E-mails sugerem que a CBF orientou o Vitória no 'caso Victor Ramos'


Entidade sugeriu a clube baiano om os trâmites necessários para uma transferência internacional; Inter recorreu ao STJD

Por Marcio Dolzan

A CBF teria orientado o Vitória a proceder com os trâmites necessários para uma transferência internacional no caso envolvendo a contratação do zagueiro Victor Ramos. É o que indica uma série de e-mails trocados entre o diretor de Registro e Transferência da entidade, Reynaldo Buzzoni, e o chefe de Registros e Contratos do Vitória, Edson Vilas Boas. O Estadão teve acesso a esses e-mails, de 29 de fevereiro.

A troca de correspondência contradiz declarações recentes do próprio Buzzoni, que, assim como o Vitória, tem sustentado que a negociação aconteceu entre clubes do Brasil - do Palmeiras para o Vitória - e, portanto, não haveria necessidade de seguir com os trâmites internacionais e respeitar as janelas de transferência. Os direitos econômicos pertencem ao Monterrey, do México.

Victor Ramos já defendeu o Palmeiras. Foto: César Greco/Divulgação
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A confusão envolvendo a contratação de Victor Ramos pelo clube baiano voltou à tona diante da ação recente do Internacional. Ameaçado pelo rebaixamento, o clube gaúcho recorreu ao STJD na tentativa de provar que o zagueiro jogou o Campeonato Brasileiro de forma irregular - participou de 26 partidas. Caso o tribunal venha a concordar com a tese, o Vitória seria punido com perda de pontos e se tornaria o quarto clube rebaixado no Brasileirão.

Nos e-mails trocados em fevereiro com o responsável pelos contratos do Vitória, o diretor da CBF é categórico ao afirmar que "mesmo para outro clube do mesmo país, é necessário o retorno do ITC (Certificado Internacional de Transferência, na sigla em inglês) para o México para depois gerar um novo empréstimo para um clube brasileiro".

Em um dos e-mails, Buzzoni escreveu: "Primeiro, o Palmeiras e o clube mexicano deve (sic) dar uma conclusão ao TMS #106697, sobre o empréstimo do atleta ao Palmeiras. Após isso, será necessário o retorno do empréstimo para o México e um novo pedido de empréstimo para o Vitória. Mesmo para outro clube do país, é necessário o retorno do ITC para o México para depois gerar um novo empréstimo para o clube brasileiro".

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Em outro e-mail, o diretor da CBF alerta para que seja observado período autorizado pela Fifa para transferências desse tipo - a "janela de transferência". Em resposta, Vilas Boas escreve que a janela "já está fechada".

A discussão sobre a situação de Victor Ramos começou ainda em março, durante o Campeonato Baiano. O Bahia questionava o fato de o zagueiro, depois de ter seu vínculo encerrado com o Palmeiras, no fim do ano passado, não ter sido novamente registrado pelo Monterrey, do México.

Em março, ele foi registrado pelo Vitória sem antes passar pelo clube dono dos seus direitos econômicos. Isso fez com que a transferência fosse nacional e não internacional. À época, a Federação Baiana de Futebol (FBF) questionou a CBF sobre a situação de Victor Ramos e recebeu aval para registrá-lo.

A CBF teria orientado o Vitória a proceder com os trâmites necessários para uma transferência internacional no caso envolvendo a contratação do zagueiro Victor Ramos. É o que indica uma série de e-mails trocados entre o diretor de Registro e Transferência da entidade, Reynaldo Buzzoni, e o chefe de Registros e Contratos do Vitória, Edson Vilas Boas. O Estadão teve acesso a esses e-mails, de 29 de fevereiro.

A troca de correspondência contradiz declarações recentes do próprio Buzzoni, que, assim como o Vitória, tem sustentado que a negociação aconteceu entre clubes do Brasil - do Palmeiras para o Vitória - e, portanto, não haveria necessidade de seguir com os trâmites internacionais e respeitar as janelas de transferência. Os direitos econômicos pertencem ao Monterrey, do México.

Victor Ramos já defendeu o Palmeiras. Foto: César Greco/Divulgação

A confusão envolvendo a contratação de Victor Ramos pelo clube baiano voltou à tona diante da ação recente do Internacional. Ameaçado pelo rebaixamento, o clube gaúcho recorreu ao STJD na tentativa de provar que o zagueiro jogou o Campeonato Brasileiro de forma irregular - participou de 26 partidas. Caso o tribunal venha a concordar com a tese, o Vitória seria punido com perda de pontos e se tornaria o quarto clube rebaixado no Brasileirão.

Nos e-mails trocados em fevereiro com o responsável pelos contratos do Vitória, o diretor da CBF é categórico ao afirmar que "mesmo para outro clube do mesmo país, é necessário o retorno do ITC (Certificado Internacional de Transferência, na sigla em inglês) para o México para depois gerar um novo empréstimo para um clube brasileiro".

Em um dos e-mails, Buzzoni escreveu: "Primeiro, o Palmeiras e o clube mexicano deve (sic) dar uma conclusão ao TMS #106697, sobre o empréstimo do atleta ao Palmeiras. Após isso, será necessário o retorno do empréstimo para o México e um novo pedido de empréstimo para o Vitória. Mesmo para outro clube do país, é necessário o retorno do ITC para o México para depois gerar um novo empréstimo para o clube brasileiro".

Em outro e-mail, o diretor da CBF alerta para que seja observado período autorizado pela Fifa para transferências desse tipo - a "janela de transferência". Em resposta, Vilas Boas escreve que a janela "já está fechada".

A discussão sobre a situação de Victor Ramos começou ainda em março, durante o Campeonato Baiano. O Bahia questionava o fato de o zagueiro, depois de ter seu vínculo encerrado com o Palmeiras, no fim do ano passado, não ter sido novamente registrado pelo Monterrey, do México.

Em março, ele foi registrado pelo Vitória sem antes passar pelo clube dono dos seus direitos econômicos. Isso fez com que a transferência fosse nacional e não internacional. À época, a Federação Baiana de Futebol (FBF) questionou a CBF sobre a situação de Victor Ramos e recebeu aval para registrá-lo.

A CBF teria orientado o Vitória a proceder com os trâmites necessários para uma transferência internacional no caso envolvendo a contratação do zagueiro Victor Ramos. É o que indica uma série de e-mails trocados entre o diretor de Registro e Transferência da entidade, Reynaldo Buzzoni, e o chefe de Registros e Contratos do Vitória, Edson Vilas Boas. O Estadão teve acesso a esses e-mails, de 29 de fevereiro.

A troca de correspondência contradiz declarações recentes do próprio Buzzoni, que, assim como o Vitória, tem sustentado que a negociação aconteceu entre clubes do Brasil - do Palmeiras para o Vitória - e, portanto, não haveria necessidade de seguir com os trâmites internacionais e respeitar as janelas de transferência. Os direitos econômicos pertencem ao Monterrey, do México.

Victor Ramos já defendeu o Palmeiras. Foto: César Greco/Divulgação

A confusão envolvendo a contratação de Victor Ramos pelo clube baiano voltou à tona diante da ação recente do Internacional. Ameaçado pelo rebaixamento, o clube gaúcho recorreu ao STJD na tentativa de provar que o zagueiro jogou o Campeonato Brasileiro de forma irregular - participou de 26 partidas. Caso o tribunal venha a concordar com a tese, o Vitória seria punido com perda de pontos e se tornaria o quarto clube rebaixado no Brasileirão.

Nos e-mails trocados em fevereiro com o responsável pelos contratos do Vitória, o diretor da CBF é categórico ao afirmar que "mesmo para outro clube do mesmo país, é necessário o retorno do ITC (Certificado Internacional de Transferência, na sigla em inglês) para o México para depois gerar um novo empréstimo para um clube brasileiro".

Em um dos e-mails, Buzzoni escreveu: "Primeiro, o Palmeiras e o clube mexicano deve (sic) dar uma conclusão ao TMS #106697, sobre o empréstimo do atleta ao Palmeiras. Após isso, será necessário o retorno do empréstimo para o México e um novo pedido de empréstimo para o Vitória. Mesmo para outro clube do país, é necessário o retorno do ITC para o México para depois gerar um novo empréstimo para o clube brasileiro".

Em outro e-mail, o diretor da CBF alerta para que seja observado período autorizado pela Fifa para transferências desse tipo - a "janela de transferência". Em resposta, Vilas Boas escreve que a janela "já está fechada".

A discussão sobre a situação de Victor Ramos começou ainda em março, durante o Campeonato Baiano. O Bahia questionava o fato de o zagueiro, depois de ter seu vínculo encerrado com o Palmeiras, no fim do ano passado, não ter sido novamente registrado pelo Monterrey, do México.

Em março, ele foi registrado pelo Vitória sem antes passar pelo clube dono dos seus direitos econômicos. Isso fez com que a transferência fosse nacional e não internacional. À época, a Federação Baiana de Futebol (FBF) questionou a CBF sobre a situação de Victor Ramos e recebeu aval para registrá-lo.

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