora do esporte”, ressalta Silveira.

Potência olímpica, os Estados Unidos vão sediar as Olimpíadas de 2028 em Los Angeles, daqui a quatro anos, situação que tende a promover um fluxo de atletas ao país, detentor de estrutura e suporte técnico de alto nível. Para atletas brasileiros, há oportunidades de passar os próximos anos em território americano para treinar e se preparar durante o novo ciclo olímpico.

A busca pelos EUA já era uma tendência antes. Medalhista de bronze nos 400 metros com barreira nos Jogos de Tóquio, em 2021, e de Paris, em 2024, Alison dos Santos se mudou para a Flórida em 2023. É comum também entre os skatistas ter residência nos EUA, caso de Felipe Gustavo e o medalhista olímpico Kelvin Hoefler.

Nadador Guilherme Caribé mora e treina nos Estados Unidos.  Foto: Luiza Moraes/COB

O nadador Guilherme Caribé, por sua vez, mora nos Estados Unidos desde 2022 e faz parte da equipe de natação da Universidade do Tennessee. Bruno Fratus, medalhista de bronze nos 50 metros livres dos Jogos de Tóquio, mas que não foi a Paris por problemas de lesão e questões de saúde mental, também tem base de treinamentos no país.

Atletas brasileiras de diversas modalidades, que tenham o desejo de se preparar no país-sede dos próximos Jogos, podem seguir o mesmo caminho dos compatriotas. A opção mais rápida para esportistas é o visto P-1.

“É o ideal para quem compete individualmente ou como parte de uma equipe esportiva reconhecida. O processo de obtenção é ágil e os requisitos incluem a demonstração de habilidades excepcionais e um histórico comprovado em competições de alto nível,” explica o advogado especialista em imigração, André Linhares.

Treinador da equipe olímpica de tênis, Jaime Oncins foi um dos esportistas que conseguiu o visto P-1 para ir aos Estados Unidos pela primeira vez. À época, era técnico do tenista português Gastão Elias e, por trabalhar com ele, conseguiu esta opção.

“Ter essa experiência no currículo de construir um programa do zero em um dos lugares onde o tênis é considerado uma das maiores potências do mundo, criar um programa dentro de uma instituição e depois de uns anos esse programa virar uma referência dentro dos Estados Unidos é sempre importante”, afirma Oncins, sobre a possibilidade de crescer como esportista no país. “A possibilidade de trabalhar em um país e cultura completamente diferentes foi muito importante em termos de experiência e crescimento pessoal”.

A obtenção do P-1 não é garantida para todos os atletas, pois depende do que for apresentado por cada um em termos de resultados esportivos. Desportistas de menor expressão, que estão na corrida olímpica, mas ainda estão escalando a nível mundial, podem encontrar um pouco mais de dificuldade para conseguir a permissão. Mesmo assim, é possível.

“Atletas ‘de menor expressão’, que ainda não atingiram um destaque comparável ao de medalhistas olímpicos, podem, sim, obter o P-1, mas o processo se torna mais desafiador. É necessário apresentar evidências convincentes de sua participação em competições internacionais, além de cartas de recomendação de autoridades no esporte. Portanto, embora seja possível, a obtenção do visto P-1 para atletas de menor expressão requer um planejamento cuidadoso e uma documentação robusta”, diz Linhares.

Existem, ainda, outras opções de visto, que se encaixam em diferentes perfis de atletas, como os O-1, EB-1 e EB-2 “O visto O-1 é perfeito para atletas de habilidades extraordinárias que desejam treinar temporariamente nos EUA, oferecendo flexibilidade e possibilidade de renovação. Já o visto EB-1 é voltado para atletas de destaque mundial que buscam a imigração permanente, concedendo o Green Card. O EB-2 NIW é uma excelente opção para aqueles que podem demonstrar que sua presença nos EUA trará benefícios ao país, sem a necessidade de um patrocinador,” afirma o advogado.

Outro caminho para conseguir se preparar nos Estados Unidos é obter o visto de estudante, o F-1, por meio do ingresso em universidades americanas, conhecidas por seus programas esportivos e times competitivos. Durante as Olimpíadas de Paris, 330 medalhas olímpicas foram conquistadas por atletas de 27 países diferentes que participaram de competições da National Collegiate Athletic Association (NCAA).

“A NCAA não é apenas um caminho para a educação superior nos Estados Unidos, mas também uma plataforma global para transformar atletas em campeões. Ver tantos medalhistas olímpicos que têm relação com a NCAA é a grande prova disso. E não são apenas atletas norte-americanos, mas do mundo todo, que buscam a excelência nos EUA”, Ricardo Silveira, CEO da 2SV e especialista em intercâmbio esportivo.

A jogadora de vôlei Julia Bergmann, que também tem nacionalidade alemã, é um exemplo de brasileira que competiu na NCAA e obteve sucesso olímpico. Jogou pela universidade Georgia Tech e se formou em 2022. Nas Olimpíadas de Paris, fez parte do grupo que conquistou a medalha de bronze.

Também é o caso dos atletas da natação Guilherme Caribé (Tennessee) e Stephanie Balduccini (Michigan). A jogadora de futebol Rafaelle Souza fez parte da NCAA entre 2011 e 2013, quando frequentou a universidade do Mississipi.

O visto de estudante (F-1) também pode ser uma alternativa para atletas que desejam, além de treinar, estudar em universidades ou instituições de ensino com programas esportivos de alta qualidade.

“A NCAA é uma plataforma global para transformar atletas em campeões”, afirma Silveira. “O grande objetivo é ver esses talentos alcançando o sucesso, tanto acadêmico quanto esportivo. Isso garante que eles tenham um futuro promissor, seja dentro ou até mesmo fora do esporte”, ressalta Silveira.

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