Provas de rua de A a Z

Hellen Obiri, bicampeã da Maratona de Boston, quer correr a São Silvestre


É a primeira vez que a queniana visita São Paulo

Por Silvia Herrera

Guarde bem este nome: Hellen Obiri. Prata nos 5 mil metros na Rio 2016, logo após ser mãe e correndo pela primeira vez essa distância.  Prata nos 10 mil metros quatro anos depois no Japão. E esta ano estreou na maratona olímpica com Bronze. É também bicampeã da Maratona de Boston (2022  e 23) e campeã da Maratona de Nova York (2023). Aliás, foi a primeira mulher na história do atletismo a vencer Boston e NYC no mesmo ano, que sãos as Majors com as piores altimetrias. A queniana veio ao Brasil a convite da On, marca esportiva suíça presente em 60 países, que tem chacoalhado o mercado running. Ela é a estrela da retirada do kit da Venus Women's Half Marathon, que será realizada neste sábado, 30 de novembro, no Shopping Market Place, na zona sul paulistana. A campeã vai ministrar uma palestra às 14h. A prova, que contempla também as distâncias de 5k, 10k e 15k, além dos 21,1km, será realizada na manhã de domingo na Marginal Pinheiros. Hellen não vai correr, veio conhecer São Paulo e prestigiar uma de nossas melhores meia maratonas femininas.

 Foto: On

Com largada da Meia Maratona às 6 horas e as demais distâncias às 7 horas, na Pista Expressa da Marginal Pinheiros, em frente ao Parque do Povo, o evento idealizado em 2008 irá percorrer uma das principais vias da capital. Ao longo do trajeto, que é 100% plano, será disponibilizado pontos de atendimento médico, banheiros, isotônico Dobro, gel de carboidrato da Blackskull e água Lindoya Verão, além de 4 pontos com atrações musicais para animar as competidoras.

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Na principal distância do evento, que possui certificação da CBAT, estarão presentes algumas das principais esportistas do país, como Núbia Oliveira, Simone Ferraz, Tatiane Raquel, Valdilene dos Santos, Amanda Oliveira, Andreia Hessel, Jéssica Ladeira, Mirela Saturnino, Maria da Silva, Kleidiane Barbosa, Susane Martins e Larissa Quintão. Neste ano, a prova será a primeira a premiar com bonificações em dinheiro as oito primeiras colocadas.

Na manhã desta sexta, a atleta recebeu a imprensa. E tivemos o privilégio de fazer uma entrevista individual com esse ícone do esporte mundial. Obiri tem uma filha de 9 anos, e o treinador dela é o marido, o ex-atleta Tom Nyaundi. Mesmo sendo queniana, ela nasceu em Quisi, longe de Iten, a capital mundial da corrida. Mas ela sempre amou correr, mesmo não tendo qualquer tipo de incentivo, foi se destacando, até conseguir ser convocada para uma time te atletismo de Nairóbi. Ficou pouco tempo, decidiu estudar, para depois reiniciar no esporte. "No Quênia, acham que a mulher não precisa estudar, que só os homens sabem fazer as coisas e precisam estudar", afirmou a atleta. Em 2010 entrou para a Força Aérea do Quênia e se tornou uma de suas atletas. Quando surgiu a oportunidade de se mudar para treinar nos Estados Unidos, não pensou duas vezes, e se mudou com a família. Hoje moram no Colorado.

Perguntada se teria vontade de correr a São Silvestre, Obiri abriu um sorriso largo, contou que conhece muitos quenianos que já venceram a São Silvestre, e que se um dia der certo, ela virá. Mas que o alvo dela agora são as maratonas Majors, as mais rápidas como Chicago e Berlim, "para provar para o mundo todo que os tênis da On são realmente bons". O tênis que era correu em Paris é o modelo LightSpray(TM) - feito por robôs, pesa apenas 170 gramas, que não tem palmilha ou cadarço. Na foto abaixo, Hellen Obiri mostra o tênis para a jornalista Silvia Herrera.

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 Foto: acervo pessoal

O que a corrida significa para você?

Hellen Obiri: Amo correr, sinto que ganho cada vez mais saúde correndo. E o principal, as amizades que faço nas corridas. Viajo ao redor do mundo e vou conhecendo pessoas maravilhosas. Esta é a melhor coisa da minha carreira como atleta, as amizades que vou construindo.

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Qual sua melhor memória da Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016, quando você conquistou a prata nos 5 mil metros?

Hellen Obiri: Nossa, o Rio é uma das cidades mais lindas que conheci. Mas as melhores lembranças são da Vila Olímpica, da convivência muito legal com os atletas. E também do público torcendo por mim, gritando: Vai Quênia!. Foi a primeira prova que competi os 5 mil metros, eu competia antes os 15 mil metros. É maravilhoso poder viajar ao redor do mundo e ter a oportunidade de conhecer uma cidade incrível com o Rio. Não imagina que pudesse estar no pódio. Algumas vezes você até pensa em desistir, mas a torcida empurrou. Tinha acabado de ter minha filha e foi muito duro pra mim. Mas meu desempenho foi ótimo. Fiquei dez dias no Rio.

Como é ser uma mulher no Quênia?

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Hellen Obiri: Da comunidade da onde vim, não valorizam as mulheres. Não acreditam que uma mulher pode ser uma grande campeã nos esportes. Venho de uma vila, de uma comunidade bem pequena, eles não fazem ideia do potencial das mulheres no esporte. Quando comecei a treinar, me chamavam de maluca. Lembro certa vez que uma pessoa me parou na rua, quando eu estava correndo, e me perguntou: por que você insisti em continuar a correr? Isso me fazia sentir mal, as pessoas não me valorizavam. Falavam que eu tinha que parar de treinar e ir cuidar da minha família. Talvez eles queiram proteger as meninas fazendo isso. Aliás, pensam que as meninas não precisam estudar, que estudar é só para os meninos, que não há necessidade das mulheres estudarem. Mas isso começa a mudar, as mulheres começam ver outras mulheres vencendo no esporte, começam a entender o valor da mulher.  As mulheres nas mesmas funções dos homens ganham menos do que eles. Se há uma entrevista de emprego, preferem contratar os homens. Mas é o que eu sempre digo, se um homem consegue fazer algo, uma mulher consegue fazer ainda melhor.

Como foi a mudança para os  Estados Unidos?

Hellen Obiri: Dizem que na vida a oportunidade bate à porta uma vez na vida. Se ficasse no Quênia, poderia estar numa comunidade rural e até correr, mas o destaque são sempre os homens. Nos Estados Unidos não, a mulher é valorizada. Minha cabeça abriu muito morando nos Estados Unidos. Você se sente valorizada e busca trabalhar sempre mais, evoluir sempre mais. As mulheres precisam seguir mais mulheres. E hoje me sinto muito honrada.

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Quando começou a parceria com a On?

Hellen Obiri: Foi logo depois de Tóquio. E ter a oportunidade de trabalhar para uma grande empresa é um privilégio, realmente uma grande oportunidade para mim. Uso tênis de corrida há mais de dez anos, e sempre há um tênis melhor, uma tecnologia melhor. Como eu posso ajudar para melhorar esses calçados? Corri também essas maratonas como corria com as spikes (sapatilhas) as provas de pista. É incrível porque confio na On e confio nos tênis da marca. E ganhei duas vezes em Boston e uma vez em Nova York, e a medalha na maratona olímpica calçando o On Cloudboom Echo. Ele é incrível, ele é confortável, não causa lesões nem incômodos. É calçar e correr. Ele é muito confortável. E usei este ano na maratona o mesmo tênis que usei nas duas vitórias em 2023. Fiquei confiante com esse tênis.

E quais são suas dicas para as mulheres que vão correr a meia maratona no domingo?

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Hellen Obiri: Preste atenção na sua saúde, se hidrate bem e foque na corrida. Conte para sua mente: Eu quero correr! É sua mente que vai controlar o seu corpo. Mas se seu corpo te disser, não corra, ouça seu corpo e aproveite para se divertir e torcer na corrida. Mas se você se divertir na corrida, tenha certeza que vai correr melhor ainda.

 

 

Guarde bem este nome: Hellen Obiri. Prata nos 5 mil metros na Rio 2016, logo após ser mãe e correndo pela primeira vez essa distância.  Prata nos 10 mil metros quatro anos depois no Japão. E esta ano estreou na maratona olímpica com Bronze. É também bicampeã da Maratona de Boston (2022  e 23) e campeã da Maratona de Nova York (2023). Aliás, foi a primeira mulher na história do atletismo a vencer Boston e NYC no mesmo ano, que sãos as Majors com as piores altimetrias. A queniana veio ao Brasil a convite da On, marca esportiva suíça presente em 60 países, que tem chacoalhado o mercado running. Ela é a estrela da retirada do kit da Venus Women's Half Marathon, que será realizada neste sábado, 30 de novembro, no Shopping Market Place, na zona sul paulistana. A campeã vai ministrar uma palestra às 14h. A prova, que contempla também as distâncias de 5k, 10k e 15k, além dos 21,1km, será realizada na manhã de domingo na Marginal Pinheiros. Hellen não vai correr, veio conhecer São Paulo e prestigiar uma de nossas melhores meia maratonas femininas.

 Foto: On

Com largada da Meia Maratona às 6 horas e as demais distâncias às 7 horas, na Pista Expressa da Marginal Pinheiros, em frente ao Parque do Povo, o evento idealizado em 2008 irá percorrer uma das principais vias da capital. Ao longo do trajeto, que é 100% plano, será disponibilizado pontos de atendimento médico, banheiros, isotônico Dobro, gel de carboidrato da Blackskull e água Lindoya Verão, além de 4 pontos com atrações musicais para animar as competidoras.

Na principal distância do evento, que possui certificação da CBAT, estarão presentes algumas das principais esportistas do país, como Núbia Oliveira, Simone Ferraz, Tatiane Raquel, Valdilene dos Santos, Amanda Oliveira, Andreia Hessel, Jéssica Ladeira, Mirela Saturnino, Maria da Silva, Kleidiane Barbosa, Susane Martins e Larissa Quintão. Neste ano, a prova será a primeira a premiar com bonificações em dinheiro as oito primeiras colocadas.

Na manhã desta sexta, a atleta recebeu a imprensa. E tivemos o privilégio de fazer uma entrevista individual com esse ícone do esporte mundial. Obiri tem uma filha de 9 anos, e o treinador dela é o marido, o ex-atleta Tom Nyaundi. Mesmo sendo queniana, ela nasceu em Quisi, longe de Iten, a capital mundial da corrida. Mas ela sempre amou correr, mesmo não tendo qualquer tipo de incentivo, foi se destacando, até conseguir ser convocada para uma time te atletismo de Nairóbi. Ficou pouco tempo, decidiu estudar, para depois reiniciar no esporte. "No Quênia, acham que a mulher não precisa estudar, que só os homens sabem fazer as coisas e precisam estudar", afirmou a atleta. Em 2010 entrou para a Força Aérea do Quênia e se tornou uma de suas atletas. Quando surgiu a oportunidade de se mudar para treinar nos Estados Unidos, não pensou duas vezes, e se mudou com a família. Hoje moram no Colorado.

Perguntada se teria vontade de correr a São Silvestre, Obiri abriu um sorriso largo, contou que conhece muitos quenianos que já venceram a São Silvestre, e que se um dia der certo, ela virá. Mas que o alvo dela agora são as maratonas Majors, as mais rápidas como Chicago e Berlim, "para provar para o mundo todo que os tênis da On são realmente bons". O tênis que era correu em Paris é o modelo LightSpray(TM) - feito por robôs, pesa apenas 170 gramas, que não tem palmilha ou cadarço. Na foto abaixo, Hellen Obiri mostra o tênis para a jornalista Silvia Herrera.

 Foto: acervo pessoal

O que a corrida significa para você?

Hellen Obiri: Amo correr, sinto que ganho cada vez mais saúde correndo. E o principal, as amizades que faço nas corridas. Viajo ao redor do mundo e vou conhecendo pessoas maravilhosas. Esta é a melhor coisa da minha carreira como atleta, as amizades que vou construindo.

Qual sua melhor memória da Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016, quando você conquistou a prata nos 5 mil metros?

Hellen Obiri: Nossa, o Rio é uma das cidades mais lindas que conheci. Mas as melhores lembranças são da Vila Olímpica, da convivência muito legal com os atletas. E também do público torcendo por mim, gritando: Vai Quênia!. Foi a primeira prova que competi os 5 mil metros, eu competia antes os 15 mil metros. É maravilhoso poder viajar ao redor do mundo e ter a oportunidade de conhecer uma cidade incrível com o Rio. Não imagina que pudesse estar no pódio. Algumas vezes você até pensa em desistir, mas a torcida empurrou. Tinha acabado de ter minha filha e foi muito duro pra mim. Mas meu desempenho foi ótimo. Fiquei dez dias no Rio.

Como é ser uma mulher no Quênia?

Hellen Obiri: Da comunidade da onde vim, não valorizam as mulheres. Não acreditam que uma mulher pode ser uma grande campeã nos esportes. Venho de uma vila, de uma comunidade bem pequena, eles não fazem ideia do potencial das mulheres no esporte. Quando comecei a treinar, me chamavam de maluca. Lembro certa vez que uma pessoa me parou na rua, quando eu estava correndo, e me perguntou: por que você insisti em continuar a correr? Isso me fazia sentir mal, as pessoas não me valorizavam. Falavam que eu tinha que parar de treinar e ir cuidar da minha família. Talvez eles queiram proteger as meninas fazendo isso. Aliás, pensam que as meninas não precisam estudar, que estudar é só para os meninos, que não há necessidade das mulheres estudarem. Mas isso começa a mudar, as mulheres começam ver outras mulheres vencendo no esporte, começam a entender o valor da mulher.  As mulheres nas mesmas funções dos homens ganham menos do que eles. Se há uma entrevista de emprego, preferem contratar os homens. Mas é o que eu sempre digo, se um homem consegue fazer algo, uma mulher consegue fazer ainda melhor.

Como foi a mudança para os  Estados Unidos?

Hellen Obiri: Dizem que na vida a oportunidade bate à porta uma vez na vida. Se ficasse no Quênia, poderia estar numa comunidade rural e até correr, mas o destaque são sempre os homens. Nos Estados Unidos não, a mulher é valorizada. Minha cabeça abriu muito morando nos Estados Unidos. Você se sente valorizada e busca trabalhar sempre mais, evoluir sempre mais. As mulheres precisam seguir mais mulheres. E hoje me sinto muito honrada.

Quando começou a parceria com a On?

Hellen Obiri: Foi logo depois de Tóquio. E ter a oportunidade de trabalhar para uma grande empresa é um privilégio, realmente uma grande oportunidade para mim. Uso tênis de corrida há mais de dez anos, e sempre há um tênis melhor, uma tecnologia melhor. Como eu posso ajudar para melhorar esses calçados? Corri também essas maratonas como corria com as spikes (sapatilhas) as provas de pista. É incrível porque confio na On e confio nos tênis da marca. E ganhei duas vezes em Boston e uma vez em Nova York, e a medalha na maratona olímpica calçando o On Cloudboom Echo. Ele é incrível, ele é confortável, não causa lesões nem incômodos. É calçar e correr. Ele é muito confortável. E usei este ano na maratona o mesmo tênis que usei nas duas vitórias em 2023. Fiquei confiante com esse tênis.

E quais são suas dicas para as mulheres que vão correr a meia maratona no domingo?

Hellen Obiri: Preste atenção na sua saúde, se hidrate bem e foque na corrida. Conte para sua mente: Eu quero correr! É sua mente que vai controlar o seu corpo. Mas se seu corpo te disser, não corra, ouça seu corpo e aproveite para se divertir e torcer na corrida. Mas se você se divertir na corrida, tenha certeza que vai correr melhor ainda.

 

 

Guarde bem este nome: Hellen Obiri. Prata nos 5 mil metros na Rio 2016, logo após ser mãe e correndo pela primeira vez essa distância.  Prata nos 10 mil metros quatro anos depois no Japão. E esta ano estreou na maratona olímpica com Bronze. É também bicampeã da Maratona de Boston (2022  e 23) e campeã da Maratona de Nova York (2023). Aliás, foi a primeira mulher na história do atletismo a vencer Boston e NYC no mesmo ano, que sãos as Majors com as piores altimetrias. A queniana veio ao Brasil a convite da On, marca esportiva suíça presente em 60 países, que tem chacoalhado o mercado running. Ela é a estrela da retirada do kit da Venus Women's Half Marathon, que será realizada neste sábado, 30 de novembro, no Shopping Market Place, na zona sul paulistana. A campeã vai ministrar uma palestra às 14h. A prova, que contempla também as distâncias de 5k, 10k e 15k, além dos 21,1km, será realizada na manhã de domingo na Marginal Pinheiros. Hellen não vai correr, veio conhecer São Paulo e prestigiar uma de nossas melhores meia maratonas femininas.

 Foto: On

Com largada da Meia Maratona às 6 horas e as demais distâncias às 7 horas, na Pista Expressa da Marginal Pinheiros, em frente ao Parque do Povo, o evento idealizado em 2008 irá percorrer uma das principais vias da capital. Ao longo do trajeto, que é 100% plano, será disponibilizado pontos de atendimento médico, banheiros, isotônico Dobro, gel de carboidrato da Blackskull e água Lindoya Verão, além de 4 pontos com atrações musicais para animar as competidoras.

Na principal distância do evento, que possui certificação da CBAT, estarão presentes algumas das principais esportistas do país, como Núbia Oliveira, Simone Ferraz, Tatiane Raquel, Valdilene dos Santos, Amanda Oliveira, Andreia Hessel, Jéssica Ladeira, Mirela Saturnino, Maria da Silva, Kleidiane Barbosa, Susane Martins e Larissa Quintão. Neste ano, a prova será a primeira a premiar com bonificações em dinheiro as oito primeiras colocadas.

Na manhã desta sexta, a atleta recebeu a imprensa. E tivemos o privilégio de fazer uma entrevista individual com esse ícone do esporte mundial. Obiri tem uma filha de 9 anos, e o treinador dela é o marido, o ex-atleta Tom Nyaundi. Mesmo sendo queniana, ela nasceu em Quisi, longe de Iten, a capital mundial da corrida. Mas ela sempre amou correr, mesmo não tendo qualquer tipo de incentivo, foi se destacando, até conseguir ser convocada para uma time te atletismo de Nairóbi. Ficou pouco tempo, decidiu estudar, para depois reiniciar no esporte. "No Quênia, acham que a mulher não precisa estudar, que só os homens sabem fazer as coisas e precisam estudar", afirmou a atleta. Em 2010 entrou para a Força Aérea do Quênia e se tornou uma de suas atletas. Quando surgiu a oportunidade de se mudar para treinar nos Estados Unidos, não pensou duas vezes, e se mudou com a família. Hoje moram no Colorado.

Perguntada se teria vontade de correr a São Silvestre, Obiri abriu um sorriso largo, contou que conhece muitos quenianos que já venceram a São Silvestre, e que se um dia der certo, ela virá. Mas que o alvo dela agora são as maratonas Majors, as mais rápidas como Chicago e Berlim, "para provar para o mundo todo que os tênis da On são realmente bons". O tênis que era correu em Paris é o modelo LightSpray(TM) - feito por robôs, pesa apenas 170 gramas, que não tem palmilha ou cadarço. Na foto abaixo, Hellen Obiri mostra o tênis para a jornalista Silvia Herrera.

 Foto: acervo pessoal

O que a corrida significa para você?

Hellen Obiri: Amo correr, sinto que ganho cada vez mais saúde correndo. E o principal, as amizades que faço nas corridas. Viajo ao redor do mundo e vou conhecendo pessoas maravilhosas. Esta é a melhor coisa da minha carreira como atleta, as amizades que vou construindo.

Qual sua melhor memória da Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016, quando você conquistou a prata nos 5 mil metros?

Hellen Obiri: Nossa, o Rio é uma das cidades mais lindas que conheci. Mas as melhores lembranças são da Vila Olímpica, da convivência muito legal com os atletas. E também do público torcendo por mim, gritando: Vai Quênia!. Foi a primeira prova que competi os 5 mil metros, eu competia antes os 15 mil metros. É maravilhoso poder viajar ao redor do mundo e ter a oportunidade de conhecer uma cidade incrível com o Rio. Não imagina que pudesse estar no pódio. Algumas vezes você até pensa em desistir, mas a torcida empurrou. Tinha acabado de ter minha filha e foi muito duro pra mim. Mas meu desempenho foi ótimo. Fiquei dez dias no Rio.

Como é ser uma mulher no Quênia?

Hellen Obiri: Da comunidade da onde vim, não valorizam as mulheres. Não acreditam que uma mulher pode ser uma grande campeã nos esportes. Venho de uma vila, de uma comunidade bem pequena, eles não fazem ideia do potencial das mulheres no esporte. Quando comecei a treinar, me chamavam de maluca. Lembro certa vez que uma pessoa me parou na rua, quando eu estava correndo, e me perguntou: por que você insisti em continuar a correr? Isso me fazia sentir mal, as pessoas não me valorizavam. Falavam que eu tinha que parar de treinar e ir cuidar da minha família. Talvez eles queiram proteger as meninas fazendo isso. Aliás, pensam que as meninas não precisam estudar, que estudar é só para os meninos, que não há necessidade das mulheres estudarem. Mas isso começa a mudar, as mulheres começam ver outras mulheres vencendo no esporte, começam a entender o valor da mulher.  As mulheres nas mesmas funções dos homens ganham menos do que eles. Se há uma entrevista de emprego, preferem contratar os homens. Mas é o que eu sempre digo, se um homem consegue fazer algo, uma mulher consegue fazer ainda melhor.

Como foi a mudança para os  Estados Unidos?

Hellen Obiri: Dizem que na vida a oportunidade bate à porta uma vez na vida. Se ficasse no Quênia, poderia estar numa comunidade rural e até correr, mas o destaque são sempre os homens. Nos Estados Unidos não, a mulher é valorizada. Minha cabeça abriu muito morando nos Estados Unidos. Você se sente valorizada e busca trabalhar sempre mais, evoluir sempre mais. As mulheres precisam seguir mais mulheres. E hoje me sinto muito honrada.

Quando começou a parceria com a On?

Hellen Obiri: Foi logo depois de Tóquio. E ter a oportunidade de trabalhar para uma grande empresa é um privilégio, realmente uma grande oportunidade para mim. Uso tênis de corrida há mais de dez anos, e sempre há um tênis melhor, uma tecnologia melhor. Como eu posso ajudar para melhorar esses calçados? Corri também essas maratonas como corria com as spikes (sapatilhas) as provas de pista. É incrível porque confio na On e confio nos tênis da marca. E ganhei duas vezes em Boston e uma vez em Nova York, e a medalha na maratona olímpica calçando o On Cloudboom Echo. Ele é incrível, ele é confortável, não causa lesões nem incômodos. É calçar e correr. Ele é muito confortável. E usei este ano na maratona o mesmo tênis que usei nas duas vitórias em 2023. Fiquei confiante com esse tênis.

E quais são suas dicas para as mulheres que vão correr a meia maratona no domingo?

Hellen Obiri: Preste atenção na sua saúde, se hidrate bem e foque na corrida. Conte para sua mente: Eu quero correr! É sua mente que vai controlar o seu corpo. Mas se seu corpo te disser, não corra, ouça seu corpo e aproveite para se divertir e torcer na corrida. Mas se você se divertir na corrida, tenha certeza que vai correr melhor ainda.

 

 

Guarde bem este nome: Hellen Obiri. Prata nos 5 mil metros na Rio 2016, logo após ser mãe e correndo pela primeira vez essa distância.  Prata nos 10 mil metros quatro anos depois no Japão. E esta ano estreou na maratona olímpica com Bronze. É também bicampeã da Maratona de Boston (2022  e 23) e campeã da Maratona de Nova York (2023). Aliás, foi a primeira mulher na história do atletismo a vencer Boston e NYC no mesmo ano, que sãos as Majors com as piores altimetrias. A queniana veio ao Brasil a convite da On, marca esportiva suíça presente em 60 países, que tem chacoalhado o mercado running. Ela é a estrela da retirada do kit da Venus Women's Half Marathon, que será realizada neste sábado, 30 de novembro, no Shopping Market Place, na zona sul paulistana. A campeã vai ministrar uma palestra às 14h. A prova, que contempla também as distâncias de 5k, 10k e 15k, além dos 21,1km, será realizada na manhã de domingo na Marginal Pinheiros. Hellen não vai correr, veio conhecer São Paulo e prestigiar uma de nossas melhores meia maratonas femininas.

 Foto: On

Com largada da Meia Maratona às 6 horas e as demais distâncias às 7 horas, na Pista Expressa da Marginal Pinheiros, em frente ao Parque do Povo, o evento idealizado em 2008 irá percorrer uma das principais vias da capital. Ao longo do trajeto, que é 100% plano, será disponibilizado pontos de atendimento médico, banheiros, isotônico Dobro, gel de carboidrato da Blackskull e água Lindoya Verão, além de 4 pontos com atrações musicais para animar as competidoras.

Na principal distância do evento, que possui certificação da CBAT, estarão presentes algumas das principais esportistas do país, como Núbia Oliveira, Simone Ferraz, Tatiane Raquel, Valdilene dos Santos, Amanda Oliveira, Andreia Hessel, Jéssica Ladeira, Mirela Saturnino, Maria da Silva, Kleidiane Barbosa, Susane Martins e Larissa Quintão. Neste ano, a prova será a primeira a premiar com bonificações em dinheiro as oito primeiras colocadas.

Na manhã desta sexta, a atleta recebeu a imprensa. E tivemos o privilégio de fazer uma entrevista individual com esse ícone do esporte mundial. Obiri tem uma filha de 9 anos, e o treinador dela é o marido, o ex-atleta Tom Nyaundi. Mesmo sendo queniana, ela nasceu em Quisi, longe de Iten, a capital mundial da corrida. Mas ela sempre amou correr, mesmo não tendo qualquer tipo de incentivo, foi se destacando, até conseguir ser convocada para uma time te atletismo de Nairóbi. Ficou pouco tempo, decidiu estudar, para depois reiniciar no esporte. "No Quênia, acham que a mulher não precisa estudar, que só os homens sabem fazer as coisas e precisam estudar", afirmou a atleta. Em 2010 entrou para a Força Aérea do Quênia e se tornou uma de suas atletas. Quando surgiu a oportunidade de se mudar para treinar nos Estados Unidos, não pensou duas vezes, e se mudou com a família. Hoje moram no Colorado.

Perguntada se teria vontade de correr a São Silvestre, Obiri abriu um sorriso largo, contou que conhece muitos quenianos que já venceram a São Silvestre, e que se um dia der certo, ela virá. Mas que o alvo dela agora são as maratonas Majors, as mais rápidas como Chicago e Berlim, "para provar para o mundo todo que os tênis da On são realmente bons". O tênis que era correu em Paris é o modelo LightSpray(TM) - feito por robôs, pesa apenas 170 gramas, que não tem palmilha ou cadarço. Na foto abaixo, Hellen Obiri mostra o tênis para a jornalista Silvia Herrera.

 Foto: acervo pessoal

O que a corrida significa para você?

Hellen Obiri: Amo correr, sinto que ganho cada vez mais saúde correndo. E o principal, as amizades que faço nas corridas. Viajo ao redor do mundo e vou conhecendo pessoas maravilhosas. Esta é a melhor coisa da minha carreira como atleta, as amizades que vou construindo.

Qual sua melhor memória da Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016, quando você conquistou a prata nos 5 mil metros?

Hellen Obiri: Nossa, o Rio é uma das cidades mais lindas que conheci. Mas as melhores lembranças são da Vila Olímpica, da convivência muito legal com os atletas. E também do público torcendo por mim, gritando: Vai Quênia!. Foi a primeira prova que competi os 5 mil metros, eu competia antes os 15 mil metros. É maravilhoso poder viajar ao redor do mundo e ter a oportunidade de conhecer uma cidade incrível com o Rio. Não imagina que pudesse estar no pódio. Algumas vezes você até pensa em desistir, mas a torcida empurrou. Tinha acabado de ter minha filha e foi muito duro pra mim. Mas meu desempenho foi ótimo. Fiquei dez dias no Rio.

Como é ser uma mulher no Quênia?

Hellen Obiri: Da comunidade da onde vim, não valorizam as mulheres. Não acreditam que uma mulher pode ser uma grande campeã nos esportes. Venho de uma vila, de uma comunidade bem pequena, eles não fazem ideia do potencial das mulheres no esporte. Quando comecei a treinar, me chamavam de maluca. Lembro certa vez que uma pessoa me parou na rua, quando eu estava correndo, e me perguntou: por que você insisti em continuar a correr? Isso me fazia sentir mal, as pessoas não me valorizavam. Falavam que eu tinha que parar de treinar e ir cuidar da minha família. Talvez eles queiram proteger as meninas fazendo isso. Aliás, pensam que as meninas não precisam estudar, que estudar é só para os meninos, que não há necessidade das mulheres estudarem. Mas isso começa a mudar, as mulheres começam ver outras mulheres vencendo no esporte, começam a entender o valor da mulher.  As mulheres nas mesmas funções dos homens ganham menos do que eles. Se há uma entrevista de emprego, preferem contratar os homens. Mas é o que eu sempre digo, se um homem consegue fazer algo, uma mulher consegue fazer ainda melhor.

Como foi a mudança para os  Estados Unidos?

Hellen Obiri: Dizem que na vida a oportunidade bate à porta uma vez na vida. Se ficasse no Quênia, poderia estar numa comunidade rural e até correr, mas o destaque são sempre os homens. Nos Estados Unidos não, a mulher é valorizada. Minha cabeça abriu muito morando nos Estados Unidos. Você se sente valorizada e busca trabalhar sempre mais, evoluir sempre mais. As mulheres precisam seguir mais mulheres. E hoje me sinto muito honrada.

Quando começou a parceria com a On?

Hellen Obiri: Foi logo depois de Tóquio. E ter a oportunidade de trabalhar para uma grande empresa é um privilégio, realmente uma grande oportunidade para mim. Uso tênis de corrida há mais de dez anos, e sempre há um tênis melhor, uma tecnologia melhor. Como eu posso ajudar para melhorar esses calçados? Corri também essas maratonas como corria com as spikes (sapatilhas) as provas de pista. É incrível porque confio na On e confio nos tênis da marca. E ganhei duas vezes em Boston e uma vez em Nova York, e a medalha na maratona olímpica calçando o On Cloudboom Echo. Ele é incrível, ele é confortável, não causa lesões nem incômodos. É calçar e correr. Ele é muito confortável. E usei este ano na maratona o mesmo tênis que usei nas duas vitórias em 2023. Fiquei confiante com esse tênis.

E quais são suas dicas para as mulheres que vão correr a meia maratona no domingo?

Hellen Obiri: Preste atenção na sua saúde, se hidrate bem e foque na corrida. Conte para sua mente: Eu quero correr! É sua mente que vai controlar o seu corpo. Mas se seu corpo te disser, não corra, ouça seu corpo e aproveite para se divertir e torcer na corrida. Mas se você se divertir na corrida, tenha certeza que vai correr melhor ainda.

 

 

Guarde bem este nome: Hellen Obiri. Prata nos 5 mil metros na Rio 2016, logo após ser mãe e correndo pela primeira vez essa distância.  Prata nos 10 mil metros quatro anos depois no Japão. E esta ano estreou na maratona olímpica com Bronze. É também bicampeã da Maratona de Boston (2022  e 23) e campeã da Maratona de Nova York (2023). Aliás, foi a primeira mulher na história do atletismo a vencer Boston e NYC no mesmo ano, que sãos as Majors com as piores altimetrias. A queniana veio ao Brasil a convite da On, marca esportiva suíça presente em 60 países, que tem chacoalhado o mercado running. Ela é a estrela da retirada do kit da Venus Women's Half Marathon, que será realizada neste sábado, 30 de novembro, no Shopping Market Place, na zona sul paulistana. A campeã vai ministrar uma palestra às 14h. A prova, que contempla também as distâncias de 5k, 10k e 15k, além dos 21,1km, será realizada na manhã de domingo na Marginal Pinheiros. Hellen não vai correr, veio conhecer São Paulo e prestigiar uma de nossas melhores meia maratonas femininas.

 Foto: On

Com largada da Meia Maratona às 6 horas e as demais distâncias às 7 horas, na Pista Expressa da Marginal Pinheiros, em frente ao Parque do Povo, o evento idealizado em 2008 irá percorrer uma das principais vias da capital. Ao longo do trajeto, que é 100% plano, será disponibilizado pontos de atendimento médico, banheiros, isotônico Dobro, gel de carboidrato da Blackskull e água Lindoya Verão, além de 4 pontos com atrações musicais para animar as competidoras.

Na principal distância do evento, que possui certificação da CBAT, estarão presentes algumas das principais esportistas do país, como Núbia Oliveira, Simone Ferraz, Tatiane Raquel, Valdilene dos Santos, Amanda Oliveira, Andreia Hessel, Jéssica Ladeira, Mirela Saturnino, Maria da Silva, Kleidiane Barbosa, Susane Martins e Larissa Quintão. Neste ano, a prova será a primeira a premiar com bonificações em dinheiro as oito primeiras colocadas.

Na manhã desta sexta, a atleta recebeu a imprensa. E tivemos o privilégio de fazer uma entrevista individual com esse ícone do esporte mundial. Obiri tem uma filha de 9 anos, e o treinador dela é o marido, o ex-atleta Tom Nyaundi. Mesmo sendo queniana, ela nasceu em Quisi, longe de Iten, a capital mundial da corrida. Mas ela sempre amou correr, mesmo não tendo qualquer tipo de incentivo, foi se destacando, até conseguir ser convocada para uma time te atletismo de Nairóbi. Ficou pouco tempo, decidiu estudar, para depois reiniciar no esporte. "No Quênia, acham que a mulher não precisa estudar, que só os homens sabem fazer as coisas e precisam estudar", afirmou a atleta. Em 2010 entrou para a Força Aérea do Quênia e se tornou uma de suas atletas. Quando surgiu a oportunidade de se mudar para treinar nos Estados Unidos, não pensou duas vezes, e se mudou com a família. Hoje moram no Colorado.

Perguntada se teria vontade de correr a São Silvestre, Obiri abriu um sorriso largo, contou que conhece muitos quenianos que já venceram a São Silvestre, e que se um dia der certo, ela virá. Mas que o alvo dela agora são as maratonas Majors, as mais rápidas como Chicago e Berlim, "para provar para o mundo todo que os tênis da On são realmente bons". O tênis que era correu em Paris é o modelo LightSpray(TM) - feito por robôs, pesa apenas 170 gramas, que não tem palmilha ou cadarço. Na foto abaixo, Hellen Obiri mostra o tênis para a jornalista Silvia Herrera.

 Foto: acervo pessoal

O que a corrida significa para você?

Hellen Obiri: Amo correr, sinto que ganho cada vez mais saúde correndo. E o principal, as amizades que faço nas corridas. Viajo ao redor do mundo e vou conhecendo pessoas maravilhosas. Esta é a melhor coisa da minha carreira como atleta, as amizades que vou construindo.

Qual sua melhor memória da Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016, quando você conquistou a prata nos 5 mil metros?

Hellen Obiri: Nossa, o Rio é uma das cidades mais lindas que conheci. Mas as melhores lembranças são da Vila Olímpica, da convivência muito legal com os atletas. E também do público torcendo por mim, gritando: Vai Quênia!. Foi a primeira prova que competi os 5 mil metros, eu competia antes os 15 mil metros. É maravilhoso poder viajar ao redor do mundo e ter a oportunidade de conhecer uma cidade incrível com o Rio. Não imagina que pudesse estar no pódio. Algumas vezes você até pensa em desistir, mas a torcida empurrou. Tinha acabado de ter minha filha e foi muito duro pra mim. Mas meu desempenho foi ótimo. Fiquei dez dias no Rio.

Como é ser uma mulher no Quênia?

Hellen Obiri: Da comunidade da onde vim, não valorizam as mulheres. Não acreditam que uma mulher pode ser uma grande campeã nos esportes. Venho de uma vila, de uma comunidade bem pequena, eles não fazem ideia do potencial das mulheres no esporte. Quando comecei a treinar, me chamavam de maluca. Lembro certa vez que uma pessoa me parou na rua, quando eu estava correndo, e me perguntou: por que você insisti em continuar a correr? Isso me fazia sentir mal, as pessoas não me valorizavam. Falavam que eu tinha que parar de treinar e ir cuidar da minha família. Talvez eles queiram proteger as meninas fazendo isso. Aliás, pensam que as meninas não precisam estudar, que estudar é só para os meninos, que não há necessidade das mulheres estudarem. Mas isso começa a mudar, as mulheres começam ver outras mulheres vencendo no esporte, começam a entender o valor da mulher.  As mulheres nas mesmas funções dos homens ganham menos do que eles. Se há uma entrevista de emprego, preferem contratar os homens. Mas é o que eu sempre digo, se um homem consegue fazer algo, uma mulher consegue fazer ainda melhor.

Como foi a mudança para os  Estados Unidos?

Hellen Obiri: Dizem que na vida a oportunidade bate à porta uma vez na vida. Se ficasse no Quênia, poderia estar numa comunidade rural e até correr, mas o destaque são sempre os homens. Nos Estados Unidos não, a mulher é valorizada. Minha cabeça abriu muito morando nos Estados Unidos. Você se sente valorizada e busca trabalhar sempre mais, evoluir sempre mais. As mulheres precisam seguir mais mulheres. E hoje me sinto muito honrada.

Quando começou a parceria com a On?

Hellen Obiri: Foi logo depois de Tóquio. E ter a oportunidade de trabalhar para uma grande empresa é um privilégio, realmente uma grande oportunidade para mim. Uso tênis de corrida há mais de dez anos, e sempre há um tênis melhor, uma tecnologia melhor. Como eu posso ajudar para melhorar esses calçados? Corri também essas maratonas como corria com as spikes (sapatilhas) as provas de pista. É incrível porque confio na On e confio nos tênis da marca. E ganhei duas vezes em Boston e uma vez em Nova York, e a medalha na maratona olímpica calçando o On Cloudboom Echo. Ele é incrível, ele é confortável, não causa lesões nem incômodos. É calçar e correr. Ele é muito confortável. E usei este ano na maratona o mesmo tênis que usei nas duas vitórias em 2023. Fiquei confiante com esse tênis.

E quais são suas dicas para as mulheres que vão correr a meia maratona no domingo?

Hellen Obiri: Preste atenção na sua saúde, se hidrate bem e foque na corrida. Conte para sua mente: Eu quero correr! É sua mente que vai controlar o seu corpo. Mas se seu corpo te disser, não corra, ouça seu corpo e aproveite para se divertir e torcer na corrida. Mas se você se divertir na corrida, tenha certeza que vai correr melhor ainda.

 

 

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