Abel Ferreira vem há tempos reclamando do estado do gramado do Allianz Parque. E a bronca do treinador português não tem relação com o piso ser de grama sintética, e sim com a falta de cuidados. Neste domingo, após a vitória por 2 a 1 sobre o Santos, o treinador pediu que haja uma “manutenção” de emergência e disse que não são apenas os adversários os prejudicados, mas também o Palmeiras.
“Quando cheguei em 2020, nunca reclamei ou falei nada do (gramado) sintético. É uma opção válida e temos de entender que um estádio como este pode ser mais do que um estádio”, explicou, ao ser questionado sobre o gramado após os santistas saírem reclamando. “Entendo perfeitamente, mas há uma coisa que se chama manutenção. E não altero uma vírgula do que disse há um mês e meio e só há uma forma de melhorar: grama sintética e nova”, cobrou.
Giuliano, do Santos, sai machucado com poucos minutos em campo. No ano passado, o lateral-esquerdo são-paulino Welington também se lesionou gravemente no local. Houve outros oponentes, com menor gravidade. A preocupação, agora, se aplica também aos astros do Palmeiras. Enquanto o treinador concedia a coletiva, o clube divulgou uma nota dizendo que não joga mais no Allianz enquanto o gramado não for reparado pela Real Arenas, empresa criada pela WTorre para gerir o estádio.
“Neste momento, não é só prejudicial aos adversários, é prejudicial para o Palmeiras. E que fique bem claro: quando o Abel chegou, nunca reclamou, o gramado estava top. O que falta é manutenção. Precisamos com urgência que se troque o gramado sintético e troque por um outro do mesmo nível de quando eu cheguei aqui”, disse o português.
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Sobre o clássico, o técnico elogiou o Santos para engrandecer a oitava vitória diante do adversário em sua direção - são outros dois empates e apenas uma derrota. “O Santos tem bons zagueiros, um mais experiente (Gil) e outro mais jovem. O Joaquim é muito bom. Não me levem a mal, mas o Santos tem melhor elenco do que tinha no ano passado e será uma equipe difícil de ser batida”, previu.
Questionado sobre a final da Supercopa do Brasil, contra o São Paulo no domingo, optou por ressaltar que ainda há rodada do Paulistão no meio de semana - encara o Red Bull Bragantino na quarta-feira - e optou por mais uma vez cutucar os responsáveis pelo calendário no País.
“Temos jogo agora na quarta-feira, enquanto nosso adversário (o São Paulo), joga na terça (clássico com o Corinthians). Devia ser marcado (em uma data) igual para os dois. A Federação Paulista de Futebol deveria ter marcado igual, mas está tudo certo”, cutucou.