A nadadora brasileira Rebeca Gusmão, de 23 anos, foi suspensa preventivamente nesta segunda-feira, 5, pela Federação Internacional de Natação (Fina) por apresentar níveis anormais de testosterona, em exame realizado no dia 13 julho, antes do início das disputas das provas aquáticas dos Jogos Pan-Americanos do Rio. Veja também:Rebeca Gusmão pedirá novo exame antidoping com amostra B A testosterona é um hormônio masculino que aumenta a resistência dos músculos. Rebeca havia ganhado destaque nos últimos anos pelo aumento da massa muscular. Ela cresceu quatro centímetros e ganhou seis quilos desde que começou a intensificar o trabalho físico, após o Pan de Santo Domingo (2003) - atualmente, tem 1,78 m e 82 kg. Rebeca alegou que possui um problema de ovário policístico, que aumenta a massa muscular no corpo, o que, no caso, seria considerado um doping natural e não caberia punição. É com base nisso que a nadadora apresentará sua defesa perante a Fina, que ainda marcará a data do julgamento da atleta. Punição Até o dia 23 deste mês, Rebeca viajará ao Canadá para realizar a contraprova e se defender. Caso o exame volte a dar positivo, a atleta poderá ser suspensa por dois anos pela Fina e ficar de fora da disputa dos Jogos Olímpicos de Pequim, que acontecem em agosto do próximo ano. Além disso, Rebeca perderia as medalhas conquistadas nos Jogos Pan-Americanos. Ela levou dois ouros, nas disputas dos 50 m e 100 m livres, uma prata, no revezamento 4x100 metros livre, e um bronze, no revezamento 4x100 metros medley - ela foi a primeira brasileira a levar uma medalha dourada na natação em Pan-Americanos. Outro caso Além da Fina, o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) investiga um possível doping de Rebeca por testosterona, em exame realizado em maio de 2006. Advogados da atleta alegam que o exame foi contaminado e que não tem validade. Os responsáveis pelo caso ainda analisam as amostras.
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