Uma semana depois de renunciar ao cargo de presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar se retirou da sociedade do escritório de advocacia onde trabalhava. Em nota enviada à imprensa, a empresa confirmou que o ex-dirigente não faz mais parte do negócio. Aidar havia se licenciado do trabalho junto com a saída do comando da equipe do Morumbi.A gestão do ex-presidente do São Paulo durou um ano e meio e chegou ao fim após acusações de irregularidades e falta de apoio político. Aidar entregou a carta de renúncia na última terça-feira, quando o cargo passou a ser do interino Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, ex-presidente do Conselho Deliberativo. As novas eleições do clube serão no dia 27 de outubro.
Aidar não trabalhava no escritório desde a posse como presidente do São Paulo, em abril de 2014. Antes de renunciar ao cargo no clube, reuniu-se com os sócios da empresa e com as filhas. Nessas conversas, o dirigente tomou a decisão de sair do comando para evitar um processo de impeachment, que já estava sendo organizado por membros da oposição.O ex-presidente vai enfrentar ainda investigações internas no São Paulo por supostas irregularidades. A Comissão de Ética começou a apurar informações da briga entre Aidar e o vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro e o Conselho Deliberativo vai analisar a gravação de um áudio em que o ex-mandatário teria admitido desvio de dinheiro em transferências.VEJA A ÍNTEGRA DO COMUNICADO"O AIDAR SBZ Advogados comunica que Carlos Miguel Aidar retirou-se da sociedade na data de hoje.Carlos Miguel já não exercia suas atividades junto ao escritório desde abril de 2014, quando assumiu o cargo de presidente do São Paulo Futebol Clube.A rotina do escritório e os trabalhos desenvolvidos para seus clientes não são afetados com sua saída."