Todos os dias um convidado especial escreve sobre o Mundial do Catar

André Henning: O fracasso de Tite


Desempenho do treinador nas duas Copas do Mundo foi bem abaixo do esperado

Por André Henning
Atualização:

Estou muito à vontade para escrever sobre o Tite porque está aqui um grande defensor dele. Quando assumiu a seleção, quando perdeu a Copa na Rússia com um trabalho bem aquém do que esperávamos e durante o ciclo que culminou na eliminação para a Croácia, no Catar. Por mais discordâncias que tive com o trabalho durante os seis anos, sempre confiei no treinador. Ele estava lá por méritos. Era o melhor técnico brasileiro, talvez ainda o seja.

Tite tem uma sequência de carreira promissora, inclusive com a Europa no seu destino, não tenho dúvidas. Mas não dá para esconder que o desempenho do treinador nas duas Copas foi bem abaixo do esperado. E, para a seleção brasileira, é a Copa do Mundo que importa. Por mais cruel que seja, o que entra para a história são dois grandes fracassos em Mundiais.

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Puxa vida, mas e a Copa América de 19, André? Aquela que o Brasil ganhou do Peru depois de ter eliminado a Argentina (com ajuda da arbitragem) no Mineirão? Claro que foi melhor ganhar do que perder, mas para a nossa história, representa muito pouco. Diferentemente da Copa América que perdemos para a Argentina em pleno Maracanã, no ano passado. Essa valeu muito. Eles, sim, precisavam de um título, qualquer título, depois de um jejum de décadas.

Sob o comando de Tite, a seleção brasileira foi eliminada nas quartas de final em dois Mundiais seguidos. Foto: Frank Augstein/ AP

Para o Brasil, a régua é outra. Para a seleção brasileira, não tem como negar que o sucesso é medido pelo resultado da Copa do Mundo. E nada mais. Qual foi a nossa grande vitória no ciclo, nesses seis anos de trabalho do Tite? Eliminatórias? Muito pouco.

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Tite teve o privilégio de continuar técnico do Brasil depois de perder uma Copa, algo inédito até aquele momento. A aposta no ciclo completo foi elogiada, inclusive por mim. Teríamos quatro anos e meio pela frente para melhorar aquilo que havia dado errado na Rússia. E simplesmente paramos no mesmo lugar, de novo. Não conseguimos passar das quartas. Caímos no primeiro duelo eliminatório contra uma seleção com razoável tradição.

A Croácia vem de uma final de Copa, mas ainda não está entre as potências mundiais. Está no caminho, mas ainda não chegou lá.

A sensação é que, mesmo com grandes jovens que surgiram no ciclo, não evoluímos. Não conseguimos subir um degrau sequer. Estreamos na Copa com uma escalação que nunca tinha jogado junto depois de um ciclo completo. Tite termina sua caminhada na seleção com vitórias em Copas sobre Costa Rica, Sérvia (duas vezes), México, Suíça e Coreia do Sul. Quando apareceu um adversário um pouco mais complicado nas duas vezes, perdemos.

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É triste dizer isso, mas a passagem de Tite foi um fracasso nessa régua cruel que é a vida de um treinador de seleção. E a sua saída de campo no Catar sem apoiar os jogadores largados no gramado, torna-se uma lamentável despedida. Imperdoável.

Faltou também um capitão, uma grande liderança dentro de campo. Mas essa é uma conversa que muita gente não está pronta para ter.

Essa coluna foi enviada na íntegra primeiramente aos leitores inscritos na newsletter “Craques da Copa”. Cadastre-se gratuitamente aqui e receba em primeira mão. “Craques da Copa” são enviados diariamente, às 19 horas. Nesta segunda-feira, quem escreve para a coluna é o jornalista André Rizek.

Estou muito à vontade para escrever sobre o Tite porque está aqui um grande defensor dele. Quando assumiu a seleção, quando perdeu a Copa na Rússia com um trabalho bem aquém do que esperávamos e durante o ciclo que culminou na eliminação para a Croácia, no Catar. Por mais discordâncias que tive com o trabalho durante os seis anos, sempre confiei no treinador. Ele estava lá por méritos. Era o melhor técnico brasileiro, talvez ainda o seja.

Tite tem uma sequência de carreira promissora, inclusive com a Europa no seu destino, não tenho dúvidas. Mas não dá para esconder que o desempenho do treinador nas duas Copas foi bem abaixo do esperado. E, para a seleção brasileira, é a Copa do Mundo que importa. Por mais cruel que seja, o que entra para a história são dois grandes fracassos em Mundiais.

Puxa vida, mas e a Copa América de 19, André? Aquela que o Brasil ganhou do Peru depois de ter eliminado a Argentina (com ajuda da arbitragem) no Mineirão? Claro que foi melhor ganhar do que perder, mas para a nossa história, representa muito pouco. Diferentemente da Copa América que perdemos para a Argentina em pleno Maracanã, no ano passado. Essa valeu muito. Eles, sim, precisavam de um título, qualquer título, depois de um jejum de décadas.

Sob o comando de Tite, a seleção brasileira foi eliminada nas quartas de final em dois Mundiais seguidos. Foto: Frank Augstein/ AP

Para o Brasil, a régua é outra. Para a seleção brasileira, não tem como negar que o sucesso é medido pelo resultado da Copa do Mundo. E nada mais. Qual foi a nossa grande vitória no ciclo, nesses seis anos de trabalho do Tite? Eliminatórias? Muito pouco.

Tite teve o privilégio de continuar técnico do Brasil depois de perder uma Copa, algo inédito até aquele momento. A aposta no ciclo completo foi elogiada, inclusive por mim. Teríamos quatro anos e meio pela frente para melhorar aquilo que havia dado errado na Rússia. E simplesmente paramos no mesmo lugar, de novo. Não conseguimos passar das quartas. Caímos no primeiro duelo eliminatório contra uma seleção com razoável tradição.

A Croácia vem de uma final de Copa, mas ainda não está entre as potências mundiais. Está no caminho, mas ainda não chegou lá.

A sensação é que, mesmo com grandes jovens que surgiram no ciclo, não evoluímos. Não conseguimos subir um degrau sequer. Estreamos na Copa com uma escalação que nunca tinha jogado junto depois de um ciclo completo. Tite termina sua caminhada na seleção com vitórias em Copas sobre Costa Rica, Sérvia (duas vezes), México, Suíça e Coreia do Sul. Quando apareceu um adversário um pouco mais complicado nas duas vezes, perdemos.

É triste dizer isso, mas a passagem de Tite foi um fracasso nessa régua cruel que é a vida de um treinador de seleção. E a sua saída de campo no Catar sem apoiar os jogadores largados no gramado, torna-se uma lamentável despedida. Imperdoável.

Faltou também um capitão, uma grande liderança dentro de campo. Mas essa é uma conversa que muita gente não está pronta para ter.

Essa coluna foi enviada na íntegra primeiramente aos leitores inscritos na newsletter “Craques da Copa”. Cadastre-se gratuitamente aqui e receba em primeira mão. “Craques da Copa” são enviados diariamente, às 19 horas. Nesta segunda-feira, quem escreve para a coluna é o jornalista André Rizek.

Estou muito à vontade para escrever sobre o Tite porque está aqui um grande defensor dele. Quando assumiu a seleção, quando perdeu a Copa na Rússia com um trabalho bem aquém do que esperávamos e durante o ciclo que culminou na eliminação para a Croácia, no Catar. Por mais discordâncias que tive com o trabalho durante os seis anos, sempre confiei no treinador. Ele estava lá por méritos. Era o melhor técnico brasileiro, talvez ainda o seja.

Tite tem uma sequência de carreira promissora, inclusive com a Europa no seu destino, não tenho dúvidas. Mas não dá para esconder que o desempenho do treinador nas duas Copas foi bem abaixo do esperado. E, para a seleção brasileira, é a Copa do Mundo que importa. Por mais cruel que seja, o que entra para a história são dois grandes fracassos em Mundiais.

Puxa vida, mas e a Copa América de 19, André? Aquela que o Brasil ganhou do Peru depois de ter eliminado a Argentina (com ajuda da arbitragem) no Mineirão? Claro que foi melhor ganhar do que perder, mas para a nossa história, representa muito pouco. Diferentemente da Copa América que perdemos para a Argentina em pleno Maracanã, no ano passado. Essa valeu muito. Eles, sim, precisavam de um título, qualquer título, depois de um jejum de décadas.

Sob o comando de Tite, a seleção brasileira foi eliminada nas quartas de final em dois Mundiais seguidos. Foto: Frank Augstein/ AP

Para o Brasil, a régua é outra. Para a seleção brasileira, não tem como negar que o sucesso é medido pelo resultado da Copa do Mundo. E nada mais. Qual foi a nossa grande vitória no ciclo, nesses seis anos de trabalho do Tite? Eliminatórias? Muito pouco.

Tite teve o privilégio de continuar técnico do Brasil depois de perder uma Copa, algo inédito até aquele momento. A aposta no ciclo completo foi elogiada, inclusive por mim. Teríamos quatro anos e meio pela frente para melhorar aquilo que havia dado errado na Rússia. E simplesmente paramos no mesmo lugar, de novo. Não conseguimos passar das quartas. Caímos no primeiro duelo eliminatório contra uma seleção com razoável tradição.

A Croácia vem de uma final de Copa, mas ainda não está entre as potências mundiais. Está no caminho, mas ainda não chegou lá.

A sensação é que, mesmo com grandes jovens que surgiram no ciclo, não evoluímos. Não conseguimos subir um degrau sequer. Estreamos na Copa com uma escalação que nunca tinha jogado junto depois de um ciclo completo. Tite termina sua caminhada na seleção com vitórias em Copas sobre Costa Rica, Sérvia (duas vezes), México, Suíça e Coreia do Sul. Quando apareceu um adversário um pouco mais complicado nas duas vezes, perdemos.

É triste dizer isso, mas a passagem de Tite foi um fracasso nessa régua cruel que é a vida de um treinador de seleção. E a sua saída de campo no Catar sem apoiar os jogadores largados no gramado, torna-se uma lamentável despedida. Imperdoável.

Faltou também um capitão, uma grande liderança dentro de campo. Mas essa é uma conversa que muita gente não está pronta para ter.

Essa coluna foi enviada na íntegra primeiramente aos leitores inscritos na newsletter “Craques da Copa”. Cadastre-se gratuitamente aqui e receba em primeira mão. “Craques da Copa” são enviados diariamente, às 19 horas. Nesta segunda-feira, quem escreve para a coluna é o jornalista André Rizek.

Estou muito à vontade para escrever sobre o Tite porque está aqui um grande defensor dele. Quando assumiu a seleção, quando perdeu a Copa na Rússia com um trabalho bem aquém do que esperávamos e durante o ciclo que culminou na eliminação para a Croácia, no Catar. Por mais discordâncias que tive com o trabalho durante os seis anos, sempre confiei no treinador. Ele estava lá por méritos. Era o melhor técnico brasileiro, talvez ainda o seja.

Tite tem uma sequência de carreira promissora, inclusive com a Europa no seu destino, não tenho dúvidas. Mas não dá para esconder que o desempenho do treinador nas duas Copas foi bem abaixo do esperado. E, para a seleção brasileira, é a Copa do Mundo que importa. Por mais cruel que seja, o que entra para a história são dois grandes fracassos em Mundiais.

Puxa vida, mas e a Copa América de 19, André? Aquela que o Brasil ganhou do Peru depois de ter eliminado a Argentina (com ajuda da arbitragem) no Mineirão? Claro que foi melhor ganhar do que perder, mas para a nossa história, representa muito pouco. Diferentemente da Copa América que perdemos para a Argentina em pleno Maracanã, no ano passado. Essa valeu muito. Eles, sim, precisavam de um título, qualquer título, depois de um jejum de décadas.

Sob o comando de Tite, a seleção brasileira foi eliminada nas quartas de final em dois Mundiais seguidos. Foto: Frank Augstein/ AP

Para o Brasil, a régua é outra. Para a seleção brasileira, não tem como negar que o sucesso é medido pelo resultado da Copa do Mundo. E nada mais. Qual foi a nossa grande vitória no ciclo, nesses seis anos de trabalho do Tite? Eliminatórias? Muito pouco.

Tite teve o privilégio de continuar técnico do Brasil depois de perder uma Copa, algo inédito até aquele momento. A aposta no ciclo completo foi elogiada, inclusive por mim. Teríamos quatro anos e meio pela frente para melhorar aquilo que havia dado errado na Rússia. E simplesmente paramos no mesmo lugar, de novo. Não conseguimos passar das quartas. Caímos no primeiro duelo eliminatório contra uma seleção com razoável tradição.

A Croácia vem de uma final de Copa, mas ainda não está entre as potências mundiais. Está no caminho, mas ainda não chegou lá.

A sensação é que, mesmo com grandes jovens que surgiram no ciclo, não evoluímos. Não conseguimos subir um degrau sequer. Estreamos na Copa com uma escalação que nunca tinha jogado junto depois de um ciclo completo. Tite termina sua caminhada na seleção com vitórias em Copas sobre Costa Rica, Sérvia (duas vezes), México, Suíça e Coreia do Sul. Quando apareceu um adversário um pouco mais complicado nas duas vezes, perdemos.

É triste dizer isso, mas a passagem de Tite foi um fracasso nessa régua cruel que é a vida de um treinador de seleção. E a sua saída de campo no Catar sem apoiar os jogadores largados no gramado, torna-se uma lamentável despedida. Imperdoável.

Faltou também um capitão, uma grande liderança dentro de campo. Mas essa é uma conversa que muita gente não está pronta para ter.

Essa coluna foi enviada na íntegra primeiramente aos leitores inscritos na newsletter “Craques da Copa”. Cadastre-se gratuitamente aqui e receba em primeira mão. “Craques da Copa” são enviados diariamente, às 19 horas. Nesta segunda-feira, quem escreve para a coluna é o jornalista André Rizek.

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