Todos os dias um convidado especial escreve sobre o Mundial do Catar

André Henning: Rumo ao hexa?


Dá para acreditar na seleção de Tite e Neymar? Sim. Dá para apostar muito? Não

Por André Henning
Atualização:

Em algumas horas, a seleção brasileira dará seu pontapé inicial em mais uma tentativa de buscar o hexa. Em 2006, tivemos a chance com uma geração maravilhosa e ficou a sensação de que perdemos para nós mesmos. Mas, na verdade, caímos para nosso grande adversário, a França de Zizou. Na Copa seguinte, na África do Sul, a ranzinza seleção do Dunga esbarrou na Holanda. Na Copa seguinte, a tragédia do Mineirão. A maior humilhação da história do futebol, os 7 a 1 contra a Alemanha e, de quebra, uma nova derrota para a Holanda na disputa do terceiro lugar. Finalmente, quatro anos depois, na Rússia, uma Bélgica de pouquíssima tradição em Copas, nos carimbou o passaporte de volta para casa.

E assim chegamos ao Catar, ainda sonhando com a sexta estrela. E com a lembrança cada vez mais distante da nossa última grande vitória em uma partida de Copa do Mundo (veja, não estou falando de título, mas de jogo mesmo). A última grande vitória foi aquela final de 20 anos atrás, contra a Alemanha.

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É verdade. O Brasil está há duas décadas sem uma vitória expressiva. Da noite do penta até a estreia de hoje, o Brasil tem, em Mundiais, um total de zero vitória contra uma seleção de tradição. Só somamos pontos contra Croácia (duas vezes), Austrália, Japão, Gana, Coreia do Norte, Costa do Marfim, Portugal, Chile (duas vezes, com uma classificação na dramática disputa de pênaltis em 2014), México (duas vezes), Camarões, Colômbia, Costa Rica, Sérvia e Suíça. Nenhum campeão mundial. Apenas uma seleção que já jogou numa final, a Croácia, mas que só chegou no último jogo da Copa depois dessas duas derrotas para o Brasil. E nenhum desses será lembrado como um grande jogo da nossa história, muito pelo contrário. O mais emocionante foi um empate com gosto de vitória na quase eliminação no último minuto da prorrogação contra o Chile, no Mineirão, que se transformou numa classificação nos pênaltis.

Neymar e Thiago Silva são dois dos atletas mais experientes da seleção. Foto: Neil Hall/ EFE

A real é que desde a conquista da quinta estrela, quando o Brasil pegou um adversário com um pouquinho de tradição, perdeu. É isso.

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Será que no Catar será diferente? Não sei. Não considero o Brasil tão favorito como muitos por aqui, apesar de ser, sim, um forte postulante ao título. O Brasil vai fazer a sua estreia contra a boa Sérvia com uma escalação que jamais foi usada, com o mesmo capitão da convulsão emocional de 2014, com o mesmo craque que virou chacota mundial em 2018 e com o mesmo treinador da derrota para a Bélgica de quatro anos atrás. Mas Tite é um grande treinador e Neymar vive grande momento. Dá pra acreditar? Sim. Dá pra apostar muito? Não. Definitivamente, não. Eu vou dividir as minhas fichas.

Em algumas horas, a seleção brasileira dará seu pontapé inicial em mais uma tentativa de buscar o hexa. Em 2006, tivemos a chance com uma geração maravilhosa e ficou a sensação de que perdemos para nós mesmos. Mas, na verdade, caímos para nosso grande adversário, a França de Zizou. Na Copa seguinte, na África do Sul, a ranzinza seleção do Dunga esbarrou na Holanda. Na Copa seguinte, a tragédia do Mineirão. A maior humilhação da história do futebol, os 7 a 1 contra a Alemanha e, de quebra, uma nova derrota para a Holanda na disputa do terceiro lugar. Finalmente, quatro anos depois, na Rússia, uma Bélgica de pouquíssima tradição em Copas, nos carimbou o passaporte de volta para casa.

E assim chegamos ao Catar, ainda sonhando com a sexta estrela. E com a lembrança cada vez mais distante da nossa última grande vitória em uma partida de Copa do Mundo (veja, não estou falando de título, mas de jogo mesmo). A última grande vitória foi aquela final de 20 anos atrás, contra a Alemanha.

É verdade. O Brasil está há duas décadas sem uma vitória expressiva. Da noite do penta até a estreia de hoje, o Brasil tem, em Mundiais, um total de zero vitória contra uma seleção de tradição. Só somamos pontos contra Croácia (duas vezes), Austrália, Japão, Gana, Coreia do Norte, Costa do Marfim, Portugal, Chile (duas vezes, com uma classificação na dramática disputa de pênaltis em 2014), México (duas vezes), Camarões, Colômbia, Costa Rica, Sérvia e Suíça. Nenhum campeão mundial. Apenas uma seleção que já jogou numa final, a Croácia, mas que só chegou no último jogo da Copa depois dessas duas derrotas para o Brasil. E nenhum desses será lembrado como um grande jogo da nossa história, muito pelo contrário. O mais emocionante foi um empate com gosto de vitória na quase eliminação no último minuto da prorrogação contra o Chile, no Mineirão, que se transformou numa classificação nos pênaltis.

Neymar e Thiago Silva são dois dos atletas mais experientes da seleção. Foto: Neil Hall/ EFE

A real é que desde a conquista da quinta estrela, quando o Brasil pegou um adversário com um pouquinho de tradição, perdeu. É isso.

Será que no Catar será diferente? Não sei. Não considero o Brasil tão favorito como muitos por aqui, apesar de ser, sim, um forte postulante ao título. O Brasil vai fazer a sua estreia contra a boa Sérvia com uma escalação que jamais foi usada, com o mesmo capitão da convulsão emocional de 2014, com o mesmo craque que virou chacota mundial em 2018 e com o mesmo treinador da derrota para a Bélgica de quatro anos atrás. Mas Tite é um grande treinador e Neymar vive grande momento. Dá pra acreditar? Sim. Dá pra apostar muito? Não. Definitivamente, não. Eu vou dividir as minhas fichas.

Em algumas horas, a seleção brasileira dará seu pontapé inicial em mais uma tentativa de buscar o hexa. Em 2006, tivemos a chance com uma geração maravilhosa e ficou a sensação de que perdemos para nós mesmos. Mas, na verdade, caímos para nosso grande adversário, a França de Zizou. Na Copa seguinte, na África do Sul, a ranzinza seleção do Dunga esbarrou na Holanda. Na Copa seguinte, a tragédia do Mineirão. A maior humilhação da história do futebol, os 7 a 1 contra a Alemanha e, de quebra, uma nova derrota para a Holanda na disputa do terceiro lugar. Finalmente, quatro anos depois, na Rússia, uma Bélgica de pouquíssima tradição em Copas, nos carimbou o passaporte de volta para casa.

E assim chegamos ao Catar, ainda sonhando com a sexta estrela. E com a lembrança cada vez mais distante da nossa última grande vitória em uma partida de Copa do Mundo (veja, não estou falando de título, mas de jogo mesmo). A última grande vitória foi aquela final de 20 anos atrás, contra a Alemanha.

É verdade. O Brasil está há duas décadas sem uma vitória expressiva. Da noite do penta até a estreia de hoje, o Brasil tem, em Mundiais, um total de zero vitória contra uma seleção de tradição. Só somamos pontos contra Croácia (duas vezes), Austrália, Japão, Gana, Coreia do Norte, Costa do Marfim, Portugal, Chile (duas vezes, com uma classificação na dramática disputa de pênaltis em 2014), México (duas vezes), Camarões, Colômbia, Costa Rica, Sérvia e Suíça. Nenhum campeão mundial. Apenas uma seleção que já jogou numa final, a Croácia, mas que só chegou no último jogo da Copa depois dessas duas derrotas para o Brasil. E nenhum desses será lembrado como um grande jogo da nossa história, muito pelo contrário. O mais emocionante foi um empate com gosto de vitória na quase eliminação no último minuto da prorrogação contra o Chile, no Mineirão, que se transformou numa classificação nos pênaltis.

Neymar e Thiago Silva são dois dos atletas mais experientes da seleção. Foto: Neil Hall/ EFE

A real é que desde a conquista da quinta estrela, quando o Brasil pegou um adversário com um pouquinho de tradição, perdeu. É isso.

Será que no Catar será diferente? Não sei. Não considero o Brasil tão favorito como muitos por aqui, apesar de ser, sim, um forte postulante ao título. O Brasil vai fazer a sua estreia contra a boa Sérvia com uma escalação que jamais foi usada, com o mesmo capitão da convulsão emocional de 2014, com o mesmo craque que virou chacota mundial em 2018 e com o mesmo treinador da derrota para a Bélgica de quatro anos atrás. Mas Tite é um grande treinador e Neymar vive grande momento. Dá pra acreditar? Sim. Dá pra apostar muito? Não. Definitivamente, não. Eu vou dividir as minhas fichas.

Em algumas horas, a seleção brasileira dará seu pontapé inicial em mais uma tentativa de buscar o hexa. Em 2006, tivemos a chance com uma geração maravilhosa e ficou a sensação de que perdemos para nós mesmos. Mas, na verdade, caímos para nosso grande adversário, a França de Zizou. Na Copa seguinte, na África do Sul, a ranzinza seleção do Dunga esbarrou na Holanda. Na Copa seguinte, a tragédia do Mineirão. A maior humilhação da história do futebol, os 7 a 1 contra a Alemanha e, de quebra, uma nova derrota para a Holanda na disputa do terceiro lugar. Finalmente, quatro anos depois, na Rússia, uma Bélgica de pouquíssima tradição em Copas, nos carimbou o passaporte de volta para casa.

E assim chegamos ao Catar, ainda sonhando com a sexta estrela. E com a lembrança cada vez mais distante da nossa última grande vitória em uma partida de Copa do Mundo (veja, não estou falando de título, mas de jogo mesmo). A última grande vitória foi aquela final de 20 anos atrás, contra a Alemanha.

É verdade. O Brasil está há duas décadas sem uma vitória expressiva. Da noite do penta até a estreia de hoje, o Brasil tem, em Mundiais, um total de zero vitória contra uma seleção de tradição. Só somamos pontos contra Croácia (duas vezes), Austrália, Japão, Gana, Coreia do Norte, Costa do Marfim, Portugal, Chile (duas vezes, com uma classificação na dramática disputa de pênaltis em 2014), México (duas vezes), Camarões, Colômbia, Costa Rica, Sérvia e Suíça. Nenhum campeão mundial. Apenas uma seleção que já jogou numa final, a Croácia, mas que só chegou no último jogo da Copa depois dessas duas derrotas para o Brasil. E nenhum desses será lembrado como um grande jogo da nossa história, muito pelo contrário. O mais emocionante foi um empate com gosto de vitória na quase eliminação no último minuto da prorrogação contra o Chile, no Mineirão, que se transformou numa classificação nos pênaltis.

Neymar e Thiago Silva são dois dos atletas mais experientes da seleção. Foto: Neil Hall/ EFE

A real é que desde a conquista da quinta estrela, quando o Brasil pegou um adversário com um pouquinho de tradição, perdeu. É isso.

Será que no Catar será diferente? Não sei. Não considero o Brasil tão favorito como muitos por aqui, apesar de ser, sim, um forte postulante ao título. O Brasil vai fazer a sua estreia contra a boa Sérvia com uma escalação que jamais foi usada, com o mesmo capitão da convulsão emocional de 2014, com o mesmo craque que virou chacota mundial em 2018 e com o mesmo treinador da derrota para a Bélgica de quatro anos atrás. Mas Tite é um grande treinador e Neymar vive grande momento. Dá pra acreditar? Sim. Dá pra apostar muito? Não. Definitivamente, não. Eu vou dividir as minhas fichas.

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