Sem a presença de Adriano, o corpo do pai do artilheiro, Almir Leite Ribeiro, de 45 anos, foi sepultado nesta quarta-feira à tarde no Cemitério do Carmo, no Caju, zona portuária da cidade. Autor de sete gols na Copa América, o atacante da Internazionale de Milão chega somente nesta quinta-feira de manhã ao Rio para ficar com a família, já que alguns vôos com destino ao Brasil estavam lotados. O clube italiano enviou um emissário para acompanhar e atender as solicitações de Adriano, além de tê-lo liberado para retornar à Italia quando estiver recuperado. Além disso, o presidente da Internazionale, Giacinto Faccetti, o maior acionista da agremiação, Massimo Moratti, e seus companheiros de equipe enviaram quatro coroas de flores para o velório. O supervisor da seleção brasileira, Américo Faria, representou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) durante o enterro. O técnico Carlos Alberto Parreira não pôde comparecer por causa de um compromisso pré-agendado. De acordo com Faria, a CBF deu total liberdade para Adriano decidir se participará do amistoso com o Haiti, dia 18, em Porto Príncipe. "Se ele admitir que não deve ir, não há problema nenhum. A gente entende perfeitamente. Mas até o dia do jogo ainda falta muito tempo." Para o supervisor, Adriano demonstrou humildade, durante e após a Copa América, para reconhecer que deve creditar o sucesso de sua carreira à sua família. "A gratidão que Adriano tinha com o pai era imensa. O choque é grande, mas na vida tudo tem de ser superado", afirmou Faria. Além de Adriano, Ribeiro deixou um filho de 5 anos: Thiago de França Ribeiro, que, segundo pessoas próximas à família, ainda não soube da morte do pai com o objetivo de ser poupado do "trauma". Jovens com a camisa do Hang FC, time criado e dirigido por Ribeiro desde 1989, prestaram as últimas homenagens. De acordo com necropsia realizada por peritos, constatou-se que o pai de Adriano foi vítima de infarto fulminante. Ribeiro foi encontrado morto na terça-feira, no apartamento em que morava, na Barra, zona oeste do Rio.