Americana apresenta recurso para reaver bronze de final vencida por Rebeca em Paris-2024


Jordan Chiles subiu ao pódio, mas perdeu a medalha após contestação de romena Ana Maria Barbosu

Por Estadão Conteúdo
Atualização:

A ginasta americana Jordan Chiles entrou com recurso junto à Suprema Corte da Suíça para tentar reaver a medalha de bronze que conquistou na Olimpíada de Paris-2024, na mesma prova em que Rebeca Andrade se sagrou campeã olímpica. Com o recurso, a atleta vai além das esferas esportivas para recuperar a vaga no pódio da prova de solo.

A disputa pelo bronze vem se tornando uma “novela” dos Jogos Olímpicos após recursos tanto da americana quanto da romena Ana Maria Barbosu, que acabou ficando com o terceiro lugar. No dia da competição, quem subiu ao pódio no terceiro posto foi Chiles, que protagonizou uma das cenas mais marcantes da Olimpíada ao fazer reverência à Rebeca ao lado de Simone Biles, medalhista de prata no solo.

Simone Biles, Rebeca Andrade e Jordan Chiles dividiram pódio em Paris. Foto: Alexandre Loureiro/COB.
continua após a publicidade

A imagem, contudo, se tornou desatualizada rapidamente. Após uma série de recursos das equipes dos Estados Unidos e da Romênia ainda durante a disputa do solo, a federação romena acionou a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), que decidiu em favor de Barbosu. Assim, Chiles precisou devolver a medalha.

No recurso junto à CAS, os romenos alegaram que a apelação de Chiles durante a prova do solo, o que acabou levando a americana ao pódio, havia sido feito quatro segundos depois do prazo final estabelecido pela Federação Internacional de Ginástica. Como o recurso dos romenos foi aceito pela CAS, a nota de Chiles foi reduzida, a tirando do pódio.

continua após a publicidade

Os advogados de Chiles argumentaram que a CAS não levaram em conta os vídeos da disputa do solo, que, na avaliação dos americanos, “provam inequivocamente” que o recurso havia sido submetido a tempo, dentro do prazo final da federação internacional. Eles também apontaram que Hamid Gharavi, o presidente do julgamento da CAS, tinha conflito de interesses, por ter atuado como advogado da Romênia por quase dez anos.

“Do início ao fim, os procedimentos que levaram à decisão do painel da CAS foram fundamentalmente injustos, e não é surpresa que tenham resultado em uma decisão injusta”, disseram os advogados. O recurso de Chiles pode transformar a disputa numa batalha legal de meses ou anos sobre as pontuações da ginástica, alvo de críticas ao longo de toda a Olimpíada.

Na semana passada, em evento público, Chiles se manifestou sobre a decisão da CAS e disse que era vítima de racismo. E lembrou que o pódio inicial do solo tinha apenas atletas negras. “A maior coisa que foi tirada de mim foi o reconhecimento de quem eu era. Não apenas meu esporte, mas a pessoa que eu sou. Para mim, tudo o que aconteceu não tem a ver com a medalha, mas sim com a cor da minha pele”, afirmou, sem conseguir segurar as lágrimas, na Cúpula das Mulheres.

A ginasta americana Jordan Chiles entrou com recurso junto à Suprema Corte da Suíça para tentar reaver a medalha de bronze que conquistou na Olimpíada de Paris-2024, na mesma prova em que Rebeca Andrade se sagrou campeã olímpica. Com o recurso, a atleta vai além das esferas esportivas para recuperar a vaga no pódio da prova de solo.

A disputa pelo bronze vem se tornando uma “novela” dos Jogos Olímpicos após recursos tanto da americana quanto da romena Ana Maria Barbosu, que acabou ficando com o terceiro lugar. No dia da competição, quem subiu ao pódio no terceiro posto foi Chiles, que protagonizou uma das cenas mais marcantes da Olimpíada ao fazer reverência à Rebeca ao lado de Simone Biles, medalhista de prata no solo.

Simone Biles, Rebeca Andrade e Jordan Chiles dividiram pódio em Paris. Foto: Alexandre Loureiro/COB.

A imagem, contudo, se tornou desatualizada rapidamente. Após uma série de recursos das equipes dos Estados Unidos e da Romênia ainda durante a disputa do solo, a federação romena acionou a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), que decidiu em favor de Barbosu. Assim, Chiles precisou devolver a medalha.

No recurso junto à CAS, os romenos alegaram que a apelação de Chiles durante a prova do solo, o que acabou levando a americana ao pódio, havia sido feito quatro segundos depois do prazo final estabelecido pela Federação Internacional de Ginástica. Como o recurso dos romenos foi aceito pela CAS, a nota de Chiles foi reduzida, a tirando do pódio.

Os advogados de Chiles argumentaram que a CAS não levaram em conta os vídeos da disputa do solo, que, na avaliação dos americanos, “provam inequivocamente” que o recurso havia sido submetido a tempo, dentro do prazo final da federação internacional. Eles também apontaram que Hamid Gharavi, o presidente do julgamento da CAS, tinha conflito de interesses, por ter atuado como advogado da Romênia por quase dez anos.

“Do início ao fim, os procedimentos que levaram à decisão do painel da CAS foram fundamentalmente injustos, e não é surpresa que tenham resultado em uma decisão injusta”, disseram os advogados. O recurso de Chiles pode transformar a disputa numa batalha legal de meses ou anos sobre as pontuações da ginástica, alvo de críticas ao longo de toda a Olimpíada.

Na semana passada, em evento público, Chiles se manifestou sobre a decisão da CAS e disse que era vítima de racismo. E lembrou que o pódio inicial do solo tinha apenas atletas negras. “A maior coisa que foi tirada de mim foi o reconhecimento de quem eu era. Não apenas meu esporte, mas a pessoa que eu sou. Para mim, tudo o que aconteceu não tem a ver com a medalha, mas sim com a cor da minha pele”, afirmou, sem conseguir segurar as lágrimas, na Cúpula das Mulheres.

A ginasta americana Jordan Chiles entrou com recurso junto à Suprema Corte da Suíça para tentar reaver a medalha de bronze que conquistou na Olimpíada de Paris-2024, na mesma prova em que Rebeca Andrade se sagrou campeã olímpica. Com o recurso, a atleta vai além das esferas esportivas para recuperar a vaga no pódio da prova de solo.

A disputa pelo bronze vem se tornando uma “novela” dos Jogos Olímpicos após recursos tanto da americana quanto da romena Ana Maria Barbosu, que acabou ficando com o terceiro lugar. No dia da competição, quem subiu ao pódio no terceiro posto foi Chiles, que protagonizou uma das cenas mais marcantes da Olimpíada ao fazer reverência à Rebeca ao lado de Simone Biles, medalhista de prata no solo.

Simone Biles, Rebeca Andrade e Jordan Chiles dividiram pódio em Paris. Foto: Alexandre Loureiro/COB.

A imagem, contudo, se tornou desatualizada rapidamente. Após uma série de recursos das equipes dos Estados Unidos e da Romênia ainda durante a disputa do solo, a federação romena acionou a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), que decidiu em favor de Barbosu. Assim, Chiles precisou devolver a medalha.

No recurso junto à CAS, os romenos alegaram que a apelação de Chiles durante a prova do solo, o que acabou levando a americana ao pódio, havia sido feito quatro segundos depois do prazo final estabelecido pela Federação Internacional de Ginástica. Como o recurso dos romenos foi aceito pela CAS, a nota de Chiles foi reduzida, a tirando do pódio.

Os advogados de Chiles argumentaram que a CAS não levaram em conta os vídeos da disputa do solo, que, na avaliação dos americanos, “provam inequivocamente” que o recurso havia sido submetido a tempo, dentro do prazo final da federação internacional. Eles também apontaram que Hamid Gharavi, o presidente do julgamento da CAS, tinha conflito de interesses, por ter atuado como advogado da Romênia por quase dez anos.

“Do início ao fim, os procedimentos que levaram à decisão do painel da CAS foram fundamentalmente injustos, e não é surpresa que tenham resultado em uma decisão injusta”, disseram os advogados. O recurso de Chiles pode transformar a disputa numa batalha legal de meses ou anos sobre as pontuações da ginástica, alvo de críticas ao longo de toda a Olimpíada.

Na semana passada, em evento público, Chiles se manifestou sobre a decisão da CAS e disse que era vítima de racismo. E lembrou que o pódio inicial do solo tinha apenas atletas negras. “A maior coisa que foi tirada de mim foi o reconhecimento de quem eu era. Não apenas meu esporte, mas a pessoa que eu sou. Para mim, tudo o que aconteceu não tem a ver com a medalha, mas sim com a cor da minha pele”, afirmou, sem conseguir segurar as lágrimas, na Cúpula das Mulheres.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.