Provas de rua de A a Z

"A diabete me fez mais forte"


Alexandre Paiva é o triatleta com diabete mais rápido do mundo em um IronMan

Por Silvia Herrera

O Dia Internacional da Diabete, 14 de novembro, nos faz refletir sobre o cenário atual da doença, com cada vez mais casos provocados pelo sedentarismo. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 10% da população convive com a diabete, que é causada pela produção insuficiente, ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. Há três tipos principais: Tipo 1 (DM1) - que pode ocorrer em qualquer idade e é aquela que a pessoa depende de insulina para sobreviver; a Tipo  2 (DM2), que é desencadeado por maus hábitos alimentares e o sedentarismo; e a Gestacional (DMG), que acontece durante a gravidez. Mas na contramão desses dados, um "herói" brasileiro anônimo que vem fazendo a diferença. "A diabete me fez mais forte", afirma o engenheiro e triatleta amador Alexandre Paiva, que aprendeu a conviver com a Diabete Tipo 1 desde os 19 anos, e hoje é o atleta mais rápido do mundo com esse perfil no lendário IronMan.

 Foto: acervo pessoal

Paiva bate cartão de ponto às 8h da manhã e segue trabalhando até 17h. E é antes e depois desse horário que ele encaixa os treinos. Mora em Santos e trabalha em Cubatão. Oito anos depois do diagnóstico, ele, que sempre amou esportes - a mãe dele é corredora amadora - resolveu voltar com força total ao esporte e auxiliado pela tecnologia e os médicos. O pulo do gato é acompanhar, de perto, seus níveis de glicemia. Ele também tem o hábito de consumir fontes de energia de rápida absorção, como isotônicos e carboidratos em gel, para manter os níveis de glicose adequados. E hoje, com os adesivos, os diabéticos podem se auto monitorar full time, via app, e ministrar as doses direto do adesivo, sem ter que aplicar injeções.

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Ale Paiva foi vice-campeão do Ironman Brasil 2022 em sua categoria, com tempo de 8 horas e 55 minutos, e participou, representando, o Brasil em competições mundiais, como o IronMan em Kona, no Havaí, em 2022. Em meio aos resultados e recordes alcançados, foi escolhido em 2019 como o "Atleta do Ano" pela Sociedade Brasileira de Diabete.

Desde que ele se conhece por gente se lembra da mãe correndo na praia. "Eu corri meu primeiro 10 km com 12 anos de idade, fui acompanhar minha mãe na corrida da Tribuna de Santos. Foi muito bacana,  foi uma experiência super legal e que me introduziu no esporte. Corri com o tênis de futsal, o futebol sempre foi meu esporte, minha atividade física", conta. Bem antes disso, aos 3 anos de idade, a mãe dele o colocou na escolinha de natação.

 Foto: Abbott
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Quando a diabete chegou, veio com tudo. "Eu estava na faculdade e perdi 10 Kg em cinco dias. Eu urinava muito o dia inteiro. Fazia engenharia de produção na Universidade Federal de Santo André. E aí eu saia de Santos, onde moro,  todos os dias de madrugada para ir.  Um dia eu pedi para o motorista do ônibus fretado parar cinco vezes em um caminho de uma hora, para eu poder urinar. Eu estava estranhando demais e falei para minha mãe. E eu tinha também muita sede. No segundo dia com esse quadro fomos ao Pronto Socorro,  aí o médico mediu minha glicose e deu 600 e pouco. E me mandou procurar um endocrinologista porque provavelmente eu estaria  com com diabete.  E estava. Foi muito difícil", lembra. Ninguém da família dele era diabético, Alex Paiva foi o primeiro caso. Mesmo assim, os pais deles se sentiram muito culpados.

Passado o choque inicial do diagnóstico, Alex Paiva resolveu voltar para academia, onde tinha uma piscina e aulas de spinning. "Eu fazia musculação e um dos professores fazia triatlo. E ele me perguntou se eu queria fazer triatlo. Fiquei pensando, mas com diabete dá para fazer triatlo? E descobrimos que era só administrar bem a insulina, e tudo começou assim nessa academia, fazendo natação e spinning. E no final de 2016, peguei os três primeiros salários do estágio que eu fazia de engenharia, e investi numa bicicleta para fazer meu primeiro triatlo", explica.

 Foto: acervo pessoal
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As novas tecnologias permitem um controle mais preciso dos níveis de glicemia. Hoje, já estão disponíveis no Brasil sensores de monitoramento contínuo de glicose, que são colocados na parte de trás do braço do paciente e que mandam, via bluetooth, atualizações a cada minuto sobre a glicemia - com alertas para tendências de alta ou baixa glicose, permitindo determinar intervenções se necessárias, principalmente durante à noite, quando há riscos de hipoglicemia.

Depois de dez anos do diagnóstico, lá estava Alexandre Paiva representando o Brasil no IronMan de Kona, no Havaí. E os desafios foram se somando. Ele registra seus desafios no perfil do Instagram AtletacomDiabetes. Do IronMan ele foi para o UltraMan, uma prova de três dias. "Você nada 10 km e pedala 145 km no primeiro dia; pedala 245 km, no segundo e corre 84 km no terceiro", explica.

Ele é parceiro da Abbott, empresa que investe no aprimoramento tecnológico dos medicamentos  e controle da diabete. Alex destaca o monitor contínuo de glicose, com dados em tempo real, que inclusive são compartilhados com o médico.  "É um adesivo e não dói pra aplicar, não machuca no dia a dia e toda a vez que eu passo o meu celular, ele mede minha glicemia. A tecnologia deles melhorou muito", destaca. E você deve estar se perguntando: e qual o próximo desafio desse triatleta de aço? Será no dia 30 de novembro, às 8h da manhã, o treinão da diabete em Santos. Largada no canal 4. Quem quiser comprar a camiseta azul do treinão, está sendo vendida a R$ 50 no Sub-8 Café. 

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 Foto: Abbott

 

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DICAS PARA DIABÉTICOS E PRÉ-DIABÉTICOS

Fontes: Dra. Patricia Ruffo, nutricionista e gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott e dr. Douglas Barbieri, diretor médico Global da Divisão de Cuidados para Diabetes da Abbott.

Como deve ser a hidratação de um corredor com diabete tipo 1 durante uma prova de 10km e uma maratona?

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Patrícia Ruffo - A hidratação cumpre funções importantes do nosso corpo, como a regulagem da temperatura corporal, a manutenção da saúde da pele e das articulações, a digestão dos alimentos, a liberação de nutrientes para as células de todo o corpo, a remoção de resíduos e para auxiliar o cérebro a trabalhar em sua melhor forma¹. Uma boa hidratação é essencial - especialmente para pessoas com diabetes tipo 1, porque a desidratação pode causar flutuações nos níveis de açúcar no sangue. Em estágios mais graves, a desidratação pode levar a complicações sérias, como convulsões, insuficiência renal e diminuição do volume sanguíneo, o que consequentemente afeta a pressão arterial. A desidratação ocorre quando a perda de fluidos - seja por suor, aumento da temperatura ou mesmo pela respiração - excede o líquido consumido por meio de alimentos e bebidas. Ela é considerada uma desidratação leve quando há perda da água em cerca de 2% a 3% do peso corporal. Manter-se hidratado durante o exercício não se refere a apenas beber água. O primeiro passo é já iniciar os exercícios ou competições estando bem hidratado. Durante exercícios com duração inferior a uma hora, apenas água pode ser suficiente.  Se os exercícios físicos durarem mais de uma hora, forem realizados em temperaturas muito quentes ou particularmente cansativos, os atletas provavelmente precisarão recorrer a medidas extras para manter a hidratação, como uma bebida que contenha composição com quantidade adequadas de eletrólitos e proporção adequada de sódio e glicose, como o Pedialyte da Abbott, para repor fluidos no corpo adequadamente2. Após o exercício, os atletas devem se pesar com o objetivo de perder o mínimo de peso possível.  Cada quilo perdido entre o início e o fim de um treino representa cerca de 60 ml de líquidos perdidos. Para repor os líquidos perdidos e se preparar para a próxima atividade ou treinamento, os corredores devem beber 1,5 vez a quantidade de fluidos que perderam durante o exercício.

Se um corredor de rua perto dos 60 anos for diagnosticado pré-diabético quais alimentos ele tem que retirar imediatamente da dieta? E quais seriam interessantes introduzir?

Patrícia Ruffo - A recomendação para quem for diagnosticado com pré-diabetes é uma mudança no estilo de vida, adotando uma dieta saudável e controle do peso. No caso de um corredor, continuar com a prática de exercícios regularmente é fundamental³.  Quando se trata de nutrição, há algumas considerações importantes, incluindo:

  • Padrão alimentar geral: seguir um padrão alimentar saudável que inclua uma variedade de alimentos ricos em nutrientes -- ou alimentos que tenham muitos nutrientes, mas relativamente poucas calorias, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras -- em porções adequadas pode ajudar a melhorar a saúde geral e:
  • Manter ou perder peso, se necessário.
  • Atingir metas de açúcar no sangue.
  • Adiar ou prevenir complicações do diabetes.
  • Qualidade e quantidade de carboidratos: os carboidratos são um dos principais nutrientes em muitos alimentos e têm um impacto direto nos níveis de açúcar no sangue. Aprender sobre carboidratos -- onde eles são encontrados e em que quantidades pode ajudar as pessoas com diabetes a controlar sua condição. Considerar o índice glicêmico (IG) dos alimentos, um valor que indica quão lenta ou rapidamente um alimento pode aumentar os níveis de açúcar no sangue, também pode ajudar no controle. Em geral, alimentos de baixo IG aumentam o açúcar no sangue lentamente, enquanto alimentos de alto IG aumentam o açúcar no sangue rapidamente. Para pessoas com diabetes, alimentos de alto IG podem dificultar o controle do diabetes, enquanto comer alimentos de baixo IG pode ajudar os indivíduos a controlar o açúcar no sangue. Exemplos de alimentos de baixo IG incluem cevada, quinoa, aveia, muitas frutas e a maioria das nozes, legumes e feijões4 .

Quais são os principais sinais de que uma pessoa a partir dos 40 anos está pré-diabética? A menopausa contribui para isso?

Dr. Douglas Barbieri - O diabetes é uma condição silenciosa. Isso ocorre pois, pode não apresentar sintomas claros no início. Por isso, é importante estar atento aos sinais do diabetes e identificar seus fatores de risco. Para isso, é essencial manter uma rotina de checkups e visitas ao seu médico para, ao menor sinal de alteração, tomar as medidas necessárias. Um desses fatores de risco é o pré-diabetes, diagnosticado quando os níveis de glicose no sangue são superiores ao normal, mas não tão altos para ter o diagnóstico da doença. Isso quer dizer que a pessoa ainda não tem diabetes, mas tem grandes chances de desenvolver a doença. A adoção de um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física regular, é fundamental na prevenção do diabetes Tipo 2, o mais comum, que responde por cerca de 90% dos casos, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)5 . Além disso, o gerenciamento de glicose no sangue, da pressão arterial e do colesterol melhoram drasticamente a saúde como um todo. O risco do diabetes aumenta substancialmente com a idade. Entretanto, no início da doença, a maioria das pessoas não tem os sintomas clássicos: aumento da sede, da fome e da vontade de urinar; cansaço; visão embaçada; formigamento nos pés ou nas mãos; feridas que não curam e perda de peso sem motivo6 . Por isso, o exame periódico deve ser considerado em pessoas assintomáticas com mais de 45 anos, adultos de qualquer idade que tenham excesso de peso ou obesidade e apresentem um ou mais fatores de risco adicionais. O uso do sensor de monitoramento contínuo de glicose FreeStyle Libre pode ajudar nessa jornada de conhecimento, uma vez que permite ter uma visão mais ampla sobre as oscilações dos níveis de glicose. Recentemente, a Abbott trouxe ao Brasil o sistema FreeStyle Libre 2 por meio do seu sensor FreeStyle Libre 2 Plus, oferecendo leituras de glicose enviadas automaticamente minuto a minuto7, alarmes opcionais8 e sensor com duração de até 15 dias. Por meio dele, pessoas com diabetes podem acompanhar suas leituras de glicose sem a necessidade de escanear a cada leitura, além de receber alertas automáticos em seu smartphone9 em caso de níveis baixos ou altos de glicose10.

Fatores de risco para diabetes

  • Diagnóstico de pré-diabetes: diminuição da tolerância à glicose ou glicose de jejum alterada;
  • Pressão alta;
  • O colesterol está alto ou a taxa de triglicérides no sangue apresenta alterações;
  • Estar acima do peso, principalmente se o volume maior estiver concentrado ao redor da cintura;
  • Um dos pais ou irmãos tem diabetes;
  • Alguma outra condição de saúde que pode estar associada ao diabetes, como doença renal crônica;
  • Teve bebê com peso superior a quatro quilos ou teve diabetes gestacional;
  • Síndrome de ovários policísticos;
  • Diagnóstico de alguns distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;
  • Apneia do sono;
  • Recebeu prescrição de medicamentos da classe dos glicocorticoides. Também chamados de corticoides, fazem parte da formulação de remédios usados no tratamento de inflamações, alergias e algumas doenças de origem imunológica.

Referências

  1. National Library of Medicine - Desidratação e dor de cabeça. Website acessado em março/23. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8280611/
  2. Barry M. Popkin, Kristen E. D'Anci, and Irwin H. Rosenberg. Water, Hydration and Health. 2011. Disponível em: Water, Hydration and Health (nih.gov)
  3. Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Acessado em julho/24. Disponível em  https://diabetes.org.br/regras-para-os-dias-de-doenca-em-pessoas-com-diabetes/
  4. American Diabetes Association. Diabetes Care. 2019;42 Supplement 1:S46-S60.
  5. Sociedade Brasileira de Diabetes. Website acessado em novembro 2021. Diabetes/Tipo 2
  6. Sociedade Brasileira de Diabetes. Website acessado em novembro 2021. Diabetes/Diagnóstico e Tratamento
  7. As leituras de glicose são exibidas automaticamente no aplicativo apenas quando o smartphone e o sensor estão conectados e ao alcance.
  8. As notificações só serão recebidas quando os alarmes estiverem ligados e o sensor estiver a menos de 6 metros do dispositivo de leitura. Você deve ter as configurações de não perturbe desativadas para receber alarmes e alertas em seu smartphone.
  9. O aplicativo FreeStyle LibreLink é compatível apenas com determinados dispositivos móveis e sistemas operacionais. Verifique o site para obter mais informações sobre a compatibilidade do dispositivo antes de usar o aplicativo. O uso do FreeStyle LibreLink pode exigir registro no LibreView.
  10. A glicose baixa é definida como 140 mg/dL; ADA (Associação Americana de Diabetes), CDA (Associação Canadense de Diabetes) e EMA (Agência Europeia de Medicamentos).

 

 

 

 

 

O Dia Internacional da Diabete, 14 de novembro, nos faz refletir sobre o cenário atual da doença, com cada vez mais casos provocados pelo sedentarismo. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 10% da população convive com a diabete, que é causada pela produção insuficiente, ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. Há três tipos principais: Tipo 1 (DM1) - que pode ocorrer em qualquer idade e é aquela que a pessoa depende de insulina para sobreviver; a Tipo  2 (DM2), que é desencadeado por maus hábitos alimentares e o sedentarismo; e a Gestacional (DMG), que acontece durante a gravidez. Mas na contramão desses dados, um "herói" brasileiro anônimo que vem fazendo a diferença. "A diabete me fez mais forte", afirma o engenheiro e triatleta amador Alexandre Paiva, que aprendeu a conviver com a Diabete Tipo 1 desde os 19 anos, e hoje é o atleta mais rápido do mundo com esse perfil no lendário IronMan.

 Foto: acervo pessoal

Paiva bate cartão de ponto às 8h da manhã e segue trabalhando até 17h. E é antes e depois desse horário que ele encaixa os treinos. Mora em Santos e trabalha em Cubatão. Oito anos depois do diagnóstico, ele, que sempre amou esportes - a mãe dele é corredora amadora - resolveu voltar com força total ao esporte e auxiliado pela tecnologia e os médicos. O pulo do gato é acompanhar, de perto, seus níveis de glicemia. Ele também tem o hábito de consumir fontes de energia de rápida absorção, como isotônicos e carboidratos em gel, para manter os níveis de glicose adequados. E hoje, com os adesivos, os diabéticos podem se auto monitorar full time, via app, e ministrar as doses direto do adesivo, sem ter que aplicar injeções.

Ale Paiva foi vice-campeão do Ironman Brasil 2022 em sua categoria, com tempo de 8 horas e 55 minutos, e participou, representando, o Brasil em competições mundiais, como o IronMan em Kona, no Havaí, em 2022. Em meio aos resultados e recordes alcançados, foi escolhido em 2019 como o "Atleta do Ano" pela Sociedade Brasileira de Diabete.

Desde que ele se conhece por gente se lembra da mãe correndo na praia. "Eu corri meu primeiro 10 km com 12 anos de idade, fui acompanhar minha mãe na corrida da Tribuna de Santos. Foi muito bacana,  foi uma experiência super legal e que me introduziu no esporte. Corri com o tênis de futsal, o futebol sempre foi meu esporte, minha atividade física", conta. Bem antes disso, aos 3 anos de idade, a mãe dele o colocou na escolinha de natação.

 Foto: Abbott

Quando a diabete chegou, veio com tudo. "Eu estava na faculdade e perdi 10 Kg em cinco dias. Eu urinava muito o dia inteiro. Fazia engenharia de produção na Universidade Federal de Santo André. E aí eu saia de Santos, onde moro,  todos os dias de madrugada para ir.  Um dia eu pedi para o motorista do ônibus fretado parar cinco vezes em um caminho de uma hora, para eu poder urinar. Eu estava estranhando demais e falei para minha mãe. E eu tinha também muita sede. No segundo dia com esse quadro fomos ao Pronto Socorro,  aí o médico mediu minha glicose e deu 600 e pouco. E me mandou procurar um endocrinologista porque provavelmente eu estaria  com com diabete.  E estava. Foi muito difícil", lembra. Ninguém da família dele era diabético, Alex Paiva foi o primeiro caso. Mesmo assim, os pais deles se sentiram muito culpados.

Passado o choque inicial do diagnóstico, Alex Paiva resolveu voltar para academia, onde tinha uma piscina e aulas de spinning. "Eu fazia musculação e um dos professores fazia triatlo. E ele me perguntou se eu queria fazer triatlo. Fiquei pensando, mas com diabete dá para fazer triatlo? E descobrimos que era só administrar bem a insulina, e tudo começou assim nessa academia, fazendo natação e spinning. E no final de 2016, peguei os três primeiros salários do estágio que eu fazia de engenharia, e investi numa bicicleta para fazer meu primeiro triatlo", explica.

 Foto: acervo pessoal

As novas tecnologias permitem um controle mais preciso dos níveis de glicemia. Hoje, já estão disponíveis no Brasil sensores de monitoramento contínuo de glicose, que são colocados na parte de trás do braço do paciente e que mandam, via bluetooth, atualizações a cada minuto sobre a glicemia - com alertas para tendências de alta ou baixa glicose, permitindo determinar intervenções se necessárias, principalmente durante à noite, quando há riscos de hipoglicemia.

Depois de dez anos do diagnóstico, lá estava Alexandre Paiva representando o Brasil no IronMan de Kona, no Havaí. E os desafios foram se somando. Ele registra seus desafios no perfil do Instagram AtletacomDiabetes. Do IronMan ele foi para o UltraMan, uma prova de três dias. "Você nada 10 km e pedala 145 km no primeiro dia; pedala 245 km, no segundo e corre 84 km no terceiro", explica.

Ele é parceiro da Abbott, empresa que investe no aprimoramento tecnológico dos medicamentos  e controle da diabete. Alex destaca o monitor contínuo de glicose, com dados em tempo real, que inclusive são compartilhados com o médico.  "É um adesivo e não dói pra aplicar, não machuca no dia a dia e toda a vez que eu passo o meu celular, ele mede minha glicemia. A tecnologia deles melhorou muito", destaca. E você deve estar se perguntando: e qual o próximo desafio desse triatleta de aço? Será no dia 30 de novembro, às 8h da manhã, o treinão da diabete em Santos. Largada no canal 4. Quem quiser comprar a camiseta azul do treinão, está sendo vendida a R$ 50 no Sub-8 Café. 

 

 Foto: Abbott

 

DICAS PARA DIABÉTICOS E PRÉ-DIABÉTICOS

Fontes: Dra. Patricia Ruffo, nutricionista e gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott e dr. Douglas Barbieri, diretor médico Global da Divisão de Cuidados para Diabetes da Abbott.

Como deve ser a hidratação de um corredor com diabete tipo 1 durante uma prova de 10km e uma maratona?

Patrícia Ruffo - A hidratação cumpre funções importantes do nosso corpo, como a regulagem da temperatura corporal, a manutenção da saúde da pele e das articulações, a digestão dos alimentos, a liberação de nutrientes para as células de todo o corpo, a remoção de resíduos e para auxiliar o cérebro a trabalhar em sua melhor forma¹. Uma boa hidratação é essencial - especialmente para pessoas com diabetes tipo 1, porque a desidratação pode causar flutuações nos níveis de açúcar no sangue. Em estágios mais graves, a desidratação pode levar a complicações sérias, como convulsões, insuficiência renal e diminuição do volume sanguíneo, o que consequentemente afeta a pressão arterial. A desidratação ocorre quando a perda de fluidos - seja por suor, aumento da temperatura ou mesmo pela respiração - excede o líquido consumido por meio de alimentos e bebidas. Ela é considerada uma desidratação leve quando há perda da água em cerca de 2% a 3% do peso corporal. Manter-se hidratado durante o exercício não se refere a apenas beber água. O primeiro passo é já iniciar os exercícios ou competições estando bem hidratado. Durante exercícios com duração inferior a uma hora, apenas água pode ser suficiente.  Se os exercícios físicos durarem mais de uma hora, forem realizados em temperaturas muito quentes ou particularmente cansativos, os atletas provavelmente precisarão recorrer a medidas extras para manter a hidratação, como uma bebida que contenha composição com quantidade adequadas de eletrólitos e proporção adequada de sódio e glicose, como o Pedialyte da Abbott, para repor fluidos no corpo adequadamente2. Após o exercício, os atletas devem se pesar com o objetivo de perder o mínimo de peso possível.  Cada quilo perdido entre o início e o fim de um treino representa cerca de 60 ml de líquidos perdidos. Para repor os líquidos perdidos e se preparar para a próxima atividade ou treinamento, os corredores devem beber 1,5 vez a quantidade de fluidos que perderam durante o exercício.

Se um corredor de rua perto dos 60 anos for diagnosticado pré-diabético quais alimentos ele tem que retirar imediatamente da dieta? E quais seriam interessantes introduzir?

Patrícia Ruffo - A recomendação para quem for diagnosticado com pré-diabetes é uma mudança no estilo de vida, adotando uma dieta saudável e controle do peso. No caso de um corredor, continuar com a prática de exercícios regularmente é fundamental³.  Quando se trata de nutrição, há algumas considerações importantes, incluindo:

  • Padrão alimentar geral: seguir um padrão alimentar saudável que inclua uma variedade de alimentos ricos em nutrientes -- ou alimentos que tenham muitos nutrientes, mas relativamente poucas calorias, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras -- em porções adequadas pode ajudar a melhorar a saúde geral e:
  • Manter ou perder peso, se necessário.
  • Atingir metas de açúcar no sangue.
  • Adiar ou prevenir complicações do diabetes.
  • Qualidade e quantidade de carboidratos: os carboidratos são um dos principais nutrientes em muitos alimentos e têm um impacto direto nos níveis de açúcar no sangue. Aprender sobre carboidratos -- onde eles são encontrados e em que quantidades pode ajudar as pessoas com diabetes a controlar sua condição. Considerar o índice glicêmico (IG) dos alimentos, um valor que indica quão lenta ou rapidamente um alimento pode aumentar os níveis de açúcar no sangue, também pode ajudar no controle. Em geral, alimentos de baixo IG aumentam o açúcar no sangue lentamente, enquanto alimentos de alto IG aumentam o açúcar no sangue rapidamente. Para pessoas com diabetes, alimentos de alto IG podem dificultar o controle do diabetes, enquanto comer alimentos de baixo IG pode ajudar os indivíduos a controlar o açúcar no sangue. Exemplos de alimentos de baixo IG incluem cevada, quinoa, aveia, muitas frutas e a maioria das nozes, legumes e feijões4 .

Quais são os principais sinais de que uma pessoa a partir dos 40 anos está pré-diabética? A menopausa contribui para isso?

Dr. Douglas Barbieri - O diabetes é uma condição silenciosa. Isso ocorre pois, pode não apresentar sintomas claros no início. Por isso, é importante estar atento aos sinais do diabetes e identificar seus fatores de risco. Para isso, é essencial manter uma rotina de checkups e visitas ao seu médico para, ao menor sinal de alteração, tomar as medidas necessárias. Um desses fatores de risco é o pré-diabetes, diagnosticado quando os níveis de glicose no sangue são superiores ao normal, mas não tão altos para ter o diagnóstico da doença. Isso quer dizer que a pessoa ainda não tem diabetes, mas tem grandes chances de desenvolver a doença. A adoção de um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física regular, é fundamental na prevenção do diabetes Tipo 2, o mais comum, que responde por cerca de 90% dos casos, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)5 . Além disso, o gerenciamento de glicose no sangue, da pressão arterial e do colesterol melhoram drasticamente a saúde como um todo. O risco do diabetes aumenta substancialmente com a idade. Entretanto, no início da doença, a maioria das pessoas não tem os sintomas clássicos: aumento da sede, da fome e da vontade de urinar; cansaço; visão embaçada; formigamento nos pés ou nas mãos; feridas que não curam e perda de peso sem motivo6 . Por isso, o exame periódico deve ser considerado em pessoas assintomáticas com mais de 45 anos, adultos de qualquer idade que tenham excesso de peso ou obesidade e apresentem um ou mais fatores de risco adicionais. O uso do sensor de monitoramento contínuo de glicose FreeStyle Libre pode ajudar nessa jornada de conhecimento, uma vez que permite ter uma visão mais ampla sobre as oscilações dos níveis de glicose. Recentemente, a Abbott trouxe ao Brasil o sistema FreeStyle Libre 2 por meio do seu sensor FreeStyle Libre 2 Plus, oferecendo leituras de glicose enviadas automaticamente minuto a minuto7, alarmes opcionais8 e sensor com duração de até 15 dias. Por meio dele, pessoas com diabetes podem acompanhar suas leituras de glicose sem a necessidade de escanear a cada leitura, além de receber alertas automáticos em seu smartphone9 em caso de níveis baixos ou altos de glicose10.

Fatores de risco para diabetes

  • Diagnóstico de pré-diabetes: diminuição da tolerância à glicose ou glicose de jejum alterada;
  • Pressão alta;
  • O colesterol está alto ou a taxa de triglicérides no sangue apresenta alterações;
  • Estar acima do peso, principalmente se o volume maior estiver concentrado ao redor da cintura;
  • Um dos pais ou irmãos tem diabetes;
  • Alguma outra condição de saúde que pode estar associada ao diabetes, como doença renal crônica;
  • Teve bebê com peso superior a quatro quilos ou teve diabetes gestacional;
  • Síndrome de ovários policísticos;
  • Diagnóstico de alguns distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;
  • Apneia do sono;
  • Recebeu prescrição de medicamentos da classe dos glicocorticoides. Também chamados de corticoides, fazem parte da formulação de remédios usados no tratamento de inflamações, alergias e algumas doenças de origem imunológica.

Referências

  1. National Library of Medicine - Desidratação e dor de cabeça. Website acessado em março/23. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8280611/
  2. Barry M. Popkin, Kristen E. D'Anci, and Irwin H. Rosenberg. Water, Hydration and Health. 2011. Disponível em: Water, Hydration and Health (nih.gov)
  3. Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Acessado em julho/24. Disponível em  https://diabetes.org.br/regras-para-os-dias-de-doenca-em-pessoas-com-diabetes/
  4. American Diabetes Association. Diabetes Care. 2019;42 Supplement 1:S46-S60.
  5. Sociedade Brasileira de Diabetes. Website acessado em novembro 2021. Diabetes/Tipo 2
  6. Sociedade Brasileira de Diabetes. Website acessado em novembro 2021. Diabetes/Diagnóstico e Tratamento
  7. As leituras de glicose são exibidas automaticamente no aplicativo apenas quando o smartphone e o sensor estão conectados e ao alcance.
  8. As notificações só serão recebidas quando os alarmes estiverem ligados e o sensor estiver a menos de 6 metros do dispositivo de leitura. Você deve ter as configurações de não perturbe desativadas para receber alarmes e alertas em seu smartphone.
  9. O aplicativo FreeStyle LibreLink é compatível apenas com determinados dispositivos móveis e sistemas operacionais. Verifique o site para obter mais informações sobre a compatibilidade do dispositivo antes de usar o aplicativo. O uso do FreeStyle LibreLink pode exigir registro no LibreView.
  10. A glicose baixa é definida como 140 mg/dL; ADA (Associação Americana de Diabetes), CDA (Associação Canadense de Diabetes) e EMA (Agência Europeia de Medicamentos).

 

 

 

 

 

O Dia Internacional da Diabete, 14 de novembro, nos faz refletir sobre o cenário atual da doença, com cada vez mais casos provocados pelo sedentarismo. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 10% da população convive com a diabete, que é causada pela produção insuficiente, ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. Há três tipos principais: Tipo 1 (DM1) - que pode ocorrer em qualquer idade e é aquela que a pessoa depende de insulina para sobreviver; a Tipo  2 (DM2), que é desencadeado por maus hábitos alimentares e o sedentarismo; e a Gestacional (DMG), que acontece durante a gravidez. Mas na contramão desses dados, um "herói" brasileiro anônimo que vem fazendo a diferença. "A diabete me fez mais forte", afirma o engenheiro e triatleta amador Alexandre Paiva, que aprendeu a conviver com a Diabete Tipo 1 desde os 19 anos, e hoje é o atleta mais rápido do mundo com esse perfil no lendário IronMan.

 Foto: acervo pessoal

Paiva bate cartão de ponto às 8h da manhã e segue trabalhando até 17h. E é antes e depois desse horário que ele encaixa os treinos. Mora em Santos e trabalha em Cubatão. Oito anos depois do diagnóstico, ele, que sempre amou esportes - a mãe dele é corredora amadora - resolveu voltar com força total ao esporte e auxiliado pela tecnologia e os médicos. O pulo do gato é acompanhar, de perto, seus níveis de glicemia. Ele também tem o hábito de consumir fontes de energia de rápida absorção, como isotônicos e carboidratos em gel, para manter os níveis de glicose adequados. E hoje, com os adesivos, os diabéticos podem se auto monitorar full time, via app, e ministrar as doses direto do adesivo, sem ter que aplicar injeções.

Ale Paiva foi vice-campeão do Ironman Brasil 2022 em sua categoria, com tempo de 8 horas e 55 minutos, e participou, representando, o Brasil em competições mundiais, como o IronMan em Kona, no Havaí, em 2022. Em meio aos resultados e recordes alcançados, foi escolhido em 2019 como o "Atleta do Ano" pela Sociedade Brasileira de Diabete.

Desde que ele se conhece por gente se lembra da mãe correndo na praia. "Eu corri meu primeiro 10 km com 12 anos de idade, fui acompanhar minha mãe na corrida da Tribuna de Santos. Foi muito bacana,  foi uma experiência super legal e que me introduziu no esporte. Corri com o tênis de futsal, o futebol sempre foi meu esporte, minha atividade física", conta. Bem antes disso, aos 3 anos de idade, a mãe dele o colocou na escolinha de natação.

 Foto: Abbott

Quando a diabete chegou, veio com tudo. "Eu estava na faculdade e perdi 10 Kg em cinco dias. Eu urinava muito o dia inteiro. Fazia engenharia de produção na Universidade Federal de Santo André. E aí eu saia de Santos, onde moro,  todos os dias de madrugada para ir.  Um dia eu pedi para o motorista do ônibus fretado parar cinco vezes em um caminho de uma hora, para eu poder urinar. Eu estava estranhando demais e falei para minha mãe. E eu tinha também muita sede. No segundo dia com esse quadro fomos ao Pronto Socorro,  aí o médico mediu minha glicose e deu 600 e pouco. E me mandou procurar um endocrinologista porque provavelmente eu estaria  com com diabete.  E estava. Foi muito difícil", lembra. Ninguém da família dele era diabético, Alex Paiva foi o primeiro caso. Mesmo assim, os pais deles se sentiram muito culpados.

Passado o choque inicial do diagnóstico, Alex Paiva resolveu voltar para academia, onde tinha uma piscina e aulas de spinning. "Eu fazia musculação e um dos professores fazia triatlo. E ele me perguntou se eu queria fazer triatlo. Fiquei pensando, mas com diabete dá para fazer triatlo? E descobrimos que era só administrar bem a insulina, e tudo começou assim nessa academia, fazendo natação e spinning. E no final de 2016, peguei os três primeiros salários do estágio que eu fazia de engenharia, e investi numa bicicleta para fazer meu primeiro triatlo", explica.

 Foto: acervo pessoal

As novas tecnologias permitem um controle mais preciso dos níveis de glicemia. Hoje, já estão disponíveis no Brasil sensores de monitoramento contínuo de glicose, que são colocados na parte de trás do braço do paciente e que mandam, via bluetooth, atualizações a cada minuto sobre a glicemia - com alertas para tendências de alta ou baixa glicose, permitindo determinar intervenções se necessárias, principalmente durante à noite, quando há riscos de hipoglicemia.

Depois de dez anos do diagnóstico, lá estava Alexandre Paiva representando o Brasil no IronMan de Kona, no Havaí. E os desafios foram se somando. Ele registra seus desafios no perfil do Instagram AtletacomDiabetes. Do IronMan ele foi para o UltraMan, uma prova de três dias. "Você nada 10 km e pedala 145 km no primeiro dia; pedala 245 km, no segundo e corre 84 km no terceiro", explica.

Ele é parceiro da Abbott, empresa que investe no aprimoramento tecnológico dos medicamentos  e controle da diabete. Alex destaca o monitor contínuo de glicose, com dados em tempo real, que inclusive são compartilhados com o médico.  "É um adesivo e não dói pra aplicar, não machuca no dia a dia e toda a vez que eu passo o meu celular, ele mede minha glicemia. A tecnologia deles melhorou muito", destaca. E você deve estar se perguntando: e qual o próximo desafio desse triatleta de aço? Será no dia 30 de novembro, às 8h da manhã, o treinão da diabete em Santos. Largada no canal 4. Quem quiser comprar a camiseta azul do treinão, está sendo vendida a R$ 50 no Sub-8 Café. 

 

 Foto: Abbott

 

DICAS PARA DIABÉTICOS E PRÉ-DIABÉTICOS

Fontes: Dra. Patricia Ruffo, nutricionista e gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott e dr. Douglas Barbieri, diretor médico Global da Divisão de Cuidados para Diabetes da Abbott.

Como deve ser a hidratação de um corredor com diabete tipo 1 durante uma prova de 10km e uma maratona?

Patrícia Ruffo - A hidratação cumpre funções importantes do nosso corpo, como a regulagem da temperatura corporal, a manutenção da saúde da pele e das articulações, a digestão dos alimentos, a liberação de nutrientes para as células de todo o corpo, a remoção de resíduos e para auxiliar o cérebro a trabalhar em sua melhor forma¹. Uma boa hidratação é essencial - especialmente para pessoas com diabetes tipo 1, porque a desidratação pode causar flutuações nos níveis de açúcar no sangue. Em estágios mais graves, a desidratação pode levar a complicações sérias, como convulsões, insuficiência renal e diminuição do volume sanguíneo, o que consequentemente afeta a pressão arterial. A desidratação ocorre quando a perda de fluidos - seja por suor, aumento da temperatura ou mesmo pela respiração - excede o líquido consumido por meio de alimentos e bebidas. Ela é considerada uma desidratação leve quando há perda da água em cerca de 2% a 3% do peso corporal. Manter-se hidratado durante o exercício não se refere a apenas beber água. O primeiro passo é já iniciar os exercícios ou competições estando bem hidratado. Durante exercícios com duração inferior a uma hora, apenas água pode ser suficiente.  Se os exercícios físicos durarem mais de uma hora, forem realizados em temperaturas muito quentes ou particularmente cansativos, os atletas provavelmente precisarão recorrer a medidas extras para manter a hidratação, como uma bebida que contenha composição com quantidade adequadas de eletrólitos e proporção adequada de sódio e glicose, como o Pedialyte da Abbott, para repor fluidos no corpo adequadamente2. Após o exercício, os atletas devem se pesar com o objetivo de perder o mínimo de peso possível.  Cada quilo perdido entre o início e o fim de um treino representa cerca de 60 ml de líquidos perdidos. Para repor os líquidos perdidos e se preparar para a próxima atividade ou treinamento, os corredores devem beber 1,5 vez a quantidade de fluidos que perderam durante o exercício.

Se um corredor de rua perto dos 60 anos for diagnosticado pré-diabético quais alimentos ele tem que retirar imediatamente da dieta? E quais seriam interessantes introduzir?

Patrícia Ruffo - A recomendação para quem for diagnosticado com pré-diabetes é uma mudança no estilo de vida, adotando uma dieta saudável e controle do peso. No caso de um corredor, continuar com a prática de exercícios regularmente é fundamental³.  Quando se trata de nutrição, há algumas considerações importantes, incluindo:

  • Padrão alimentar geral: seguir um padrão alimentar saudável que inclua uma variedade de alimentos ricos em nutrientes -- ou alimentos que tenham muitos nutrientes, mas relativamente poucas calorias, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras -- em porções adequadas pode ajudar a melhorar a saúde geral e:
  • Manter ou perder peso, se necessário.
  • Atingir metas de açúcar no sangue.
  • Adiar ou prevenir complicações do diabetes.
  • Qualidade e quantidade de carboidratos: os carboidratos são um dos principais nutrientes em muitos alimentos e têm um impacto direto nos níveis de açúcar no sangue. Aprender sobre carboidratos -- onde eles são encontrados e em que quantidades pode ajudar as pessoas com diabetes a controlar sua condição. Considerar o índice glicêmico (IG) dos alimentos, um valor que indica quão lenta ou rapidamente um alimento pode aumentar os níveis de açúcar no sangue, também pode ajudar no controle. Em geral, alimentos de baixo IG aumentam o açúcar no sangue lentamente, enquanto alimentos de alto IG aumentam o açúcar no sangue rapidamente. Para pessoas com diabetes, alimentos de alto IG podem dificultar o controle do diabetes, enquanto comer alimentos de baixo IG pode ajudar os indivíduos a controlar o açúcar no sangue. Exemplos de alimentos de baixo IG incluem cevada, quinoa, aveia, muitas frutas e a maioria das nozes, legumes e feijões4 .

Quais são os principais sinais de que uma pessoa a partir dos 40 anos está pré-diabética? A menopausa contribui para isso?

Dr. Douglas Barbieri - O diabetes é uma condição silenciosa. Isso ocorre pois, pode não apresentar sintomas claros no início. Por isso, é importante estar atento aos sinais do diabetes e identificar seus fatores de risco. Para isso, é essencial manter uma rotina de checkups e visitas ao seu médico para, ao menor sinal de alteração, tomar as medidas necessárias. Um desses fatores de risco é o pré-diabetes, diagnosticado quando os níveis de glicose no sangue são superiores ao normal, mas não tão altos para ter o diagnóstico da doença. Isso quer dizer que a pessoa ainda não tem diabetes, mas tem grandes chances de desenvolver a doença. A adoção de um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física regular, é fundamental na prevenção do diabetes Tipo 2, o mais comum, que responde por cerca de 90% dos casos, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)5 . Além disso, o gerenciamento de glicose no sangue, da pressão arterial e do colesterol melhoram drasticamente a saúde como um todo. O risco do diabetes aumenta substancialmente com a idade. Entretanto, no início da doença, a maioria das pessoas não tem os sintomas clássicos: aumento da sede, da fome e da vontade de urinar; cansaço; visão embaçada; formigamento nos pés ou nas mãos; feridas que não curam e perda de peso sem motivo6 . Por isso, o exame periódico deve ser considerado em pessoas assintomáticas com mais de 45 anos, adultos de qualquer idade que tenham excesso de peso ou obesidade e apresentem um ou mais fatores de risco adicionais. O uso do sensor de monitoramento contínuo de glicose FreeStyle Libre pode ajudar nessa jornada de conhecimento, uma vez que permite ter uma visão mais ampla sobre as oscilações dos níveis de glicose. Recentemente, a Abbott trouxe ao Brasil o sistema FreeStyle Libre 2 por meio do seu sensor FreeStyle Libre 2 Plus, oferecendo leituras de glicose enviadas automaticamente minuto a minuto7, alarmes opcionais8 e sensor com duração de até 15 dias. Por meio dele, pessoas com diabetes podem acompanhar suas leituras de glicose sem a necessidade de escanear a cada leitura, além de receber alertas automáticos em seu smartphone9 em caso de níveis baixos ou altos de glicose10.

Fatores de risco para diabetes

  • Diagnóstico de pré-diabetes: diminuição da tolerância à glicose ou glicose de jejum alterada;
  • Pressão alta;
  • O colesterol está alto ou a taxa de triglicérides no sangue apresenta alterações;
  • Estar acima do peso, principalmente se o volume maior estiver concentrado ao redor da cintura;
  • Um dos pais ou irmãos tem diabetes;
  • Alguma outra condição de saúde que pode estar associada ao diabetes, como doença renal crônica;
  • Teve bebê com peso superior a quatro quilos ou teve diabetes gestacional;
  • Síndrome de ovários policísticos;
  • Diagnóstico de alguns distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;
  • Apneia do sono;
  • Recebeu prescrição de medicamentos da classe dos glicocorticoides. Também chamados de corticoides, fazem parte da formulação de remédios usados no tratamento de inflamações, alergias e algumas doenças de origem imunológica.

Referências

  1. National Library of Medicine - Desidratação e dor de cabeça. Website acessado em março/23. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8280611/
  2. Barry M. Popkin, Kristen E. D'Anci, and Irwin H. Rosenberg. Water, Hydration and Health. 2011. Disponível em: Water, Hydration and Health (nih.gov)
  3. Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Acessado em julho/24. Disponível em  https://diabetes.org.br/regras-para-os-dias-de-doenca-em-pessoas-com-diabetes/
  4. American Diabetes Association. Diabetes Care. 2019;42 Supplement 1:S46-S60.
  5. Sociedade Brasileira de Diabetes. Website acessado em novembro 2021. Diabetes/Tipo 2
  6. Sociedade Brasileira de Diabetes. Website acessado em novembro 2021. Diabetes/Diagnóstico e Tratamento
  7. As leituras de glicose são exibidas automaticamente no aplicativo apenas quando o smartphone e o sensor estão conectados e ao alcance.
  8. As notificações só serão recebidas quando os alarmes estiverem ligados e o sensor estiver a menos de 6 metros do dispositivo de leitura. Você deve ter as configurações de não perturbe desativadas para receber alarmes e alertas em seu smartphone.
  9. O aplicativo FreeStyle LibreLink é compatível apenas com determinados dispositivos móveis e sistemas operacionais. Verifique o site para obter mais informações sobre a compatibilidade do dispositivo antes de usar o aplicativo. O uso do FreeStyle LibreLink pode exigir registro no LibreView.
  10. A glicose baixa é definida como 140 mg/dL; ADA (Associação Americana de Diabetes), CDA (Associação Canadense de Diabetes) e EMA (Agência Europeia de Medicamentos).

 

 

 

 

 

O Dia Internacional da Diabete, 14 de novembro, nos faz refletir sobre o cenário atual da doença, com cada vez mais casos provocados pelo sedentarismo. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 10% da população convive com a diabete, que é causada pela produção insuficiente, ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. Há três tipos principais: Tipo 1 (DM1) - que pode ocorrer em qualquer idade e é aquela que a pessoa depende de insulina para sobreviver; a Tipo  2 (DM2), que é desencadeado por maus hábitos alimentares e o sedentarismo; e a Gestacional (DMG), que acontece durante a gravidez. Mas na contramão desses dados, um "herói" brasileiro anônimo que vem fazendo a diferença. "A diabete me fez mais forte", afirma o engenheiro e triatleta amador Alexandre Paiva, que aprendeu a conviver com a Diabete Tipo 1 desde os 19 anos, e hoje é o atleta mais rápido do mundo com esse perfil no lendário IronMan.

 Foto: acervo pessoal

Paiva bate cartão de ponto às 8h da manhã e segue trabalhando até 17h. E é antes e depois desse horário que ele encaixa os treinos. Mora em Santos e trabalha em Cubatão. Oito anos depois do diagnóstico, ele, que sempre amou esportes - a mãe dele é corredora amadora - resolveu voltar com força total ao esporte e auxiliado pela tecnologia e os médicos. O pulo do gato é acompanhar, de perto, seus níveis de glicemia. Ele também tem o hábito de consumir fontes de energia de rápida absorção, como isotônicos e carboidratos em gel, para manter os níveis de glicose adequados. E hoje, com os adesivos, os diabéticos podem se auto monitorar full time, via app, e ministrar as doses direto do adesivo, sem ter que aplicar injeções.

Ale Paiva foi vice-campeão do Ironman Brasil 2022 em sua categoria, com tempo de 8 horas e 55 minutos, e participou, representando, o Brasil em competições mundiais, como o IronMan em Kona, no Havaí, em 2022. Em meio aos resultados e recordes alcançados, foi escolhido em 2019 como o "Atleta do Ano" pela Sociedade Brasileira de Diabete.

Desde que ele se conhece por gente se lembra da mãe correndo na praia. "Eu corri meu primeiro 10 km com 12 anos de idade, fui acompanhar minha mãe na corrida da Tribuna de Santos. Foi muito bacana,  foi uma experiência super legal e que me introduziu no esporte. Corri com o tênis de futsal, o futebol sempre foi meu esporte, minha atividade física", conta. Bem antes disso, aos 3 anos de idade, a mãe dele o colocou na escolinha de natação.

 Foto: Abbott

Quando a diabete chegou, veio com tudo. "Eu estava na faculdade e perdi 10 Kg em cinco dias. Eu urinava muito o dia inteiro. Fazia engenharia de produção na Universidade Federal de Santo André. E aí eu saia de Santos, onde moro,  todos os dias de madrugada para ir.  Um dia eu pedi para o motorista do ônibus fretado parar cinco vezes em um caminho de uma hora, para eu poder urinar. Eu estava estranhando demais e falei para minha mãe. E eu tinha também muita sede. No segundo dia com esse quadro fomos ao Pronto Socorro,  aí o médico mediu minha glicose e deu 600 e pouco. E me mandou procurar um endocrinologista porque provavelmente eu estaria  com com diabete.  E estava. Foi muito difícil", lembra. Ninguém da família dele era diabético, Alex Paiva foi o primeiro caso. Mesmo assim, os pais deles se sentiram muito culpados.

Passado o choque inicial do diagnóstico, Alex Paiva resolveu voltar para academia, onde tinha uma piscina e aulas de spinning. "Eu fazia musculação e um dos professores fazia triatlo. E ele me perguntou se eu queria fazer triatlo. Fiquei pensando, mas com diabete dá para fazer triatlo? E descobrimos que era só administrar bem a insulina, e tudo começou assim nessa academia, fazendo natação e spinning. E no final de 2016, peguei os três primeiros salários do estágio que eu fazia de engenharia, e investi numa bicicleta para fazer meu primeiro triatlo", explica.

 Foto: acervo pessoal

As novas tecnologias permitem um controle mais preciso dos níveis de glicemia. Hoje, já estão disponíveis no Brasil sensores de monitoramento contínuo de glicose, que são colocados na parte de trás do braço do paciente e que mandam, via bluetooth, atualizações a cada minuto sobre a glicemia - com alertas para tendências de alta ou baixa glicose, permitindo determinar intervenções se necessárias, principalmente durante à noite, quando há riscos de hipoglicemia.

Depois de dez anos do diagnóstico, lá estava Alexandre Paiva representando o Brasil no IronMan de Kona, no Havaí. E os desafios foram se somando. Ele registra seus desafios no perfil do Instagram AtletacomDiabetes. Do IronMan ele foi para o UltraMan, uma prova de três dias. "Você nada 10 km e pedala 145 km no primeiro dia; pedala 245 km, no segundo e corre 84 km no terceiro", explica.

Ele é parceiro da Abbott, empresa que investe no aprimoramento tecnológico dos medicamentos  e controle da diabete. Alex destaca o monitor contínuo de glicose, com dados em tempo real, que inclusive são compartilhados com o médico.  "É um adesivo e não dói pra aplicar, não machuca no dia a dia e toda a vez que eu passo o meu celular, ele mede minha glicemia. A tecnologia deles melhorou muito", destaca. E você deve estar se perguntando: e qual o próximo desafio desse triatleta de aço? Será no dia 30 de novembro, às 8h da manhã, o treinão da diabete em Santos. Largada no canal 4. Quem quiser comprar a camiseta azul do treinão, está sendo vendida a R$ 50 no Sub-8 Café. 

 

 Foto: Abbott

 

DICAS PARA DIABÉTICOS E PRÉ-DIABÉTICOS

Fontes: Dra. Patricia Ruffo, nutricionista e gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott e dr. Douglas Barbieri, diretor médico Global da Divisão de Cuidados para Diabetes da Abbott.

Como deve ser a hidratação de um corredor com diabete tipo 1 durante uma prova de 10km e uma maratona?

Patrícia Ruffo - A hidratação cumpre funções importantes do nosso corpo, como a regulagem da temperatura corporal, a manutenção da saúde da pele e das articulações, a digestão dos alimentos, a liberação de nutrientes para as células de todo o corpo, a remoção de resíduos e para auxiliar o cérebro a trabalhar em sua melhor forma¹. Uma boa hidratação é essencial - especialmente para pessoas com diabetes tipo 1, porque a desidratação pode causar flutuações nos níveis de açúcar no sangue. Em estágios mais graves, a desidratação pode levar a complicações sérias, como convulsões, insuficiência renal e diminuição do volume sanguíneo, o que consequentemente afeta a pressão arterial. A desidratação ocorre quando a perda de fluidos - seja por suor, aumento da temperatura ou mesmo pela respiração - excede o líquido consumido por meio de alimentos e bebidas. Ela é considerada uma desidratação leve quando há perda da água em cerca de 2% a 3% do peso corporal. Manter-se hidratado durante o exercício não se refere a apenas beber água. O primeiro passo é já iniciar os exercícios ou competições estando bem hidratado. Durante exercícios com duração inferior a uma hora, apenas água pode ser suficiente.  Se os exercícios físicos durarem mais de uma hora, forem realizados em temperaturas muito quentes ou particularmente cansativos, os atletas provavelmente precisarão recorrer a medidas extras para manter a hidratação, como uma bebida que contenha composição com quantidade adequadas de eletrólitos e proporção adequada de sódio e glicose, como o Pedialyte da Abbott, para repor fluidos no corpo adequadamente2. Após o exercício, os atletas devem se pesar com o objetivo de perder o mínimo de peso possível.  Cada quilo perdido entre o início e o fim de um treino representa cerca de 60 ml de líquidos perdidos. Para repor os líquidos perdidos e se preparar para a próxima atividade ou treinamento, os corredores devem beber 1,5 vez a quantidade de fluidos que perderam durante o exercício.

Se um corredor de rua perto dos 60 anos for diagnosticado pré-diabético quais alimentos ele tem que retirar imediatamente da dieta? E quais seriam interessantes introduzir?

Patrícia Ruffo - A recomendação para quem for diagnosticado com pré-diabetes é uma mudança no estilo de vida, adotando uma dieta saudável e controle do peso. No caso de um corredor, continuar com a prática de exercícios regularmente é fundamental³.  Quando se trata de nutrição, há algumas considerações importantes, incluindo:

  • Padrão alimentar geral: seguir um padrão alimentar saudável que inclua uma variedade de alimentos ricos em nutrientes -- ou alimentos que tenham muitos nutrientes, mas relativamente poucas calorias, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras -- em porções adequadas pode ajudar a melhorar a saúde geral e:
  • Manter ou perder peso, se necessário.
  • Atingir metas de açúcar no sangue.
  • Adiar ou prevenir complicações do diabetes.
  • Qualidade e quantidade de carboidratos: os carboidratos são um dos principais nutrientes em muitos alimentos e têm um impacto direto nos níveis de açúcar no sangue. Aprender sobre carboidratos -- onde eles são encontrados e em que quantidades pode ajudar as pessoas com diabetes a controlar sua condição. Considerar o índice glicêmico (IG) dos alimentos, um valor que indica quão lenta ou rapidamente um alimento pode aumentar os níveis de açúcar no sangue, também pode ajudar no controle. Em geral, alimentos de baixo IG aumentam o açúcar no sangue lentamente, enquanto alimentos de alto IG aumentam o açúcar no sangue rapidamente. Para pessoas com diabetes, alimentos de alto IG podem dificultar o controle do diabetes, enquanto comer alimentos de baixo IG pode ajudar os indivíduos a controlar o açúcar no sangue. Exemplos de alimentos de baixo IG incluem cevada, quinoa, aveia, muitas frutas e a maioria das nozes, legumes e feijões4 .

Quais são os principais sinais de que uma pessoa a partir dos 40 anos está pré-diabética? A menopausa contribui para isso?

Dr. Douglas Barbieri - O diabetes é uma condição silenciosa. Isso ocorre pois, pode não apresentar sintomas claros no início. Por isso, é importante estar atento aos sinais do diabetes e identificar seus fatores de risco. Para isso, é essencial manter uma rotina de checkups e visitas ao seu médico para, ao menor sinal de alteração, tomar as medidas necessárias. Um desses fatores de risco é o pré-diabetes, diagnosticado quando os níveis de glicose no sangue são superiores ao normal, mas não tão altos para ter o diagnóstico da doença. Isso quer dizer que a pessoa ainda não tem diabetes, mas tem grandes chances de desenvolver a doença. A adoção de um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física regular, é fundamental na prevenção do diabetes Tipo 2, o mais comum, que responde por cerca de 90% dos casos, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)5 . Além disso, o gerenciamento de glicose no sangue, da pressão arterial e do colesterol melhoram drasticamente a saúde como um todo. O risco do diabetes aumenta substancialmente com a idade. Entretanto, no início da doença, a maioria das pessoas não tem os sintomas clássicos: aumento da sede, da fome e da vontade de urinar; cansaço; visão embaçada; formigamento nos pés ou nas mãos; feridas que não curam e perda de peso sem motivo6 . Por isso, o exame periódico deve ser considerado em pessoas assintomáticas com mais de 45 anos, adultos de qualquer idade que tenham excesso de peso ou obesidade e apresentem um ou mais fatores de risco adicionais. O uso do sensor de monitoramento contínuo de glicose FreeStyle Libre pode ajudar nessa jornada de conhecimento, uma vez que permite ter uma visão mais ampla sobre as oscilações dos níveis de glicose. Recentemente, a Abbott trouxe ao Brasil o sistema FreeStyle Libre 2 por meio do seu sensor FreeStyle Libre 2 Plus, oferecendo leituras de glicose enviadas automaticamente minuto a minuto7, alarmes opcionais8 e sensor com duração de até 15 dias. Por meio dele, pessoas com diabetes podem acompanhar suas leituras de glicose sem a necessidade de escanear a cada leitura, além de receber alertas automáticos em seu smartphone9 em caso de níveis baixos ou altos de glicose10.

Fatores de risco para diabetes

  • Diagnóstico de pré-diabetes: diminuição da tolerância à glicose ou glicose de jejum alterada;
  • Pressão alta;
  • O colesterol está alto ou a taxa de triglicérides no sangue apresenta alterações;
  • Estar acima do peso, principalmente se o volume maior estiver concentrado ao redor da cintura;
  • Um dos pais ou irmãos tem diabetes;
  • Alguma outra condição de saúde que pode estar associada ao diabetes, como doença renal crônica;
  • Teve bebê com peso superior a quatro quilos ou teve diabetes gestacional;
  • Síndrome de ovários policísticos;
  • Diagnóstico de alguns distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;
  • Apneia do sono;
  • Recebeu prescrição de medicamentos da classe dos glicocorticoides. Também chamados de corticoides, fazem parte da formulação de remédios usados no tratamento de inflamações, alergias e algumas doenças de origem imunológica.

Referências

  1. National Library of Medicine - Desidratação e dor de cabeça. Website acessado em março/23. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8280611/
  2. Barry M. Popkin, Kristen E. D'Anci, and Irwin H. Rosenberg. Water, Hydration and Health. 2011. Disponível em: Water, Hydration and Health (nih.gov)
  3. Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Acessado em julho/24. Disponível em  https://diabetes.org.br/regras-para-os-dias-de-doenca-em-pessoas-com-diabetes/
  4. American Diabetes Association. Diabetes Care. 2019;42 Supplement 1:S46-S60.
  5. Sociedade Brasileira de Diabetes. Website acessado em novembro 2021. Diabetes/Tipo 2
  6. Sociedade Brasileira de Diabetes. Website acessado em novembro 2021. Diabetes/Diagnóstico e Tratamento
  7. As leituras de glicose são exibidas automaticamente no aplicativo apenas quando o smartphone e o sensor estão conectados e ao alcance.
  8. As notificações só serão recebidas quando os alarmes estiverem ligados e o sensor estiver a menos de 6 metros do dispositivo de leitura. Você deve ter as configurações de não perturbe desativadas para receber alarmes e alertas em seu smartphone.
  9. O aplicativo FreeStyle LibreLink é compatível apenas com determinados dispositivos móveis e sistemas operacionais. Verifique o site para obter mais informações sobre a compatibilidade do dispositivo antes de usar o aplicativo. O uso do FreeStyle LibreLink pode exigir registro no LibreView.
  10. A glicose baixa é definida como 140 mg/dL; ADA (Associação Americana de Diabetes), CDA (Associação Canadense de Diabetes) e EMA (Agência Europeia de Medicamentos).

 

 

 

 

 

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