Todos os dias um convidado especial escreve sobre o Mundial do Catar

Benja: Copa do Catar teve os pós-jogos mais chatos e entediantes da história da TV brasileira


Futebol deixou de ser entretenimento para se tornar algo maçante e elitista

Por Benjamin Back
Atualização:

Copa do Mundo é sempre um negócio muito legal, afinal, são trinta dias praticamente ininterruptos falando sobre futebol! Sim, o clima é incrível, mesmo assim ainda prefiro assistir aos jogos da Champions League, onde o nível técnico é superior, mas isso é conversa para um outro dia… Há quem prefira o futebol de clubes.

Bem, vamos então falar sobre essa Copa do Catar, que teve os pós-jogos mais chatos e entediantes da história da TV brasileira! No início, tentei assistir a tudo porque realmente adoro futebol, mas após o terceiro jogo, confesso que desisti. Depois, fui ver por obrigação, para tentar entender os rumos desse tedioso jornalismo esportivo, mas pela primeira vez não consegui assistir, do começo ao fim, um único pós-jogo sequer!

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Alguns irão dizer: Ah, Benja, o futebol mudou! Ok, hoje ele é mais força e tática do que talento? Pode ser, mas ainda continua sendo 11 contra 11 e vence quem marcar mais gols no seu adversário! Simples assim.

Mbappé busca conquistar seu segundo título mundial com a seleção francesa. Foto: Manu Fernandez/ AP

Porém, infelizmente, o futebol deixou de ser entretenimento, diversão, tema daquela conversa simples e divertida para se tornar algo mais chato, maçante e elitista. Certo dia nesta Copa, liguei minha TV num desses canais fechados para ver os comentários de uma partida e, numa frase só, ouvi três vezes que tal seleção não conseguiu quebrar as linhas da outra!

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Daí vem mapa de calor, estatísticas, os números, porcentagem de posse de bola, gráficos, termos estranhos para um torcedor comum, palavras difíceis... Querem transformar o futebol, o esporte mais popular do planeta, em matéria de faculdade! Mas qual seria o intuito disso? Quem entende o que esse pessoal está falando? Ou eles querem rotular de ultrapassados aqueles que não usam esse tom professoral para falar de futebol?

Jogo posicional, atacar em blocos, box to box, infiltração, flutuar na paralela cheia, último terço do campo, quebrar as linhas…

Pois é, me sinto como se estivesse na Nasa vendo a construção de um foguete e não assistindo a um programa esportivo. Tiraram a graça e a simplicidade do futebol para colocar “professores” no ar, dando explicações para tudo. Mas convenhamos, o que isso é chato não é brincadeira!

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Até ex-jogadores que nunca utilizaram essas terminologias estão usando agora na TV, o que preocupa mais ainda. Aí fica a pergunta: como será na Copa de 2026? Acredito que o YouTube e outras plataformas terão cada vez mais audiência, novos anunciantes... E, assim como já foi agora, serão cada vez mais excelentes opções para quem realmente se diverte com o futebol. Ou seja, a democratização das mídias é a grande salvação!

Por fim, me despeço aqui dos leitores do Estadão. Agradeço muito pelo convite de escrever nesse tão conceituado veículo durante esses trinta dias de competição e por poder expor um pouco da minha visão, não somente sobre essa Copa do Catar, mas do futebol de modo geral. Um feliz natal e que todos possam quebrar as linhas em 2023.

Essa coluna foi enviada na íntegra primeiramente aos leitores inscritos na newsletter “Craques da Copa”. Cadastre-se gratuitamente aqui e receba em primeira mão. “Craques da Copa” são enviados diariamente, às 19 horas. Neste sábado, quem escreve para a coluna é o jornalista Arnaldo Ribeiro.

Copa do Mundo é sempre um negócio muito legal, afinal, são trinta dias praticamente ininterruptos falando sobre futebol! Sim, o clima é incrível, mesmo assim ainda prefiro assistir aos jogos da Champions League, onde o nível técnico é superior, mas isso é conversa para um outro dia… Há quem prefira o futebol de clubes.

Bem, vamos então falar sobre essa Copa do Catar, que teve os pós-jogos mais chatos e entediantes da história da TV brasileira! No início, tentei assistir a tudo porque realmente adoro futebol, mas após o terceiro jogo, confesso que desisti. Depois, fui ver por obrigação, para tentar entender os rumos desse tedioso jornalismo esportivo, mas pela primeira vez não consegui assistir, do começo ao fim, um único pós-jogo sequer!

Alguns irão dizer: Ah, Benja, o futebol mudou! Ok, hoje ele é mais força e tática do que talento? Pode ser, mas ainda continua sendo 11 contra 11 e vence quem marcar mais gols no seu adversário! Simples assim.

Mbappé busca conquistar seu segundo título mundial com a seleção francesa. Foto: Manu Fernandez/ AP

Porém, infelizmente, o futebol deixou de ser entretenimento, diversão, tema daquela conversa simples e divertida para se tornar algo mais chato, maçante e elitista. Certo dia nesta Copa, liguei minha TV num desses canais fechados para ver os comentários de uma partida e, numa frase só, ouvi três vezes que tal seleção não conseguiu quebrar as linhas da outra!

Daí vem mapa de calor, estatísticas, os números, porcentagem de posse de bola, gráficos, termos estranhos para um torcedor comum, palavras difíceis... Querem transformar o futebol, o esporte mais popular do planeta, em matéria de faculdade! Mas qual seria o intuito disso? Quem entende o que esse pessoal está falando? Ou eles querem rotular de ultrapassados aqueles que não usam esse tom professoral para falar de futebol?

Jogo posicional, atacar em blocos, box to box, infiltração, flutuar na paralela cheia, último terço do campo, quebrar as linhas…

Pois é, me sinto como se estivesse na Nasa vendo a construção de um foguete e não assistindo a um programa esportivo. Tiraram a graça e a simplicidade do futebol para colocar “professores” no ar, dando explicações para tudo. Mas convenhamos, o que isso é chato não é brincadeira!

Até ex-jogadores que nunca utilizaram essas terminologias estão usando agora na TV, o que preocupa mais ainda. Aí fica a pergunta: como será na Copa de 2026? Acredito que o YouTube e outras plataformas terão cada vez mais audiência, novos anunciantes... E, assim como já foi agora, serão cada vez mais excelentes opções para quem realmente se diverte com o futebol. Ou seja, a democratização das mídias é a grande salvação!

Por fim, me despeço aqui dos leitores do Estadão. Agradeço muito pelo convite de escrever nesse tão conceituado veículo durante esses trinta dias de competição e por poder expor um pouco da minha visão, não somente sobre essa Copa do Catar, mas do futebol de modo geral. Um feliz natal e que todos possam quebrar as linhas em 2023.

Essa coluna foi enviada na íntegra primeiramente aos leitores inscritos na newsletter “Craques da Copa”. Cadastre-se gratuitamente aqui e receba em primeira mão. “Craques da Copa” são enviados diariamente, às 19 horas. Neste sábado, quem escreve para a coluna é o jornalista Arnaldo Ribeiro.

Copa do Mundo é sempre um negócio muito legal, afinal, são trinta dias praticamente ininterruptos falando sobre futebol! Sim, o clima é incrível, mesmo assim ainda prefiro assistir aos jogos da Champions League, onde o nível técnico é superior, mas isso é conversa para um outro dia… Há quem prefira o futebol de clubes.

Bem, vamos então falar sobre essa Copa do Catar, que teve os pós-jogos mais chatos e entediantes da história da TV brasileira! No início, tentei assistir a tudo porque realmente adoro futebol, mas após o terceiro jogo, confesso que desisti. Depois, fui ver por obrigação, para tentar entender os rumos desse tedioso jornalismo esportivo, mas pela primeira vez não consegui assistir, do começo ao fim, um único pós-jogo sequer!

Alguns irão dizer: Ah, Benja, o futebol mudou! Ok, hoje ele é mais força e tática do que talento? Pode ser, mas ainda continua sendo 11 contra 11 e vence quem marcar mais gols no seu adversário! Simples assim.

Mbappé busca conquistar seu segundo título mundial com a seleção francesa. Foto: Manu Fernandez/ AP

Porém, infelizmente, o futebol deixou de ser entretenimento, diversão, tema daquela conversa simples e divertida para se tornar algo mais chato, maçante e elitista. Certo dia nesta Copa, liguei minha TV num desses canais fechados para ver os comentários de uma partida e, numa frase só, ouvi três vezes que tal seleção não conseguiu quebrar as linhas da outra!

Daí vem mapa de calor, estatísticas, os números, porcentagem de posse de bola, gráficos, termos estranhos para um torcedor comum, palavras difíceis... Querem transformar o futebol, o esporte mais popular do planeta, em matéria de faculdade! Mas qual seria o intuito disso? Quem entende o que esse pessoal está falando? Ou eles querem rotular de ultrapassados aqueles que não usam esse tom professoral para falar de futebol?

Jogo posicional, atacar em blocos, box to box, infiltração, flutuar na paralela cheia, último terço do campo, quebrar as linhas…

Pois é, me sinto como se estivesse na Nasa vendo a construção de um foguete e não assistindo a um programa esportivo. Tiraram a graça e a simplicidade do futebol para colocar “professores” no ar, dando explicações para tudo. Mas convenhamos, o que isso é chato não é brincadeira!

Até ex-jogadores que nunca utilizaram essas terminologias estão usando agora na TV, o que preocupa mais ainda. Aí fica a pergunta: como será na Copa de 2026? Acredito que o YouTube e outras plataformas terão cada vez mais audiência, novos anunciantes... E, assim como já foi agora, serão cada vez mais excelentes opções para quem realmente se diverte com o futebol. Ou seja, a democratização das mídias é a grande salvação!

Por fim, me despeço aqui dos leitores do Estadão. Agradeço muito pelo convite de escrever nesse tão conceituado veículo durante esses trinta dias de competição e por poder expor um pouco da minha visão, não somente sobre essa Copa do Catar, mas do futebol de modo geral. Um feliz natal e que todos possam quebrar as linhas em 2023.

Essa coluna foi enviada na íntegra primeiramente aos leitores inscritos na newsletter “Craques da Copa”. Cadastre-se gratuitamente aqui e receba em primeira mão. “Craques da Copa” são enviados diariamente, às 19 horas. Neste sábado, quem escreve para a coluna é o jornalista Arnaldo Ribeiro.

Copa do Mundo é sempre um negócio muito legal, afinal, são trinta dias praticamente ininterruptos falando sobre futebol! Sim, o clima é incrível, mesmo assim ainda prefiro assistir aos jogos da Champions League, onde o nível técnico é superior, mas isso é conversa para um outro dia… Há quem prefira o futebol de clubes.

Bem, vamos então falar sobre essa Copa do Catar, que teve os pós-jogos mais chatos e entediantes da história da TV brasileira! No início, tentei assistir a tudo porque realmente adoro futebol, mas após o terceiro jogo, confesso que desisti. Depois, fui ver por obrigação, para tentar entender os rumos desse tedioso jornalismo esportivo, mas pela primeira vez não consegui assistir, do começo ao fim, um único pós-jogo sequer!

Alguns irão dizer: Ah, Benja, o futebol mudou! Ok, hoje ele é mais força e tática do que talento? Pode ser, mas ainda continua sendo 11 contra 11 e vence quem marcar mais gols no seu adversário! Simples assim.

Mbappé busca conquistar seu segundo título mundial com a seleção francesa. Foto: Manu Fernandez/ AP

Porém, infelizmente, o futebol deixou de ser entretenimento, diversão, tema daquela conversa simples e divertida para se tornar algo mais chato, maçante e elitista. Certo dia nesta Copa, liguei minha TV num desses canais fechados para ver os comentários de uma partida e, numa frase só, ouvi três vezes que tal seleção não conseguiu quebrar as linhas da outra!

Daí vem mapa de calor, estatísticas, os números, porcentagem de posse de bola, gráficos, termos estranhos para um torcedor comum, palavras difíceis... Querem transformar o futebol, o esporte mais popular do planeta, em matéria de faculdade! Mas qual seria o intuito disso? Quem entende o que esse pessoal está falando? Ou eles querem rotular de ultrapassados aqueles que não usam esse tom professoral para falar de futebol?

Jogo posicional, atacar em blocos, box to box, infiltração, flutuar na paralela cheia, último terço do campo, quebrar as linhas…

Pois é, me sinto como se estivesse na Nasa vendo a construção de um foguete e não assistindo a um programa esportivo. Tiraram a graça e a simplicidade do futebol para colocar “professores” no ar, dando explicações para tudo. Mas convenhamos, o que isso é chato não é brincadeira!

Até ex-jogadores que nunca utilizaram essas terminologias estão usando agora na TV, o que preocupa mais ainda. Aí fica a pergunta: como será na Copa de 2026? Acredito que o YouTube e outras plataformas terão cada vez mais audiência, novos anunciantes... E, assim como já foi agora, serão cada vez mais excelentes opções para quem realmente se diverte com o futebol. Ou seja, a democratização das mídias é a grande salvação!

Por fim, me despeço aqui dos leitores do Estadão. Agradeço muito pelo convite de escrever nesse tão conceituado veículo durante esses trinta dias de competição e por poder expor um pouco da minha visão, não somente sobre essa Copa do Catar, mas do futebol de modo geral. Um feliz natal e que todos possam quebrar as linhas em 2023.

Essa coluna foi enviada na íntegra primeiramente aos leitores inscritos na newsletter “Craques da Copa”. Cadastre-se gratuitamente aqui e receba em primeira mão. “Craques da Copa” são enviados diariamente, às 19 horas. Neste sábado, quem escreve para a coluna é o jornalista Arnaldo Ribeiro.

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