Provas de rua de A a Z

Prótese customizável de joelho chega ao Brasil


Equipamento usa tecnologia 3D

Por Silvia Herrera

Uma boa notícia para quem apresenta desgaste no joelho. Chegou ao Brasil a prótese customizável de joelho ConforMis,com tecnologia de impressão 3D, a primeira cirurgia foi realizada em setembro de 2022 pelo ortopedista Moisés Cohen, professor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP e médico no Hospital Israelita Albert Einstein, com grande sucesso. Confira entrevista com o especialista que explica tudo sobre a novidade.

 Foto: Prótese ConforMis

O ortopedista adora exercício, aliás escolheu a profissão, ser ortopedista, por conta do esporte. "Eu sempre joguei futebol, e à medida que o tempo foi passando e o joelho gastando, a gente vai mudando um pouco a atividade. Então hoje eu faço regularmente 2 a 3 vezes por semana musculação, exercício de equilíbrio, caminho e às vezes dou um trote. Depende obviamente do tempo que a gente tem e onde você está, mas eu gosto e pratico esporte", conta.

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A artrose, uma das indicações da prótese,é a doença mais comum na população mundial. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, dos indivíduos acima dos 50 anos de idade, 60% já apresentam algum grau de degeneração nas articulações. E no caso de doenças como essa é necessário recorrer à cirurgia, numa tentativa de recuperar a qualidade de vida do paciente. Com isso, são implantadas cerca de 30 mil próteses de quadril e joelho pelo Sistema Único de Saúde todos os anos no Brasil, sem contar as cirurgias realizadas nas redes particulares. E, de acordo com a entidade, a expectativa é de que na próxima década esse número aumente em 100%.

Com a crescente demanda e desenvolvimento das tecnologias, a medicina tem trazido opções de ponta para o campo das próteses. Uma delas, éum modelo de ponta, altamente customizável. A ConforMis, prótese fabricada nos Estados Unidos, calcula por meio de um software patenteado pela empresa a prótese ideal para cada paciente e a produz por meio de impressão 3D de modo que a prótese se encaixe perfeitamente na articulação do paciente.

"Além de se encaixar perfeitamente na articulação do paciente no formato que o joelho era antes do desgaste, a prótese customizada também possibilita realizar ajustes quando o joelho do paciente é desviado, deixando o joelho como era e corrigindo também, alinhando a perna. Evitando dessa forma, mais cortes, e possibilitando uma melhor funcionalidade" explica Dr. Marco Demange, médico ortopedista, professor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.

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De acordo com Cristina Álvares, administradora de 61 anos, e uma das primeiras pacientes no Brasil a realizar o implante da prótese, a escolha do modelo aconteceu por toda a tecnologia envolvida e qualidade de vida que iria proporcioná-la.

"Tive um problema de nascença no qual houve um desgaste excessivo na cartilagem dos meus joelhos, favorecendo que eu desenvolvesse artrose e também inflamação nos ligamentos. E após uma cirurgia de retirada de cisto em um dos joelhos, piorou mais ainda, impossibilitando que eu pudesse fazer caminhada ou qualquer esporte, porque meu joelho inchava e doía. Por isso, busquei me informar sobre as minhas opções, conversei com o Dr. Marco Demange, em busca de uma prótese que fosse me proporcionar uma maior qualidade de vida. Nesse momento, as próteses da Conformis tinham acabado de ser aprovadas para cirurgias no país e me informei com o responsável por trazer essa tecnologia ao Brasil. Por isso, decidi investir em mim mesma, essa seria a terceira cirurgia que faria, a primeira de prótese. Hoje consigo fazer minhas caminhadas com meus cachorros, não sinto mais dor e pelos depoimentos do médico, consegui ter uma estabilização mais rápida" explica.

Confira abaixo a entrevista com o ortopedista Moisés Cohen.

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O que é essa prótese e para quais casos é indicada?

A prótese ConforMis é uma prótese customizada. A cirurgia com ela foi feita pela primeira vez em 2012, hoje existem mais de 200 mil feitas no mundo. Portanto, mais de 10 anos um bons resultados. O conceito de prótese customizável veio crescendo, e no Brasil eu fui o primeiro a realizar uma cirurgia com ela, em setembro do ano passado (2022).  Aquinós temos ainda pouco mais de 30 próteses feitas, já realizei cerca de 10 a 11 cirurgias. E os pacientes que operaram são aqueles que têm desgaste da cartilagem articular, um desgaste do joelho em particular, ou seja, artrose com dor, com limitação da qualidade de vida diária. Com isso, a prótese veio para poder dar a ele uma qualidade de vida melhor, voltar às atividades, melhora da dor, melhora do arco de movimento. Então esses são os pacientes elegíveis para se fazer a prótese customizada. A diferença é que a prótese customizada facilita a técnica cirúrgica, porque elas vêm em peças. Eu costumo comparar um lego, então ela vem em uma caixa com fêmur-1, fêmur-2 e você vai colocando, fazendo os cortes. É uma cirurgia que saindo como esperado, é realizada de 45 minutos a 50 minutos. Segundo, tem uma preservação maior do osso, ou seja, preserva estoque ósseo e isso faz com que você possa ter numa eventualidade necessidade de troca, haja ainda osso bastante para poder substituir. Em relação a movimentação, ela realmente nos permite uma mobilidade um pouquinho maior, mais fácil. O pós operatório é um pouco mais tranquilo, porque já praticamente no dia seguinte,  às vezes tem mesmo dia, o paciente já sai do leito, pisa, se movimenta com auxílio de um andador e já com bom padrão de marcha. Em seguida segue para fisioterapia. Acredito que seja algo que veio para ficar, é algo que realmente nos ajuda tecnologicamente. É a tecnologia ajudando a medicina, para que a gente possa dar ao nosso paciente uma qualidade de vida melhor e uma recuperação mais rápida.

Acirurgia é por vídeo?

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A cirurgia não é feita por vídeo, porque toda essa parte tecnológica do vídeo do robô, já foi feita lá na fábrica com impressão 3D. Então quando eu recebo a prótese, tudo isso já foi feito previamente na fábrica, então eu não preciso de vídeo e não preciso de nada na hora. Por isso, facilita muito. Ela encaixa perfeitamente, como um lego. A grande vantagem é que isso dá uma previsibilidade, ou seja, eu sei como vai terminar a cirurgia, porque isso já foi feito antes no modelo 3D, na impressão 3D. Eu não preciso da robótica, não preciso de tela, eu só preciso realmente das peças. Quando se utiliza uma prótese padrão, são várias caixas na sala cirúrgica, nesse sistema customizável é uma caixa única. Ela vem com todas as peças dentro, você abre e vai seguir na sequência peça por peça. Então isso também do ponto de vista de logística é espetacular, porque você não tem problema de faltar peça alguma.

A prótese é feita em impressora 3D, de qual material? Qual a durabilidade?

Existem hoje mais de 200.000 cirurgias realizadas no mundo com essa prótese, no Brasil começamos em setembro de 2022. Eu tenho hoje em torno de 11 realizadas, mas com uma demanda grande. É uma prótese que nós indicamos e o paciente, obviamente, tem um tempo para pensar e a hora que ele decide também existe um tempo para que a prótese possa ser confeccionada. Para isso, realizamos uma tomografia dentro de um protocolo, isso é mandado para fora, no caso, para Boston, e lá eles produzem em 3D, fazem a montagem própria para aquele paciente.  Antes de confeccionar, nos mandam um modelo no papel com as medidas dos cortes como irão ficar. Nós aprovamos e aí o tempo de trâmite e a prótese está nas nossas mãos, a cirurgia fica em torno de 45 à 60 dias. Portanto, há esse timing de espera para confeccionar a prótese, como qualquer outro item customizado. Até o momento, acredito que tenha sido feito em torno de umas 30 cirurgias com esse tipo de prótese, realizei um pouco mais de 10 e já com algumas aguardando ficar pronta. Esse número que tem sido exponencial, no começo as pessoas não entendem muito bem a tecnologia e como funciona, e aí a partir do momento que começou a ter os resultados no país e a própria divulgação da informação, os pacientes começaram perceber como uma boa solução.

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Adesão: a prótese é realizada em formato 3D em Cromo Cobalto, composição de ligas metálicas que minimizam o desgaste e a rejeição, Titânio com extrema dureza e alta resistência, Cerâmica que possui uma superfície extremamente lisa e proporciona um atrito mínimo em conjunto com o Polietileno de alta densidade para menor desgaste.

Quais os riscos?

É o risco normal de qualquer cirurgia, diria até menor porque é uma cirurgia mais curta e mais rápida.  Mas os cuidados que nós tomamos são sempre os mesmos, seja qual for a situação para diminuir os riscos, que são avaliação clínica, prevenção de tromboembolismo, as bombas pós-operatórias. Todo um arsenal para que possa ter um pós operatório tranquilo. Os cuidados são muito intensos e não é uma coisa que nos assusta, independente até da condição do paciente. Por isso, que o clínico dando aval, ficamos bem tranquilos. Se ele não tiver condições clínicas, a cirurgia não vai nem ser realizada.

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Como é o pós operatório?

Com toda a tecnologia da prótese customizada alguns princípios básicos fundamentais a gente não abre mão. A partir do momento que o paciente decide vou fazer a cirurgia, é fundamental uma avaliação clínica muito bem feita, de rotina eu peço uma avaliação odontológica para checar se o paciente não tem nenhuma gengivite, algum processo bucal que possa depois trazer alguma complicação. Dentro desse período também é feita a avaliação anestésica, e depois feita a cirurgia, em geral os pacientes acabam sendo direcionados direto para o quarto, exceto quando o paciente tem alguma comorbidade, uma doença paralela, é direcionado para UTI. Um outro aspecto, era que muitos pacientes ficavam preocupados com dor no pós-operatório.  Isso evoluiu demais, praticamente o paciente não tem dor. No primeiro e segundo dia, o que tiver de dor, a medicação analgésica auxilia muito bem e muito eficaz e é passível de tratar dessa dor sem nenhum sofrimento maior. Após a cirurgia, é recomendada fazer fisioterapia,  e também sentar, movimentar o joelho e há máquinas próprias que ajudam nesse exercício. O paciente pode ficar no hospital dois dias, se houver necessidade, pode ficar por mais tempo caso ele não tenha autonomia. Porque o mínimo necessário, é que o paciente tenha Independência de se movimentar e para que não vá para casa e depender de todos. Então a dor e o pós-operatório depende muito mais do paciente, no sentido dele seguir direitinho a orientação, fazer uma boa fisioterapia, não exagerar. No geral, as evoluções têm sido realmente muito favoráveis, um pouquinho acima até do que estamos acostumados a ver com as próteses convencionais.

Pode correr com ela?

No passado não se imaginava, nem pensava nisso. Mas hoje, com a maior segurança e tecnologia, durabilidade, arco de movimento maior, se o paciente for, por exemplo, um jogador de tênis, vamos orientar que após se sentir seguro, depois de feitos os testes, de voltar como dupla, no saibro. E assim ele vai tendo a sua evolução. Atividades mais duras, por exemplo, futebol no qual é mais agressivo, independente da prótese propriamente dita, pela faixa etária, pela força muscular ele vai ser um pouco mais restritivo. Mas eu sei de pacientes que acabam fazendo isso, contra a vontade do médico. Surfar, correr, atividades que não sejam não tão agressivas de impacto e de giro inesperado, é passível de se fazer sim com a prótese.  Cada vez mais temos acreditado nisso, desde que o paciente realmente tenha condições físicas e musculares e força para isso .

Uma boa notícia para quem apresenta desgaste no joelho. Chegou ao Brasil a prótese customizável de joelho ConforMis,com tecnologia de impressão 3D, a primeira cirurgia foi realizada em setembro de 2022 pelo ortopedista Moisés Cohen, professor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP e médico no Hospital Israelita Albert Einstein, com grande sucesso. Confira entrevista com o especialista que explica tudo sobre a novidade.

 Foto: Prótese ConforMis

O ortopedista adora exercício, aliás escolheu a profissão, ser ortopedista, por conta do esporte. "Eu sempre joguei futebol, e à medida que o tempo foi passando e o joelho gastando, a gente vai mudando um pouco a atividade. Então hoje eu faço regularmente 2 a 3 vezes por semana musculação, exercício de equilíbrio, caminho e às vezes dou um trote. Depende obviamente do tempo que a gente tem e onde você está, mas eu gosto e pratico esporte", conta.

A artrose, uma das indicações da prótese,é a doença mais comum na população mundial. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, dos indivíduos acima dos 50 anos de idade, 60% já apresentam algum grau de degeneração nas articulações. E no caso de doenças como essa é necessário recorrer à cirurgia, numa tentativa de recuperar a qualidade de vida do paciente. Com isso, são implantadas cerca de 30 mil próteses de quadril e joelho pelo Sistema Único de Saúde todos os anos no Brasil, sem contar as cirurgias realizadas nas redes particulares. E, de acordo com a entidade, a expectativa é de que na próxima década esse número aumente em 100%.

Com a crescente demanda e desenvolvimento das tecnologias, a medicina tem trazido opções de ponta para o campo das próteses. Uma delas, éum modelo de ponta, altamente customizável. A ConforMis, prótese fabricada nos Estados Unidos, calcula por meio de um software patenteado pela empresa a prótese ideal para cada paciente e a produz por meio de impressão 3D de modo que a prótese se encaixe perfeitamente na articulação do paciente.

"Além de se encaixar perfeitamente na articulação do paciente no formato que o joelho era antes do desgaste, a prótese customizada também possibilita realizar ajustes quando o joelho do paciente é desviado, deixando o joelho como era e corrigindo também, alinhando a perna. Evitando dessa forma, mais cortes, e possibilitando uma melhor funcionalidade" explica Dr. Marco Demange, médico ortopedista, professor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.

De acordo com Cristina Álvares, administradora de 61 anos, e uma das primeiras pacientes no Brasil a realizar o implante da prótese, a escolha do modelo aconteceu por toda a tecnologia envolvida e qualidade de vida que iria proporcioná-la.

"Tive um problema de nascença no qual houve um desgaste excessivo na cartilagem dos meus joelhos, favorecendo que eu desenvolvesse artrose e também inflamação nos ligamentos. E após uma cirurgia de retirada de cisto em um dos joelhos, piorou mais ainda, impossibilitando que eu pudesse fazer caminhada ou qualquer esporte, porque meu joelho inchava e doía. Por isso, busquei me informar sobre as minhas opções, conversei com o Dr. Marco Demange, em busca de uma prótese que fosse me proporcionar uma maior qualidade de vida. Nesse momento, as próteses da Conformis tinham acabado de ser aprovadas para cirurgias no país e me informei com o responsável por trazer essa tecnologia ao Brasil. Por isso, decidi investir em mim mesma, essa seria a terceira cirurgia que faria, a primeira de prótese. Hoje consigo fazer minhas caminhadas com meus cachorros, não sinto mais dor e pelos depoimentos do médico, consegui ter uma estabilização mais rápida" explica.

Confira abaixo a entrevista com o ortopedista Moisés Cohen.

O que é essa prótese e para quais casos é indicada?

A prótese ConforMis é uma prótese customizada. A cirurgia com ela foi feita pela primeira vez em 2012, hoje existem mais de 200 mil feitas no mundo. Portanto, mais de 10 anos um bons resultados. O conceito de prótese customizável veio crescendo, e no Brasil eu fui o primeiro a realizar uma cirurgia com ela, em setembro do ano passado (2022).  Aquinós temos ainda pouco mais de 30 próteses feitas, já realizei cerca de 10 a 11 cirurgias. E os pacientes que operaram são aqueles que têm desgaste da cartilagem articular, um desgaste do joelho em particular, ou seja, artrose com dor, com limitação da qualidade de vida diária. Com isso, a prótese veio para poder dar a ele uma qualidade de vida melhor, voltar às atividades, melhora da dor, melhora do arco de movimento. Então esses são os pacientes elegíveis para se fazer a prótese customizada. A diferença é que a prótese customizada facilita a técnica cirúrgica, porque elas vêm em peças. Eu costumo comparar um lego, então ela vem em uma caixa com fêmur-1, fêmur-2 e você vai colocando, fazendo os cortes. É uma cirurgia que saindo como esperado, é realizada de 45 minutos a 50 minutos. Segundo, tem uma preservação maior do osso, ou seja, preserva estoque ósseo e isso faz com que você possa ter numa eventualidade necessidade de troca, haja ainda osso bastante para poder substituir. Em relação a movimentação, ela realmente nos permite uma mobilidade um pouquinho maior, mais fácil. O pós operatório é um pouco mais tranquilo, porque já praticamente no dia seguinte,  às vezes tem mesmo dia, o paciente já sai do leito, pisa, se movimenta com auxílio de um andador e já com bom padrão de marcha. Em seguida segue para fisioterapia. Acredito que seja algo que veio para ficar, é algo que realmente nos ajuda tecnologicamente. É a tecnologia ajudando a medicina, para que a gente possa dar ao nosso paciente uma qualidade de vida melhor e uma recuperação mais rápida.

Acirurgia é por vídeo?

A cirurgia não é feita por vídeo, porque toda essa parte tecnológica do vídeo do robô, já foi feita lá na fábrica com impressão 3D. Então quando eu recebo a prótese, tudo isso já foi feito previamente na fábrica, então eu não preciso de vídeo e não preciso de nada na hora. Por isso, facilita muito. Ela encaixa perfeitamente, como um lego. A grande vantagem é que isso dá uma previsibilidade, ou seja, eu sei como vai terminar a cirurgia, porque isso já foi feito antes no modelo 3D, na impressão 3D. Eu não preciso da robótica, não preciso de tela, eu só preciso realmente das peças. Quando se utiliza uma prótese padrão, são várias caixas na sala cirúrgica, nesse sistema customizável é uma caixa única. Ela vem com todas as peças dentro, você abre e vai seguir na sequência peça por peça. Então isso também do ponto de vista de logística é espetacular, porque você não tem problema de faltar peça alguma.

A prótese é feita em impressora 3D, de qual material? Qual a durabilidade?

Existem hoje mais de 200.000 cirurgias realizadas no mundo com essa prótese, no Brasil começamos em setembro de 2022. Eu tenho hoje em torno de 11 realizadas, mas com uma demanda grande. É uma prótese que nós indicamos e o paciente, obviamente, tem um tempo para pensar e a hora que ele decide também existe um tempo para que a prótese possa ser confeccionada. Para isso, realizamos uma tomografia dentro de um protocolo, isso é mandado para fora, no caso, para Boston, e lá eles produzem em 3D, fazem a montagem própria para aquele paciente.  Antes de confeccionar, nos mandam um modelo no papel com as medidas dos cortes como irão ficar. Nós aprovamos e aí o tempo de trâmite e a prótese está nas nossas mãos, a cirurgia fica em torno de 45 à 60 dias. Portanto, há esse timing de espera para confeccionar a prótese, como qualquer outro item customizado. Até o momento, acredito que tenha sido feito em torno de umas 30 cirurgias com esse tipo de prótese, realizei um pouco mais de 10 e já com algumas aguardando ficar pronta. Esse número que tem sido exponencial, no começo as pessoas não entendem muito bem a tecnologia e como funciona, e aí a partir do momento que começou a ter os resultados no país e a própria divulgação da informação, os pacientes começaram perceber como uma boa solução.

Adesão: a prótese é realizada em formato 3D em Cromo Cobalto, composição de ligas metálicas que minimizam o desgaste e a rejeição, Titânio com extrema dureza e alta resistência, Cerâmica que possui uma superfície extremamente lisa e proporciona um atrito mínimo em conjunto com o Polietileno de alta densidade para menor desgaste.

Quais os riscos?

É o risco normal de qualquer cirurgia, diria até menor porque é uma cirurgia mais curta e mais rápida.  Mas os cuidados que nós tomamos são sempre os mesmos, seja qual for a situação para diminuir os riscos, que são avaliação clínica, prevenção de tromboembolismo, as bombas pós-operatórias. Todo um arsenal para que possa ter um pós operatório tranquilo. Os cuidados são muito intensos e não é uma coisa que nos assusta, independente até da condição do paciente. Por isso, que o clínico dando aval, ficamos bem tranquilos. Se ele não tiver condições clínicas, a cirurgia não vai nem ser realizada.

Como é o pós operatório?

Com toda a tecnologia da prótese customizada alguns princípios básicos fundamentais a gente não abre mão. A partir do momento que o paciente decide vou fazer a cirurgia, é fundamental uma avaliação clínica muito bem feita, de rotina eu peço uma avaliação odontológica para checar se o paciente não tem nenhuma gengivite, algum processo bucal que possa depois trazer alguma complicação. Dentro desse período também é feita a avaliação anestésica, e depois feita a cirurgia, em geral os pacientes acabam sendo direcionados direto para o quarto, exceto quando o paciente tem alguma comorbidade, uma doença paralela, é direcionado para UTI. Um outro aspecto, era que muitos pacientes ficavam preocupados com dor no pós-operatório.  Isso evoluiu demais, praticamente o paciente não tem dor. No primeiro e segundo dia, o que tiver de dor, a medicação analgésica auxilia muito bem e muito eficaz e é passível de tratar dessa dor sem nenhum sofrimento maior. Após a cirurgia, é recomendada fazer fisioterapia,  e também sentar, movimentar o joelho e há máquinas próprias que ajudam nesse exercício. O paciente pode ficar no hospital dois dias, se houver necessidade, pode ficar por mais tempo caso ele não tenha autonomia. Porque o mínimo necessário, é que o paciente tenha Independência de se movimentar e para que não vá para casa e depender de todos. Então a dor e o pós-operatório depende muito mais do paciente, no sentido dele seguir direitinho a orientação, fazer uma boa fisioterapia, não exagerar. No geral, as evoluções têm sido realmente muito favoráveis, um pouquinho acima até do que estamos acostumados a ver com as próteses convencionais.

Pode correr com ela?

No passado não se imaginava, nem pensava nisso. Mas hoje, com a maior segurança e tecnologia, durabilidade, arco de movimento maior, se o paciente for, por exemplo, um jogador de tênis, vamos orientar que após se sentir seguro, depois de feitos os testes, de voltar como dupla, no saibro. E assim ele vai tendo a sua evolução. Atividades mais duras, por exemplo, futebol no qual é mais agressivo, independente da prótese propriamente dita, pela faixa etária, pela força muscular ele vai ser um pouco mais restritivo. Mas eu sei de pacientes que acabam fazendo isso, contra a vontade do médico. Surfar, correr, atividades que não sejam não tão agressivas de impacto e de giro inesperado, é passível de se fazer sim com a prótese.  Cada vez mais temos acreditado nisso, desde que o paciente realmente tenha condições físicas e musculares e força para isso .

Uma boa notícia para quem apresenta desgaste no joelho. Chegou ao Brasil a prótese customizável de joelho ConforMis,com tecnologia de impressão 3D, a primeira cirurgia foi realizada em setembro de 2022 pelo ortopedista Moisés Cohen, professor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP e médico no Hospital Israelita Albert Einstein, com grande sucesso. Confira entrevista com o especialista que explica tudo sobre a novidade.

 Foto: Prótese ConforMis

O ortopedista adora exercício, aliás escolheu a profissão, ser ortopedista, por conta do esporte. "Eu sempre joguei futebol, e à medida que o tempo foi passando e o joelho gastando, a gente vai mudando um pouco a atividade. Então hoje eu faço regularmente 2 a 3 vezes por semana musculação, exercício de equilíbrio, caminho e às vezes dou um trote. Depende obviamente do tempo que a gente tem e onde você está, mas eu gosto e pratico esporte", conta.

A artrose, uma das indicações da prótese,é a doença mais comum na população mundial. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, dos indivíduos acima dos 50 anos de idade, 60% já apresentam algum grau de degeneração nas articulações. E no caso de doenças como essa é necessário recorrer à cirurgia, numa tentativa de recuperar a qualidade de vida do paciente. Com isso, são implantadas cerca de 30 mil próteses de quadril e joelho pelo Sistema Único de Saúde todos os anos no Brasil, sem contar as cirurgias realizadas nas redes particulares. E, de acordo com a entidade, a expectativa é de que na próxima década esse número aumente em 100%.

Com a crescente demanda e desenvolvimento das tecnologias, a medicina tem trazido opções de ponta para o campo das próteses. Uma delas, éum modelo de ponta, altamente customizável. A ConforMis, prótese fabricada nos Estados Unidos, calcula por meio de um software patenteado pela empresa a prótese ideal para cada paciente e a produz por meio de impressão 3D de modo que a prótese se encaixe perfeitamente na articulação do paciente.

"Além de se encaixar perfeitamente na articulação do paciente no formato que o joelho era antes do desgaste, a prótese customizada também possibilita realizar ajustes quando o joelho do paciente é desviado, deixando o joelho como era e corrigindo também, alinhando a perna. Evitando dessa forma, mais cortes, e possibilitando uma melhor funcionalidade" explica Dr. Marco Demange, médico ortopedista, professor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.

De acordo com Cristina Álvares, administradora de 61 anos, e uma das primeiras pacientes no Brasil a realizar o implante da prótese, a escolha do modelo aconteceu por toda a tecnologia envolvida e qualidade de vida que iria proporcioná-la.

"Tive um problema de nascença no qual houve um desgaste excessivo na cartilagem dos meus joelhos, favorecendo que eu desenvolvesse artrose e também inflamação nos ligamentos. E após uma cirurgia de retirada de cisto em um dos joelhos, piorou mais ainda, impossibilitando que eu pudesse fazer caminhada ou qualquer esporte, porque meu joelho inchava e doía. Por isso, busquei me informar sobre as minhas opções, conversei com o Dr. Marco Demange, em busca de uma prótese que fosse me proporcionar uma maior qualidade de vida. Nesse momento, as próteses da Conformis tinham acabado de ser aprovadas para cirurgias no país e me informei com o responsável por trazer essa tecnologia ao Brasil. Por isso, decidi investir em mim mesma, essa seria a terceira cirurgia que faria, a primeira de prótese. Hoje consigo fazer minhas caminhadas com meus cachorros, não sinto mais dor e pelos depoimentos do médico, consegui ter uma estabilização mais rápida" explica.

Confira abaixo a entrevista com o ortopedista Moisés Cohen.

O que é essa prótese e para quais casos é indicada?

A prótese ConforMis é uma prótese customizada. A cirurgia com ela foi feita pela primeira vez em 2012, hoje existem mais de 200 mil feitas no mundo. Portanto, mais de 10 anos um bons resultados. O conceito de prótese customizável veio crescendo, e no Brasil eu fui o primeiro a realizar uma cirurgia com ela, em setembro do ano passado (2022).  Aquinós temos ainda pouco mais de 30 próteses feitas, já realizei cerca de 10 a 11 cirurgias. E os pacientes que operaram são aqueles que têm desgaste da cartilagem articular, um desgaste do joelho em particular, ou seja, artrose com dor, com limitação da qualidade de vida diária. Com isso, a prótese veio para poder dar a ele uma qualidade de vida melhor, voltar às atividades, melhora da dor, melhora do arco de movimento. Então esses são os pacientes elegíveis para se fazer a prótese customizada. A diferença é que a prótese customizada facilita a técnica cirúrgica, porque elas vêm em peças. Eu costumo comparar um lego, então ela vem em uma caixa com fêmur-1, fêmur-2 e você vai colocando, fazendo os cortes. É uma cirurgia que saindo como esperado, é realizada de 45 minutos a 50 minutos. Segundo, tem uma preservação maior do osso, ou seja, preserva estoque ósseo e isso faz com que você possa ter numa eventualidade necessidade de troca, haja ainda osso bastante para poder substituir. Em relação a movimentação, ela realmente nos permite uma mobilidade um pouquinho maior, mais fácil. O pós operatório é um pouco mais tranquilo, porque já praticamente no dia seguinte,  às vezes tem mesmo dia, o paciente já sai do leito, pisa, se movimenta com auxílio de um andador e já com bom padrão de marcha. Em seguida segue para fisioterapia. Acredito que seja algo que veio para ficar, é algo que realmente nos ajuda tecnologicamente. É a tecnologia ajudando a medicina, para que a gente possa dar ao nosso paciente uma qualidade de vida melhor e uma recuperação mais rápida.

Acirurgia é por vídeo?

A cirurgia não é feita por vídeo, porque toda essa parte tecnológica do vídeo do robô, já foi feita lá na fábrica com impressão 3D. Então quando eu recebo a prótese, tudo isso já foi feito previamente na fábrica, então eu não preciso de vídeo e não preciso de nada na hora. Por isso, facilita muito. Ela encaixa perfeitamente, como um lego. A grande vantagem é que isso dá uma previsibilidade, ou seja, eu sei como vai terminar a cirurgia, porque isso já foi feito antes no modelo 3D, na impressão 3D. Eu não preciso da robótica, não preciso de tela, eu só preciso realmente das peças. Quando se utiliza uma prótese padrão, são várias caixas na sala cirúrgica, nesse sistema customizável é uma caixa única. Ela vem com todas as peças dentro, você abre e vai seguir na sequência peça por peça. Então isso também do ponto de vista de logística é espetacular, porque você não tem problema de faltar peça alguma.

A prótese é feita em impressora 3D, de qual material? Qual a durabilidade?

Existem hoje mais de 200.000 cirurgias realizadas no mundo com essa prótese, no Brasil começamos em setembro de 2022. Eu tenho hoje em torno de 11 realizadas, mas com uma demanda grande. É uma prótese que nós indicamos e o paciente, obviamente, tem um tempo para pensar e a hora que ele decide também existe um tempo para que a prótese possa ser confeccionada. Para isso, realizamos uma tomografia dentro de um protocolo, isso é mandado para fora, no caso, para Boston, e lá eles produzem em 3D, fazem a montagem própria para aquele paciente.  Antes de confeccionar, nos mandam um modelo no papel com as medidas dos cortes como irão ficar. Nós aprovamos e aí o tempo de trâmite e a prótese está nas nossas mãos, a cirurgia fica em torno de 45 à 60 dias. Portanto, há esse timing de espera para confeccionar a prótese, como qualquer outro item customizado. Até o momento, acredito que tenha sido feito em torno de umas 30 cirurgias com esse tipo de prótese, realizei um pouco mais de 10 e já com algumas aguardando ficar pronta. Esse número que tem sido exponencial, no começo as pessoas não entendem muito bem a tecnologia e como funciona, e aí a partir do momento que começou a ter os resultados no país e a própria divulgação da informação, os pacientes começaram perceber como uma boa solução.

Adesão: a prótese é realizada em formato 3D em Cromo Cobalto, composição de ligas metálicas que minimizam o desgaste e a rejeição, Titânio com extrema dureza e alta resistência, Cerâmica que possui uma superfície extremamente lisa e proporciona um atrito mínimo em conjunto com o Polietileno de alta densidade para menor desgaste.

Quais os riscos?

É o risco normal de qualquer cirurgia, diria até menor porque é uma cirurgia mais curta e mais rápida.  Mas os cuidados que nós tomamos são sempre os mesmos, seja qual for a situação para diminuir os riscos, que são avaliação clínica, prevenção de tromboembolismo, as bombas pós-operatórias. Todo um arsenal para que possa ter um pós operatório tranquilo. Os cuidados são muito intensos e não é uma coisa que nos assusta, independente até da condição do paciente. Por isso, que o clínico dando aval, ficamos bem tranquilos. Se ele não tiver condições clínicas, a cirurgia não vai nem ser realizada.

Como é o pós operatório?

Com toda a tecnologia da prótese customizada alguns princípios básicos fundamentais a gente não abre mão. A partir do momento que o paciente decide vou fazer a cirurgia, é fundamental uma avaliação clínica muito bem feita, de rotina eu peço uma avaliação odontológica para checar se o paciente não tem nenhuma gengivite, algum processo bucal que possa depois trazer alguma complicação. Dentro desse período também é feita a avaliação anestésica, e depois feita a cirurgia, em geral os pacientes acabam sendo direcionados direto para o quarto, exceto quando o paciente tem alguma comorbidade, uma doença paralela, é direcionado para UTI. Um outro aspecto, era que muitos pacientes ficavam preocupados com dor no pós-operatório.  Isso evoluiu demais, praticamente o paciente não tem dor. No primeiro e segundo dia, o que tiver de dor, a medicação analgésica auxilia muito bem e muito eficaz e é passível de tratar dessa dor sem nenhum sofrimento maior. Após a cirurgia, é recomendada fazer fisioterapia,  e também sentar, movimentar o joelho e há máquinas próprias que ajudam nesse exercício. O paciente pode ficar no hospital dois dias, se houver necessidade, pode ficar por mais tempo caso ele não tenha autonomia. Porque o mínimo necessário, é que o paciente tenha Independência de se movimentar e para que não vá para casa e depender de todos. Então a dor e o pós-operatório depende muito mais do paciente, no sentido dele seguir direitinho a orientação, fazer uma boa fisioterapia, não exagerar. No geral, as evoluções têm sido realmente muito favoráveis, um pouquinho acima até do que estamos acostumados a ver com as próteses convencionais.

Pode correr com ela?

No passado não se imaginava, nem pensava nisso. Mas hoje, com a maior segurança e tecnologia, durabilidade, arco de movimento maior, se o paciente for, por exemplo, um jogador de tênis, vamos orientar que após se sentir seguro, depois de feitos os testes, de voltar como dupla, no saibro. E assim ele vai tendo a sua evolução. Atividades mais duras, por exemplo, futebol no qual é mais agressivo, independente da prótese propriamente dita, pela faixa etária, pela força muscular ele vai ser um pouco mais restritivo. Mas eu sei de pacientes que acabam fazendo isso, contra a vontade do médico. Surfar, correr, atividades que não sejam não tão agressivas de impacto e de giro inesperado, é passível de se fazer sim com a prótese.  Cada vez mais temos acreditado nisso, desde que o paciente realmente tenha condições físicas e musculares e força para isso .

Uma boa notícia para quem apresenta desgaste no joelho. Chegou ao Brasil a prótese customizável de joelho ConforMis,com tecnologia de impressão 3D, a primeira cirurgia foi realizada em setembro de 2022 pelo ortopedista Moisés Cohen, professor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP e médico no Hospital Israelita Albert Einstein, com grande sucesso. Confira entrevista com o especialista que explica tudo sobre a novidade.

 Foto: Prótese ConforMis

O ortopedista adora exercício, aliás escolheu a profissão, ser ortopedista, por conta do esporte. "Eu sempre joguei futebol, e à medida que o tempo foi passando e o joelho gastando, a gente vai mudando um pouco a atividade. Então hoje eu faço regularmente 2 a 3 vezes por semana musculação, exercício de equilíbrio, caminho e às vezes dou um trote. Depende obviamente do tempo que a gente tem e onde você está, mas eu gosto e pratico esporte", conta.

A artrose, uma das indicações da prótese,é a doença mais comum na população mundial. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, dos indivíduos acima dos 50 anos de idade, 60% já apresentam algum grau de degeneração nas articulações. E no caso de doenças como essa é necessário recorrer à cirurgia, numa tentativa de recuperar a qualidade de vida do paciente. Com isso, são implantadas cerca de 30 mil próteses de quadril e joelho pelo Sistema Único de Saúde todos os anos no Brasil, sem contar as cirurgias realizadas nas redes particulares. E, de acordo com a entidade, a expectativa é de que na próxima década esse número aumente em 100%.

Com a crescente demanda e desenvolvimento das tecnologias, a medicina tem trazido opções de ponta para o campo das próteses. Uma delas, éum modelo de ponta, altamente customizável. A ConforMis, prótese fabricada nos Estados Unidos, calcula por meio de um software patenteado pela empresa a prótese ideal para cada paciente e a produz por meio de impressão 3D de modo que a prótese se encaixe perfeitamente na articulação do paciente.

"Além de se encaixar perfeitamente na articulação do paciente no formato que o joelho era antes do desgaste, a prótese customizada também possibilita realizar ajustes quando o joelho do paciente é desviado, deixando o joelho como era e corrigindo também, alinhando a perna. Evitando dessa forma, mais cortes, e possibilitando uma melhor funcionalidade" explica Dr. Marco Demange, médico ortopedista, professor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.

De acordo com Cristina Álvares, administradora de 61 anos, e uma das primeiras pacientes no Brasil a realizar o implante da prótese, a escolha do modelo aconteceu por toda a tecnologia envolvida e qualidade de vida que iria proporcioná-la.

"Tive um problema de nascença no qual houve um desgaste excessivo na cartilagem dos meus joelhos, favorecendo que eu desenvolvesse artrose e também inflamação nos ligamentos. E após uma cirurgia de retirada de cisto em um dos joelhos, piorou mais ainda, impossibilitando que eu pudesse fazer caminhada ou qualquer esporte, porque meu joelho inchava e doía. Por isso, busquei me informar sobre as minhas opções, conversei com o Dr. Marco Demange, em busca de uma prótese que fosse me proporcionar uma maior qualidade de vida. Nesse momento, as próteses da Conformis tinham acabado de ser aprovadas para cirurgias no país e me informei com o responsável por trazer essa tecnologia ao Brasil. Por isso, decidi investir em mim mesma, essa seria a terceira cirurgia que faria, a primeira de prótese. Hoje consigo fazer minhas caminhadas com meus cachorros, não sinto mais dor e pelos depoimentos do médico, consegui ter uma estabilização mais rápida" explica.

Confira abaixo a entrevista com o ortopedista Moisés Cohen.

O que é essa prótese e para quais casos é indicada?

A prótese ConforMis é uma prótese customizada. A cirurgia com ela foi feita pela primeira vez em 2012, hoje existem mais de 200 mil feitas no mundo. Portanto, mais de 10 anos um bons resultados. O conceito de prótese customizável veio crescendo, e no Brasil eu fui o primeiro a realizar uma cirurgia com ela, em setembro do ano passado (2022).  Aquinós temos ainda pouco mais de 30 próteses feitas, já realizei cerca de 10 a 11 cirurgias. E os pacientes que operaram são aqueles que têm desgaste da cartilagem articular, um desgaste do joelho em particular, ou seja, artrose com dor, com limitação da qualidade de vida diária. Com isso, a prótese veio para poder dar a ele uma qualidade de vida melhor, voltar às atividades, melhora da dor, melhora do arco de movimento. Então esses são os pacientes elegíveis para se fazer a prótese customizada. A diferença é que a prótese customizada facilita a técnica cirúrgica, porque elas vêm em peças. Eu costumo comparar um lego, então ela vem em uma caixa com fêmur-1, fêmur-2 e você vai colocando, fazendo os cortes. É uma cirurgia que saindo como esperado, é realizada de 45 minutos a 50 minutos. Segundo, tem uma preservação maior do osso, ou seja, preserva estoque ósseo e isso faz com que você possa ter numa eventualidade necessidade de troca, haja ainda osso bastante para poder substituir. Em relação a movimentação, ela realmente nos permite uma mobilidade um pouquinho maior, mais fácil. O pós operatório é um pouco mais tranquilo, porque já praticamente no dia seguinte,  às vezes tem mesmo dia, o paciente já sai do leito, pisa, se movimenta com auxílio de um andador e já com bom padrão de marcha. Em seguida segue para fisioterapia. Acredito que seja algo que veio para ficar, é algo que realmente nos ajuda tecnologicamente. É a tecnologia ajudando a medicina, para que a gente possa dar ao nosso paciente uma qualidade de vida melhor e uma recuperação mais rápida.

Acirurgia é por vídeo?

A cirurgia não é feita por vídeo, porque toda essa parte tecnológica do vídeo do robô, já foi feita lá na fábrica com impressão 3D. Então quando eu recebo a prótese, tudo isso já foi feito previamente na fábrica, então eu não preciso de vídeo e não preciso de nada na hora. Por isso, facilita muito. Ela encaixa perfeitamente, como um lego. A grande vantagem é que isso dá uma previsibilidade, ou seja, eu sei como vai terminar a cirurgia, porque isso já foi feito antes no modelo 3D, na impressão 3D. Eu não preciso da robótica, não preciso de tela, eu só preciso realmente das peças. Quando se utiliza uma prótese padrão, são várias caixas na sala cirúrgica, nesse sistema customizável é uma caixa única. Ela vem com todas as peças dentro, você abre e vai seguir na sequência peça por peça. Então isso também do ponto de vista de logística é espetacular, porque você não tem problema de faltar peça alguma.

A prótese é feita em impressora 3D, de qual material? Qual a durabilidade?

Existem hoje mais de 200.000 cirurgias realizadas no mundo com essa prótese, no Brasil começamos em setembro de 2022. Eu tenho hoje em torno de 11 realizadas, mas com uma demanda grande. É uma prótese que nós indicamos e o paciente, obviamente, tem um tempo para pensar e a hora que ele decide também existe um tempo para que a prótese possa ser confeccionada. Para isso, realizamos uma tomografia dentro de um protocolo, isso é mandado para fora, no caso, para Boston, e lá eles produzem em 3D, fazem a montagem própria para aquele paciente.  Antes de confeccionar, nos mandam um modelo no papel com as medidas dos cortes como irão ficar. Nós aprovamos e aí o tempo de trâmite e a prótese está nas nossas mãos, a cirurgia fica em torno de 45 à 60 dias. Portanto, há esse timing de espera para confeccionar a prótese, como qualquer outro item customizado. Até o momento, acredito que tenha sido feito em torno de umas 30 cirurgias com esse tipo de prótese, realizei um pouco mais de 10 e já com algumas aguardando ficar pronta. Esse número que tem sido exponencial, no começo as pessoas não entendem muito bem a tecnologia e como funciona, e aí a partir do momento que começou a ter os resultados no país e a própria divulgação da informação, os pacientes começaram perceber como uma boa solução.

Adesão: a prótese é realizada em formato 3D em Cromo Cobalto, composição de ligas metálicas que minimizam o desgaste e a rejeição, Titânio com extrema dureza e alta resistência, Cerâmica que possui uma superfície extremamente lisa e proporciona um atrito mínimo em conjunto com o Polietileno de alta densidade para menor desgaste.

Quais os riscos?

É o risco normal de qualquer cirurgia, diria até menor porque é uma cirurgia mais curta e mais rápida.  Mas os cuidados que nós tomamos são sempre os mesmos, seja qual for a situação para diminuir os riscos, que são avaliação clínica, prevenção de tromboembolismo, as bombas pós-operatórias. Todo um arsenal para que possa ter um pós operatório tranquilo. Os cuidados são muito intensos e não é uma coisa que nos assusta, independente até da condição do paciente. Por isso, que o clínico dando aval, ficamos bem tranquilos. Se ele não tiver condições clínicas, a cirurgia não vai nem ser realizada.

Como é o pós operatório?

Com toda a tecnologia da prótese customizada alguns princípios básicos fundamentais a gente não abre mão. A partir do momento que o paciente decide vou fazer a cirurgia, é fundamental uma avaliação clínica muito bem feita, de rotina eu peço uma avaliação odontológica para checar se o paciente não tem nenhuma gengivite, algum processo bucal que possa depois trazer alguma complicação. Dentro desse período também é feita a avaliação anestésica, e depois feita a cirurgia, em geral os pacientes acabam sendo direcionados direto para o quarto, exceto quando o paciente tem alguma comorbidade, uma doença paralela, é direcionado para UTI. Um outro aspecto, era que muitos pacientes ficavam preocupados com dor no pós-operatório.  Isso evoluiu demais, praticamente o paciente não tem dor. No primeiro e segundo dia, o que tiver de dor, a medicação analgésica auxilia muito bem e muito eficaz e é passível de tratar dessa dor sem nenhum sofrimento maior. Após a cirurgia, é recomendada fazer fisioterapia,  e também sentar, movimentar o joelho e há máquinas próprias que ajudam nesse exercício. O paciente pode ficar no hospital dois dias, se houver necessidade, pode ficar por mais tempo caso ele não tenha autonomia. Porque o mínimo necessário, é que o paciente tenha Independência de se movimentar e para que não vá para casa e depender de todos. Então a dor e o pós-operatório depende muito mais do paciente, no sentido dele seguir direitinho a orientação, fazer uma boa fisioterapia, não exagerar. No geral, as evoluções têm sido realmente muito favoráveis, um pouquinho acima até do que estamos acostumados a ver com as próteses convencionais.

Pode correr com ela?

No passado não se imaginava, nem pensava nisso. Mas hoje, com a maior segurança e tecnologia, durabilidade, arco de movimento maior, se o paciente for, por exemplo, um jogador de tênis, vamos orientar que após se sentir seguro, depois de feitos os testes, de voltar como dupla, no saibro. E assim ele vai tendo a sua evolução. Atividades mais duras, por exemplo, futebol no qual é mais agressivo, independente da prótese propriamente dita, pela faixa etária, pela força muscular ele vai ser um pouco mais restritivo. Mas eu sei de pacientes que acabam fazendo isso, contra a vontade do médico. Surfar, correr, atividades que não sejam não tão agressivas de impacto e de giro inesperado, é passível de se fazer sim com a prótese.  Cada vez mais temos acreditado nisso, desde que o paciente realmente tenha condições físicas e musculares e força para isso .

Uma boa notícia para quem apresenta desgaste no joelho. Chegou ao Brasil a prótese customizável de joelho ConforMis,com tecnologia de impressão 3D, a primeira cirurgia foi realizada em setembro de 2022 pelo ortopedista Moisés Cohen, professor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP e médico no Hospital Israelita Albert Einstein, com grande sucesso. Confira entrevista com o especialista que explica tudo sobre a novidade.

 Foto: Prótese ConforMis

O ortopedista adora exercício, aliás escolheu a profissão, ser ortopedista, por conta do esporte. "Eu sempre joguei futebol, e à medida que o tempo foi passando e o joelho gastando, a gente vai mudando um pouco a atividade. Então hoje eu faço regularmente 2 a 3 vezes por semana musculação, exercício de equilíbrio, caminho e às vezes dou um trote. Depende obviamente do tempo que a gente tem e onde você está, mas eu gosto e pratico esporte", conta.

A artrose, uma das indicações da prótese,é a doença mais comum na população mundial. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, dos indivíduos acima dos 50 anos de idade, 60% já apresentam algum grau de degeneração nas articulações. E no caso de doenças como essa é necessário recorrer à cirurgia, numa tentativa de recuperar a qualidade de vida do paciente. Com isso, são implantadas cerca de 30 mil próteses de quadril e joelho pelo Sistema Único de Saúde todos os anos no Brasil, sem contar as cirurgias realizadas nas redes particulares. E, de acordo com a entidade, a expectativa é de que na próxima década esse número aumente em 100%.

Com a crescente demanda e desenvolvimento das tecnologias, a medicina tem trazido opções de ponta para o campo das próteses. Uma delas, éum modelo de ponta, altamente customizável. A ConforMis, prótese fabricada nos Estados Unidos, calcula por meio de um software patenteado pela empresa a prótese ideal para cada paciente e a produz por meio de impressão 3D de modo que a prótese se encaixe perfeitamente na articulação do paciente.

"Além de se encaixar perfeitamente na articulação do paciente no formato que o joelho era antes do desgaste, a prótese customizada também possibilita realizar ajustes quando o joelho do paciente é desviado, deixando o joelho como era e corrigindo também, alinhando a perna. Evitando dessa forma, mais cortes, e possibilitando uma melhor funcionalidade" explica Dr. Marco Demange, médico ortopedista, professor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.

De acordo com Cristina Álvares, administradora de 61 anos, e uma das primeiras pacientes no Brasil a realizar o implante da prótese, a escolha do modelo aconteceu por toda a tecnologia envolvida e qualidade de vida que iria proporcioná-la.

"Tive um problema de nascença no qual houve um desgaste excessivo na cartilagem dos meus joelhos, favorecendo que eu desenvolvesse artrose e também inflamação nos ligamentos. E após uma cirurgia de retirada de cisto em um dos joelhos, piorou mais ainda, impossibilitando que eu pudesse fazer caminhada ou qualquer esporte, porque meu joelho inchava e doía. Por isso, busquei me informar sobre as minhas opções, conversei com o Dr. Marco Demange, em busca de uma prótese que fosse me proporcionar uma maior qualidade de vida. Nesse momento, as próteses da Conformis tinham acabado de ser aprovadas para cirurgias no país e me informei com o responsável por trazer essa tecnologia ao Brasil. Por isso, decidi investir em mim mesma, essa seria a terceira cirurgia que faria, a primeira de prótese. Hoje consigo fazer minhas caminhadas com meus cachorros, não sinto mais dor e pelos depoimentos do médico, consegui ter uma estabilização mais rápida" explica.

Confira abaixo a entrevista com o ortopedista Moisés Cohen.

O que é essa prótese e para quais casos é indicada?

A prótese ConforMis é uma prótese customizada. A cirurgia com ela foi feita pela primeira vez em 2012, hoje existem mais de 200 mil feitas no mundo. Portanto, mais de 10 anos um bons resultados. O conceito de prótese customizável veio crescendo, e no Brasil eu fui o primeiro a realizar uma cirurgia com ela, em setembro do ano passado (2022).  Aquinós temos ainda pouco mais de 30 próteses feitas, já realizei cerca de 10 a 11 cirurgias. E os pacientes que operaram são aqueles que têm desgaste da cartilagem articular, um desgaste do joelho em particular, ou seja, artrose com dor, com limitação da qualidade de vida diária. Com isso, a prótese veio para poder dar a ele uma qualidade de vida melhor, voltar às atividades, melhora da dor, melhora do arco de movimento. Então esses são os pacientes elegíveis para se fazer a prótese customizada. A diferença é que a prótese customizada facilita a técnica cirúrgica, porque elas vêm em peças. Eu costumo comparar um lego, então ela vem em uma caixa com fêmur-1, fêmur-2 e você vai colocando, fazendo os cortes. É uma cirurgia que saindo como esperado, é realizada de 45 minutos a 50 minutos. Segundo, tem uma preservação maior do osso, ou seja, preserva estoque ósseo e isso faz com que você possa ter numa eventualidade necessidade de troca, haja ainda osso bastante para poder substituir. Em relação a movimentação, ela realmente nos permite uma mobilidade um pouquinho maior, mais fácil. O pós operatório é um pouco mais tranquilo, porque já praticamente no dia seguinte,  às vezes tem mesmo dia, o paciente já sai do leito, pisa, se movimenta com auxílio de um andador e já com bom padrão de marcha. Em seguida segue para fisioterapia. Acredito que seja algo que veio para ficar, é algo que realmente nos ajuda tecnologicamente. É a tecnologia ajudando a medicina, para que a gente possa dar ao nosso paciente uma qualidade de vida melhor e uma recuperação mais rápida.

Acirurgia é por vídeo?

A cirurgia não é feita por vídeo, porque toda essa parte tecnológica do vídeo do robô, já foi feita lá na fábrica com impressão 3D. Então quando eu recebo a prótese, tudo isso já foi feito previamente na fábrica, então eu não preciso de vídeo e não preciso de nada na hora. Por isso, facilita muito. Ela encaixa perfeitamente, como um lego. A grande vantagem é que isso dá uma previsibilidade, ou seja, eu sei como vai terminar a cirurgia, porque isso já foi feito antes no modelo 3D, na impressão 3D. Eu não preciso da robótica, não preciso de tela, eu só preciso realmente das peças. Quando se utiliza uma prótese padrão, são várias caixas na sala cirúrgica, nesse sistema customizável é uma caixa única. Ela vem com todas as peças dentro, você abre e vai seguir na sequência peça por peça. Então isso também do ponto de vista de logística é espetacular, porque você não tem problema de faltar peça alguma.

A prótese é feita em impressora 3D, de qual material? Qual a durabilidade?

Existem hoje mais de 200.000 cirurgias realizadas no mundo com essa prótese, no Brasil começamos em setembro de 2022. Eu tenho hoje em torno de 11 realizadas, mas com uma demanda grande. É uma prótese que nós indicamos e o paciente, obviamente, tem um tempo para pensar e a hora que ele decide também existe um tempo para que a prótese possa ser confeccionada. Para isso, realizamos uma tomografia dentro de um protocolo, isso é mandado para fora, no caso, para Boston, e lá eles produzem em 3D, fazem a montagem própria para aquele paciente.  Antes de confeccionar, nos mandam um modelo no papel com as medidas dos cortes como irão ficar. Nós aprovamos e aí o tempo de trâmite e a prótese está nas nossas mãos, a cirurgia fica em torno de 45 à 60 dias. Portanto, há esse timing de espera para confeccionar a prótese, como qualquer outro item customizado. Até o momento, acredito que tenha sido feito em torno de umas 30 cirurgias com esse tipo de prótese, realizei um pouco mais de 10 e já com algumas aguardando ficar pronta. Esse número que tem sido exponencial, no começo as pessoas não entendem muito bem a tecnologia e como funciona, e aí a partir do momento que começou a ter os resultados no país e a própria divulgação da informação, os pacientes começaram perceber como uma boa solução.

Adesão: a prótese é realizada em formato 3D em Cromo Cobalto, composição de ligas metálicas que minimizam o desgaste e a rejeição, Titânio com extrema dureza e alta resistência, Cerâmica que possui uma superfície extremamente lisa e proporciona um atrito mínimo em conjunto com o Polietileno de alta densidade para menor desgaste.

Quais os riscos?

É o risco normal de qualquer cirurgia, diria até menor porque é uma cirurgia mais curta e mais rápida.  Mas os cuidados que nós tomamos são sempre os mesmos, seja qual for a situação para diminuir os riscos, que são avaliação clínica, prevenção de tromboembolismo, as bombas pós-operatórias. Todo um arsenal para que possa ter um pós operatório tranquilo. Os cuidados são muito intensos e não é uma coisa que nos assusta, independente até da condição do paciente. Por isso, que o clínico dando aval, ficamos bem tranquilos. Se ele não tiver condições clínicas, a cirurgia não vai nem ser realizada.

Como é o pós operatório?

Com toda a tecnologia da prótese customizada alguns princípios básicos fundamentais a gente não abre mão. A partir do momento que o paciente decide vou fazer a cirurgia, é fundamental uma avaliação clínica muito bem feita, de rotina eu peço uma avaliação odontológica para checar se o paciente não tem nenhuma gengivite, algum processo bucal que possa depois trazer alguma complicação. Dentro desse período também é feita a avaliação anestésica, e depois feita a cirurgia, em geral os pacientes acabam sendo direcionados direto para o quarto, exceto quando o paciente tem alguma comorbidade, uma doença paralela, é direcionado para UTI. Um outro aspecto, era que muitos pacientes ficavam preocupados com dor no pós-operatório.  Isso evoluiu demais, praticamente o paciente não tem dor. No primeiro e segundo dia, o que tiver de dor, a medicação analgésica auxilia muito bem e muito eficaz e é passível de tratar dessa dor sem nenhum sofrimento maior. Após a cirurgia, é recomendada fazer fisioterapia,  e também sentar, movimentar o joelho e há máquinas próprias que ajudam nesse exercício. O paciente pode ficar no hospital dois dias, se houver necessidade, pode ficar por mais tempo caso ele não tenha autonomia. Porque o mínimo necessário, é que o paciente tenha Independência de se movimentar e para que não vá para casa e depender de todos. Então a dor e o pós-operatório depende muito mais do paciente, no sentido dele seguir direitinho a orientação, fazer uma boa fisioterapia, não exagerar. No geral, as evoluções têm sido realmente muito favoráveis, um pouquinho acima até do que estamos acostumados a ver com as próteses convencionais.

Pode correr com ela?

No passado não se imaginava, nem pensava nisso. Mas hoje, com a maior segurança e tecnologia, durabilidade, arco de movimento maior, se o paciente for, por exemplo, um jogador de tênis, vamos orientar que após se sentir seguro, depois de feitos os testes, de voltar como dupla, no saibro. E assim ele vai tendo a sua evolução. Atividades mais duras, por exemplo, futebol no qual é mais agressivo, independente da prótese propriamente dita, pela faixa etária, pela força muscular ele vai ser um pouco mais restritivo. Mas eu sei de pacientes que acabam fazendo isso, contra a vontade do médico. Surfar, correr, atividades que não sejam não tão agressivas de impacto e de giro inesperado, é passível de se fazer sim com a prótese.  Cada vez mais temos acreditado nisso, desde que o paciente realmente tenha condições físicas e musculares e força para isso .

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