Todos os dias um convidado especial escreve sobre o Mundial do Catar

Carlos Alberto Parreira: Copa é uma competição ingrata; se errar, volta para casa


Técnico da seleção brasileira no tetracampeonato mundial em 1994 considera que as chances do País levantar o caneco são enormes

Por Carlos Alberto Parreira
Atualização:

As chances de o Brasil conquistar o hexacampeonato no Catar são enormes. Individualmente e coletivamente, a seleção brasileira é a melhor do mundo na atualidade. Se analisarmos os jogadores convocados por Tite para o Mundial deste ano, nenhuma outra equipe tem atletas de tanta qualidade como nós temos do meio de campo para a frente. E o time está motivado e bem treinado.

Participei de dez Copas do Mundo e posso afirmar que é uma competição muito ingrata. Errou, voltou para casa. Quando assumi a seleção brasileira em outras oportunidades, especialmente em 1994, quando erguemos o troféu (tetra nos EUA), desde a primeira reunião com os jogadores, deixei claro que havia 24 anos estávamos voltando para casa e não poderíamos errar mais. Este é o mandamento número um das Copas. Não adianta jogar bonito e errar, porque o preço que se paga é muito alto.

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A participação do Brasil no Mundial da Rússia, em 2018, foi boa. Até mesmo na eliminação para a Bélgica, tivemos mais chances de virar o jogo, mas o futebol é caprichoso. Ganhando ou perdendo, sempre há um aprendizado, mas é claro que a derrota dói muito mais. Apesar de renovado, o elenco da seleção possui jogadores experientes, que atuam há anos no futebol europeu. Neymar também está mais senhor de si e mais confiante.

Parreira foi o técnico da seleção brasileira na Copa de 1994. Foto: FABIO M. SALLES / AE

O bacana também é acompanhar a seleção e ver que não existe mais aquela pressão somente nos ombros de Neymar. Ele agora é parte de um todo e joga para o time, fazendo a diferença como um líder técnico e emocional. Neymar certamente está entre os quatro ou cinco melhores jogadores do mundo. Em um contexto de Copa do Mundo, isso faz a diferença. Não tenho dúvidas de que ele pode desequilibrar a nosso favor, assim como Richarlison ou Raphinha. Repito, temos os melhores jogadores do mundo.

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Tenho certeza de que o Brasil vencerá os seus três jogos na fase de grupos, o que não significa que serão partidas fáceis. Sérvia e Suíça têm feito boas atuações, enquanto Camarões é uma baita seleção africana, com atletas experientes. Absolutamente não será uma chave moleza, não! Passando de fase, os principais concorrentes, pela qualidade e pela rivalidade, serão Argentina e França.

Respeito muito o futebol argentino. Eles já estão há 35 jogos sem perder e vivem uma fase sensacional. Da América do Sul, só Brasil e Argentina têm chances de conquistar o título no Catar. Entre as seleções europeias, a França é quem tem mais chances de ser campeã porque tem peso, mas perdeu dois jogadores muito importantes, que são o Kanté e o Pogba.

Vi três jogos da França ao vivo na última Copa do Mundo, quando o time foi campeão. Além de referência técnica, Kanté e Pogba eram o ponto de equilíbrio da equipe. Pogba, que não foi convocado por um problema no joelho, fez um Mundial sensacional naquele ano, desequilibrando para os franceses. Quando se trabalha em uma competição como esta, é necessário estar preparado também para situações de contusão, ou até mesmo de expulsões. É difícil substituí-los, mas o futebol francês cresceu muito e precisa ser respeitado. Mbappé em forma é uma força.

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A motivação necessária para ser campeão é construída ao longo do tempo. A própria compreensão dá essa confiança aos jogadores e à comissão técnica. Afinal, todos querem jogar uma Copa. Todos querem ser campeões do mundo. Todos vão dar uma energia extra no Catar. Acredito que esse poder de concentração para evitar erros não é tão difícil de conseguir em um Mundial. É necessário mentalizar e condicionar diariamente os atletas até eles se imbuírem da responsabilidade. Isso vale para todas as 32 seleções.

Em depoimento ao repórter Rodrigo Sampaio.

As chances de o Brasil conquistar o hexacampeonato no Catar são enormes. Individualmente e coletivamente, a seleção brasileira é a melhor do mundo na atualidade. Se analisarmos os jogadores convocados por Tite para o Mundial deste ano, nenhuma outra equipe tem atletas de tanta qualidade como nós temos do meio de campo para a frente. E o time está motivado e bem treinado.

Participei de dez Copas do Mundo e posso afirmar que é uma competição muito ingrata. Errou, voltou para casa. Quando assumi a seleção brasileira em outras oportunidades, especialmente em 1994, quando erguemos o troféu (tetra nos EUA), desde a primeira reunião com os jogadores, deixei claro que havia 24 anos estávamos voltando para casa e não poderíamos errar mais. Este é o mandamento número um das Copas. Não adianta jogar bonito e errar, porque o preço que se paga é muito alto.

A participação do Brasil no Mundial da Rússia, em 2018, foi boa. Até mesmo na eliminação para a Bélgica, tivemos mais chances de virar o jogo, mas o futebol é caprichoso. Ganhando ou perdendo, sempre há um aprendizado, mas é claro que a derrota dói muito mais. Apesar de renovado, o elenco da seleção possui jogadores experientes, que atuam há anos no futebol europeu. Neymar também está mais senhor de si e mais confiante.

Parreira foi o técnico da seleção brasileira na Copa de 1994. Foto: FABIO M. SALLES / AE

O bacana também é acompanhar a seleção e ver que não existe mais aquela pressão somente nos ombros de Neymar. Ele agora é parte de um todo e joga para o time, fazendo a diferença como um líder técnico e emocional. Neymar certamente está entre os quatro ou cinco melhores jogadores do mundo. Em um contexto de Copa do Mundo, isso faz a diferença. Não tenho dúvidas de que ele pode desequilibrar a nosso favor, assim como Richarlison ou Raphinha. Repito, temos os melhores jogadores do mundo.

Tenho certeza de que o Brasil vencerá os seus três jogos na fase de grupos, o que não significa que serão partidas fáceis. Sérvia e Suíça têm feito boas atuações, enquanto Camarões é uma baita seleção africana, com atletas experientes. Absolutamente não será uma chave moleza, não! Passando de fase, os principais concorrentes, pela qualidade e pela rivalidade, serão Argentina e França.

Respeito muito o futebol argentino. Eles já estão há 35 jogos sem perder e vivem uma fase sensacional. Da América do Sul, só Brasil e Argentina têm chances de conquistar o título no Catar. Entre as seleções europeias, a França é quem tem mais chances de ser campeã porque tem peso, mas perdeu dois jogadores muito importantes, que são o Kanté e o Pogba.

Vi três jogos da França ao vivo na última Copa do Mundo, quando o time foi campeão. Além de referência técnica, Kanté e Pogba eram o ponto de equilíbrio da equipe. Pogba, que não foi convocado por um problema no joelho, fez um Mundial sensacional naquele ano, desequilibrando para os franceses. Quando se trabalha em uma competição como esta, é necessário estar preparado também para situações de contusão, ou até mesmo de expulsões. É difícil substituí-los, mas o futebol francês cresceu muito e precisa ser respeitado. Mbappé em forma é uma força.

A motivação necessária para ser campeão é construída ao longo do tempo. A própria compreensão dá essa confiança aos jogadores e à comissão técnica. Afinal, todos querem jogar uma Copa. Todos querem ser campeões do mundo. Todos vão dar uma energia extra no Catar. Acredito que esse poder de concentração para evitar erros não é tão difícil de conseguir em um Mundial. É necessário mentalizar e condicionar diariamente os atletas até eles se imbuírem da responsabilidade. Isso vale para todas as 32 seleções.

Em depoimento ao repórter Rodrigo Sampaio.

As chances de o Brasil conquistar o hexacampeonato no Catar são enormes. Individualmente e coletivamente, a seleção brasileira é a melhor do mundo na atualidade. Se analisarmos os jogadores convocados por Tite para o Mundial deste ano, nenhuma outra equipe tem atletas de tanta qualidade como nós temos do meio de campo para a frente. E o time está motivado e bem treinado.

Participei de dez Copas do Mundo e posso afirmar que é uma competição muito ingrata. Errou, voltou para casa. Quando assumi a seleção brasileira em outras oportunidades, especialmente em 1994, quando erguemos o troféu (tetra nos EUA), desde a primeira reunião com os jogadores, deixei claro que havia 24 anos estávamos voltando para casa e não poderíamos errar mais. Este é o mandamento número um das Copas. Não adianta jogar bonito e errar, porque o preço que se paga é muito alto.

A participação do Brasil no Mundial da Rússia, em 2018, foi boa. Até mesmo na eliminação para a Bélgica, tivemos mais chances de virar o jogo, mas o futebol é caprichoso. Ganhando ou perdendo, sempre há um aprendizado, mas é claro que a derrota dói muito mais. Apesar de renovado, o elenco da seleção possui jogadores experientes, que atuam há anos no futebol europeu. Neymar também está mais senhor de si e mais confiante.

Parreira foi o técnico da seleção brasileira na Copa de 1994. Foto: FABIO M. SALLES / AE

O bacana também é acompanhar a seleção e ver que não existe mais aquela pressão somente nos ombros de Neymar. Ele agora é parte de um todo e joga para o time, fazendo a diferença como um líder técnico e emocional. Neymar certamente está entre os quatro ou cinco melhores jogadores do mundo. Em um contexto de Copa do Mundo, isso faz a diferença. Não tenho dúvidas de que ele pode desequilibrar a nosso favor, assim como Richarlison ou Raphinha. Repito, temos os melhores jogadores do mundo.

Tenho certeza de que o Brasil vencerá os seus três jogos na fase de grupos, o que não significa que serão partidas fáceis. Sérvia e Suíça têm feito boas atuações, enquanto Camarões é uma baita seleção africana, com atletas experientes. Absolutamente não será uma chave moleza, não! Passando de fase, os principais concorrentes, pela qualidade e pela rivalidade, serão Argentina e França.

Respeito muito o futebol argentino. Eles já estão há 35 jogos sem perder e vivem uma fase sensacional. Da América do Sul, só Brasil e Argentina têm chances de conquistar o título no Catar. Entre as seleções europeias, a França é quem tem mais chances de ser campeã porque tem peso, mas perdeu dois jogadores muito importantes, que são o Kanté e o Pogba.

Vi três jogos da França ao vivo na última Copa do Mundo, quando o time foi campeão. Além de referência técnica, Kanté e Pogba eram o ponto de equilíbrio da equipe. Pogba, que não foi convocado por um problema no joelho, fez um Mundial sensacional naquele ano, desequilibrando para os franceses. Quando se trabalha em uma competição como esta, é necessário estar preparado também para situações de contusão, ou até mesmo de expulsões. É difícil substituí-los, mas o futebol francês cresceu muito e precisa ser respeitado. Mbappé em forma é uma força.

A motivação necessária para ser campeão é construída ao longo do tempo. A própria compreensão dá essa confiança aos jogadores e à comissão técnica. Afinal, todos querem jogar uma Copa. Todos querem ser campeões do mundo. Todos vão dar uma energia extra no Catar. Acredito que esse poder de concentração para evitar erros não é tão difícil de conseguir em um Mundial. É necessário mentalizar e condicionar diariamente os atletas até eles se imbuírem da responsabilidade. Isso vale para todas as 32 seleções.

Em depoimento ao repórter Rodrigo Sampaio.

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