Abel Ferreira discursa para multidão na Bienal do Livro, filosofa e é ovacionado por palmeirenses


Em conversa com o embaixador de Portugal no Brasil, treinador do Palmeiras chora, faz reflexões, dá conselhos e é aplaudido por centenas de pessoas em uma tarde de popstar

Por Ricardo Magatti

Abel Ferreira viveu (mais um) dia de popstar. O técnico do Palmeiras foi uma das figuras mais ovacionadas na Bienal Internacional do Livro de São Paulo nesta quinta-feira, 7. Em uma conversa com Luís Faro Ramos, embaixador de Portugal no Brasil, ele discursou por pouco mais de 40 minutos para uma multidão eufórica e ansiosa para vê-lo. A maioria, claro, era formada por palmeirenses, de todas as idades. Era possível notar uma predominância - até surpreendente - de mulheres, sobretudo jovens. Foi aplaudido assim que chegou, durante a sua fala e ao término dela.

Na conversa, Abel elogiou a culinária do País que lhe acolheu, especialmente os doces, cujo consumo teve de reduzir por recomendação médica. Revelou que cresceu assistindo a novelas brasileiras, deu conselhos, externou suas convicções, chorou ao falar da família, filosofou ao comentar sobre sonhos e a forma como vive e fez alguns paralelos entre o futebol e a vida.

Abel Ferreira fala para grande público na Bienal do Livro de São Paulo Foto: Alex Silva/ Estadão
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Num espaço que acomodava 500 pessoas, mas no qual estavam, no mínimo, o dobro disso, quem esteve ali assistiu a um Abel bem diferente do que se está acostumado a ver nas entrevistas pós-jogos, embora o português também tenha falado - e muito - sobre o Palmeiras. "Estou aqui como uma pessoa que gosta de ler e de aprender", disse o técnico no início de seu discurso. A cada fala ele era ovacionado, principalmente quando fazia alguma reflexão, seja ela superficial ou mais profunda.

"Tenho os pés no chão. Não podemos alterar nossa forma de ser independentemente do que tenho. O nosso caráter é o que nos faz diferentes. Eu, antes de ser treinador, sou formador de homens", afirmou o autor de "Cabeça fria, coração quente", da Garoa Livros.

O livro de Abel Ferreira foi um dos mais procurados no espaço destinado aos títulos de autores ou personagens portugueses. A busca foi maior até mesmo que a de escritores consagrados, como José Saramago e Eça de Queiroz. Está previsto um segundo volume da obra, detalhando os bastidores da disputa do Mundial de Clubes em Abu Dabi e da Recopa Sul-Americana.

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Centenas de palmeirenses compareceram à Bienal do Livro nesta quinta-feira Foto: Alex Silva/ Estadão

O técnico e escritor falou muito de si, especialmente sobre sua personalidade. Afirmou ter o "coração mole mais mole que existe", mas reconheceu que se transforma nos jogos e deu um recado à imprensa. "Nunca fui o melhor aluno, o melhor jogador. Mas a imprensa pode vasculhar meu passado atrás de coisas ruins que não vai encontrar nada".

Os fãs puderam levar seu exemplar do livro para o técnico autografar minutos depois do debate. Foram liberadas antecipadamente de forma online apenas 120 senhas, com direito a levar um acompanhante. Houve muita reclamação de quem tentou, e não conseguiu, obter uma dessas restritas senhas de acesso ao treinador.

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O jornalista Wellington Nascimento, de 25 anos, foi um dos sortudos. "O sistema liberou e em segundos estava esgotado", contou o fã do treinador. "O Abel é meu ídolo. Amo-o como ser humano e técnico. Aproveitei a oportunidade para ficar frente a frente com ele".

"Parecia show de banda famosa. Entrei antes das 14h e consegui às 14h02 minha senha", detalha o professor Rodrigo Russo, de 36 anos, mais um dos admiradores do português popstar que reuniu uma multidão na 26ª edição da maior feira de livros da América Latina. "Tenho até uma tatuagem dele", ressaltou, apontando para o "todos somos um", lema cunhado pelo técnico e tatuado em seu antebraço.

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Admirado pelos idosos

Embora houvesse muitos jovens, também foi possível notar uma presença importante de idosos, sobretudo mulheres. Até mesmo as poucas ligadas ao futebol e ao Palmeiras resolveram prestigiar o treinador. A pensionista Maria Helena, de 75 anos, era uma delas.

"Eu vim aqui porque gosto dos livros e porque minha neta quis ver o Abel e o Tiago (Costa, auxiliar de Abel). Agora estou ansiosa também. Vai que eu consigo um abraço dele, aquele português danado", comentou aos risos. Maria Helena acompanhou a filha e as netas, também fãs do português, no evento, desde as 9h, quando assistiram à palestra do auxiliar de Abel.

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Abel notou a presença de "um pessoal sênior", como disse, e revelou que boa parte das mensagens que recebe são desse grupo etário. "As pessoas mais velhas me escrevem e me passam muito carinho. Eles me enchem o coração com uma alegria tremenda. Eu penso: 'o que faço para eles? Agradeço muito", comentou.

Sessão de autógrafos

Terminada a conversa de Abel com o embaixador de Portugal no Brasil, o treinador foi para uma segunda atividade: autografar cada um dos exemplares que os torcedores levaram. Segundo a organização do evento, era proibido assinar camisas, bonés e outros itens para evitar que o evento ultrapassasse o tempo regulamentar. No entanto, os 30 minutos previstos para a sessão foram estendidos para três horas de duração. Foram 300 exemplares autografados.

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A sessão de autógrafos aconteceu em um espaço diferente do que estava previsto, num lugar um pouco maior, e foi marcada por uma certa desorganização e reclamações. Abel assinou os livros com paciência e tirou foto com cerca de 300 pessoas que ali estavam. Uma delas era a atriz Laura La Padula, de 27 anos. Ela entregou um cartãozinho para o seu ídolo.

"Dei esse cartãozinho agradecendo a ele por ser quem é. Aprendemos muito com ele. Ele ensina humildade, respeito, amor e dedicação. O Abel transcende o futebol. Ele é inspirador", explicou.

Abel Ferreira viveu (mais um) dia de popstar. O técnico do Palmeiras foi uma das figuras mais ovacionadas na Bienal Internacional do Livro de São Paulo nesta quinta-feira, 7. Em uma conversa com Luís Faro Ramos, embaixador de Portugal no Brasil, ele discursou por pouco mais de 40 minutos para uma multidão eufórica e ansiosa para vê-lo. A maioria, claro, era formada por palmeirenses, de todas as idades. Era possível notar uma predominância - até surpreendente - de mulheres, sobretudo jovens. Foi aplaudido assim que chegou, durante a sua fala e ao término dela.

Na conversa, Abel elogiou a culinária do País que lhe acolheu, especialmente os doces, cujo consumo teve de reduzir por recomendação médica. Revelou que cresceu assistindo a novelas brasileiras, deu conselhos, externou suas convicções, chorou ao falar da família, filosofou ao comentar sobre sonhos e a forma como vive e fez alguns paralelos entre o futebol e a vida.

Abel Ferreira fala para grande público na Bienal do Livro de São Paulo Foto: Alex Silva/ Estadão

Num espaço que acomodava 500 pessoas, mas no qual estavam, no mínimo, o dobro disso, quem esteve ali assistiu a um Abel bem diferente do que se está acostumado a ver nas entrevistas pós-jogos, embora o português também tenha falado - e muito - sobre o Palmeiras. "Estou aqui como uma pessoa que gosta de ler e de aprender", disse o técnico no início de seu discurso. A cada fala ele era ovacionado, principalmente quando fazia alguma reflexão, seja ela superficial ou mais profunda.

"Tenho os pés no chão. Não podemos alterar nossa forma de ser independentemente do que tenho. O nosso caráter é o que nos faz diferentes. Eu, antes de ser treinador, sou formador de homens", afirmou o autor de "Cabeça fria, coração quente", da Garoa Livros.

O livro de Abel Ferreira foi um dos mais procurados no espaço destinado aos títulos de autores ou personagens portugueses. A busca foi maior até mesmo que a de escritores consagrados, como José Saramago e Eça de Queiroz. Está previsto um segundo volume da obra, detalhando os bastidores da disputa do Mundial de Clubes em Abu Dabi e da Recopa Sul-Americana.

Centenas de palmeirenses compareceram à Bienal do Livro nesta quinta-feira Foto: Alex Silva/ Estadão

O técnico e escritor falou muito de si, especialmente sobre sua personalidade. Afirmou ter o "coração mole mais mole que existe", mas reconheceu que se transforma nos jogos e deu um recado à imprensa. "Nunca fui o melhor aluno, o melhor jogador. Mas a imprensa pode vasculhar meu passado atrás de coisas ruins que não vai encontrar nada".

Os fãs puderam levar seu exemplar do livro para o técnico autografar minutos depois do debate. Foram liberadas antecipadamente de forma online apenas 120 senhas, com direito a levar um acompanhante. Houve muita reclamação de quem tentou, e não conseguiu, obter uma dessas restritas senhas de acesso ao treinador.

O jornalista Wellington Nascimento, de 25 anos, foi um dos sortudos. "O sistema liberou e em segundos estava esgotado", contou o fã do treinador. "O Abel é meu ídolo. Amo-o como ser humano e técnico. Aproveitei a oportunidade para ficar frente a frente com ele".

"Parecia show de banda famosa. Entrei antes das 14h e consegui às 14h02 minha senha", detalha o professor Rodrigo Russo, de 36 anos, mais um dos admiradores do português popstar que reuniu uma multidão na 26ª edição da maior feira de livros da América Latina. "Tenho até uma tatuagem dele", ressaltou, apontando para o "todos somos um", lema cunhado pelo técnico e tatuado em seu antebraço.

Admirado pelos idosos

Embora houvesse muitos jovens, também foi possível notar uma presença importante de idosos, sobretudo mulheres. Até mesmo as poucas ligadas ao futebol e ao Palmeiras resolveram prestigiar o treinador. A pensionista Maria Helena, de 75 anos, era uma delas.

"Eu vim aqui porque gosto dos livros e porque minha neta quis ver o Abel e o Tiago (Costa, auxiliar de Abel). Agora estou ansiosa também. Vai que eu consigo um abraço dele, aquele português danado", comentou aos risos. Maria Helena acompanhou a filha e as netas, também fãs do português, no evento, desde as 9h, quando assistiram à palestra do auxiliar de Abel.

Abel notou a presença de "um pessoal sênior", como disse, e revelou que boa parte das mensagens que recebe são desse grupo etário. "As pessoas mais velhas me escrevem e me passam muito carinho. Eles me enchem o coração com uma alegria tremenda. Eu penso: 'o que faço para eles? Agradeço muito", comentou.

Sessão de autógrafos

Terminada a conversa de Abel com o embaixador de Portugal no Brasil, o treinador foi para uma segunda atividade: autografar cada um dos exemplares que os torcedores levaram. Segundo a organização do evento, era proibido assinar camisas, bonés e outros itens para evitar que o evento ultrapassasse o tempo regulamentar. No entanto, os 30 minutos previstos para a sessão foram estendidos para três horas de duração. Foram 300 exemplares autografados.

A sessão de autógrafos aconteceu em um espaço diferente do que estava previsto, num lugar um pouco maior, e foi marcada por uma certa desorganização e reclamações. Abel assinou os livros com paciência e tirou foto com cerca de 300 pessoas que ali estavam. Uma delas era a atriz Laura La Padula, de 27 anos. Ela entregou um cartãozinho para o seu ídolo.

"Dei esse cartãozinho agradecendo a ele por ser quem é. Aprendemos muito com ele. Ele ensina humildade, respeito, amor e dedicação. O Abel transcende o futebol. Ele é inspirador", explicou.

Abel Ferreira viveu (mais um) dia de popstar. O técnico do Palmeiras foi uma das figuras mais ovacionadas na Bienal Internacional do Livro de São Paulo nesta quinta-feira, 7. Em uma conversa com Luís Faro Ramos, embaixador de Portugal no Brasil, ele discursou por pouco mais de 40 minutos para uma multidão eufórica e ansiosa para vê-lo. A maioria, claro, era formada por palmeirenses, de todas as idades. Era possível notar uma predominância - até surpreendente - de mulheres, sobretudo jovens. Foi aplaudido assim que chegou, durante a sua fala e ao término dela.

Na conversa, Abel elogiou a culinária do País que lhe acolheu, especialmente os doces, cujo consumo teve de reduzir por recomendação médica. Revelou que cresceu assistindo a novelas brasileiras, deu conselhos, externou suas convicções, chorou ao falar da família, filosofou ao comentar sobre sonhos e a forma como vive e fez alguns paralelos entre o futebol e a vida.

Abel Ferreira fala para grande público na Bienal do Livro de São Paulo Foto: Alex Silva/ Estadão

Num espaço que acomodava 500 pessoas, mas no qual estavam, no mínimo, o dobro disso, quem esteve ali assistiu a um Abel bem diferente do que se está acostumado a ver nas entrevistas pós-jogos, embora o português também tenha falado - e muito - sobre o Palmeiras. "Estou aqui como uma pessoa que gosta de ler e de aprender", disse o técnico no início de seu discurso. A cada fala ele era ovacionado, principalmente quando fazia alguma reflexão, seja ela superficial ou mais profunda.

"Tenho os pés no chão. Não podemos alterar nossa forma de ser independentemente do que tenho. O nosso caráter é o que nos faz diferentes. Eu, antes de ser treinador, sou formador de homens", afirmou o autor de "Cabeça fria, coração quente", da Garoa Livros.

O livro de Abel Ferreira foi um dos mais procurados no espaço destinado aos títulos de autores ou personagens portugueses. A busca foi maior até mesmo que a de escritores consagrados, como José Saramago e Eça de Queiroz. Está previsto um segundo volume da obra, detalhando os bastidores da disputa do Mundial de Clubes em Abu Dabi e da Recopa Sul-Americana.

Centenas de palmeirenses compareceram à Bienal do Livro nesta quinta-feira Foto: Alex Silva/ Estadão

O técnico e escritor falou muito de si, especialmente sobre sua personalidade. Afirmou ter o "coração mole mais mole que existe", mas reconheceu que se transforma nos jogos e deu um recado à imprensa. "Nunca fui o melhor aluno, o melhor jogador. Mas a imprensa pode vasculhar meu passado atrás de coisas ruins que não vai encontrar nada".

Os fãs puderam levar seu exemplar do livro para o técnico autografar minutos depois do debate. Foram liberadas antecipadamente de forma online apenas 120 senhas, com direito a levar um acompanhante. Houve muita reclamação de quem tentou, e não conseguiu, obter uma dessas restritas senhas de acesso ao treinador.

O jornalista Wellington Nascimento, de 25 anos, foi um dos sortudos. "O sistema liberou e em segundos estava esgotado", contou o fã do treinador. "O Abel é meu ídolo. Amo-o como ser humano e técnico. Aproveitei a oportunidade para ficar frente a frente com ele".

"Parecia show de banda famosa. Entrei antes das 14h e consegui às 14h02 minha senha", detalha o professor Rodrigo Russo, de 36 anos, mais um dos admiradores do português popstar que reuniu uma multidão na 26ª edição da maior feira de livros da América Latina. "Tenho até uma tatuagem dele", ressaltou, apontando para o "todos somos um", lema cunhado pelo técnico e tatuado em seu antebraço.

Admirado pelos idosos

Embora houvesse muitos jovens, também foi possível notar uma presença importante de idosos, sobretudo mulheres. Até mesmo as poucas ligadas ao futebol e ao Palmeiras resolveram prestigiar o treinador. A pensionista Maria Helena, de 75 anos, era uma delas.

"Eu vim aqui porque gosto dos livros e porque minha neta quis ver o Abel e o Tiago (Costa, auxiliar de Abel). Agora estou ansiosa também. Vai que eu consigo um abraço dele, aquele português danado", comentou aos risos. Maria Helena acompanhou a filha e as netas, também fãs do português, no evento, desde as 9h, quando assistiram à palestra do auxiliar de Abel.

Abel notou a presença de "um pessoal sênior", como disse, e revelou que boa parte das mensagens que recebe são desse grupo etário. "As pessoas mais velhas me escrevem e me passam muito carinho. Eles me enchem o coração com uma alegria tremenda. Eu penso: 'o que faço para eles? Agradeço muito", comentou.

Sessão de autógrafos

Terminada a conversa de Abel com o embaixador de Portugal no Brasil, o treinador foi para uma segunda atividade: autografar cada um dos exemplares que os torcedores levaram. Segundo a organização do evento, era proibido assinar camisas, bonés e outros itens para evitar que o evento ultrapassasse o tempo regulamentar. No entanto, os 30 minutos previstos para a sessão foram estendidos para três horas de duração. Foram 300 exemplares autografados.

A sessão de autógrafos aconteceu em um espaço diferente do que estava previsto, num lugar um pouco maior, e foi marcada por uma certa desorganização e reclamações. Abel assinou os livros com paciência e tirou foto com cerca de 300 pessoas que ali estavam. Uma delas era a atriz Laura La Padula, de 27 anos. Ela entregou um cartãozinho para o seu ídolo.

"Dei esse cartãozinho agradecendo a ele por ser quem é. Aprendemos muito com ele. Ele ensina humildade, respeito, amor e dedicação. O Abel transcende o futebol. Ele é inspirador", explicou.

Abel Ferreira viveu (mais um) dia de popstar. O técnico do Palmeiras foi uma das figuras mais ovacionadas na Bienal Internacional do Livro de São Paulo nesta quinta-feira, 7. Em uma conversa com Luís Faro Ramos, embaixador de Portugal no Brasil, ele discursou por pouco mais de 40 minutos para uma multidão eufórica e ansiosa para vê-lo. A maioria, claro, era formada por palmeirenses, de todas as idades. Era possível notar uma predominância - até surpreendente - de mulheres, sobretudo jovens. Foi aplaudido assim que chegou, durante a sua fala e ao término dela.

Na conversa, Abel elogiou a culinária do País que lhe acolheu, especialmente os doces, cujo consumo teve de reduzir por recomendação médica. Revelou que cresceu assistindo a novelas brasileiras, deu conselhos, externou suas convicções, chorou ao falar da família, filosofou ao comentar sobre sonhos e a forma como vive e fez alguns paralelos entre o futebol e a vida.

Abel Ferreira fala para grande público na Bienal do Livro de São Paulo Foto: Alex Silva/ Estadão

Num espaço que acomodava 500 pessoas, mas no qual estavam, no mínimo, o dobro disso, quem esteve ali assistiu a um Abel bem diferente do que se está acostumado a ver nas entrevistas pós-jogos, embora o português também tenha falado - e muito - sobre o Palmeiras. "Estou aqui como uma pessoa que gosta de ler e de aprender", disse o técnico no início de seu discurso. A cada fala ele era ovacionado, principalmente quando fazia alguma reflexão, seja ela superficial ou mais profunda.

"Tenho os pés no chão. Não podemos alterar nossa forma de ser independentemente do que tenho. O nosso caráter é o que nos faz diferentes. Eu, antes de ser treinador, sou formador de homens", afirmou o autor de "Cabeça fria, coração quente", da Garoa Livros.

O livro de Abel Ferreira foi um dos mais procurados no espaço destinado aos títulos de autores ou personagens portugueses. A busca foi maior até mesmo que a de escritores consagrados, como José Saramago e Eça de Queiroz. Está previsto um segundo volume da obra, detalhando os bastidores da disputa do Mundial de Clubes em Abu Dabi e da Recopa Sul-Americana.

Centenas de palmeirenses compareceram à Bienal do Livro nesta quinta-feira Foto: Alex Silva/ Estadão

O técnico e escritor falou muito de si, especialmente sobre sua personalidade. Afirmou ter o "coração mole mais mole que existe", mas reconheceu que se transforma nos jogos e deu um recado à imprensa. "Nunca fui o melhor aluno, o melhor jogador. Mas a imprensa pode vasculhar meu passado atrás de coisas ruins que não vai encontrar nada".

Os fãs puderam levar seu exemplar do livro para o técnico autografar minutos depois do debate. Foram liberadas antecipadamente de forma online apenas 120 senhas, com direito a levar um acompanhante. Houve muita reclamação de quem tentou, e não conseguiu, obter uma dessas restritas senhas de acesso ao treinador.

O jornalista Wellington Nascimento, de 25 anos, foi um dos sortudos. "O sistema liberou e em segundos estava esgotado", contou o fã do treinador. "O Abel é meu ídolo. Amo-o como ser humano e técnico. Aproveitei a oportunidade para ficar frente a frente com ele".

"Parecia show de banda famosa. Entrei antes das 14h e consegui às 14h02 minha senha", detalha o professor Rodrigo Russo, de 36 anos, mais um dos admiradores do português popstar que reuniu uma multidão na 26ª edição da maior feira de livros da América Latina. "Tenho até uma tatuagem dele", ressaltou, apontando para o "todos somos um", lema cunhado pelo técnico e tatuado em seu antebraço.

Admirado pelos idosos

Embora houvesse muitos jovens, também foi possível notar uma presença importante de idosos, sobretudo mulheres. Até mesmo as poucas ligadas ao futebol e ao Palmeiras resolveram prestigiar o treinador. A pensionista Maria Helena, de 75 anos, era uma delas.

"Eu vim aqui porque gosto dos livros e porque minha neta quis ver o Abel e o Tiago (Costa, auxiliar de Abel). Agora estou ansiosa também. Vai que eu consigo um abraço dele, aquele português danado", comentou aos risos. Maria Helena acompanhou a filha e as netas, também fãs do português, no evento, desde as 9h, quando assistiram à palestra do auxiliar de Abel.

Abel notou a presença de "um pessoal sênior", como disse, e revelou que boa parte das mensagens que recebe são desse grupo etário. "As pessoas mais velhas me escrevem e me passam muito carinho. Eles me enchem o coração com uma alegria tremenda. Eu penso: 'o que faço para eles? Agradeço muito", comentou.

Sessão de autógrafos

Terminada a conversa de Abel com o embaixador de Portugal no Brasil, o treinador foi para uma segunda atividade: autografar cada um dos exemplares que os torcedores levaram. Segundo a organização do evento, era proibido assinar camisas, bonés e outros itens para evitar que o evento ultrapassasse o tempo regulamentar. No entanto, os 30 minutos previstos para a sessão foram estendidos para três horas de duração. Foram 300 exemplares autografados.

A sessão de autógrafos aconteceu em um espaço diferente do que estava previsto, num lugar um pouco maior, e foi marcada por uma certa desorganização e reclamações. Abel assinou os livros com paciência e tirou foto com cerca de 300 pessoas que ali estavam. Uma delas era a atriz Laura La Padula, de 27 anos. Ela entregou um cartãozinho para o seu ídolo.

"Dei esse cartãozinho agradecendo a ele por ser quem é. Aprendemos muito com ele. Ele ensina humildade, respeito, amor e dedicação. O Abel transcende o futebol. Ele é inspirador", explicou.

Abel Ferreira viveu (mais um) dia de popstar. O técnico do Palmeiras foi uma das figuras mais ovacionadas na Bienal Internacional do Livro de São Paulo nesta quinta-feira, 7. Em uma conversa com Luís Faro Ramos, embaixador de Portugal no Brasil, ele discursou por pouco mais de 40 minutos para uma multidão eufórica e ansiosa para vê-lo. A maioria, claro, era formada por palmeirenses, de todas as idades. Era possível notar uma predominância - até surpreendente - de mulheres, sobretudo jovens. Foi aplaudido assim que chegou, durante a sua fala e ao término dela.

Na conversa, Abel elogiou a culinária do País que lhe acolheu, especialmente os doces, cujo consumo teve de reduzir por recomendação médica. Revelou que cresceu assistindo a novelas brasileiras, deu conselhos, externou suas convicções, chorou ao falar da família, filosofou ao comentar sobre sonhos e a forma como vive e fez alguns paralelos entre o futebol e a vida.

Abel Ferreira fala para grande público na Bienal do Livro de São Paulo Foto: Alex Silva/ Estadão

Num espaço que acomodava 500 pessoas, mas no qual estavam, no mínimo, o dobro disso, quem esteve ali assistiu a um Abel bem diferente do que se está acostumado a ver nas entrevistas pós-jogos, embora o português também tenha falado - e muito - sobre o Palmeiras. "Estou aqui como uma pessoa que gosta de ler e de aprender", disse o técnico no início de seu discurso. A cada fala ele era ovacionado, principalmente quando fazia alguma reflexão, seja ela superficial ou mais profunda.

"Tenho os pés no chão. Não podemos alterar nossa forma de ser independentemente do que tenho. O nosso caráter é o que nos faz diferentes. Eu, antes de ser treinador, sou formador de homens", afirmou o autor de "Cabeça fria, coração quente", da Garoa Livros.

O livro de Abel Ferreira foi um dos mais procurados no espaço destinado aos títulos de autores ou personagens portugueses. A busca foi maior até mesmo que a de escritores consagrados, como José Saramago e Eça de Queiroz. Está previsto um segundo volume da obra, detalhando os bastidores da disputa do Mundial de Clubes em Abu Dabi e da Recopa Sul-Americana.

Centenas de palmeirenses compareceram à Bienal do Livro nesta quinta-feira Foto: Alex Silva/ Estadão

O técnico e escritor falou muito de si, especialmente sobre sua personalidade. Afirmou ter o "coração mole mais mole que existe", mas reconheceu que se transforma nos jogos e deu um recado à imprensa. "Nunca fui o melhor aluno, o melhor jogador. Mas a imprensa pode vasculhar meu passado atrás de coisas ruins que não vai encontrar nada".

Os fãs puderam levar seu exemplar do livro para o técnico autografar minutos depois do debate. Foram liberadas antecipadamente de forma online apenas 120 senhas, com direito a levar um acompanhante. Houve muita reclamação de quem tentou, e não conseguiu, obter uma dessas restritas senhas de acesso ao treinador.

O jornalista Wellington Nascimento, de 25 anos, foi um dos sortudos. "O sistema liberou e em segundos estava esgotado", contou o fã do treinador. "O Abel é meu ídolo. Amo-o como ser humano e técnico. Aproveitei a oportunidade para ficar frente a frente com ele".

"Parecia show de banda famosa. Entrei antes das 14h e consegui às 14h02 minha senha", detalha o professor Rodrigo Russo, de 36 anos, mais um dos admiradores do português popstar que reuniu uma multidão na 26ª edição da maior feira de livros da América Latina. "Tenho até uma tatuagem dele", ressaltou, apontando para o "todos somos um", lema cunhado pelo técnico e tatuado em seu antebraço.

Admirado pelos idosos

Embora houvesse muitos jovens, também foi possível notar uma presença importante de idosos, sobretudo mulheres. Até mesmo as poucas ligadas ao futebol e ao Palmeiras resolveram prestigiar o treinador. A pensionista Maria Helena, de 75 anos, era uma delas.

"Eu vim aqui porque gosto dos livros e porque minha neta quis ver o Abel e o Tiago (Costa, auxiliar de Abel). Agora estou ansiosa também. Vai que eu consigo um abraço dele, aquele português danado", comentou aos risos. Maria Helena acompanhou a filha e as netas, também fãs do português, no evento, desde as 9h, quando assistiram à palestra do auxiliar de Abel.

Abel notou a presença de "um pessoal sênior", como disse, e revelou que boa parte das mensagens que recebe são desse grupo etário. "As pessoas mais velhas me escrevem e me passam muito carinho. Eles me enchem o coração com uma alegria tremenda. Eu penso: 'o que faço para eles? Agradeço muito", comentou.

Sessão de autógrafos

Terminada a conversa de Abel com o embaixador de Portugal no Brasil, o treinador foi para uma segunda atividade: autografar cada um dos exemplares que os torcedores levaram. Segundo a organização do evento, era proibido assinar camisas, bonés e outros itens para evitar que o evento ultrapassasse o tempo regulamentar. No entanto, os 30 minutos previstos para a sessão foram estendidos para três horas de duração. Foram 300 exemplares autografados.

A sessão de autógrafos aconteceu em um espaço diferente do que estava previsto, num lugar um pouco maior, e foi marcada por uma certa desorganização e reclamações. Abel assinou os livros com paciência e tirou foto com cerca de 300 pessoas que ali estavam. Uma delas era a atriz Laura La Padula, de 27 anos. Ela entregou um cartãozinho para o seu ídolo.

"Dei esse cartãozinho agradecendo a ele por ser quem é. Aprendemos muito com ele. Ele ensina humildade, respeito, amor e dedicação. O Abel transcende o futebol. Ele é inspirador", explicou.

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