Alisha Lehmann, atacante suíça que atua pelo Aston Villa, da Inglaterra, recebeu um convite milionário do site My.Club, principalmente concorrente do OnlyFans, para ser embaixadora do site voltado para conteúdo adulto nas redes. De acordo com informações do tablóide Daily Mail, a proposta foi de 100 mil libras, equivalente a mais de 600 mil reais por mês.
A sugestão oferecida pelo site My.Club à atleta Alisha Lehmann, que tem 24 anos e já namorou o volante brasileiro Douglas Luiz, era a de que ela não produzisse fotos nuas, mas sim sensuais ou de seu dia-a-dia, muito parecida com o que a jogadora de vôlei Key Alves já faz no Brasil. A informação é de que a oferta foi recusada inicialmente.
Key Alves, que atuava pelo Osasco antes de ser chamada para participar da atual edição do programa Big Brother Brasil, já deu entrevistas dizendo que fatura uma média de R$ 150 a R$ 200 mil por mês com o OnlyFans - algo que significa 50 vezes mais se comparado com o que ela ganha no vôlei.
Atualmente, a brasileira conta com quase 8 milhões de seguidores - números inferiores, mas não muito atrás de Alisha Lehmann, que conta com 12 milhões no Instagram.
Para especialistas em marketing esportivo, desde que o conteúdo seja apropriado, novas fontes de receitas para essas profissionais que vão além do esporte devem, sim, servir como uma nova fonte de receita.
“O digital tem uma força grande de conexão e poder de monetização, isso todos tem acompanhado, mas acredito que cada vez mais vai profissionalizar de uma forma que os dados gerados por cada influenciador será levado muito em conta, e quem souber vender e expor melhor terá uma posição diferente perante as marcas”, avalia Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing esportivo.
“A visibilidade e a força que o esporte muitas vezes proporciona ao atleta possibilita a ele monetizar através de outras formas que, não necessariamente, sejam através do esporte”, acrescenta Fábio Wolff, sócio-direito da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo.
“Recentemente, a ministra do Esporte fez uma declaração polêmica que, no fundo, tratava dessa fronteira entre esportes e entretenimento. Isso, na verdade, não existe mais. E cada vez mais vamos ver fenômenos como essas esportistas, que por meio do esporte e do entendimento de como usar as redes sociais e ferramentas digitais, combinam essas personalidades e geram receitas que, somente com o salário de atleta, seriam impossíveis”, argumenta o especialista em novos negócios da indústria do esporte, Armênio Neto