Todos os dias um convidado especial escreve sobre o Mundial do Catar

Mauro Beting: Pombo com asa


Estreia da seleção brasileira foi osso, ainda mais contra o bom time da Sérvia

Por Mauro Beting
Atualização:

Estreia é tão importante que precisaria ser a última coisa que a gente faz na vida. Como, por definição, não tem jeito de mudar, a gente bebe sem moderação da velha fonte da não-juventude: estreia em Copa é tão difícil que a gente tinha que estrear como 11 Pelés e Manés. Como eles debutaram debulhando os soviéticos, em 1958: os chamados “cinco minutos mais sensacionais de Copas”.

Mas eram Garrincha e o ET Pelé.

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Agora, não. Fora Neymar (que Dorval disse que jogaria no lugar dele na linha de frente santista dos anjos e dos diabos dos Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe), o time do Tite não tem (ainda) outro extraclasse. Só Neymar (que Jairzinho, o Furacão de 70, diz que também jogaria na melhor seleção de todas as Copas, a tri).

Estreia é osso. Foi isso. Ainda mais contra bom time como a Sérvia. Uma das herdeiras da escola iugoslava (os chamados “brasileiros do Leste europeu”). A Iugoslávia que primeira nos venceu em Copas, em 1930. A que quase nos antecipou o Maracanazo, em 1950. A que empatou com a gente em jogo duro em 1954. A que fez partida chata na estreia de 1974. A que era inferior a esta quando derrotada em 2018.

Richarlison comemora gol marcado pela seleção brasileira diante da Sérvia na estreia do Mundial do Catar. Foto: Lucas Figueiredo/CBF
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Eles vieram no usual 3-4-2-1. Sem o essencial ala-esquerdo Kostic para armar. Mladenovic o substituiu sem a mesma qualidade e contundência. O que até desobrigou Raphinha a o acompanhar numa linha de cinco defensiva, como fazia no começo, e voltaria a fazer quando Vlahovic entrou. Tadic foi bem blindado por Casemiro.

A seleção teve quatro chances no primeiro tempo mais nervoso. E voltou do intervalo avassaladora até abrir o placar no oportunismo de Richarlison. E no talento de Neymar para armar a jogada para um Brasil que pode ser equilibrado com um centroavante, dois pontas, um gênio, e Paquetá que cerca como volante e arma como meia. Foram 12 chances ao todo. Só uma deles. E mais um golaço do Pombo com asa. Voando como canarinho. Vencendo como penta.

O Brasil é um dos maiores favoritos. De novo. Não só por ser o rei de Copas e estar condenado a estar no rol dos suspeitos usuais. Não apenas pela soberba jactância brazuca de achar que a gente ganhou cinco canecos e perdemos os outros 16 (e depois são os cohermanos argentinos os que seriam prepotentes…).

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O Brasil em Copas, pra nossa gente dourada mostrar seu valor (como cantariam os Novos Baianos tão craques e experientes como o Daniel Alves), tem essa mania de achar que o Pelé vence Copas, e o Lazaroni as perde. Não é mérito alemão os 7 a 1. É só botar na conta penta do Felipão todo o débito e o Pix que não tem como pagar pelo Mineirazen. Não são os rivais que na montanha russa não escalada em 2018 se armaram para nosso perigoso Hazard como os belgas se armaram como De Bruyne, nos atacaram como Lukaku, e se defendem como Courtois.

Na egrégia corte do futebol, o brasileiro médio e da mídia tem convicção que ele é o Xandão dos campos. Manda prender e manda soltar. Com ou sem razão. E se defende atirando como Roberto Dinamite (não o oportunista e histórico artilheiro vascaíno, mas o oportunista histérico deputado Roberto Granada na PF).

Seguimos favoritos. Mensagem do pombo-correio.

Estreia é tão importante que precisaria ser a última coisa que a gente faz na vida. Como, por definição, não tem jeito de mudar, a gente bebe sem moderação da velha fonte da não-juventude: estreia em Copa é tão difícil que a gente tinha que estrear como 11 Pelés e Manés. Como eles debutaram debulhando os soviéticos, em 1958: os chamados “cinco minutos mais sensacionais de Copas”.

Mas eram Garrincha e o ET Pelé.

Agora, não. Fora Neymar (que Dorval disse que jogaria no lugar dele na linha de frente santista dos anjos e dos diabos dos Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe), o time do Tite não tem (ainda) outro extraclasse. Só Neymar (que Jairzinho, o Furacão de 70, diz que também jogaria na melhor seleção de todas as Copas, a tri).

Estreia é osso. Foi isso. Ainda mais contra bom time como a Sérvia. Uma das herdeiras da escola iugoslava (os chamados “brasileiros do Leste europeu”). A Iugoslávia que primeira nos venceu em Copas, em 1930. A que quase nos antecipou o Maracanazo, em 1950. A que empatou com a gente em jogo duro em 1954. A que fez partida chata na estreia de 1974. A que era inferior a esta quando derrotada em 2018.

Richarlison comemora gol marcado pela seleção brasileira diante da Sérvia na estreia do Mundial do Catar. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Eles vieram no usual 3-4-2-1. Sem o essencial ala-esquerdo Kostic para armar. Mladenovic o substituiu sem a mesma qualidade e contundência. O que até desobrigou Raphinha a o acompanhar numa linha de cinco defensiva, como fazia no começo, e voltaria a fazer quando Vlahovic entrou. Tadic foi bem blindado por Casemiro.

A seleção teve quatro chances no primeiro tempo mais nervoso. E voltou do intervalo avassaladora até abrir o placar no oportunismo de Richarlison. E no talento de Neymar para armar a jogada para um Brasil que pode ser equilibrado com um centroavante, dois pontas, um gênio, e Paquetá que cerca como volante e arma como meia. Foram 12 chances ao todo. Só uma deles. E mais um golaço do Pombo com asa. Voando como canarinho. Vencendo como penta.

O Brasil é um dos maiores favoritos. De novo. Não só por ser o rei de Copas e estar condenado a estar no rol dos suspeitos usuais. Não apenas pela soberba jactância brazuca de achar que a gente ganhou cinco canecos e perdemos os outros 16 (e depois são os cohermanos argentinos os que seriam prepotentes…).

O Brasil em Copas, pra nossa gente dourada mostrar seu valor (como cantariam os Novos Baianos tão craques e experientes como o Daniel Alves), tem essa mania de achar que o Pelé vence Copas, e o Lazaroni as perde. Não é mérito alemão os 7 a 1. É só botar na conta penta do Felipão todo o débito e o Pix que não tem como pagar pelo Mineirazen. Não são os rivais que na montanha russa não escalada em 2018 se armaram para nosso perigoso Hazard como os belgas se armaram como De Bruyne, nos atacaram como Lukaku, e se defendem como Courtois.

Na egrégia corte do futebol, o brasileiro médio e da mídia tem convicção que ele é o Xandão dos campos. Manda prender e manda soltar. Com ou sem razão. E se defende atirando como Roberto Dinamite (não o oportunista e histórico artilheiro vascaíno, mas o oportunista histérico deputado Roberto Granada na PF).

Seguimos favoritos. Mensagem do pombo-correio.

Estreia é tão importante que precisaria ser a última coisa que a gente faz na vida. Como, por definição, não tem jeito de mudar, a gente bebe sem moderação da velha fonte da não-juventude: estreia em Copa é tão difícil que a gente tinha que estrear como 11 Pelés e Manés. Como eles debutaram debulhando os soviéticos, em 1958: os chamados “cinco minutos mais sensacionais de Copas”.

Mas eram Garrincha e o ET Pelé.

Agora, não. Fora Neymar (que Dorval disse que jogaria no lugar dele na linha de frente santista dos anjos e dos diabos dos Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe), o time do Tite não tem (ainda) outro extraclasse. Só Neymar (que Jairzinho, o Furacão de 70, diz que também jogaria na melhor seleção de todas as Copas, a tri).

Estreia é osso. Foi isso. Ainda mais contra bom time como a Sérvia. Uma das herdeiras da escola iugoslava (os chamados “brasileiros do Leste europeu”). A Iugoslávia que primeira nos venceu em Copas, em 1930. A que quase nos antecipou o Maracanazo, em 1950. A que empatou com a gente em jogo duro em 1954. A que fez partida chata na estreia de 1974. A que era inferior a esta quando derrotada em 2018.

Richarlison comemora gol marcado pela seleção brasileira diante da Sérvia na estreia do Mundial do Catar. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Eles vieram no usual 3-4-2-1. Sem o essencial ala-esquerdo Kostic para armar. Mladenovic o substituiu sem a mesma qualidade e contundência. O que até desobrigou Raphinha a o acompanhar numa linha de cinco defensiva, como fazia no começo, e voltaria a fazer quando Vlahovic entrou. Tadic foi bem blindado por Casemiro.

A seleção teve quatro chances no primeiro tempo mais nervoso. E voltou do intervalo avassaladora até abrir o placar no oportunismo de Richarlison. E no talento de Neymar para armar a jogada para um Brasil que pode ser equilibrado com um centroavante, dois pontas, um gênio, e Paquetá que cerca como volante e arma como meia. Foram 12 chances ao todo. Só uma deles. E mais um golaço do Pombo com asa. Voando como canarinho. Vencendo como penta.

O Brasil é um dos maiores favoritos. De novo. Não só por ser o rei de Copas e estar condenado a estar no rol dos suspeitos usuais. Não apenas pela soberba jactância brazuca de achar que a gente ganhou cinco canecos e perdemos os outros 16 (e depois são os cohermanos argentinos os que seriam prepotentes…).

O Brasil em Copas, pra nossa gente dourada mostrar seu valor (como cantariam os Novos Baianos tão craques e experientes como o Daniel Alves), tem essa mania de achar que o Pelé vence Copas, e o Lazaroni as perde. Não é mérito alemão os 7 a 1. É só botar na conta penta do Felipão todo o débito e o Pix que não tem como pagar pelo Mineirazen. Não são os rivais que na montanha russa não escalada em 2018 se armaram para nosso perigoso Hazard como os belgas se armaram como De Bruyne, nos atacaram como Lukaku, e se defendem como Courtois.

Na egrégia corte do futebol, o brasileiro médio e da mídia tem convicção que ele é o Xandão dos campos. Manda prender e manda soltar. Com ou sem razão. E se defende atirando como Roberto Dinamite (não o oportunista e histórico artilheiro vascaíno, mas o oportunista histérico deputado Roberto Granada na PF).

Seguimos favoritos. Mensagem do pombo-correio.

Estreia é tão importante que precisaria ser a última coisa que a gente faz na vida. Como, por definição, não tem jeito de mudar, a gente bebe sem moderação da velha fonte da não-juventude: estreia em Copa é tão difícil que a gente tinha que estrear como 11 Pelés e Manés. Como eles debutaram debulhando os soviéticos, em 1958: os chamados “cinco minutos mais sensacionais de Copas”.

Mas eram Garrincha e o ET Pelé.

Agora, não. Fora Neymar (que Dorval disse que jogaria no lugar dele na linha de frente santista dos anjos e dos diabos dos Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe), o time do Tite não tem (ainda) outro extraclasse. Só Neymar (que Jairzinho, o Furacão de 70, diz que também jogaria na melhor seleção de todas as Copas, a tri).

Estreia é osso. Foi isso. Ainda mais contra bom time como a Sérvia. Uma das herdeiras da escola iugoslava (os chamados “brasileiros do Leste europeu”). A Iugoslávia que primeira nos venceu em Copas, em 1930. A que quase nos antecipou o Maracanazo, em 1950. A que empatou com a gente em jogo duro em 1954. A que fez partida chata na estreia de 1974. A que era inferior a esta quando derrotada em 2018.

Richarlison comemora gol marcado pela seleção brasileira diante da Sérvia na estreia do Mundial do Catar. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Eles vieram no usual 3-4-2-1. Sem o essencial ala-esquerdo Kostic para armar. Mladenovic o substituiu sem a mesma qualidade e contundência. O que até desobrigou Raphinha a o acompanhar numa linha de cinco defensiva, como fazia no começo, e voltaria a fazer quando Vlahovic entrou. Tadic foi bem blindado por Casemiro.

A seleção teve quatro chances no primeiro tempo mais nervoso. E voltou do intervalo avassaladora até abrir o placar no oportunismo de Richarlison. E no talento de Neymar para armar a jogada para um Brasil que pode ser equilibrado com um centroavante, dois pontas, um gênio, e Paquetá que cerca como volante e arma como meia. Foram 12 chances ao todo. Só uma deles. E mais um golaço do Pombo com asa. Voando como canarinho. Vencendo como penta.

O Brasil é um dos maiores favoritos. De novo. Não só por ser o rei de Copas e estar condenado a estar no rol dos suspeitos usuais. Não apenas pela soberba jactância brazuca de achar que a gente ganhou cinco canecos e perdemos os outros 16 (e depois são os cohermanos argentinos os que seriam prepotentes…).

O Brasil em Copas, pra nossa gente dourada mostrar seu valor (como cantariam os Novos Baianos tão craques e experientes como o Daniel Alves), tem essa mania de achar que o Pelé vence Copas, e o Lazaroni as perde. Não é mérito alemão os 7 a 1. É só botar na conta penta do Felipão todo o débito e o Pix que não tem como pagar pelo Mineirazen. Não são os rivais que na montanha russa não escalada em 2018 se armaram para nosso perigoso Hazard como os belgas se armaram como De Bruyne, nos atacaram como Lukaku, e se defendem como Courtois.

Na egrégia corte do futebol, o brasileiro médio e da mídia tem convicção que ele é o Xandão dos campos. Manda prender e manda soltar. Com ou sem razão. E se defende atirando como Roberto Dinamite (não o oportunista e histórico artilheiro vascaíno, mas o oportunista histérico deputado Roberto Granada na PF).

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