Provas de rua de A a Z

Exercícios de média e alta intensidade melhoram quadros de ansiedade, indica pesquisa sueca


Estudo da Universidade de Gotemburgo foi publicado no Journal of Affective Disorders

Por Silvia Herrera

Após a corrida você se sente mais calmo? Isso sempre acontece comigo e agora é um fato comprovado cientificamente. Os exercícios moderados e fortes aliviam os sintomas de ansiedade, mesmo quando o distúrbio é crônico, mostra o estudo "Effects of exercise on symptoms of anxiety in primary care patients: A randomized controlled trial" conduzido por pesquisadores da Universidade de Gotemburgo (Suécia). A pesquisa acaba se ser publicada no Journal of Affective Disorders. A pesquisa contou com o trabalho de 13 pesquisadores que acompanharam durante 12 semanas 286 pacientes, divididos em dois grupos, todos com síndrome de ansiedade há pelos menos dez anos.

Ilustração da pesquisa sueca do impacto positivo da atividade física em quadros de ansiedade  
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Os grupos foram submetidos a sessões de treinamento de 60 minutos três vezes por semana, sob a orientação de um fisioterapeuta. As sessões incluíram treinamento cardiovascular (aeróbio) de corrida e de força. Um aquecimento foi seguido por um treinamento circular por 12 estações por 45 minutos, e as sessões terminaram com desaceleração e alongamento. O grupo que se exercitou em um nível moderado deveria atingir cerca de 60% de sua frequência cardíaca máxima - um grau de esforço classificado como leve ou moderado. No grupo que treinou mais intensamente, a meta era atingir 75% da frequência cardíaca máxima, e esse grau de esforço foi percebido como alto.

"Houve uma tendência significativa de melhora -- ou seja, quanto mais intensamente se exercitavam, mais seus sintomas de ansiedade melhoravam", afirma Malin Henriksson, doutoranda da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, especialista em medicina geral na Região de Halland, uma das autoras deste estudo que foi liderado por Maria Åberg, professora associada da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, especialista em medicina geral na organização de atenção primária à saúde da Região Västra Götaland.

"Quanto mais intensamente se exercitavam,mais seus sintomas de ansiedade melhoravam"

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Malin Henriksson, doutoranda da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo  

"Os resultados mostram que os sintomas de ansiedade foram significativamente aliviados, mesmo quando em condição crônica. Os tratamentos padrão de hoje para a ansiedade são a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e o tratamento farmacológico, mas o estudo mostra que a adoção de hábitos saudáveis pode melhorar o tratamento", explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). "A atividade física regular diminui o risco de vários distúrbios comuns, inclusive condições neurológicas, ajudando a tratá-la", explica o geneticista Dr. Marcelo Sady, Pós-Doutor em Genética e diretor geral Multigene.

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No estudo sueco, metade dos pacientes conviveu com ansiedade por pelo menos dez anos. A idade média do grupo acompanhado era de 39 anos e formado por 70% de mulheres. Por meio de sorteio, os participantes foram designados a sessões de exercícios em grupo, moderados ou extenuantes, por 12 semanas. "Houve uma tendência significativa de intensidade de melhora - isto é, quanto mais intensamente eles se exercitavam, mais seus sintomas de ansiedade melhoravam", afirma a médica nutróloga.

Pesquisa da Universidade de Gotemburgo estudou cerca de 300 pacientes  
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A maioria dos indivíduos nos grupos de tratamento passou de um nível básico de ansiedade moderada à alta para um nível baixo de ansiedade após o programa de 12 semanas. Para aqueles que se exercitaram em intensidade relativamente baixa, a chance de melhora aumentou para um fator de 3,62, em termos de sintomas de ansiedade. O fator correspondente para quem se exercitou em maior intensidade foi 4,88. Os participantes não tinham conhecimento do treinamento físico ou do aconselhamento que as pessoas fora de seu grupo estavam recebendo. "Exercitar o corpo regularmente também ajuda o cérebro. O exercício melhora o fluxo sanguíneo e estimula mudanças químicas no cérebro que apuram o humor e o pensamento. A liberação de endorfina gera reações de euforia e bem-estar, que também ajudam a manter o humor", diz o Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA).

"O modelo que envolve 12 semanas de treinamento físico, independentemente da intensidade, representa um tratamento eficaz que deve ser disponibilizado na atenção primária à saúde com mais frequência para pessoas com problemas de ansiedade", diz Åberg.

Estudos anteriores sobre exercícios físicos na depressão mostraram melhorias nos sintomas. No entanto, até agora, não havia uma imagem  clara de como as pessoas com ansiedade são afetadas pelos exercícios. "O presente estudo é descrito como um dos maiores até o momento", afirma  a Dra. Marcella.

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O estudo enfatiza que os tratamentos para a ansiedade incluem a terapia cognitivo-comportamental e drogas psicotrópicas, mas esses medicamentos geralmente têm efeitos colaterais, e os pacientes com transtornos de ansiedade frequentemente não respondem ao tratamento médico. "Longos tempos de espera pela TCC também podem piorar o prognóstico. Os médicos da atenção básica precisam de tratamentos individualizados, com poucos efeitos colaterais e fáceis de prescrever. O modelo envolvendo 12 semanas de treinamento físico, independente da intensidade, representa um tratamento eficaz que deve ser disponibilizado na atenção básica com mais frequência para pessoas com problemas de ansiedade", finaliza a médica nutróloga.

Os pesquisadores que trabalharam neste estudo são: Malin Henrikssonab, Alexander Wallcd, Jenny Nybergef, Martin Adielsg, Karin Lundinh, Ylva Berghb, Robert Eggertsenai, Louise Danielssonjk, H. Georg Kuhnel, Maria Westerlundh, N.David Åbergcd, Margda, Waernmn e Maria Åbergah.

Após a corrida você se sente mais calmo? Isso sempre acontece comigo e agora é um fato comprovado cientificamente. Os exercícios moderados e fortes aliviam os sintomas de ansiedade, mesmo quando o distúrbio é crônico, mostra o estudo "Effects of exercise on symptoms of anxiety in primary care patients: A randomized controlled trial" conduzido por pesquisadores da Universidade de Gotemburgo (Suécia). A pesquisa acaba se ser publicada no Journal of Affective Disorders. A pesquisa contou com o trabalho de 13 pesquisadores que acompanharam durante 12 semanas 286 pacientes, divididos em dois grupos, todos com síndrome de ansiedade há pelos menos dez anos.

Ilustração da pesquisa sueca do impacto positivo da atividade física em quadros de ansiedade  

Os grupos foram submetidos a sessões de treinamento de 60 minutos três vezes por semana, sob a orientação de um fisioterapeuta. As sessões incluíram treinamento cardiovascular (aeróbio) de corrida e de força. Um aquecimento foi seguido por um treinamento circular por 12 estações por 45 minutos, e as sessões terminaram com desaceleração e alongamento. O grupo que se exercitou em um nível moderado deveria atingir cerca de 60% de sua frequência cardíaca máxima - um grau de esforço classificado como leve ou moderado. No grupo que treinou mais intensamente, a meta era atingir 75% da frequência cardíaca máxima, e esse grau de esforço foi percebido como alto.

"Houve uma tendência significativa de melhora -- ou seja, quanto mais intensamente se exercitavam, mais seus sintomas de ansiedade melhoravam", afirma Malin Henriksson, doutoranda da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, especialista em medicina geral na Região de Halland, uma das autoras deste estudo que foi liderado por Maria Åberg, professora associada da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, especialista em medicina geral na organização de atenção primária à saúde da Região Västra Götaland.

"Quanto mais intensamente se exercitavam,mais seus sintomas de ansiedade melhoravam"

Malin Henriksson, doutoranda da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo  

"Os resultados mostram que os sintomas de ansiedade foram significativamente aliviados, mesmo quando em condição crônica. Os tratamentos padrão de hoje para a ansiedade são a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e o tratamento farmacológico, mas o estudo mostra que a adoção de hábitos saudáveis pode melhorar o tratamento", explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). "A atividade física regular diminui o risco de vários distúrbios comuns, inclusive condições neurológicas, ajudando a tratá-la", explica o geneticista Dr. Marcelo Sady, Pós-Doutor em Genética e diretor geral Multigene.

No estudo sueco, metade dos pacientes conviveu com ansiedade por pelo menos dez anos. A idade média do grupo acompanhado era de 39 anos e formado por 70% de mulheres. Por meio de sorteio, os participantes foram designados a sessões de exercícios em grupo, moderados ou extenuantes, por 12 semanas. "Houve uma tendência significativa de intensidade de melhora - isto é, quanto mais intensamente eles se exercitavam, mais seus sintomas de ansiedade melhoravam", afirma a médica nutróloga.

Pesquisa da Universidade de Gotemburgo estudou cerca de 300 pacientes  

A maioria dos indivíduos nos grupos de tratamento passou de um nível básico de ansiedade moderada à alta para um nível baixo de ansiedade após o programa de 12 semanas. Para aqueles que se exercitaram em intensidade relativamente baixa, a chance de melhora aumentou para um fator de 3,62, em termos de sintomas de ansiedade. O fator correspondente para quem se exercitou em maior intensidade foi 4,88. Os participantes não tinham conhecimento do treinamento físico ou do aconselhamento que as pessoas fora de seu grupo estavam recebendo. "Exercitar o corpo regularmente também ajuda o cérebro. O exercício melhora o fluxo sanguíneo e estimula mudanças químicas no cérebro que apuram o humor e o pensamento. A liberação de endorfina gera reações de euforia e bem-estar, que também ajudam a manter o humor", diz o Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA).

"O modelo que envolve 12 semanas de treinamento físico, independentemente da intensidade, representa um tratamento eficaz que deve ser disponibilizado na atenção primária à saúde com mais frequência para pessoas com problemas de ansiedade", diz Åberg.

Estudos anteriores sobre exercícios físicos na depressão mostraram melhorias nos sintomas. No entanto, até agora, não havia uma imagem  clara de como as pessoas com ansiedade são afetadas pelos exercícios. "O presente estudo é descrito como um dos maiores até o momento", afirma  a Dra. Marcella.

O estudo enfatiza que os tratamentos para a ansiedade incluem a terapia cognitivo-comportamental e drogas psicotrópicas, mas esses medicamentos geralmente têm efeitos colaterais, e os pacientes com transtornos de ansiedade frequentemente não respondem ao tratamento médico. "Longos tempos de espera pela TCC também podem piorar o prognóstico. Os médicos da atenção básica precisam de tratamentos individualizados, com poucos efeitos colaterais e fáceis de prescrever. O modelo envolvendo 12 semanas de treinamento físico, independente da intensidade, representa um tratamento eficaz que deve ser disponibilizado na atenção básica com mais frequência para pessoas com problemas de ansiedade", finaliza a médica nutróloga.

Os pesquisadores que trabalharam neste estudo são: Malin Henrikssonab, Alexander Wallcd, Jenny Nybergef, Martin Adielsg, Karin Lundinh, Ylva Berghb, Robert Eggertsenai, Louise Danielssonjk, H. Georg Kuhnel, Maria Westerlundh, N.David Åbergcd, Margda, Waernmn e Maria Åbergah.

Após a corrida você se sente mais calmo? Isso sempre acontece comigo e agora é um fato comprovado cientificamente. Os exercícios moderados e fortes aliviam os sintomas de ansiedade, mesmo quando o distúrbio é crônico, mostra o estudo "Effects of exercise on symptoms of anxiety in primary care patients: A randomized controlled trial" conduzido por pesquisadores da Universidade de Gotemburgo (Suécia). A pesquisa acaba se ser publicada no Journal of Affective Disorders. A pesquisa contou com o trabalho de 13 pesquisadores que acompanharam durante 12 semanas 286 pacientes, divididos em dois grupos, todos com síndrome de ansiedade há pelos menos dez anos.

Ilustração da pesquisa sueca do impacto positivo da atividade física em quadros de ansiedade  

Os grupos foram submetidos a sessões de treinamento de 60 minutos três vezes por semana, sob a orientação de um fisioterapeuta. As sessões incluíram treinamento cardiovascular (aeróbio) de corrida e de força. Um aquecimento foi seguido por um treinamento circular por 12 estações por 45 minutos, e as sessões terminaram com desaceleração e alongamento. O grupo que se exercitou em um nível moderado deveria atingir cerca de 60% de sua frequência cardíaca máxima - um grau de esforço classificado como leve ou moderado. No grupo que treinou mais intensamente, a meta era atingir 75% da frequência cardíaca máxima, e esse grau de esforço foi percebido como alto.

"Houve uma tendência significativa de melhora -- ou seja, quanto mais intensamente se exercitavam, mais seus sintomas de ansiedade melhoravam", afirma Malin Henriksson, doutoranda da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, especialista em medicina geral na Região de Halland, uma das autoras deste estudo que foi liderado por Maria Åberg, professora associada da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, especialista em medicina geral na organização de atenção primária à saúde da Região Västra Götaland.

"Quanto mais intensamente se exercitavam,mais seus sintomas de ansiedade melhoravam"

Malin Henriksson, doutoranda da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo  

"Os resultados mostram que os sintomas de ansiedade foram significativamente aliviados, mesmo quando em condição crônica. Os tratamentos padrão de hoje para a ansiedade são a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e o tratamento farmacológico, mas o estudo mostra que a adoção de hábitos saudáveis pode melhorar o tratamento", explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). "A atividade física regular diminui o risco de vários distúrbios comuns, inclusive condições neurológicas, ajudando a tratá-la", explica o geneticista Dr. Marcelo Sady, Pós-Doutor em Genética e diretor geral Multigene.

No estudo sueco, metade dos pacientes conviveu com ansiedade por pelo menos dez anos. A idade média do grupo acompanhado era de 39 anos e formado por 70% de mulheres. Por meio de sorteio, os participantes foram designados a sessões de exercícios em grupo, moderados ou extenuantes, por 12 semanas. "Houve uma tendência significativa de intensidade de melhora - isto é, quanto mais intensamente eles se exercitavam, mais seus sintomas de ansiedade melhoravam", afirma a médica nutróloga.

Pesquisa da Universidade de Gotemburgo estudou cerca de 300 pacientes  

A maioria dos indivíduos nos grupos de tratamento passou de um nível básico de ansiedade moderada à alta para um nível baixo de ansiedade após o programa de 12 semanas. Para aqueles que se exercitaram em intensidade relativamente baixa, a chance de melhora aumentou para um fator de 3,62, em termos de sintomas de ansiedade. O fator correspondente para quem se exercitou em maior intensidade foi 4,88. Os participantes não tinham conhecimento do treinamento físico ou do aconselhamento que as pessoas fora de seu grupo estavam recebendo. "Exercitar o corpo regularmente também ajuda o cérebro. O exercício melhora o fluxo sanguíneo e estimula mudanças químicas no cérebro que apuram o humor e o pensamento. A liberação de endorfina gera reações de euforia e bem-estar, que também ajudam a manter o humor", diz o Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA).

"O modelo que envolve 12 semanas de treinamento físico, independentemente da intensidade, representa um tratamento eficaz que deve ser disponibilizado na atenção primária à saúde com mais frequência para pessoas com problemas de ansiedade", diz Åberg.

Estudos anteriores sobre exercícios físicos na depressão mostraram melhorias nos sintomas. No entanto, até agora, não havia uma imagem  clara de como as pessoas com ansiedade são afetadas pelos exercícios. "O presente estudo é descrito como um dos maiores até o momento", afirma  a Dra. Marcella.

O estudo enfatiza que os tratamentos para a ansiedade incluem a terapia cognitivo-comportamental e drogas psicotrópicas, mas esses medicamentos geralmente têm efeitos colaterais, e os pacientes com transtornos de ansiedade frequentemente não respondem ao tratamento médico. "Longos tempos de espera pela TCC também podem piorar o prognóstico. Os médicos da atenção básica precisam de tratamentos individualizados, com poucos efeitos colaterais e fáceis de prescrever. O modelo envolvendo 12 semanas de treinamento físico, independente da intensidade, representa um tratamento eficaz que deve ser disponibilizado na atenção básica com mais frequência para pessoas com problemas de ansiedade", finaliza a médica nutróloga.

Os pesquisadores que trabalharam neste estudo são: Malin Henrikssonab, Alexander Wallcd, Jenny Nybergef, Martin Adielsg, Karin Lundinh, Ylva Berghb, Robert Eggertsenai, Louise Danielssonjk, H. Georg Kuhnel, Maria Westerlundh, N.David Åbergcd, Margda, Waernmn e Maria Åbergah.

Após a corrida você se sente mais calmo? Isso sempre acontece comigo e agora é um fato comprovado cientificamente. Os exercícios moderados e fortes aliviam os sintomas de ansiedade, mesmo quando o distúrbio é crônico, mostra o estudo "Effects of exercise on symptoms of anxiety in primary care patients: A randomized controlled trial" conduzido por pesquisadores da Universidade de Gotemburgo (Suécia). A pesquisa acaba se ser publicada no Journal of Affective Disorders. A pesquisa contou com o trabalho de 13 pesquisadores que acompanharam durante 12 semanas 286 pacientes, divididos em dois grupos, todos com síndrome de ansiedade há pelos menos dez anos.

Ilustração da pesquisa sueca do impacto positivo da atividade física em quadros de ansiedade  

Os grupos foram submetidos a sessões de treinamento de 60 minutos três vezes por semana, sob a orientação de um fisioterapeuta. As sessões incluíram treinamento cardiovascular (aeróbio) de corrida e de força. Um aquecimento foi seguido por um treinamento circular por 12 estações por 45 minutos, e as sessões terminaram com desaceleração e alongamento. O grupo que se exercitou em um nível moderado deveria atingir cerca de 60% de sua frequência cardíaca máxima - um grau de esforço classificado como leve ou moderado. No grupo que treinou mais intensamente, a meta era atingir 75% da frequência cardíaca máxima, e esse grau de esforço foi percebido como alto.

"Houve uma tendência significativa de melhora -- ou seja, quanto mais intensamente se exercitavam, mais seus sintomas de ansiedade melhoravam", afirma Malin Henriksson, doutoranda da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, especialista em medicina geral na Região de Halland, uma das autoras deste estudo que foi liderado por Maria Åberg, professora associada da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, especialista em medicina geral na organização de atenção primária à saúde da Região Västra Götaland.

"Quanto mais intensamente se exercitavam,mais seus sintomas de ansiedade melhoravam"

Malin Henriksson, doutoranda da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo  

"Os resultados mostram que os sintomas de ansiedade foram significativamente aliviados, mesmo quando em condição crônica. Os tratamentos padrão de hoje para a ansiedade são a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e o tratamento farmacológico, mas o estudo mostra que a adoção de hábitos saudáveis pode melhorar o tratamento", explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). "A atividade física regular diminui o risco de vários distúrbios comuns, inclusive condições neurológicas, ajudando a tratá-la", explica o geneticista Dr. Marcelo Sady, Pós-Doutor em Genética e diretor geral Multigene.

No estudo sueco, metade dos pacientes conviveu com ansiedade por pelo menos dez anos. A idade média do grupo acompanhado era de 39 anos e formado por 70% de mulheres. Por meio de sorteio, os participantes foram designados a sessões de exercícios em grupo, moderados ou extenuantes, por 12 semanas. "Houve uma tendência significativa de intensidade de melhora - isto é, quanto mais intensamente eles se exercitavam, mais seus sintomas de ansiedade melhoravam", afirma a médica nutróloga.

Pesquisa da Universidade de Gotemburgo estudou cerca de 300 pacientes  

A maioria dos indivíduos nos grupos de tratamento passou de um nível básico de ansiedade moderada à alta para um nível baixo de ansiedade após o programa de 12 semanas. Para aqueles que se exercitaram em intensidade relativamente baixa, a chance de melhora aumentou para um fator de 3,62, em termos de sintomas de ansiedade. O fator correspondente para quem se exercitou em maior intensidade foi 4,88. Os participantes não tinham conhecimento do treinamento físico ou do aconselhamento que as pessoas fora de seu grupo estavam recebendo. "Exercitar o corpo regularmente também ajuda o cérebro. O exercício melhora o fluxo sanguíneo e estimula mudanças químicas no cérebro que apuram o humor e o pensamento. A liberação de endorfina gera reações de euforia e bem-estar, que também ajudam a manter o humor", diz o Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA).

"O modelo que envolve 12 semanas de treinamento físico, independentemente da intensidade, representa um tratamento eficaz que deve ser disponibilizado na atenção primária à saúde com mais frequência para pessoas com problemas de ansiedade", diz Åberg.

Estudos anteriores sobre exercícios físicos na depressão mostraram melhorias nos sintomas. No entanto, até agora, não havia uma imagem  clara de como as pessoas com ansiedade são afetadas pelos exercícios. "O presente estudo é descrito como um dos maiores até o momento", afirma  a Dra. Marcella.

O estudo enfatiza que os tratamentos para a ansiedade incluem a terapia cognitivo-comportamental e drogas psicotrópicas, mas esses medicamentos geralmente têm efeitos colaterais, e os pacientes com transtornos de ansiedade frequentemente não respondem ao tratamento médico. "Longos tempos de espera pela TCC também podem piorar o prognóstico. Os médicos da atenção básica precisam de tratamentos individualizados, com poucos efeitos colaterais e fáceis de prescrever. O modelo envolvendo 12 semanas de treinamento físico, independente da intensidade, representa um tratamento eficaz que deve ser disponibilizado na atenção básica com mais frequência para pessoas com problemas de ansiedade", finaliza a médica nutróloga.

Os pesquisadores que trabalharam neste estudo são: Malin Henrikssonab, Alexander Wallcd, Jenny Nybergef, Martin Adielsg, Karin Lundinh, Ylva Berghb, Robert Eggertsenai, Louise Danielssonjk, H. Georg Kuhnel, Maria Westerlundh, N.David Åbergcd, Margda, Waernmn e Maria Åbergah.

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