Abel Ferreira começa a pavimentar sua saída do Palmeiras e o clube precisa se preparar para isso


Treinador tem contrato até dezembro de 2024, mas é sondado na Europa, já teve problemas com outros técnicos, processa jornalistas e pega pesado contra a arbitragem: há um “sentimento” de adeus

Por Robson Morelli
Atualização:

Ninguém me tira da cabeça que o técnico Abel Ferreira começa a pavimentar sua saída do Palmeiras, aos poucos e estrategicamente, mesmo a despeito de ele jurar amor ao clube que paga o seu salário e que o colocou no cenário com conquistas e relevância. Abel chegou ao Brasil de avião sem nada na bagagem e com a pecha de treinador que não esquenta posto, destemido de encarar desafios além-mar. Deixou Portugal para trabalhar na Grécia, na minha concepção, dando um passo para trás. Mesmo assim, foi descoberto pela direção do Palmeiras. Deu certo como poderia não ter dado.

No Palmeiras ele se tornou o treinador que é. Reverenciado no Brasil, com a mala cheia de conquistas e na iminência de ganhar o Brasileirão - o time lidera a competição com oito pontos de diferença para o segundo colocado. De modo a ganhar o respeito de todos. O elenco, claro, tem muito das suas conquistas. Ele mesmo diz isso.

Abel Ferreira treina o Palmeiras na Academia: treinador tem contrato até dezembro de 2024 Foto: Fábio Menotti / Palmeiras
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Para Abel, um treinador não representa mais do que 30% de importância para uma equipe. Eu sempre defendi menos, 25%. Penso que no futebol brasileiro, damos muita importância ao “professor”. Alguns acreditam que são mesmo mais importantes do que os jogadores e a estrutura do clube. Outros, mais inteligentes, sabem o seu lugar.

Abel ganhou notoriedade no Brasil e na Europa, de onde veio, a ponto de ter o nome sondado por alguns clubes da Espanha e da Inglaterra, times ainda do andar intermediário da prateleira. Essas ofertas tendem a se intensificar. E aí ele terá de decidir. Se confirmar a conquista do Brasileirão, terá vencido tudo de relevante no País, menos o Mundial de Clubes da Fifa, mas como o Palmeiras caiu fora da Libertadores, não terá a chance de brigar pelo título novamente. Teve sua chance.

Abel traça um caminho que já vimos em outras épocas. O futebol por essas bandas não começou com a sua chegada. Muitos outros treinadores já se valeram do expediente de se colocar desconfortáveis no cargo para abrir portas para a rua. Abel teve desentendimentos com outros técnicos por falar mais do que devia. Alguns não tinham razão em criticá-lo, outros tinham. Mas todos foram na onda. Agora, ele processa dois jornalistas, um direito dele, mas que só contribuiu para esquentar esse cenário de combate contra tudo e contra todos, como ele disse recentemente referindo-se nas entrelinhas à arbitragem.

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Ele leva muitos torcedores com ele nessas confusões, parte dos dirigentes do clube e certamente o comando do Palmeiras. Os jogadores estão com ele para o que der e vier, como tem de ser diante de um treinador campeão. O fato é que Abel Ferreira tem agora estofo para comandar bons clubes na Europa e isso me parece inevitável em sua carreira. O Palmeiras tem de se preparar para sua saída, mesmo com contrato assinado até dezembro e 2024.

Há ainda a possibilidade de ele treinar a seleção brasileira, condição de antemão rechaçada pelo próprio treinador. Duvido que a CBF não faça uma consulta quando tiver de escolher o substituto de Tite após a Copa do Mundo do Catar. Se tiver alguma chance de ele ser alçado ao cargo, o assunto será discutido. Sua permanência no futebol brasileiro, conhecendo de perto nossas brasilidades, pode ajudá-lo a ser aceito - ter ou não técnico estrangeiro na seleção parece assunto velho.

Abel tem sido um crítico ferrenho do calendário do futebol. Ele engrossa o coro dos treinadores que reclamam de tantos jogos e tão poucas datas para treinos e recuperação de atletas, e deles próprios. Portanto, tenho dúvidas se ele aceitaria recomeçar uma temporada tão desgastante física e mentalmente no Brasil. Se saísse hoje do Palmeiras, teria cumprido sua missão. E o Palmeiras e a torcida e o elenco seguiriam sem ele normalmente. O Palmeiras tem dado passos na frente de seus concorrentes. Não pode ser pego de surpresa caso seu treinador peça para ir embora.

Ninguém me tira da cabeça que o técnico Abel Ferreira começa a pavimentar sua saída do Palmeiras, aos poucos e estrategicamente, mesmo a despeito de ele jurar amor ao clube que paga o seu salário e que o colocou no cenário com conquistas e relevância. Abel chegou ao Brasil de avião sem nada na bagagem e com a pecha de treinador que não esquenta posto, destemido de encarar desafios além-mar. Deixou Portugal para trabalhar na Grécia, na minha concepção, dando um passo para trás. Mesmo assim, foi descoberto pela direção do Palmeiras. Deu certo como poderia não ter dado.

No Palmeiras ele se tornou o treinador que é. Reverenciado no Brasil, com a mala cheia de conquistas e na iminência de ganhar o Brasileirão - o time lidera a competição com oito pontos de diferença para o segundo colocado. De modo a ganhar o respeito de todos. O elenco, claro, tem muito das suas conquistas. Ele mesmo diz isso.

Abel Ferreira treina o Palmeiras na Academia: treinador tem contrato até dezembro de 2024 Foto: Fábio Menotti / Palmeiras

Para Abel, um treinador não representa mais do que 30% de importância para uma equipe. Eu sempre defendi menos, 25%. Penso que no futebol brasileiro, damos muita importância ao “professor”. Alguns acreditam que são mesmo mais importantes do que os jogadores e a estrutura do clube. Outros, mais inteligentes, sabem o seu lugar.

Abel ganhou notoriedade no Brasil e na Europa, de onde veio, a ponto de ter o nome sondado por alguns clubes da Espanha e da Inglaterra, times ainda do andar intermediário da prateleira. Essas ofertas tendem a se intensificar. E aí ele terá de decidir. Se confirmar a conquista do Brasileirão, terá vencido tudo de relevante no País, menos o Mundial de Clubes da Fifa, mas como o Palmeiras caiu fora da Libertadores, não terá a chance de brigar pelo título novamente. Teve sua chance.

Abel traça um caminho que já vimos em outras épocas. O futebol por essas bandas não começou com a sua chegada. Muitos outros treinadores já se valeram do expediente de se colocar desconfortáveis no cargo para abrir portas para a rua. Abel teve desentendimentos com outros técnicos por falar mais do que devia. Alguns não tinham razão em criticá-lo, outros tinham. Mas todos foram na onda. Agora, ele processa dois jornalistas, um direito dele, mas que só contribuiu para esquentar esse cenário de combate contra tudo e contra todos, como ele disse recentemente referindo-se nas entrelinhas à arbitragem.

Ele leva muitos torcedores com ele nessas confusões, parte dos dirigentes do clube e certamente o comando do Palmeiras. Os jogadores estão com ele para o que der e vier, como tem de ser diante de um treinador campeão. O fato é que Abel Ferreira tem agora estofo para comandar bons clubes na Europa e isso me parece inevitável em sua carreira. O Palmeiras tem de se preparar para sua saída, mesmo com contrato assinado até dezembro e 2024.

Há ainda a possibilidade de ele treinar a seleção brasileira, condição de antemão rechaçada pelo próprio treinador. Duvido que a CBF não faça uma consulta quando tiver de escolher o substituto de Tite após a Copa do Mundo do Catar. Se tiver alguma chance de ele ser alçado ao cargo, o assunto será discutido. Sua permanência no futebol brasileiro, conhecendo de perto nossas brasilidades, pode ajudá-lo a ser aceito - ter ou não técnico estrangeiro na seleção parece assunto velho.

Abel tem sido um crítico ferrenho do calendário do futebol. Ele engrossa o coro dos treinadores que reclamam de tantos jogos e tão poucas datas para treinos e recuperação de atletas, e deles próprios. Portanto, tenho dúvidas se ele aceitaria recomeçar uma temporada tão desgastante física e mentalmente no Brasil. Se saísse hoje do Palmeiras, teria cumprido sua missão. E o Palmeiras e a torcida e o elenco seguiriam sem ele normalmente. O Palmeiras tem dado passos na frente de seus concorrentes. Não pode ser pego de surpresa caso seu treinador peça para ir embora.

Ninguém me tira da cabeça que o técnico Abel Ferreira começa a pavimentar sua saída do Palmeiras, aos poucos e estrategicamente, mesmo a despeito de ele jurar amor ao clube que paga o seu salário e que o colocou no cenário com conquistas e relevância. Abel chegou ao Brasil de avião sem nada na bagagem e com a pecha de treinador que não esquenta posto, destemido de encarar desafios além-mar. Deixou Portugal para trabalhar na Grécia, na minha concepção, dando um passo para trás. Mesmo assim, foi descoberto pela direção do Palmeiras. Deu certo como poderia não ter dado.

No Palmeiras ele se tornou o treinador que é. Reverenciado no Brasil, com a mala cheia de conquistas e na iminência de ganhar o Brasileirão - o time lidera a competição com oito pontos de diferença para o segundo colocado. De modo a ganhar o respeito de todos. O elenco, claro, tem muito das suas conquistas. Ele mesmo diz isso.

Abel Ferreira treina o Palmeiras na Academia: treinador tem contrato até dezembro de 2024 Foto: Fábio Menotti / Palmeiras

Para Abel, um treinador não representa mais do que 30% de importância para uma equipe. Eu sempre defendi menos, 25%. Penso que no futebol brasileiro, damos muita importância ao “professor”. Alguns acreditam que são mesmo mais importantes do que os jogadores e a estrutura do clube. Outros, mais inteligentes, sabem o seu lugar.

Abel ganhou notoriedade no Brasil e na Europa, de onde veio, a ponto de ter o nome sondado por alguns clubes da Espanha e da Inglaterra, times ainda do andar intermediário da prateleira. Essas ofertas tendem a se intensificar. E aí ele terá de decidir. Se confirmar a conquista do Brasileirão, terá vencido tudo de relevante no País, menos o Mundial de Clubes da Fifa, mas como o Palmeiras caiu fora da Libertadores, não terá a chance de brigar pelo título novamente. Teve sua chance.

Abel traça um caminho que já vimos em outras épocas. O futebol por essas bandas não começou com a sua chegada. Muitos outros treinadores já se valeram do expediente de se colocar desconfortáveis no cargo para abrir portas para a rua. Abel teve desentendimentos com outros técnicos por falar mais do que devia. Alguns não tinham razão em criticá-lo, outros tinham. Mas todos foram na onda. Agora, ele processa dois jornalistas, um direito dele, mas que só contribuiu para esquentar esse cenário de combate contra tudo e contra todos, como ele disse recentemente referindo-se nas entrelinhas à arbitragem.

Ele leva muitos torcedores com ele nessas confusões, parte dos dirigentes do clube e certamente o comando do Palmeiras. Os jogadores estão com ele para o que der e vier, como tem de ser diante de um treinador campeão. O fato é que Abel Ferreira tem agora estofo para comandar bons clubes na Europa e isso me parece inevitável em sua carreira. O Palmeiras tem de se preparar para sua saída, mesmo com contrato assinado até dezembro e 2024.

Há ainda a possibilidade de ele treinar a seleção brasileira, condição de antemão rechaçada pelo próprio treinador. Duvido que a CBF não faça uma consulta quando tiver de escolher o substituto de Tite após a Copa do Mundo do Catar. Se tiver alguma chance de ele ser alçado ao cargo, o assunto será discutido. Sua permanência no futebol brasileiro, conhecendo de perto nossas brasilidades, pode ajudá-lo a ser aceito - ter ou não técnico estrangeiro na seleção parece assunto velho.

Abel tem sido um crítico ferrenho do calendário do futebol. Ele engrossa o coro dos treinadores que reclamam de tantos jogos e tão poucas datas para treinos e recuperação de atletas, e deles próprios. Portanto, tenho dúvidas se ele aceitaria recomeçar uma temporada tão desgastante física e mentalmente no Brasil. Se saísse hoje do Palmeiras, teria cumprido sua missão. E o Palmeiras e a torcida e o elenco seguiriam sem ele normalmente. O Palmeiras tem dado passos na frente de seus concorrentes. Não pode ser pego de surpresa caso seu treinador peça para ir embora.

Ninguém me tira da cabeça que o técnico Abel Ferreira começa a pavimentar sua saída do Palmeiras, aos poucos e estrategicamente, mesmo a despeito de ele jurar amor ao clube que paga o seu salário e que o colocou no cenário com conquistas e relevância. Abel chegou ao Brasil de avião sem nada na bagagem e com a pecha de treinador que não esquenta posto, destemido de encarar desafios além-mar. Deixou Portugal para trabalhar na Grécia, na minha concepção, dando um passo para trás. Mesmo assim, foi descoberto pela direção do Palmeiras. Deu certo como poderia não ter dado.

No Palmeiras ele se tornou o treinador que é. Reverenciado no Brasil, com a mala cheia de conquistas e na iminência de ganhar o Brasileirão - o time lidera a competição com oito pontos de diferença para o segundo colocado. De modo a ganhar o respeito de todos. O elenco, claro, tem muito das suas conquistas. Ele mesmo diz isso.

Abel Ferreira treina o Palmeiras na Academia: treinador tem contrato até dezembro de 2024 Foto: Fábio Menotti / Palmeiras

Para Abel, um treinador não representa mais do que 30% de importância para uma equipe. Eu sempre defendi menos, 25%. Penso que no futebol brasileiro, damos muita importância ao “professor”. Alguns acreditam que são mesmo mais importantes do que os jogadores e a estrutura do clube. Outros, mais inteligentes, sabem o seu lugar.

Abel ganhou notoriedade no Brasil e na Europa, de onde veio, a ponto de ter o nome sondado por alguns clubes da Espanha e da Inglaterra, times ainda do andar intermediário da prateleira. Essas ofertas tendem a se intensificar. E aí ele terá de decidir. Se confirmar a conquista do Brasileirão, terá vencido tudo de relevante no País, menos o Mundial de Clubes da Fifa, mas como o Palmeiras caiu fora da Libertadores, não terá a chance de brigar pelo título novamente. Teve sua chance.

Abel traça um caminho que já vimos em outras épocas. O futebol por essas bandas não começou com a sua chegada. Muitos outros treinadores já se valeram do expediente de se colocar desconfortáveis no cargo para abrir portas para a rua. Abel teve desentendimentos com outros técnicos por falar mais do que devia. Alguns não tinham razão em criticá-lo, outros tinham. Mas todos foram na onda. Agora, ele processa dois jornalistas, um direito dele, mas que só contribuiu para esquentar esse cenário de combate contra tudo e contra todos, como ele disse recentemente referindo-se nas entrelinhas à arbitragem.

Ele leva muitos torcedores com ele nessas confusões, parte dos dirigentes do clube e certamente o comando do Palmeiras. Os jogadores estão com ele para o que der e vier, como tem de ser diante de um treinador campeão. O fato é que Abel Ferreira tem agora estofo para comandar bons clubes na Europa e isso me parece inevitável em sua carreira. O Palmeiras tem de se preparar para sua saída, mesmo com contrato assinado até dezembro e 2024.

Há ainda a possibilidade de ele treinar a seleção brasileira, condição de antemão rechaçada pelo próprio treinador. Duvido que a CBF não faça uma consulta quando tiver de escolher o substituto de Tite após a Copa do Mundo do Catar. Se tiver alguma chance de ele ser alçado ao cargo, o assunto será discutido. Sua permanência no futebol brasileiro, conhecendo de perto nossas brasilidades, pode ajudá-lo a ser aceito - ter ou não técnico estrangeiro na seleção parece assunto velho.

Abel tem sido um crítico ferrenho do calendário do futebol. Ele engrossa o coro dos treinadores que reclamam de tantos jogos e tão poucas datas para treinos e recuperação de atletas, e deles próprios. Portanto, tenho dúvidas se ele aceitaria recomeçar uma temporada tão desgastante física e mentalmente no Brasil. Se saísse hoje do Palmeiras, teria cumprido sua missão. E o Palmeiras e a torcida e o elenco seguiriam sem ele normalmente. O Palmeiras tem dado passos na frente de seus concorrentes. Não pode ser pego de surpresa caso seu treinador peça para ir embora.

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