Complexo do Ibirapuera é tombado pelo Iphan e estádio aguarda recursos de candidatos de licitação


Tombamento é feito 4 anos depois de governo estadual sugerir demolição de parte das estruturas e cessão à iniciativa privada

Por Leonardo Catto e Felipe Rosa Mendes
Atualização:

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou definitivamente o Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, mais conhecido como Complexo do Ibirapuera, em São Paulo. O local chegou a receber um tombamento emergencial provisório em 2021, diante do plano da gestão estadual da época de transformar o ginásio em shopping center. O tombamento não interfere na licitação do Estádio Ícaro de Castro Melo, aberta no final de setembro.

O Iphan havia entrado com o pedido de tombamento definitivo em dezembro de 2020, o que foi efetivado na terça-feira, 12. Com a decisão do Conselho Consultivo do Iphan, que considerou o complexo um símbolo da arquitetura moderna brasileira, o conjunto desportivo será inscrito nos livros do Tombo Histórico e no Livro de Belas Artes.

A decisão alcança o Ginásio Geraldo José de Almeida, também chamado de Ginásio do Ibirapuera, o Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro, o Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo e o Estádio Ícaro de Castro Mello. Os edifícios foram construídos entre 1930 e 1950.

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Complexo Esportivo do Ibirapuera é tombado definitivamente pelo Iphan. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Ficaram fora o Palácio do Judô, a moradia de atletas do Projeto Futuro e as quadras de tênis. Na avaliação do Iphan, estas estruturas não apresentam valor arquitetônico comparável aos demais equipamentos esportivos.

Relatora do processo de tombamento, a arquiteta Flávia Brito afirmou que a sociedade civil se engajou na defesa do Ibirapuera nos últimos anos, principalmente diante das ameaças de concessão e até demolição. E lembrou que o local também se tornou palco de grandes eventos artísticos nas últimas décadas.

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“Além de seu valor arquitetônico, o complexo guarda memórias de grandes eventos, shows e apresentações, e carrega um valor afetivo para diferentes grupos sociais. Esse local se tornou uma referência de identidade e memória para a comunidade”, afirmou a especialista.

Na gestão passada do ex-governador João Doria, o Complexo do Ibirapuera entrou em pauta para ser concedido à iniciativa privada, assim como o Autódromo de Interlagos. Havia planos de construção de edifícios comerciais na área do complexo e até demolição do ginásio principal. Também foi cogitada a possibilidade de construir uma arena multiuso mais moderna e um shopping center no local.

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Hospital de campanha foi montado no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, em 2020, durante a pandemia. Foto: Felipe Rau/Estadão

As ideias mobilizaram o Iphan, na época, a pedir o tombamento emergencial provisório. A partir de agora, qualquer reforma ou restauração do complexo precisará passar pela autorização do órgão federal de proteção.

Segundo o Estadão apurou, as secretarias de Esportes (SESP) e de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH) acompanhavam o processo do Iphan. As duas pastas lançaram, no final de setembro, uma licitação para a reforma do Estádio Ícaro de Castro Melo.

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O edital previa investimento total de R$ 88,7 milhões e previsão de 16 meses para a entrega a partir da contratação. A previsão é de modernização em diferentes setores, especialmente na pista de atletismo, que, como o Estadão mostrou em janeiro, está destruída. Banheiros, arquibancadas e canteiros também serão reformados.

As propostas foram entregues em 29 de outubro. O prazo para recursos terminou nesta terça-feira, 12. Agora, a análise leva mais cinco dias úteis, até 19 de novembro, podendo ser estendida até dia 26.

Em nota, a SESP afirmou que trabalha na recuperação e restauração do Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães e que o projeto previsto na licitação preserva todo o memorial arquitetônico do equipamento.

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“Além da reforma do estádio, a secretaria realiza a manutenção nos dois ginásios do complexo, a fim de conservar e aprimorar as instalações. Importante destacar que os projetos elaborados por gestões anteriores para a descaracterização do local foram descartados, pois o compromisso da atual gestão é com a modernização do Complexo Constâncio Vaz Guimarães e a manutenção das características históricas, bem como a sua utilização como centro esportivo de excelência”, diz a nota.

Para cumprir o objetivo de sediar campeonatos importantes e servir de centro de treinamento de excelência, o projeto tem como um de seus principais conceitos o atendimento às exigências de certificação de classe 1 da World Athletics, a federação internacional de atletismo.

O estádio foi usado como hospital durante a pandemia. Depois disso, a pista foi inutilizada de vez. Ainda neste ano, o Complexo do Ibirapuera virou notícia quando a gestão estadual atual, do governador Tarcísio de Freitas, anunciou uma corrida de drift, de automobilismo, sobre a pista do Estádio Ícaro de Castro Mello. O evento causou forte repercussão nas redes sociais, principalmente ligadas as entidades de atletismo do País. E a corrida acabou sendo cancelada.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou definitivamente o Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, mais conhecido como Complexo do Ibirapuera, em São Paulo. O local chegou a receber um tombamento emergencial provisório em 2021, diante do plano da gestão estadual da época de transformar o ginásio em shopping center. O tombamento não interfere na licitação do Estádio Ícaro de Castro Melo, aberta no final de setembro.

O Iphan havia entrado com o pedido de tombamento definitivo em dezembro de 2020, o que foi efetivado na terça-feira, 12. Com a decisão do Conselho Consultivo do Iphan, que considerou o complexo um símbolo da arquitetura moderna brasileira, o conjunto desportivo será inscrito nos livros do Tombo Histórico e no Livro de Belas Artes.

A decisão alcança o Ginásio Geraldo José de Almeida, também chamado de Ginásio do Ibirapuera, o Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro, o Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo e o Estádio Ícaro de Castro Mello. Os edifícios foram construídos entre 1930 e 1950.

Complexo Esportivo do Ibirapuera é tombado definitivamente pelo Iphan. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Ficaram fora o Palácio do Judô, a moradia de atletas do Projeto Futuro e as quadras de tênis. Na avaliação do Iphan, estas estruturas não apresentam valor arquitetônico comparável aos demais equipamentos esportivos.

Relatora do processo de tombamento, a arquiteta Flávia Brito afirmou que a sociedade civil se engajou na defesa do Ibirapuera nos últimos anos, principalmente diante das ameaças de concessão e até demolição. E lembrou que o local também se tornou palco de grandes eventos artísticos nas últimas décadas.

“Além de seu valor arquitetônico, o complexo guarda memórias de grandes eventos, shows e apresentações, e carrega um valor afetivo para diferentes grupos sociais. Esse local se tornou uma referência de identidade e memória para a comunidade”, afirmou a especialista.

Na gestão passada do ex-governador João Doria, o Complexo do Ibirapuera entrou em pauta para ser concedido à iniciativa privada, assim como o Autódromo de Interlagos. Havia planos de construção de edifícios comerciais na área do complexo e até demolição do ginásio principal. Também foi cogitada a possibilidade de construir uma arena multiuso mais moderna e um shopping center no local.

Hospital de campanha foi montado no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, em 2020, durante a pandemia. Foto: Felipe Rau/Estadão

As ideias mobilizaram o Iphan, na época, a pedir o tombamento emergencial provisório. A partir de agora, qualquer reforma ou restauração do complexo precisará passar pela autorização do órgão federal de proteção.

Segundo o Estadão apurou, as secretarias de Esportes (SESP) e de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH) acompanhavam o processo do Iphan. As duas pastas lançaram, no final de setembro, uma licitação para a reforma do Estádio Ícaro de Castro Melo.

O edital previa investimento total de R$ 88,7 milhões e previsão de 16 meses para a entrega a partir da contratação. A previsão é de modernização em diferentes setores, especialmente na pista de atletismo, que, como o Estadão mostrou em janeiro, está destruída. Banheiros, arquibancadas e canteiros também serão reformados.

As propostas foram entregues em 29 de outubro. O prazo para recursos terminou nesta terça-feira, 12. Agora, a análise leva mais cinco dias úteis, até 19 de novembro, podendo ser estendida até dia 26.

Em nota, a SESP afirmou que trabalha na recuperação e restauração do Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães e que o projeto previsto na licitação preserva todo o memorial arquitetônico do equipamento.

“Além da reforma do estádio, a secretaria realiza a manutenção nos dois ginásios do complexo, a fim de conservar e aprimorar as instalações. Importante destacar que os projetos elaborados por gestões anteriores para a descaracterização do local foram descartados, pois o compromisso da atual gestão é com a modernização do Complexo Constâncio Vaz Guimarães e a manutenção das características históricas, bem como a sua utilização como centro esportivo de excelência”, diz a nota.

Para cumprir o objetivo de sediar campeonatos importantes e servir de centro de treinamento de excelência, o projeto tem como um de seus principais conceitos o atendimento às exigências de certificação de classe 1 da World Athletics, a federação internacional de atletismo.

O estádio foi usado como hospital durante a pandemia. Depois disso, a pista foi inutilizada de vez. Ainda neste ano, o Complexo do Ibirapuera virou notícia quando a gestão estadual atual, do governador Tarcísio de Freitas, anunciou uma corrida de drift, de automobilismo, sobre a pista do Estádio Ícaro de Castro Mello. O evento causou forte repercussão nas redes sociais, principalmente ligadas as entidades de atletismo do País. E a corrida acabou sendo cancelada.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou definitivamente o Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, mais conhecido como Complexo do Ibirapuera, em São Paulo. O local chegou a receber um tombamento emergencial provisório em 2021, diante do plano da gestão estadual da época de transformar o ginásio em shopping center. O tombamento não interfere na licitação do Estádio Ícaro de Castro Melo, aberta no final de setembro.

O Iphan havia entrado com o pedido de tombamento definitivo em dezembro de 2020, o que foi efetivado na terça-feira, 12. Com a decisão do Conselho Consultivo do Iphan, que considerou o complexo um símbolo da arquitetura moderna brasileira, o conjunto desportivo será inscrito nos livros do Tombo Histórico e no Livro de Belas Artes.

A decisão alcança o Ginásio Geraldo José de Almeida, também chamado de Ginásio do Ibirapuera, o Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro, o Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo e o Estádio Ícaro de Castro Mello. Os edifícios foram construídos entre 1930 e 1950.

Complexo Esportivo do Ibirapuera é tombado definitivamente pelo Iphan. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Ficaram fora o Palácio do Judô, a moradia de atletas do Projeto Futuro e as quadras de tênis. Na avaliação do Iphan, estas estruturas não apresentam valor arquitetônico comparável aos demais equipamentos esportivos.

Relatora do processo de tombamento, a arquiteta Flávia Brito afirmou que a sociedade civil se engajou na defesa do Ibirapuera nos últimos anos, principalmente diante das ameaças de concessão e até demolição. E lembrou que o local também se tornou palco de grandes eventos artísticos nas últimas décadas.

“Além de seu valor arquitetônico, o complexo guarda memórias de grandes eventos, shows e apresentações, e carrega um valor afetivo para diferentes grupos sociais. Esse local se tornou uma referência de identidade e memória para a comunidade”, afirmou a especialista.

Na gestão passada do ex-governador João Doria, o Complexo do Ibirapuera entrou em pauta para ser concedido à iniciativa privada, assim como o Autódromo de Interlagos. Havia planos de construção de edifícios comerciais na área do complexo e até demolição do ginásio principal. Também foi cogitada a possibilidade de construir uma arena multiuso mais moderna e um shopping center no local.

Hospital de campanha foi montado no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, em 2020, durante a pandemia. Foto: Felipe Rau/Estadão

As ideias mobilizaram o Iphan, na época, a pedir o tombamento emergencial provisório. A partir de agora, qualquer reforma ou restauração do complexo precisará passar pela autorização do órgão federal de proteção.

Segundo o Estadão apurou, as secretarias de Esportes (SESP) e de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH) acompanhavam o processo do Iphan. As duas pastas lançaram, no final de setembro, uma licitação para a reforma do Estádio Ícaro de Castro Melo.

O edital previa investimento total de R$ 88,7 milhões e previsão de 16 meses para a entrega a partir da contratação. A previsão é de modernização em diferentes setores, especialmente na pista de atletismo, que, como o Estadão mostrou em janeiro, está destruída. Banheiros, arquibancadas e canteiros também serão reformados.

As propostas foram entregues em 29 de outubro. O prazo para recursos terminou nesta terça-feira, 12. Agora, a análise leva mais cinco dias úteis, até 19 de novembro, podendo ser estendida até dia 26.

Em nota, a SESP afirmou que trabalha na recuperação e restauração do Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães e que o projeto previsto na licitação preserva todo o memorial arquitetônico do equipamento.

“Além da reforma do estádio, a secretaria realiza a manutenção nos dois ginásios do complexo, a fim de conservar e aprimorar as instalações. Importante destacar que os projetos elaborados por gestões anteriores para a descaracterização do local foram descartados, pois o compromisso da atual gestão é com a modernização do Complexo Constâncio Vaz Guimarães e a manutenção das características históricas, bem como a sua utilização como centro esportivo de excelência”, diz a nota.

Para cumprir o objetivo de sediar campeonatos importantes e servir de centro de treinamento de excelência, o projeto tem como um de seus principais conceitos o atendimento às exigências de certificação de classe 1 da World Athletics, a federação internacional de atletismo.

O estádio foi usado como hospital durante a pandemia. Depois disso, a pista foi inutilizada de vez. Ainda neste ano, o Complexo do Ibirapuera virou notícia quando a gestão estadual atual, do governador Tarcísio de Freitas, anunciou uma corrida de drift, de automobilismo, sobre a pista do Estádio Ícaro de Castro Mello. O evento causou forte repercussão nas redes sociais, principalmente ligadas as entidades de atletismo do País. E a corrida acabou sendo cancelada.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou definitivamente o Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, mais conhecido como Complexo do Ibirapuera, em São Paulo. O local chegou a receber um tombamento emergencial provisório em 2021, diante do plano da gestão estadual da época de transformar o ginásio em shopping center. O tombamento não interfere na licitação do Estádio Ícaro de Castro Melo, aberta no final de setembro.

O Iphan havia entrado com o pedido de tombamento definitivo em dezembro de 2020, o que foi efetivado na terça-feira, 12. Com a decisão do Conselho Consultivo do Iphan, que considerou o complexo um símbolo da arquitetura moderna brasileira, o conjunto desportivo será inscrito nos livros do Tombo Histórico e no Livro de Belas Artes.

A decisão alcança o Ginásio Geraldo José de Almeida, também chamado de Ginásio do Ibirapuera, o Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro, o Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo e o Estádio Ícaro de Castro Mello. Os edifícios foram construídos entre 1930 e 1950.

Complexo Esportivo do Ibirapuera é tombado definitivamente pelo Iphan. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Ficaram fora o Palácio do Judô, a moradia de atletas do Projeto Futuro e as quadras de tênis. Na avaliação do Iphan, estas estruturas não apresentam valor arquitetônico comparável aos demais equipamentos esportivos.

Relatora do processo de tombamento, a arquiteta Flávia Brito afirmou que a sociedade civil se engajou na defesa do Ibirapuera nos últimos anos, principalmente diante das ameaças de concessão e até demolição. E lembrou que o local também se tornou palco de grandes eventos artísticos nas últimas décadas.

“Além de seu valor arquitetônico, o complexo guarda memórias de grandes eventos, shows e apresentações, e carrega um valor afetivo para diferentes grupos sociais. Esse local se tornou uma referência de identidade e memória para a comunidade”, afirmou a especialista.

Na gestão passada do ex-governador João Doria, o Complexo do Ibirapuera entrou em pauta para ser concedido à iniciativa privada, assim como o Autódromo de Interlagos. Havia planos de construção de edifícios comerciais na área do complexo e até demolição do ginásio principal. Também foi cogitada a possibilidade de construir uma arena multiuso mais moderna e um shopping center no local.

Hospital de campanha foi montado no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, em 2020, durante a pandemia. Foto: Felipe Rau/Estadão

As ideias mobilizaram o Iphan, na época, a pedir o tombamento emergencial provisório. A partir de agora, qualquer reforma ou restauração do complexo precisará passar pela autorização do órgão federal de proteção.

Segundo o Estadão apurou, as secretarias de Esportes (SESP) e de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH) acompanhavam o processo do Iphan. As duas pastas lançaram, no final de setembro, uma licitação para a reforma do Estádio Ícaro de Castro Melo.

O edital previa investimento total de R$ 88,7 milhões e previsão de 16 meses para a entrega a partir da contratação. A previsão é de modernização em diferentes setores, especialmente na pista de atletismo, que, como o Estadão mostrou em janeiro, está destruída. Banheiros, arquibancadas e canteiros também serão reformados.

As propostas foram entregues em 29 de outubro. O prazo para recursos terminou nesta terça-feira, 12. Agora, a análise leva mais cinco dias úteis, até 19 de novembro, podendo ser estendida até dia 26.

Em nota, a SESP afirmou que trabalha na recuperação e restauração do Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães e que o projeto previsto na licitação preserva todo o memorial arquitetônico do equipamento.

“Além da reforma do estádio, a secretaria realiza a manutenção nos dois ginásios do complexo, a fim de conservar e aprimorar as instalações. Importante destacar que os projetos elaborados por gestões anteriores para a descaracterização do local foram descartados, pois o compromisso da atual gestão é com a modernização do Complexo Constâncio Vaz Guimarães e a manutenção das características históricas, bem como a sua utilização como centro esportivo de excelência”, diz a nota.

Para cumprir o objetivo de sediar campeonatos importantes e servir de centro de treinamento de excelência, o projeto tem como um de seus principais conceitos o atendimento às exigências de certificação de classe 1 da World Athletics, a federação internacional de atletismo.

O estádio foi usado como hospital durante a pandemia. Depois disso, a pista foi inutilizada de vez. Ainda neste ano, o Complexo do Ibirapuera virou notícia quando a gestão estadual atual, do governador Tarcísio de Freitas, anunciou uma corrida de drift, de automobilismo, sobre a pista do Estádio Ícaro de Castro Mello. O evento causou forte repercussão nas redes sociais, principalmente ligadas as entidades de atletismo do País. E a corrida acabou sendo cancelada.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou definitivamente o Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, mais conhecido como Complexo do Ibirapuera, em São Paulo. O local chegou a receber um tombamento emergencial provisório em 2021, diante do plano da gestão estadual da época de transformar o ginásio em shopping center. O tombamento não interfere na licitação do Estádio Ícaro de Castro Melo, aberta no final de setembro.

O Iphan havia entrado com o pedido de tombamento definitivo em dezembro de 2020, o que foi efetivado na terça-feira, 12. Com a decisão do Conselho Consultivo do Iphan, que considerou o complexo um símbolo da arquitetura moderna brasileira, o conjunto desportivo será inscrito nos livros do Tombo Histórico e no Livro de Belas Artes.

A decisão alcança o Ginásio Geraldo José de Almeida, também chamado de Ginásio do Ibirapuera, o Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro, o Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo e o Estádio Ícaro de Castro Mello. Os edifícios foram construídos entre 1930 e 1950.

Complexo Esportivo do Ibirapuera é tombado definitivamente pelo Iphan. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Ficaram fora o Palácio do Judô, a moradia de atletas do Projeto Futuro e as quadras de tênis. Na avaliação do Iphan, estas estruturas não apresentam valor arquitetônico comparável aos demais equipamentos esportivos.

Relatora do processo de tombamento, a arquiteta Flávia Brito afirmou que a sociedade civil se engajou na defesa do Ibirapuera nos últimos anos, principalmente diante das ameaças de concessão e até demolição. E lembrou que o local também se tornou palco de grandes eventos artísticos nas últimas décadas.

“Além de seu valor arquitetônico, o complexo guarda memórias de grandes eventos, shows e apresentações, e carrega um valor afetivo para diferentes grupos sociais. Esse local se tornou uma referência de identidade e memória para a comunidade”, afirmou a especialista.

Na gestão passada do ex-governador João Doria, o Complexo do Ibirapuera entrou em pauta para ser concedido à iniciativa privada, assim como o Autódromo de Interlagos. Havia planos de construção de edifícios comerciais na área do complexo e até demolição do ginásio principal. Também foi cogitada a possibilidade de construir uma arena multiuso mais moderna e um shopping center no local.

Hospital de campanha foi montado no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, em 2020, durante a pandemia. Foto: Felipe Rau/Estadão

As ideias mobilizaram o Iphan, na época, a pedir o tombamento emergencial provisório. A partir de agora, qualquer reforma ou restauração do complexo precisará passar pela autorização do órgão federal de proteção.

Segundo o Estadão apurou, as secretarias de Esportes (SESP) e de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH) acompanhavam o processo do Iphan. As duas pastas lançaram, no final de setembro, uma licitação para a reforma do Estádio Ícaro de Castro Melo.

O edital previa investimento total de R$ 88,7 milhões e previsão de 16 meses para a entrega a partir da contratação. A previsão é de modernização em diferentes setores, especialmente na pista de atletismo, que, como o Estadão mostrou em janeiro, está destruída. Banheiros, arquibancadas e canteiros também serão reformados.

As propostas foram entregues em 29 de outubro. O prazo para recursos terminou nesta terça-feira, 12. Agora, a análise leva mais cinco dias úteis, até 19 de novembro, podendo ser estendida até dia 26.

Em nota, a SESP afirmou que trabalha na recuperação e restauração do Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães e que o projeto previsto na licitação preserva todo o memorial arquitetônico do equipamento.

“Além da reforma do estádio, a secretaria realiza a manutenção nos dois ginásios do complexo, a fim de conservar e aprimorar as instalações. Importante destacar que os projetos elaborados por gestões anteriores para a descaracterização do local foram descartados, pois o compromisso da atual gestão é com a modernização do Complexo Constâncio Vaz Guimarães e a manutenção das características históricas, bem como a sua utilização como centro esportivo de excelência”, diz a nota.

Para cumprir o objetivo de sediar campeonatos importantes e servir de centro de treinamento de excelência, o projeto tem como um de seus principais conceitos o atendimento às exigências de certificação de classe 1 da World Athletics, a federação internacional de atletismo.

O estádio foi usado como hospital durante a pandemia. Depois disso, a pista foi inutilizada de vez. Ainda neste ano, o Complexo do Ibirapuera virou notícia quando a gestão estadual atual, do governador Tarcísio de Freitas, anunciou uma corrida de drift, de automobilismo, sobre a pista do Estádio Ícaro de Castro Mello. O evento causou forte repercussão nas redes sociais, principalmente ligadas as entidades de atletismo do País. E a corrida acabou sendo cancelada.

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