Provas de rua de A a Z

Ela vai correr 52 maratonas para ajudar as crianças gaúchas


Projeto termina em 17 de novembro. Veja como participar

Por Silvia Herrera

Se tem uma coisa que maratonista brasileiro ama, essa coisa se chama DESAFIO. Vimos Hugo Farias correr uma maratona por dia durante um ano e entrar para o Guinness Book, e agora Lívia Slaviero está seguindo os passos dele. A gaúcha de 34 anos realmente foi impactada por ele para criar o projeto 52 Maratonas, que começou em janeiro e está para se encerrar em 17 de novembro. O propósito é arrecadar fundos para doar material escolar para as crianças gaúchas. Ainda dá tempo de contribuir, basta fazer sua doação de R$ 199,90 aqui.

 Foto: acervo pessoal

"Resolvi fazer o projeto no dia que eu estava correndo a prova de trilha na cidade de Santo Antônio da Patrulha. É uma cidade aqui próxima conhecida como a terra da rapadura", explica.  Na subida da corrida, ela começou a sentir uma conexão com o pai, que já faleceu. Ela decidiu o perdoar, colocar um ponto final em uma história permeada por muita violência.  "Ali eu pensei que tinha que usar a corrida como uma ferramenta para colocar um ponto final nisso, e como já conhecia a história do Hugo Farias, resolvi fazer um projeto também com um propósito", conta. De início, ela pensou em correr 21 meias, mas o marido dela achou que seria fácil, e ela decidiu por 52 maratonas em 52 semanas, para sair totalmente da zona de conforto. E no dia 6 de Agosto de 2023 surgiu esse projeto, que se iniciou em janeiro e vai ser finalizado na 4ª Maratona Internacional de Xangri-lá, na praia gaúcha de mesmo nome, em 17 de novembro. E vai ser aquela festa.

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Na infância, Lívia teve privações financeiras e por isso o objetivo do projeto é  doar para as crianças material escolar. "Cada pessoa que fizer a doação vai receber uma medalha, e pode correr onde quiser e quando quiser pensando no projeto. Todo o valor doado vai se transformar em um kit material escolar completo, com mochila de marca boa e tudo que uma criança precisa para começar o ano letivo de 2025", explica. O projeto também contempla um livro, que está sendo escrito por ela, e as fotos dos doadores serão colocadas também.

PAIXÃO PELO MOVIMENTO

Lívia é educadora física, treinadora de corrida de rua, nutricionista esportiva e empreendedora. "Sou apaixonada pelo movimento", afirma ela que é especializada em treinamento funcional, corrida de rua e emagrecimento. Ela é casada, tem um filha de 7 anos e é tutora de quatro cachorros. Descendente de italianos e indígenas, Lívia não nasceu em berço de ouro, e aprendeu logo cedo a dar valor a cada uma das conquistas.

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A corrida sempre foi uma de suas brincadeiras preferidas da infância. Ela era muito inquieta e sempre fazia tudo literalmente correndo. Até para o mercado comprar pão ela ia é correndo. Na adolescência os pais dela se separaram e ela, muito magra, sofria calada o bullying dos colegas.  "Cheguei a pesar 38 kg com 17 anos", lembra. Depois engordou muito, o pai foi diagnosticado com câncer de próstata e ela viu o ponteiro da balança bater os 90kg. Conseguiu se graduar em Educação Física e foi atrás do estágio com uma cartinha na mão. "Em 2008, a convite do dono da academia que fui fazer o estágio, pude fazer um acompanhamento nutricional. Era preciso emagrecer para vender uma imagem saudável e isso foi fundamental para o tratamento da minha depressão", revela.

No final de 2008, ela teve a oportunidade de fazer um estágio em uma  escola de educação física no Rio de Janeiro. "Foi a primeira vez que entrei numa pista de atletismo. Ali percebi que a corrida era fundamental para a minha vida. E pretendo que ela fique comigo até o último dia da minha vida", promete. E em 2014, ela se tornou maratonista amadora, mas foram 42km muito sofridos, chegou destruída.

Em 2016, no mesmo dia que ela entrou em trabalho de parto, o pai dela faleceu. "Foi muito difícil. E tive depressão pós-parto", revela. E mais uma vez, a corrida resgatou para Lívia sua saúde mental. Dois anos depois, ao ver suas fotos na praia, decidiu que tinha que cuidar melhor de seu corpo. Marcou a nutricionista no dia 4 de janeiro de 2018 e decidiu se preparar para a segunda maratona, a de Porto Alegre, em junho do ano seguinte. "Terminei empurrando minha filha no carrinho", lembra.

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 Foto: acervo pessoal

Durante a pandemia descobriu que sua praia eram as longas distâncias. Entrou para as ultras. E como ela é treinadora, ela se auto treina. "Sei o que que funciona para mim,  eu já estou com 48 maratonas quase terminando a 52 e não tive nenhuma lesão nem mesmo um resfriado. Meu lema é devagar e sempre", observa.

A pior parte foram as enchentes no Rio Grande do Sul. Por sorte a casa dela é no alto, e não inundou, mas todos ficaram sem água e luz. Mesmo assim, ela correu os 42.195m procurando ruas não alagadas. "Eu estava correndo na Avenida Ipiranga e os caminhões e as carretas chegando. Muita gente perdeu tudo. Nossa, eu comecei a chorar no meio da maratona", lembra.

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E Lívia não vai parar por aí, já está planejando o próximo desafio. "Vou atravessar o Rio Grande do Sul percorrendo 1.064 km em 23 dias, são quase 47 Km por dia correndo. Estou finalizando este projeto e vou buscar patrocínio de R$ 144 mil", destaca.  E tem mais um já geminando: ela deseja ser a primeira mulher no Guinness Book a correr 130 maratonas - o  recorde atual é 129.  "Minha proposta de vida é ajudar a fazer diferença na vida das pessoas, então que Deus me permita continuar ajudando", conclui.

 

Se tem uma coisa que maratonista brasileiro ama, essa coisa se chama DESAFIO. Vimos Hugo Farias correr uma maratona por dia durante um ano e entrar para o Guinness Book, e agora Lívia Slaviero está seguindo os passos dele. A gaúcha de 34 anos realmente foi impactada por ele para criar o projeto 52 Maratonas, que começou em janeiro e está para se encerrar em 17 de novembro. O propósito é arrecadar fundos para doar material escolar para as crianças gaúchas. Ainda dá tempo de contribuir, basta fazer sua doação de R$ 199,90 aqui.

 Foto: acervo pessoal

"Resolvi fazer o projeto no dia que eu estava correndo a prova de trilha na cidade de Santo Antônio da Patrulha. É uma cidade aqui próxima conhecida como a terra da rapadura", explica.  Na subida da corrida, ela começou a sentir uma conexão com o pai, que já faleceu. Ela decidiu o perdoar, colocar um ponto final em uma história permeada por muita violência.  "Ali eu pensei que tinha que usar a corrida como uma ferramenta para colocar um ponto final nisso, e como já conhecia a história do Hugo Farias, resolvi fazer um projeto também com um propósito", conta. De início, ela pensou em correr 21 meias, mas o marido dela achou que seria fácil, e ela decidiu por 52 maratonas em 52 semanas, para sair totalmente da zona de conforto. E no dia 6 de Agosto de 2023 surgiu esse projeto, que se iniciou em janeiro e vai ser finalizado na 4ª Maratona Internacional de Xangri-lá, na praia gaúcha de mesmo nome, em 17 de novembro. E vai ser aquela festa.

Na infância, Lívia teve privações financeiras e por isso o objetivo do projeto é  doar para as crianças material escolar. "Cada pessoa que fizer a doação vai receber uma medalha, e pode correr onde quiser e quando quiser pensando no projeto. Todo o valor doado vai se transformar em um kit material escolar completo, com mochila de marca boa e tudo que uma criança precisa para começar o ano letivo de 2025", explica. O projeto também contempla um livro, que está sendo escrito por ela, e as fotos dos doadores serão colocadas também.

PAIXÃO PELO MOVIMENTO

Lívia é educadora física, treinadora de corrida de rua, nutricionista esportiva e empreendedora. "Sou apaixonada pelo movimento", afirma ela que é especializada em treinamento funcional, corrida de rua e emagrecimento. Ela é casada, tem um filha de 7 anos e é tutora de quatro cachorros. Descendente de italianos e indígenas, Lívia não nasceu em berço de ouro, e aprendeu logo cedo a dar valor a cada uma das conquistas.

A corrida sempre foi uma de suas brincadeiras preferidas da infância. Ela era muito inquieta e sempre fazia tudo literalmente correndo. Até para o mercado comprar pão ela ia é correndo. Na adolescência os pais dela se separaram e ela, muito magra, sofria calada o bullying dos colegas.  "Cheguei a pesar 38 kg com 17 anos", lembra. Depois engordou muito, o pai foi diagnosticado com câncer de próstata e ela viu o ponteiro da balança bater os 90kg. Conseguiu se graduar em Educação Física e foi atrás do estágio com uma cartinha na mão. "Em 2008, a convite do dono da academia que fui fazer o estágio, pude fazer um acompanhamento nutricional. Era preciso emagrecer para vender uma imagem saudável e isso foi fundamental para o tratamento da minha depressão", revela.

No final de 2008, ela teve a oportunidade de fazer um estágio em uma  escola de educação física no Rio de Janeiro. "Foi a primeira vez que entrei numa pista de atletismo. Ali percebi que a corrida era fundamental para a minha vida. E pretendo que ela fique comigo até o último dia da minha vida", promete. E em 2014, ela se tornou maratonista amadora, mas foram 42km muito sofridos, chegou destruída.

Em 2016, no mesmo dia que ela entrou em trabalho de parto, o pai dela faleceu. "Foi muito difícil. E tive depressão pós-parto", revela. E mais uma vez, a corrida resgatou para Lívia sua saúde mental. Dois anos depois, ao ver suas fotos na praia, decidiu que tinha que cuidar melhor de seu corpo. Marcou a nutricionista no dia 4 de janeiro de 2018 e decidiu se preparar para a segunda maratona, a de Porto Alegre, em junho do ano seguinte. "Terminei empurrando minha filha no carrinho", lembra.

 Foto: acervo pessoal

Durante a pandemia descobriu que sua praia eram as longas distâncias. Entrou para as ultras. E como ela é treinadora, ela se auto treina. "Sei o que que funciona para mim,  eu já estou com 48 maratonas quase terminando a 52 e não tive nenhuma lesão nem mesmo um resfriado. Meu lema é devagar e sempre", observa.

A pior parte foram as enchentes no Rio Grande do Sul. Por sorte a casa dela é no alto, e não inundou, mas todos ficaram sem água e luz. Mesmo assim, ela correu os 42.195m procurando ruas não alagadas. "Eu estava correndo na Avenida Ipiranga e os caminhões e as carretas chegando. Muita gente perdeu tudo. Nossa, eu comecei a chorar no meio da maratona", lembra.

E Lívia não vai parar por aí, já está planejando o próximo desafio. "Vou atravessar o Rio Grande do Sul percorrendo 1.064 km em 23 dias, são quase 47 Km por dia correndo. Estou finalizando este projeto e vou buscar patrocínio de R$ 144 mil", destaca.  E tem mais um já geminando: ela deseja ser a primeira mulher no Guinness Book a correr 130 maratonas - o  recorde atual é 129.  "Minha proposta de vida é ajudar a fazer diferença na vida das pessoas, então que Deus me permita continuar ajudando", conclui.

 

Se tem uma coisa que maratonista brasileiro ama, essa coisa se chama DESAFIO. Vimos Hugo Farias correr uma maratona por dia durante um ano e entrar para o Guinness Book, e agora Lívia Slaviero está seguindo os passos dele. A gaúcha de 34 anos realmente foi impactada por ele para criar o projeto 52 Maratonas, que começou em janeiro e está para se encerrar em 17 de novembro. O propósito é arrecadar fundos para doar material escolar para as crianças gaúchas. Ainda dá tempo de contribuir, basta fazer sua doação de R$ 199,90 aqui.

 Foto: acervo pessoal

"Resolvi fazer o projeto no dia que eu estava correndo a prova de trilha na cidade de Santo Antônio da Patrulha. É uma cidade aqui próxima conhecida como a terra da rapadura", explica.  Na subida da corrida, ela começou a sentir uma conexão com o pai, que já faleceu. Ela decidiu o perdoar, colocar um ponto final em uma história permeada por muita violência.  "Ali eu pensei que tinha que usar a corrida como uma ferramenta para colocar um ponto final nisso, e como já conhecia a história do Hugo Farias, resolvi fazer um projeto também com um propósito", conta. De início, ela pensou em correr 21 meias, mas o marido dela achou que seria fácil, e ela decidiu por 52 maratonas em 52 semanas, para sair totalmente da zona de conforto. E no dia 6 de Agosto de 2023 surgiu esse projeto, que se iniciou em janeiro e vai ser finalizado na 4ª Maratona Internacional de Xangri-lá, na praia gaúcha de mesmo nome, em 17 de novembro. E vai ser aquela festa.

Na infância, Lívia teve privações financeiras e por isso o objetivo do projeto é  doar para as crianças material escolar. "Cada pessoa que fizer a doação vai receber uma medalha, e pode correr onde quiser e quando quiser pensando no projeto. Todo o valor doado vai se transformar em um kit material escolar completo, com mochila de marca boa e tudo que uma criança precisa para começar o ano letivo de 2025", explica. O projeto também contempla um livro, que está sendo escrito por ela, e as fotos dos doadores serão colocadas também.

PAIXÃO PELO MOVIMENTO

Lívia é educadora física, treinadora de corrida de rua, nutricionista esportiva e empreendedora. "Sou apaixonada pelo movimento", afirma ela que é especializada em treinamento funcional, corrida de rua e emagrecimento. Ela é casada, tem um filha de 7 anos e é tutora de quatro cachorros. Descendente de italianos e indígenas, Lívia não nasceu em berço de ouro, e aprendeu logo cedo a dar valor a cada uma das conquistas.

A corrida sempre foi uma de suas brincadeiras preferidas da infância. Ela era muito inquieta e sempre fazia tudo literalmente correndo. Até para o mercado comprar pão ela ia é correndo. Na adolescência os pais dela se separaram e ela, muito magra, sofria calada o bullying dos colegas.  "Cheguei a pesar 38 kg com 17 anos", lembra. Depois engordou muito, o pai foi diagnosticado com câncer de próstata e ela viu o ponteiro da balança bater os 90kg. Conseguiu se graduar em Educação Física e foi atrás do estágio com uma cartinha na mão. "Em 2008, a convite do dono da academia que fui fazer o estágio, pude fazer um acompanhamento nutricional. Era preciso emagrecer para vender uma imagem saudável e isso foi fundamental para o tratamento da minha depressão", revela.

No final de 2008, ela teve a oportunidade de fazer um estágio em uma  escola de educação física no Rio de Janeiro. "Foi a primeira vez que entrei numa pista de atletismo. Ali percebi que a corrida era fundamental para a minha vida. E pretendo que ela fique comigo até o último dia da minha vida", promete. E em 2014, ela se tornou maratonista amadora, mas foram 42km muito sofridos, chegou destruída.

Em 2016, no mesmo dia que ela entrou em trabalho de parto, o pai dela faleceu. "Foi muito difícil. E tive depressão pós-parto", revela. E mais uma vez, a corrida resgatou para Lívia sua saúde mental. Dois anos depois, ao ver suas fotos na praia, decidiu que tinha que cuidar melhor de seu corpo. Marcou a nutricionista no dia 4 de janeiro de 2018 e decidiu se preparar para a segunda maratona, a de Porto Alegre, em junho do ano seguinte. "Terminei empurrando minha filha no carrinho", lembra.

 Foto: acervo pessoal

Durante a pandemia descobriu que sua praia eram as longas distâncias. Entrou para as ultras. E como ela é treinadora, ela se auto treina. "Sei o que que funciona para mim,  eu já estou com 48 maratonas quase terminando a 52 e não tive nenhuma lesão nem mesmo um resfriado. Meu lema é devagar e sempre", observa.

A pior parte foram as enchentes no Rio Grande do Sul. Por sorte a casa dela é no alto, e não inundou, mas todos ficaram sem água e luz. Mesmo assim, ela correu os 42.195m procurando ruas não alagadas. "Eu estava correndo na Avenida Ipiranga e os caminhões e as carretas chegando. Muita gente perdeu tudo. Nossa, eu comecei a chorar no meio da maratona", lembra.

E Lívia não vai parar por aí, já está planejando o próximo desafio. "Vou atravessar o Rio Grande do Sul percorrendo 1.064 km em 23 dias, são quase 47 Km por dia correndo. Estou finalizando este projeto e vou buscar patrocínio de R$ 144 mil", destaca.  E tem mais um já geminando: ela deseja ser a primeira mulher no Guinness Book a correr 130 maratonas - o  recorde atual é 129.  "Minha proposta de vida é ajudar a fazer diferença na vida das pessoas, então que Deus me permita continuar ajudando", conclui.

 

Se tem uma coisa que maratonista brasileiro ama, essa coisa se chama DESAFIO. Vimos Hugo Farias correr uma maratona por dia durante um ano e entrar para o Guinness Book, e agora Lívia Slaviero está seguindo os passos dele. A gaúcha de 34 anos realmente foi impactada por ele para criar o projeto 52 Maratonas, que começou em janeiro e está para se encerrar em 17 de novembro. O propósito é arrecadar fundos para doar material escolar para as crianças gaúchas. Ainda dá tempo de contribuir, basta fazer sua doação de R$ 199,90 aqui.

 Foto: acervo pessoal

"Resolvi fazer o projeto no dia que eu estava correndo a prova de trilha na cidade de Santo Antônio da Patrulha. É uma cidade aqui próxima conhecida como a terra da rapadura", explica.  Na subida da corrida, ela começou a sentir uma conexão com o pai, que já faleceu. Ela decidiu o perdoar, colocar um ponto final em uma história permeada por muita violência.  "Ali eu pensei que tinha que usar a corrida como uma ferramenta para colocar um ponto final nisso, e como já conhecia a história do Hugo Farias, resolvi fazer um projeto também com um propósito", conta. De início, ela pensou em correr 21 meias, mas o marido dela achou que seria fácil, e ela decidiu por 52 maratonas em 52 semanas, para sair totalmente da zona de conforto. E no dia 6 de Agosto de 2023 surgiu esse projeto, que se iniciou em janeiro e vai ser finalizado na 4ª Maratona Internacional de Xangri-lá, na praia gaúcha de mesmo nome, em 17 de novembro. E vai ser aquela festa.

Na infância, Lívia teve privações financeiras e por isso o objetivo do projeto é  doar para as crianças material escolar. "Cada pessoa que fizer a doação vai receber uma medalha, e pode correr onde quiser e quando quiser pensando no projeto. Todo o valor doado vai se transformar em um kit material escolar completo, com mochila de marca boa e tudo que uma criança precisa para começar o ano letivo de 2025", explica. O projeto também contempla um livro, que está sendo escrito por ela, e as fotos dos doadores serão colocadas também.

PAIXÃO PELO MOVIMENTO

Lívia é educadora física, treinadora de corrida de rua, nutricionista esportiva e empreendedora. "Sou apaixonada pelo movimento", afirma ela que é especializada em treinamento funcional, corrida de rua e emagrecimento. Ela é casada, tem um filha de 7 anos e é tutora de quatro cachorros. Descendente de italianos e indígenas, Lívia não nasceu em berço de ouro, e aprendeu logo cedo a dar valor a cada uma das conquistas.

A corrida sempre foi uma de suas brincadeiras preferidas da infância. Ela era muito inquieta e sempre fazia tudo literalmente correndo. Até para o mercado comprar pão ela ia é correndo. Na adolescência os pais dela se separaram e ela, muito magra, sofria calada o bullying dos colegas.  "Cheguei a pesar 38 kg com 17 anos", lembra. Depois engordou muito, o pai foi diagnosticado com câncer de próstata e ela viu o ponteiro da balança bater os 90kg. Conseguiu se graduar em Educação Física e foi atrás do estágio com uma cartinha na mão. "Em 2008, a convite do dono da academia que fui fazer o estágio, pude fazer um acompanhamento nutricional. Era preciso emagrecer para vender uma imagem saudável e isso foi fundamental para o tratamento da minha depressão", revela.

No final de 2008, ela teve a oportunidade de fazer um estágio em uma  escola de educação física no Rio de Janeiro. "Foi a primeira vez que entrei numa pista de atletismo. Ali percebi que a corrida era fundamental para a minha vida. E pretendo que ela fique comigo até o último dia da minha vida", promete. E em 2014, ela se tornou maratonista amadora, mas foram 42km muito sofridos, chegou destruída.

Em 2016, no mesmo dia que ela entrou em trabalho de parto, o pai dela faleceu. "Foi muito difícil. E tive depressão pós-parto", revela. E mais uma vez, a corrida resgatou para Lívia sua saúde mental. Dois anos depois, ao ver suas fotos na praia, decidiu que tinha que cuidar melhor de seu corpo. Marcou a nutricionista no dia 4 de janeiro de 2018 e decidiu se preparar para a segunda maratona, a de Porto Alegre, em junho do ano seguinte. "Terminei empurrando minha filha no carrinho", lembra.

 Foto: acervo pessoal

Durante a pandemia descobriu que sua praia eram as longas distâncias. Entrou para as ultras. E como ela é treinadora, ela se auto treina. "Sei o que que funciona para mim,  eu já estou com 48 maratonas quase terminando a 52 e não tive nenhuma lesão nem mesmo um resfriado. Meu lema é devagar e sempre", observa.

A pior parte foram as enchentes no Rio Grande do Sul. Por sorte a casa dela é no alto, e não inundou, mas todos ficaram sem água e luz. Mesmo assim, ela correu os 42.195m procurando ruas não alagadas. "Eu estava correndo na Avenida Ipiranga e os caminhões e as carretas chegando. Muita gente perdeu tudo. Nossa, eu comecei a chorar no meio da maratona", lembra.

E Lívia não vai parar por aí, já está planejando o próximo desafio. "Vou atravessar o Rio Grande do Sul percorrendo 1.064 km em 23 dias, são quase 47 Km por dia correndo. Estou finalizando este projeto e vou buscar patrocínio de R$ 144 mil", destaca.  E tem mais um já geminando: ela deseja ser a primeira mulher no Guinness Book a correr 130 maratonas - o  recorde atual é 129.  "Minha proposta de vida é ajudar a fazer diferença na vida das pessoas, então que Deus me permita continuar ajudando", conclui.

 

Se tem uma coisa que maratonista brasileiro ama, essa coisa se chama DESAFIO. Vimos Hugo Farias correr uma maratona por dia durante um ano e entrar para o Guinness Book, e agora Lívia Slaviero está seguindo os passos dele. A gaúcha de 34 anos realmente foi impactada por ele para criar o projeto 52 Maratonas, que começou em janeiro e está para se encerrar em 17 de novembro. O propósito é arrecadar fundos para doar material escolar para as crianças gaúchas. Ainda dá tempo de contribuir, basta fazer sua doação de R$ 199,90 aqui.

 Foto: acervo pessoal

"Resolvi fazer o projeto no dia que eu estava correndo a prova de trilha na cidade de Santo Antônio da Patrulha. É uma cidade aqui próxima conhecida como a terra da rapadura", explica.  Na subida da corrida, ela começou a sentir uma conexão com o pai, que já faleceu. Ela decidiu o perdoar, colocar um ponto final em uma história permeada por muita violência.  "Ali eu pensei que tinha que usar a corrida como uma ferramenta para colocar um ponto final nisso, e como já conhecia a história do Hugo Farias, resolvi fazer um projeto também com um propósito", conta. De início, ela pensou em correr 21 meias, mas o marido dela achou que seria fácil, e ela decidiu por 52 maratonas em 52 semanas, para sair totalmente da zona de conforto. E no dia 6 de Agosto de 2023 surgiu esse projeto, que se iniciou em janeiro e vai ser finalizado na 4ª Maratona Internacional de Xangri-lá, na praia gaúcha de mesmo nome, em 17 de novembro. E vai ser aquela festa.

Na infância, Lívia teve privações financeiras e por isso o objetivo do projeto é  doar para as crianças material escolar. "Cada pessoa que fizer a doação vai receber uma medalha, e pode correr onde quiser e quando quiser pensando no projeto. Todo o valor doado vai se transformar em um kit material escolar completo, com mochila de marca boa e tudo que uma criança precisa para começar o ano letivo de 2025", explica. O projeto também contempla um livro, que está sendo escrito por ela, e as fotos dos doadores serão colocadas também.

PAIXÃO PELO MOVIMENTO

Lívia é educadora física, treinadora de corrida de rua, nutricionista esportiva e empreendedora. "Sou apaixonada pelo movimento", afirma ela que é especializada em treinamento funcional, corrida de rua e emagrecimento. Ela é casada, tem um filha de 7 anos e é tutora de quatro cachorros. Descendente de italianos e indígenas, Lívia não nasceu em berço de ouro, e aprendeu logo cedo a dar valor a cada uma das conquistas.

A corrida sempre foi uma de suas brincadeiras preferidas da infância. Ela era muito inquieta e sempre fazia tudo literalmente correndo. Até para o mercado comprar pão ela ia é correndo. Na adolescência os pais dela se separaram e ela, muito magra, sofria calada o bullying dos colegas.  "Cheguei a pesar 38 kg com 17 anos", lembra. Depois engordou muito, o pai foi diagnosticado com câncer de próstata e ela viu o ponteiro da balança bater os 90kg. Conseguiu se graduar em Educação Física e foi atrás do estágio com uma cartinha na mão. "Em 2008, a convite do dono da academia que fui fazer o estágio, pude fazer um acompanhamento nutricional. Era preciso emagrecer para vender uma imagem saudável e isso foi fundamental para o tratamento da minha depressão", revela.

No final de 2008, ela teve a oportunidade de fazer um estágio em uma  escola de educação física no Rio de Janeiro. "Foi a primeira vez que entrei numa pista de atletismo. Ali percebi que a corrida era fundamental para a minha vida. E pretendo que ela fique comigo até o último dia da minha vida", promete. E em 2014, ela se tornou maratonista amadora, mas foram 42km muito sofridos, chegou destruída.

Em 2016, no mesmo dia que ela entrou em trabalho de parto, o pai dela faleceu. "Foi muito difícil. E tive depressão pós-parto", revela. E mais uma vez, a corrida resgatou para Lívia sua saúde mental. Dois anos depois, ao ver suas fotos na praia, decidiu que tinha que cuidar melhor de seu corpo. Marcou a nutricionista no dia 4 de janeiro de 2018 e decidiu se preparar para a segunda maratona, a de Porto Alegre, em junho do ano seguinte. "Terminei empurrando minha filha no carrinho", lembra.

 Foto: acervo pessoal

Durante a pandemia descobriu que sua praia eram as longas distâncias. Entrou para as ultras. E como ela é treinadora, ela se auto treina. "Sei o que que funciona para mim,  eu já estou com 48 maratonas quase terminando a 52 e não tive nenhuma lesão nem mesmo um resfriado. Meu lema é devagar e sempre", observa.

A pior parte foram as enchentes no Rio Grande do Sul. Por sorte a casa dela é no alto, e não inundou, mas todos ficaram sem água e luz. Mesmo assim, ela correu os 42.195m procurando ruas não alagadas. "Eu estava correndo na Avenida Ipiranga e os caminhões e as carretas chegando. Muita gente perdeu tudo. Nossa, eu comecei a chorar no meio da maratona", lembra.

E Lívia não vai parar por aí, já está planejando o próximo desafio. "Vou atravessar o Rio Grande do Sul percorrendo 1.064 km em 23 dias, são quase 47 Km por dia correndo. Estou finalizando este projeto e vou buscar patrocínio de R$ 144 mil", destaca.  E tem mais um já geminando: ela deseja ser a primeira mulher no Guinness Book a correr 130 maratonas - o  recorde atual é 129.  "Minha proposta de vida é ajudar a fazer diferença na vida das pessoas, então que Deus me permita continuar ajudando", conclui.

 

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