Duas coisas me chamaram a atenção muito positivamente nessa Copa do Mundo. Não, não foi nenhuma seleção com um futebol de encher os olhos, apesar de ter ficado admirado com a evolução de algumas equipes, principalmente a do Marrocos.
Me deixa muito entusiasmado quando algo é feito em prol da melhora do jogo. Vocês já devem ter reparado, por exemplo, que as partidas nesta Copa têm tido acréscimos consideráveis, principalmente na etapa final.
Para se ter uma ideia, nos quatro primeiros jogos da competição do Catar foram dados quase 65 minutos de acréscimos, ou seja,uma média de 16 minutos e 14 segundos por jogo! É tempo que não acontece no futebol brasileiro, por exemplo.
Quem se lembra do famoso árbitro italiano, Pierluigi Collina? Atualmente, ele é o chefe de arbitragem da Fifa. Em uma entrevista recente, Collina explicou os motivos que levaram a esse considerável aumento nos jogos. “Comemorações podem durar entre um minuto e um minuto e meio. É fácil perder três, quatro ou cinco minutos em uma partida. Isso precisa ser compensado no fim do jogo. Não podemos achar normal que o jogo tenha 42, 45 minutos de bola rolando”. Perfeito!
Até o momento, a partida com o maior acréscimo foi entre Inglaterra e Irã: 27 minutos! Somando os dois tempos. Pois é, torço muito para que isso também se aplique ao futebol brasileiro já no ano que vem, porque aqui a bola não rola! Já repararam que no Brasil todo goleiro após fazer uma grande defesa se joga no chão na sequência, esperando atendimento médico para esfriar a disputa? E quanto tempo se perde para cobrar um escanteio, fazer uma substituição... Enfim, artimanhas não faltam para impedir que a bola role!
A segunda coisa que mais me agradou nesta Copa foi a velocidade das decisões tomadas pelo VAR, assim como a personalidade dos árbitros. Sim, erros acontecem mesmo assim, basta lembrar aquele pênalti em cima do Cristiano Ronaldo contra Gana, mas nada comparado à ruindade que vimos no futebol brasileiro neste ano da arbitragem!
Se isso se espalhar pelos campeonatos, o futebol agradece! E que esse legado do Catar fique realmente, pois o jogo é para ser jogado…