Conheça Bruna Alexandre, primeira brasileira a disputar Jogos Olímpicos e Paralímpicos


Quatro vezes medalhista paralimpíca, mesatenista catarinense de 29 anos faz parte das equipes brasileiras em Paris

Por Ricardo Magatti
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Quatro vezes medalhista paralimpíca, mesatenista catarinense de 29 anos fará parte da equipe brasileira na Olimpíada de Paris

Resultado de uma injeção mal aplicada, a trombose que fez Bruna Alexandre ter o braço direito amputado quando tinha seis meses não impediu a catarinense de sonhar. Desde criança, ela jogava tênis de mesa com competidores com e sem deficiência. O talento é tamanho que, depois de muitos treinos, campeonatos e medalhas em Jogos Paralímpicos, Mundiais e outros torneios, a atleta de 29 anos se tornou, em Paris, a primeira brasileira, entre homens e mulheres, a disputar Olimpíada e Paralimpíada.

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Bruna foi convocada no início do mês pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) para disputar Olimpíada de Paris, entre julho e agosto. Na modalidade olímpica, ela é bicampeã brasileira e participou, no ano passado, da campanha que assegurou a vaga por equipes em Paris ao Brasil. “Foram muitos anos tentando, fui sonhando aos poucos”, resume ela, em entrevista ao Estadão no Centro Paralímpico Brasileiro (CPB), onde treina quase todos os dias.

“Fico muito feliz de representar todas as pessoas com deficiência no nosso país. Isso abriu muitas portas para o nosso esporte. Espero que isso seja normal um dia e que apareçam mais projetos”, espera a mesatenista.

Dona de quatro medalhas em Jogos Paralímpicos – dois bronzes por equipes (Rio-2016 e Tóquio-2020), um bronze (Rio-2016) e uma prata (Tóquio-2020) no individual, Bruna disputou neste ano sua primeira edição de Jogos Olímpicos. No entanto, jogar tênis de mesa contra adversários sem deficiência não é uma novidade para a atleta natural de Criciúma.

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Bruna Alexandre será primeira atleta, entre homens e mulheres, a representar o Brasil em Olimpíada e Paralimpíada Foto: Taba Benedicto/Estadão

Ela pratica o esporte desde 7 anos, quando um treinador de um projeto esportivo de Criciúma convidou a atleta para treinar. À época, seu irmão já jogava. Ela aceitou o convite e não mais parou. Seus rivais, quando começou a dar as primeiras raquetadas, não tinham deficiência. “Foi muito difícil no começo, principalmente para sacar com um braço só. Mas depois me adaptei e hoje o saque é um dos meus pontos fortes”, diz.

Ela entrou para a modalidade paralímpica aos 13 anos, sem largar os campeonatos olímpicos. Meses depois de estrear em uma Paralimpíada, a de Londres-2012, foi convidada pela CBTM para morar em São Caetano e treinar com a equipe olímpica. Passou a treinar com as irmãs Bruna e Giulia Takahashi e Hugo Calderano, hoje o sexto melhor mesatenista do mundo. “Eu sabia que era só mais uma porque a concorrência é grande. Mas aos poucos fui ganhando meu espaço, ganhando jogos..

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Hoje, ela compete na classe 10, para amputados. “É quase uma pessoa sem deficiência jogando. O que muda mais é a dificuldade no equilíbrio. O saque é diferente, mas temos agressividade, força”, explica.

Bruna diz que o jogo paralímpico é menos intenso e tem mais “mutreta” e “malandragem”. Competir contra rivais sem deficiência faz, ela entende, o nível de seu jogo subir. Mas seu cérebro e seu corpo têm de por muitas vezes fazer encaixes e adaptações rápidas, a depender se o campeonato é olímpico ou paralímpico, embora as regras sejam praticamente as mesmas. “Estou conseguindo me acostumar e evoluir nisso. Jogar o olímpico fez toda a diferença pra mim”.

Bruna compete na classe 10, para amputados, no tênis de mesa paralímpico Foto: Taba Benedicto/Estadão
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Atual 160ª colocada no ranking mundial olímpico, ela esteve em disputa por equipes do tênis de mesa feminino na Olimpíada.

Terceira melhor do mundo no ranking paralímpico, a brasileira busca sua quinta medalha paralímpica. Serão três disputas na Paralimpíada: torneio de duplas mistas, duplas femininas e a competição individual, em que a Bruna é uma das favoritas na corrida pelo ouro.

“Tenho o sonho de ganhar o ouro nos Jogos Paralímpicos, no individual, e conseguir aprender mais no olímpico, jogar de igual para igual, quem sabe passar para segunda ou terceira fase”, relata.

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Em Paris, Bruna vai repetir o feito de Natalia Partyka, polonesa tetracampeã paralímpica e que que já disputou três edições de Jogos Olímpicos - a atleta da Polônia já figurou entre as 30 melhores do mundo no circuito olímpico. “Perdi a vida inteira pra ela e ano passado, no Aberto da Itália, consegui ganhar dela por 3 a 2″, conta a catarinense, orgulhosa. Por muito tempo, Natalia foi a principal referência para a brasileira. Hoje, a inspiração é outra. “Me inspiro em mim mesma hoje. Hoje sou minha referência”.

Ela espera que sua trajetória sirva de espelho para outras pessoas com deficiência, atletas ou não. “Minha história pode ser referência para muita gente, no esporte e na vida. Acredito que tem muitas pessoas com deficiência que não saem de casa, que a família não aceita. O esporte pode abrir várias portas”.

Bruna joga tênis de mesa desde os 7 anos e começou no esporte graças a um projeto social Foto: Taba Benedicto/Estadão
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Mesatenista polonesa, Pistorius e outros: os atletas que disputaram Olimpíada e Paralimpíada

Bruna será a primeira brasileira a competir em Jogos Olímpicos e Paralímpicos, mas atletas de outros países já alcançaram o feito. No tênis de mesa, a polonesa Natalia Partyka, que não tem a mão direita, jogou cinco edições de Paralimpíada e quatro de Olimpíada, incluindo a última delas, Tóquio-2020.

O esportista mais conhecido a ter estado nos dois megaeventos esportivos é o sul-africano Oscar Pistorius, que conquistou seis ouros paralímpicos em Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012. Ele conseguiu o índice para ser o primeiro amputado a correr uma prova de atletismo em uma Olimpíada na história e disputou os 400 metros rasos, avançando até a semifinal, e o revezamento 4x400m, no qual foi finalista - ambas as provas ele correu nos Jogos de Londres. O velocista teve as duas pernas amputadas quando tinha 1 ano e competia com próteses feitas de fibra de carbono, o que, segundo adversários, lhe dava vantagem.

O pioneiro foi o americano George Eyser. Em 1904, com uma perna de pau, o ginasta levou três ouros, duas pratas e um bronze nos Jogos de St. Louis, nos Estados Unidos. Outro atleta amputado de relevância foi o húngaro Olivér Halassy. Sem a perna esquerda, ele conquistou dois ouros e uma prata no polo aquático em Amsterdã-1928, Los Angeles-1932 e Berlim-1936.

Há, na história, apenas um atleta medalhista olímpico e paralímpico: o esgrimista húngaro Pál Szekeres. Ele foi bronze em Seul-1988 e ganhou três ouros e três bronzes paralímpicos anos depois de sofrer um acidente de carro e ficar paraplégico.

Existe, também, um outro medalhista nos dois eventos, mas não deficiente. Trata-se de Craig Mclean, ciclista britânico que levou a prata nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004 e o ouro paralímpico, como guia do atleta cego Anthony Kappes, em Londres-2012.

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Quatro vezes medalhista paralimpíca, mesatenista catarinense de 29 anos fará parte da equipe brasileira na Olimpíada de Paris

Resultado de uma injeção mal aplicada, a trombose que fez Bruna Alexandre ter o braço direito amputado quando tinha seis meses não impediu a catarinense de sonhar. Desde criança, ela jogava tênis de mesa com competidores com e sem deficiência. O talento é tamanho que, depois de muitos treinos, campeonatos e medalhas em Jogos Paralímpicos, Mundiais e outros torneios, a atleta de 29 anos se tornou, em Paris, a primeira brasileira, entre homens e mulheres, a disputar Olimpíada e Paralimpíada.

Bruna foi convocada no início do mês pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) para disputar Olimpíada de Paris, entre julho e agosto. Na modalidade olímpica, ela é bicampeã brasileira e participou, no ano passado, da campanha que assegurou a vaga por equipes em Paris ao Brasil. “Foram muitos anos tentando, fui sonhando aos poucos”, resume ela, em entrevista ao Estadão no Centro Paralímpico Brasileiro (CPB), onde treina quase todos os dias.

“Fico muito feliz de representar todas as pessoas com deficiência no nosso país. Isso abriu muitas portas para o nosso esporte. Espero que isso seja normal um dia e que apareçam mais projetos”, espera a mesatenista.

Dona de quatro medalhas em Jogos Paralímpicos – dois bronzes por equipes (Rio-2016 e Tóquio-2020), um bronze (Rio-2016) e uma prata (Tóquio-2020) no individual, Bruna disputou neste ano sua primeira edição de Jogos Olímpicos. No entanto, jogar tênis de mesa contra adversários sem deficiência não é uma novidade para a atleta natural de Criciúma.

Bruna Alexandre será primeira atleta, entre homens e mulheres, a representar o Brasil em Olimpíada e Paralimpíada Foto: Taba Benedicto/Estadão

Ela pratica o esporte desde 7 anos, quando um treinador de um projeto esportivo de Criciúma convidou a atleta para treinar. À época, seu irmão já jogava. Ela aceitou o convite e não mais parou. Seus rivais, quando começou a dar as primeiras raquetadas, não tinham deficiência. “Foi muito difícil no começo, principalmente para sacar com um braço só. Mas depois me adaptei e hoje o saque é um dos meus pontos fortes”, diz.

Ela entrou para a modalidade paralímpica aos 13 anos, sem largar os campeonatos olímpicos. Meses depois de estrear em uma Paralimpíada, a de Londres-2012, foi convidada pela CBTM para morar em São Caetano e treinar com a equipe olímpica. Passou a treinar com as irmãs Bruna e Giulia Takahashi e Hugo Calderano, hoje o sexto melhor mesatenista do mundo. “Eu sabia que era só mais uma porque a concorrência é grande. Mas aos poucos fui ganhando meu espaço, ganhando jogos..

Hoje, ela compete na classe 10, para amputados. “É quase uma pessoa sem deficiência jogando. O que muda mais é a dificuldade no equilíbrio. O saque é diferente, mas temos agressividade, força”, explica.

Bruna diz que o jogo paralímpico é menos intenso e tem mais “mutreta” e “malandragem”. Competir contra rivais sem deficiência faz, ela entende, o nível de seu jogo subir. Mas seu cérebro e seu corpo têm de por muitas vezes fazer encaixes e adaptações rápidas, a depender se o campeonato é olímpico ou paralímpico, embora as regras sejam praticamente as mesmas. “Estou conseguindo me acostumar e evoluir nisso. Jogar o olímpico fez toda a diferença pra mim”.

Bruna compete na classe 10, para amputados, no tênis de mesa paralímpico Foto: Taba Benedicto/Estadão

Atual 160ª colocada no ranking mundial olímpico, ela esteve em disputa por equipes do tênis de mesa feminino na Olimpíada.

Terceira melhor do mundo no ranking paralímpico, a brasileira busca sua quinta medalha paralímpica. Serão três disputas na Paralimpíada: torneio de duplas mistas, duplas femininas e a competição individual, em que a Bruna é uma das favoritas na corrida pelo ouro.

“Tenho o sonho de ganhar o ouro nos Jogos Paralímpicos, no individual, e conseguir aprender mais no olímpico, jogar de igual para igual, quem sabe passar para segunda ou terceira fase”, relata.

Em Paris, Bruna vai repetir o feito de Natalia Partyka, polonesa tetracampeã paralímpica e que que já disputou três edições de Jogos Olímpicos - a atleta da Polônia já figurou entre as 30 melhores do mundo no circuito olímpico. “Perdi a vida inteira pra ela e ano passado, no Aberto da Itália, consegui ganhar dela por 3 a 2″, conta a catarinense, orgulhosa. Por muito tempo, Natalia foi a principal referência para a brasileira. Hoje, a inspiração é outra. “Me inspiro em mim mesma hoje. Hoje sou minha referência”.

Ela espera que sua trajetória sirva de espelho para outras pessoas com deficiência, atletas ou não. “Minha história pode ser referência para muita gente, no esporte e na vida. Acredito que tem muitas pessoas com deficiência que não saem de casa, que a família não aceita. O esporte pode abrir várias portas”.

Bruna joga tênis de mesa desde os 7 anos e começou no esporte graças a um projeto social Foto: Taba Benedicto/Estadão

Mesatenista polonesa, Pistorius e outros: os atletas que disputaram Olimpíada e Paralimpíada

Bruna será a primeira brasileira a competir em Jogos Olímpicos e Paralímpicos, mas atletas de outros países já alcançaram o feito. No tênis de mesa, a polonesa Natalia Partyka, que não tem a mão direita, jogou cinco edições de Paralimpíada e quatro de Olimpíada, incluindo a última delas, Tóquio-2020.

O esportista mais conhecido a ter estado nos dois megaeventos esportivos é o sul-africano Oscar Pistorius, que conquistou seis ouros paralímpicos em Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012. Ele conseguiu o índice para ser o primeiro amputado a correr uma prova de atletismo em uma Olimpíada na história e disputou os 400 metros rasos, avançando até a semifinal, e o revezamento 4x400m, no qual foi finalista - ambas as provas ele correu nos Jogos de Londres. O velocista teve as duas pernas amputadas quando tinha 1 ano e competia com próteses feitas de fibra de carbono, o que, segundo adversários, lhe dava vantagem.

O pioneiro foi o americano George Eyser. Em 1904, com uma perna de pau, o ginasta levou três ouros, duas pratas e um bronze nos Jogos de St. Louis, nos Estados Unidos. Outro atleta amputado de relevância foi o húngaro Olivér Halassy. Sem a perna esquerda, ele conquistou dois ouros e uma prata no polo aquático em Amsterdã-1928, Los Angeles-1932 e Berlim-1936.

Há, na história, apenas um atleta medalhista olímpico e paralímpico: o esgrimista húngaro Pál Szekeres. Ele foi bronze em Seul-1988 e ganhou três ouros e três bronzes paralímpicos anos depois de sofrer um acidente de carro e ficar paraplégico.

Existe, também, um outro medalhista nos dois eventos, mas não deficiente. Trata-se de Craig Mclean, ciclista britânico que levou a prata nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004 e o ouro paralímpico, como guia do atleta cego Anthony Kappes, em Londres-2012.

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Resultado de uma injeção mal aplicada, a trombose que fez Bruna Alexandre ter o braço direito amputado quando tinha seis meses não impediu a catarinense de sonhar. Desde criança, ela jogava tênis de mesa com competidores com e sem deficiência. O talento é tamanho que, depois de muitos treinos, campeonatos e medalhas em Jogos Paralímpicos, Mundiais e outros torneios, a atleta de 29 anos se tornou, em Paris, a primeira brasileira, entre homens e mulheres, a disputar Olimpíada e Paralimpíada.

Bruna foi convocada no início do mês pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) para disputar Olimpíada de Paris, entre julho e agosto. Na modalidade olímpica, ela é bicampeã brasileira e participou, no ano passado, da campanha que assegurou a vaga por equipes em Paris ao Brasil. “Foram muitos anos tentando, fui sonhando aos poucos”, resume ela, em entrevista ao Estadão no Centro Paralímpico Brasileiro (CPB), onde treina quase todos os dias.

“Fico muito feliz de representar todas as pessoas com deficiência no nosso país. Isso abriu muitas portas para o nosso esporte. Espero que isso seja normal um dia e que apareçam mais projetos”, espera a mesatenista.

Dona de quatro medalhas em Jogos Paralímpicos – dois bronzes por equipes (Rio-2016 e Tóquio-2020), um bronze (Rio-2016) e uma prata (Tóquio-2020) no individual, Bruna disputou neste ano sua primeira edição de Jogos Olímpicos. No entanto, jogar tênis de mesa contra adversários sem deficiência não é uma novidade para a atleta natural de Criciúma.

Bruna Alexandre será primeira atleta, entre homens e mulheres, a representar o Brasil em Olimpíada e Paralimpíada Foto: Taba Benedicto/Estadão

Ela pratica o esporte desde 7 anos, quando um treinador de um projeto esportivo de Criciúma convidou a atleta para treinar. À época, seu irmão já jogava. Ela aceitou o convite e não mais parou. Seus rivais, quando começou a dar as primeiras raquetadas, não tinham deficiência. “Foi muito difícil no começo, principalmente para sacar com um braço só. Mas depois me adaptei e hoje o saque é um dos meus pontos fortes”, diz.

Ela entrou para a modalidade paralímpica aos 13 anos, sem largar os campeonatos olímpicos. Meses depois de estrear em uma Paralimpíada, a de Londres-2012, foi convidada pela CBTM para morar em São Caetano e treinar com a equipe olímpica. Passou a treinar com as irmãs Bruna e Giulia Takahashi e Hugo Calderano, hoje o sexto melhor mesatenista do mundo. “Eu sabia que era só mais uma porque a concorrência é grande. Mas aos poucos fui ganhando meu espaço, ganhando jogos..

Hoje, ela compete na classe 10, para amputados. “É quase uma pessoa sem deficiência jogando. O que muda mais é a dificuldade no equilíbrio. O saque é diferente, mas temos agressividade, força”, explica.

Bruna diz que o jogo paralímpico é menos intenso e tem mais “mutreta” e “malandragem”. Competir contra rivais sem deficiência faz, ela entende, o nível de seu jogo subir. Mas seu cérebro e seu corpo têm de por muitas vezes fazer encaixes e adaptações rápidas, a depender se o campeonato é olímpico ou paralímpico, embora as regras sejam praticamente as mesmas. “Estou conseguindo me acostumar e evoluir nisso. Jogar o olímpico fez toda a diferença pra mim”.

Bruna compete na classe 10, para amputados, no tênis de mesa paralímpico Foto: Taba Benedicto/Estadão

Atual 160ª colocada no ranking mundial olímpico, ela esteve em disputa por equipes do tênis de mesa feminino na Olimpíada.

Terceira melhor do mundo no ranking paralímpico, a brasileira busca sua quinta medalha paralímpica. Serão três disputas na Paralimpíada: torneio de duplas mistas, duplas femininas e a competição individual, em que a Bruna é uma das favoritas na corrida pelo ouro.

“Tenho o sonho de ganhar o ouro nos Jogos Paralímpicos, no individual, e conseguir aprender mais no olímpico, jogar de igual para igual, quem sabe passar para segunda ou terceira fase”, relata.

Em Paris, Bruna vai repetir o feito de Natalia Partyka, polonesa tetracampeã paralímpica e que que já disputou três edições de Jogos Olímpicos - a atleta da Polônia já figurou entre as 30 melhores do mundo no circuito olímpico. “Perdi a vida inteira pra ela e ano passado, no Aberto da Itália, consegui ganhar dela por 3 a 2″, conta a catarinense, orgulhosa. Por muito tempo, Natalia foi a principal referência para a brasileira. Hoje, a inspiração é outra. “Me inspiro em mim mesma hoje. Hoje sou minha referência”.

Ela espera que sua trajetória sirva de espelho para outras pessoas com deficiência, atletas ou não. “Minha história pode ser referência para muita gente, no esporte e na vida. Acredito que tem muitas pessoas com deficiência que não saem de casa, que a família não aceita. O esporte pode abrir várias portas”.

Bruna joga tênis de mesa desde os 7 anos e começou no esporte graças a um projeto social Foto: Taba Benedicto/Estadão

Mesatenista polonesa, Pistorius e outros: os atletas que disputaram Olimpíada e Paralimpíada

Bruna será a primeira brasileira a competir em Jogos Olímpicos e Paralímpicos, mas atletas de outros países já alcançaram o feito. No tênis de mesa, a polonesa Natalia Partyka, que não tem a mão direita, jogou cinco edições de Paralimpíada e quatro de Olimpíada, incluindo a última delas, Tóquio-2020.

O esportista mais conhecido a ter estado nos dois megaeventos esportivos é o sul-africano Oscar Pistorius, que conquistou seis ouros paralímpicos em Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012. Ele conseguiu o índice para ser o primeiro amputado a correr uma prova de atletismo em uma Olimpíada na história e disputou os 400 metros rasos, avançando até a semifinal, e o revezamento 4x400m, no qual foi finalista - ambas as provas ele correu nos Jogos de Londres. O velocista teve as duas pernas amputadas quando tinha 1 ano e competia com próteses feitas de fibra de carbono, o que, segundo adversários, lhe dava vantagem.

O pioneiro foi o americano George Eyser. Em 1904, com uma perna de pau, o ginasta levou três ouros, duas pratas e um bronze nos Jogos de St. Louis, nos Estados Unidos. Outro atleta amputado de relevância foi o húngaro Olivér Halassy. Sem a perna esquerda, ele conquistou dois ouros e uma prata no polo aquático em Amsterdã-1928, Los Angeles-1932 e Berlim-1936.

Há, na história, apenas um atleta medalhista olímpico e paralímpico: o esgrimista húngaro Pál Szekeres. Ele foi bronze em Seul-1988 e ganhou três ouros e três bronzes paralímpicos anos depois de sofrer um acidente de carro e ficar paraplégico.

Existe, também, um outro medalhista nos dois eventos, mas não deficiente. Trata-se de Craig Mclean, ciclista britânico que levou a prata nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004 e o ouro paralímpico, como guia do atleta cego Anthony Kappes, em Londres-2012.

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Quatro vezes medalhista paralimpíca, mesatenista catarinense de 29 anos fará parte da equipe brasileira na Olimpíada de Paris

Resultado de uma injeção mal aplicada, a trombose que fez Bruna Alexandre ter o braço direito amputado quando tinha seis meses não impediu a catarinense de sonhar. Desde criança, ela jogava tênis de mesa com competidores com e sem deficiência. O talento é tamanho que, depois de muitos treinos, campeonatos e medalhas em Jogos Paralímpicos, Mundiais e outros torneios, a atleta de 29 anos se tornou, em Paris, a primeira brasileira, entre homens e mulheres, a disputar Olimpíada e Paralimpíada.

Bruna foi convocada no início do mês pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) para disputar Olimpíada de Paris, entre julho e agosto. Na modalidade olímpica, ela é bicampeã brasileira e participou, no ano passado, da campanha que assegurou a vaga por equipes em Paris ao Brasil. “Foram muitos anos tentando, fui sonhando aos poucos”, resume ela, em entrevista ao Estadão no Centro Paralímpico Brasileiro (CPB), onde treina quase todos os dias.

“Fico muito feliz de representar todas as pessoas com deficiência no nosso país. Isso abriu muitas portas para o nosso esporte. Espero que isso seja normal um dia e que apareçam mais projetos”, espera a mesatenista.

Dona de quatro medalhas em Jogos Paralímpicos – dois bronzes por equipes (Rio-2016 e Tóquio-2020), um bronze (Rio-2016) e uma prata (Tóquio-2020) no individual, Bruna disputou neste ano sua primeira edição de Jogos Olímpicos. No entanto, jogar tênis de mesa contra adversários sem deficiência não é uma novidade para a atleta natural de Criciúma.

Bruna Alexandre será primeira atleta, entre homens e mulheres, a representar o Brasil em Olimpíada e Paralimpíada Foto: Taba Benedicto/Estadão

Ela pratica o esporte desde 7 anos, quando um treinador de um projeto esportivo de Criciúma convidou a atleta para treinar. À época, seu irmão já jogava. Ela aceitou o convite e não mais parou. Seus rivais, quando começou a dar as primeiras raquetadas, não tinham deficiência. “Foi muito difícil no começo, principalmente para sacar com um braço só. Mas depois me adaptei e hoje o saque é um dos meus pontos fortes”, diz.

Ela entrou para a modalidade paralímpica aos 13 anos, sem largar os campeonatos olímpicos. Meses depois de estrear em uma Paralimpíada, a de Londres-2012, foi convidada pela CBTM para morar em São Caetano e treinar com a equipe olímpica. Passou a treinar com as irmãs Bruna e Giulia Takahashi e Hugo Calderano, hoje o sexto melhor mesatenista do mundo. “Eu sabia que era só mais uma porque a concorrência é grande. Mas aos poucos fui ganhando meu espaço, ganhando jogos..

Hoje, ela compete na classe 10, para amputados. “É quase uma pessoa sem deficiência jogando. O que muda mais é a dificuldade no equilíbrio. O saque é diferente, mas temos agressividade, força”, explica.

Bruna diz que o jogo paralímpico é menos intenso e tem mais “mutreta” e “malandragem”. Competir contra rivais sem deficiência faz, ela entende, o nível de seu jogo subir. Mas seu cérebro e seu corpo têm de por muitas vezes fazer encaixes e adaptações rápidas, a depender se o campeonato é olímpico ou paralímpico, embora as regras sejam praticamente as mesmas. “Estou conseguindo me acostumar e evoluir nisso. Jogar o olímpico fez toda a diferença pra mim”.

Bruna compete na classe 10, para amputados, no tênis de mesa paralímpico Foto: Taba Benedicto/Estadão

Atual 160ª colocada no ranking mundial olímpico, ela esteve em disputa por equipes do tênis de mesa feminino na Olimpíada.

Terceira melhor do mundo no ranking paralímpico, a brasileira busca sua quinta medalha paralímpica. Serão três disputas na Paralimpíada: torneio de duplas mistas, duplas femininas e a competição individual, em que a Bruna é uma das favoritas na corrida pelo ouro.

“Tenho o sonho de ganhar o ouro nos Jogos Paralímpicos, no individual, e conseguir aprender mais no olímpico, jogar de igual para igual, quem sabe passar para segunda ou terceira fase”, relata.

Em Paris, Bruna vai repetir o feito de Natalia Partyka, polonesa tetracampeã paralímpica e que que já disputou três edições de Jogos Olímpicos - a atleta da Polônia já figurou entre as 30 melhores do mundo no circuito olímpico. “Perdi a vida inteira pra ela e ano passado, no Aberto da Itália, consegui ganhar dela por 3 a 2″, conta a catarinense, orgulhosa. Por muito tempo, Natalia foi a principal referência para a brasileira. Hoje, a inspiração é outra. “Me inspiro em mim mesma hoje. Hoje sou minha referência”.

Ela espera que sua trajetória sirva de espelho para outras pessoas com deficiência, atletas ou não. “Minha história pode ser referência para muita gente, no esporte e na vida. Acredito que tem muitas pessoas com deficiência que não saem de casa, que a família não aceita. O esporte pode abrir várias portas”.

Bruna joga tênis de mesa desde os 7 anos e começou no esporte graças a um projeto social Foto: Taba Benedicto/Estadão

Mesatenista polonesa, Pistorius e outros: os atletas que disputaram Olimpíada e Paralimpíada

Bruna será a primeira brasileira a competir em Jogos Olímpicos e Paralímpicos, mas atletas de outros países já alcançaram o feito. No tênis de mesa, a polonesa Natalia Partyka, que não tem a mão direita, jogou cinco edições de Paralimpíada e quatro de Olimpíada, incluindo a última delas, Tóquio-2020.

O esportista mais conhecido a ter estado nos dois megaeventos esportivos é o sul-africano Oscar Pistorius, que conquistou seis ouros paralímpicos em Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012. Ele conseguiu o índice para ser o primeiro amputado a correr uma prova de atletismo em uma Olimpíada na história e disputou os 400 metros rasos, avançando até a semifinal, e o revezamento 4x400m, no qual foi finalista - ambas as provas ele correu nos Jogos de Londres. O velocista teve as duas pernas amputadas quando tinha 1 ano e competia com próteses feitas de fibra de carbono, o que, segundo adversários, lhe dava vantagem.

O pioneiro foi o americano George Eyser. Em 1904, com uma perna de pau, o ginasta levou três ouros, duas pratas e um bronze nos Jogos de St. Louis, nos Estados Unidos. Outro atleta amputado de relevância foi o húngaro Olivér Halassy. Sem a perna esquerda, ele conquistou dois ouros e uma prata no polo aquático em Amsterdã-1928, Los Angeles-1932 e Berlim-1936.

Há, na história, apenas um atleta medalhista olímpico e paralímpico: o esgrimista húngaro Pál Szekeres. Ele foi bronze em Seul-1988 e ganhou três ouros e três bronzes paralímpicos anos depois de sofrer um acidente de carro e ficar paraplégico.

Existe, também, um outro medalhista nos dois eventos, mas não deficiente. Trata-se de Craig Mclean, ciclista britânico que levou a prata nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004 e o ouro paralímpico, como guia do atleta cego Anthony Kappes, em Londres-2012.

Seu navegador não suporta esse video.

Quatro vezes medalhista paralimpíca, mesatenista catarinense de 29 anos fará parte da equipe brasileira na Olimpíada de Paris

Resultado de uma injeção mal aplicada, a trombose que fez Bruna Alexandre ter o braço direito amputado quando tinha seis meses não impediu a catarinense de sonhar. Desde criança, ela jogava tênis de mesa com competidores com e sem deficiência. O talento é tamanho que, depois de muitos treinos, campeonatos e medalhas em Jogos Paralímpicos, Mundiais e outros torneios, a atleta de 29 anos se tornou, em Paris, a primeira brasileira, entre homens e mulheres, a disputar Olimpíada e Paralimpíada.

Bruna foi convocada no início do mês pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) para disputar Olimpíada de Paris, entre julho e agosto. Na modalidade olímpica, ela é bicampeã brasileira e participou, no ano passado, da campanha que assegurou a vaga por equipes em Paris ao Brasil. “Foram muitos anos tentando, fui sonhando aos poucos”, resume ela, em entrevista ao Estadão no Centro Paralímpico Brasileiro (CPB), onde treina quase todos os dias.

“Fico muito feliz de representar todas as pessoas com deficiência no nosso país. Isso abriu muitas portas para o nosso esporte. Espero que isso seja normal um dia e que apareçam mais projetos”, espera a mesatenista.

Dona de quatro medalhas em Jogos Paralímpicos – dois bronzes por equipes (Rio-2016 e Tóquio-2020), um bronze (Rio-2016) e uma prata (Tóquio-2020) no individual, Bruna disputou neste ano sua primeira edição de Jogos Olímpicos. No entanto, jogar tênis de mesa contra adversários sem deficiência não é uma novidade para a atleta natural de Criciúma.

Bruna Alexandre será primeira atleta, entre homens e mulheres, a representar o Brasil em Olimpíada e Paralimpíada Foto: Taba Benedicto/Estadão

Ela pratica o esporte desde 7 anos, quando um treinador de um projeto esportivo de Criciúma convidou a atleta para treinar. À época, seu irmão já jogava. Ela aceitou o convite e não mais parou. Seus rivais, quando começou a dar as primeiras raquetadas, não tinham deficiência. “Foi muito difícil no começo, principalmente para sacar com um braço só. Mas depois me adaptei e hoje o saque é um dos meus pontos fortes”, diz.

Ela entrou para a modalidade paralímpica aos 13 anos, sem largar os campeonatos olímpicos. Meses depois de estrear em uma Paralimpíada, a de Londres-2012, foi convidada pela CBTM para morar em São Caetano e treinar com a equipe olímpica. Passou a treinar com as irmãs Bruna e Giulia Takahashi e Hugo Calderano, hoje o sexto melhor mesatenista do mundo. “Eu sabia que era só mais uma porque a concorrência é grande. Mas aos poucos fui ganhando meu espaço, ganhando jogos..

Hoje, ela compete na classe 10, para amputados. “É quase uma pessoa sem deficiência jogando. O que muda mais é a dificuldade no equilíbrio. O saque é diferente, mas temos agressividade, força”, explica.

Bruna diz que o jogo paralímpico é menos intenso e tem mais “mutreta” e “malandragem”. Competir contra rivais sem deficiência faz, ela entende, o nível de seu jogo subir. Mas seu cérebro e seu corpo têm de por muitas vezes fazer encaixes e adaptações rápidas, a depender se o campeonato é olímpico ou paralímpico, embora as regras sejam praticamente as mesmas. “Estou conseguindo me acostumar e evoluir nisso. Jogar o olímpico fez toda a diferença pra mim”.

Bruna compete na classe 10, para amputados, no tênis de mesa paralímpico Foto: Taba Benedicto/Estadão

Atual 160ª colocada no ranking mundial olímpico, ela esteve em disputa por equipes do tênis de mesa feminino na Olimpíada.

Terceira melhor do mundo no ranking paralímpico, a brasileira busca sua quinta medalha paralímpica. Serão três disputas na Paralimpíada: torneio de duplas mistas, duplas femininas e a competição individual, em que a Bruna é uma das favoritas na corrida pelo ouro.

“Tenho o sonho de ganhar o ouro nos Jogos Paralímpicos, no individual, e conseguir aprender mais no olímpico, jogar de igual para igual, quem sabe passar para segunda ou terceira fase”, relata.

Em Paris, Bruna vai repetir o feito de Natalia Partyka, polonesa tetracampeã paralímpica e que que já disputou três edições de Jogos Olímpicos - a atleta da Polônia já figurou entre as 30 melhores do mundo no circuito olímpico. “Perdi a vida inteira pra ela e ano passado, no Aberto da Itália, consegui ganhar dela por 3 a 2″, conta a catarinense, orgulhosa. Por muito tempo, Natalia foi a principal referência para a brasileira. Hoje, a inspiração é outra. “Me inspiro em mim mesma hoje. Hoje sou minha referência”.

Ela espera que sua trajetória sirva de espelho para outras pessoas com deficiência, atletas ou não. “Minha história pode ser referência para muita gente, no esporte e na vida. Acredito que tem muitas pessoas com deficiência que não saem de casa, que a família não aceita. O esporte pode abrir várias portas”.

Bruna joga tênis de mesa desde os 7 anos e começou no esporte graças a um projeto social Foto: Taba Benedicto/Estadão

Mesatenista polonesa, Pistorius e outros: os atletas que disputaram Olimpíada e Paralimpíada

Bruna será a primeira brasileira a competir em Jogos Olímpicos e Paralímpicos, mas atletas de outros países já alcançaram o feito. No tênis de mesa, a polonesa Natalia Partyka, que não tem a mão direita, jogou cinco edições de Paralimpíada e quatro de Olimpíada, incluindo a última delas, Tóquio-2020.

O esportista mais conhecido a ter estado nos dois megaeventos esportivos é o sul-africano Oscar Pistorius, que conquistou seis ouros paralímpicos em Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012. Ele conseguiu o índice para ser o primeiro amputado a correr uma prova de atletismo em uma Olimpíada na história e disputou os 400 metros rasos, avançando até a semifinal, e o revezamento 4x400m, no qual foi finalista - ambas as provas ele correu nos Jogos de Londres. O velocista teve as duas pernas amputadas quando tinha 1 ano e competia com próteses feitas de fibra de carbono, o que, segundo adversários, lhe dava vantagem.

O pioneiro foi o americano George Eyser. Em 1904, com uma perna de pau, o ginasta levou três ouros, duas pratas e um bronze nos Jogos de St. Louis, nos Estados Unidos. Outro atleta amputado de relevância foi o húngaro Olivér Halassy. Sem a perna esquerda, ele conquistou dois ouros e uma prata no polo aquático em Amsterdã-1928, Los Angeles-1932 e Berlim-1936.

Há, na história, apenas um atleta medalhista olímpico e paralímpico: o esgrimista húngaro Pál Szekeres. Ele foi bronze em Seul-1988 e ganhou três ouros e três bronzes paralímpicos anos depois de sofrer um acidente de carro e ficar paraplégico.

Existe, também, um outro medalhista nos dois eventos, mas não deficiente. Trata-se de Craig Mclean, ciclista britânico que levou a prata nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004 e o ouro paralímpico, como guia do atleta cego Anthony Kappes, em Londres-2012.

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