Abel Ferreira é um treinador que prioriza os aspectos coletivos do jogo. O português não gosta, por exemplo, de responder perguntas sobre jogadores individualmente. Por isso, conquistas individuais são, para o comandante do Palmeiras, mérito de todo o clube.
Na última sexta-feira, o Palmeiras teve três jogadores convocados para defender a seleção brasileira no dia 25 de março diante do Marrocos em amistoso. O meia Raphael Veiga e o atacante Rony vão debutar com a camisa do Brasil e terão a companhia do goleiro Weverton.
“Eu acho que as convocações são fruto de um trabalho que tem sido feito por todos, inclusive pela comissão técnica. Portanto, não há só satisfação para os jogadores, fruto do seu trabalho e dedicação. Tínhamos mais dois que, na minha opinião, também poderiam ir, mas não é minha função. Disse a esses dois que, quando temos um sonho, não podemos desistir dele, independentemente da idade que temos. Enfim, é um prêmio para Veiga, Weverton e Rony e também para o Palmeiras. É um orgulho para todos e para os torcedores”, afirmou Abel.
QUARTAS DE FINAL
Nesta segunda-feira, o Palmeiras conhecerá data e horário do duelo com o São Bernardo pelas quartas de final do Campeonato Paulista. O adversário do ABC teve a segunda melhor campanha do Estadual, enquanto o time alviverde liderou a primeira fase.
Abel afirma que se debruçará sobre as características do adversário para definir as estratégias do duelo. O treinador espera que o apoio do torcedor faça a diferença para a equipe avançar para a semifinal.
“Vou começar agora a estudar o adversário. Olhando para os números, foi o segundo classificado, foram melhores que os outros todos. Vamos fazer o de sempre: respeitar o rival, entender como eles vão jogar, mas estaremos na nossa casa e temos a ambição de passar à próxima fase. Os últimos dois resultados (do São Bernardo) não foram tão bons, é uma equipe que quando começa ganhando se fecha muito, como fez com o São Paulo. São fortes na bola parada também”, disse Abel, que também entende que há espaço para a equipe melhorar, especialmente no setor do ataque.
“Fico contente porque há margem para nós melhorarmos. Nós perdemos jogadores que nos davam uma dinâmica e temos de criar novas dinâmicas ofensivas. Temos muita coisa para melhorar individual e coletivamente, andando com a corda esticada e em alerta. O modelo e a ideia de jogo estão sempre em construção. Não gosto de estar sempre fazendo a mesma coisa, porque leva à acomodação”, afirmou.