Análise Daniela Alves: Brasil tem boa postura defensiva, mas mostra nervosismo e desorganização


Seleção sofre com defesa da Jamaica, que não tomou gols neste Mundial, e se desespera no ataque, avalia ex-jogadora do time nacional e atual técnica do Uberlândia

Por Daniela Alves*
Atualização:

O Brasil está eliminado da Copa do Mundo feminina de 2023. Precisando vencer a Jamaica para se classificar às oitavas de final, ficou apenas no empate sem gols e terminou sua participação com o terceiro lugar da chave. Marta, maior jogadora da história da seleção, se despede com a maior artilheira da disputa, com 17 gols em seis edições e um vice-campeonato, perdido diante da Alemanha.

Apesar de ter a bola e controlar o ritmo da partida, a seleção de Pia Sundhage pouco fez. Errando passes, mostrando nervosismo em todas as ações e sofrendo com a “cera” adversária, o Brasil sentiu a obrigação de ganhar para se classificar. Isso atrapalhou demais.

continua após a publicidade

Daniela Alves, técnica do Uberlândia e ex-meia do time nacional, analisa para o Estadão a postura defensiva do Brasil na partida e o poder de fogo no ataque. “Quanto mais se avançava o relógio, o Brasil ia aumentando sua ansiedade e estava cada vez mais desorganizado”, pontuou. Leia a análise completa.

Confira a análise de Daniela Alves

continua após a publicidade

A seleção brasileira começa a partida um pouco ansiosa, errando muitos passes, mas domina todo o primeiro tempo. Faltou acelerar um pouco mais o seu jogo, ter mais ultrapassagens, mais mobilidade para envolver e conseguir furar o sistema defensivo muito bem postado jamaicano.

As tomadas de decisão do Brasil são erradas em alguns momentos da partida, como lançamentos e cruzamentos, que facilitam o sistema defensivo da Jamaica - visivelmente muito mais forte fisicamente.

Rafaela e Kathleen, dupla de zaga brasileira, conseguiu anular muito bem a principal jogadora jamaicana K. Shaw, sempre antecipando as ações e retomando a posse de bola. O primeiro tempo termina com a Jamaica executando bem sua proposta de jogo de se manter postada na defesa e sair no contra-ataque, buscando pegar a defesa brasileira desorganizada, além de segurar o ataque brasileiro.

continua após a publicidade

A técnica Pia Sundhage parece sentir falta de força física em seu ataque e realiza sua primeira alteração já no intervalo de jogo trocando a meia Ary Borges por Bia Zaneratto, que entra fora da posição em que, na minha opinião, joga melhor: centralizada, pisando muito mais na área do que aberta como extrema-esquerda, ‘duplando’ com a lateral já bem ofensiva Tamires.

O treinador jamaicano L. Donaldson também troca no intervalo, substituindo a amarelada C. Williams por T. Cameron no seu meio campo. Obrigatoriamente, o Brasil volta com outra postura para o segundo tempo, sufocando a Jamaica em seu campo defensivo, fazendo várias jogadas aéreas e conquistando alguns escanteios nos primeiros 25 minutos da etapa, mas sem finalizar de maneira efetiva.

Defensivamente, o Brasil não deixa a atacante Shaw respirar, mas durante toda a partida faltou criar jogadas mais agudas, finalizar em gol, e, houve uma demora da técnica do Brasil em mexer na equipe e colocar sangue novo pra melhorar seu ataque, já que o empate classificava a seleção jamaicana.

continua após a publicidade

Quanto mais se avançava o relógio, o Brasil ia aumentando sua ansiedade e de forma cada vez mais desorganizado. Aos 35 minutos do segundo tempo, Pia faz três trocas na equipe, saindo Marta, Antônia e Luana entrando Geyse, Duda Sampaio e Andressa Alves em uma tentativa de mexer no jogo tardiamente, que transforma o time em uma equipe que vai para o ataque desordenadamente na busca pelo gol que classificaria a equipe.

Firme em sua proposta de jogo de sistema defensivo forte e com a melhor defesa da Copa do Mundo, a Jamaica avança sem tomar gols na fase de grupo e elimina o Brasil, que faz sua pior participação em Copas. O Brasil deixa a competição com um futebol muito abaixo da expectativa e da capacidade técnica do time, e Marta encerra sua participação em Copas do Mundo sem o sonhado primeiro título.

*Daniela Alves é técnica do Uberlândia e ex-meia da seleção brasileira

O Brasil está eliminado da Copa do Mundo feminina de 2023. Precisando vencer a Jamaica para se classificar às oitavas de final, ficou apenas no empate sem gols e terminou sua participação com o terceiro lugar da chave. Marta, maior jogadora da história da seleção, se despede com a maior artilheira da disputa, com 17 gols em seis edições e um vice-campeonato, perdido diante da Alemanha.

Apesar de ter a bola e controlar o ritmo da partida, a seleção de Pia Sundhage pouco fez. Errando passes, mostrando nervosismo em todas as ações e sofrendo com a “cera” adversária, o Brasil sentiu a obrigação de ganhar para se classificar. Isso atrapalhou demais.

Daniela Alves, técnica do Uberlândia e ex-meia do time nacional, analisa para o Estadão a postura defensiva do Brasil na partida e o poder de fogo no ataque. “Quanto mais se avançava o relógio, o Brasil ia aumentando sua ansiedade e estava cada vez mais desorganizado”, pontuou. Leia a análise completa.

Confira a análise de Daniela Alves

A seleção brasileira começa a partida um pouco ansiosa, errando muitos passes, mas domina todo o primeiro tempo. Faltou acelerar um pouco mais o seu jogo, ter mais ultrapassagens, mais mobilidade para envolver e conseguir furar o sistema defensivo muito bem postado jamaicano.

As tomadas de decisão do Brasil são erradas em alguns momentos da partida, como lançamentos e cruzamentos, que facilitam o sistema defensivo da Jamaica - visivelmente muito mais forte fisicamente.

Rafaela e Kathleen, dupla de zaga brasileira, conseguiu anular muito bem a principal jogadora jamaicana K. Shaw, sempre antecipando as ações e retomando a posse de bola. O primeiro tempo termina com a Jamaica executando bem sua proposta de jogo de se manter postada na defesa e sair no contra-ataque, buscando pegar a defesa brasileira desorganizada, além de segurar o ataque brasileiro.

A técnica Pia Sundhage parece sentir falta de força física em seu ataque e realiza sua primeira alteração já no intervalo de jogo trocando a meia Ary Borges por Bia Zaneratto, que entra fora da posição em que, na minha opinião, joga melhor: centralizada, pisando muito mais na área do que aberta como extrema-esquerda, ‘duplando’ com a lateral já bem ofensiva Tamires.

O treinador jamaicano L. Donaldson também troca no intervalo, substituindo a amarelada C. Williams por T. Cameron no seu meio campo. Obrigatoriamente, o Brasil volta com outra postura para o segundo tempo, sufocando a Jamaica em seu campo defensivo, fazendo várias jogadas aéreas e conquistando alguns escanteios nos primeiros 25 minutos da etapa, mas sem finalizar de maneira efetiva.

Defensivamente, o Brasil não deixa a atacante Shaw respirar, mas durante toda a partida faltou criar jogadas mais agudas, finalizar em gol, e, houve uma demora da técnica do Brasil em mexer na equipe e colocar sangue novo pra melhorar seu ataque, já que o empate classificava a seleção jamaicana.

Quanto mais se avançava o relógio, o Brasil ia aumentando sua ansiedade e de forma cada vez mais desorganizado. Aos 35 minutos do segundo tempo, Pia faz três trocas na equipe, saindo Marta, Antônia e Luana entrando Geyse, Duda Sampaio e Andressa Alves em uma tentativa de mexer no jogo tardiamente, que transforma o time em uma equipe que vai para o ataque desordenadamente na busca pelo gol que classificaria a equipe.

Firme em sua proposta de jogo de sistema defensivo forte e com a melhor defesa da Copa do Mundo, a Jamaica avança sem tomar gols na fase de grupo e elimina o Brasil, que faz sua pior participação em Copas. O Brasil deixa a competição com um futebol muito abaixo da expectativa e da capacidade técnica do time, e Marta encerra sua participação em Copas do Mundo sem o sonhado primeiro título.

*Daniela Alves é técnica do Uberlândia e ex-meia da seleção brasileira

O Brasil está eliminado da Copa do Mundo feminina de 2023. Precisando vencer a Jamaica para se classificar às oitavas de final, ficou apenas no empate sem gols e terminou sua participação com o terceiro lugar da chave. Marta, maior jogadora da história da seleção, se despede com a maior artilheira da disputa, com 17 gols em seis edições e um vice-campeonato, perdido diante da Alemanha.

Apesar de ter a bola e controlar o ritmo da partida, a seleção de Pia Sundhage pouco fez. Errando passes, mostrando nervosismo em todas as ações e sofrendo com a “cera” adversária, o Brasil sentiu a obrigação de ganhar para se classificar. Isso atrapalhou demais.

Daniela Alves, técnica do Uberlândia e ex-meia do time nacional, analisa para o Estadão a postura defensiva do Brasil na partida e o poder de fogo no ataque. “Quanto mais se avançava o relógio, o Brasil ia aumentando sua ansiedade e estava cada vez mais desorganizado”, pontuou. Leia a análise completa.

Confira a análise de Daniela Alves

A seleção brasileira começa a partida um pouco ansiosa, errando muitos passes, mas domina todo o primeiro tempo. Faltou acelerar um pouco mais o seu jogo, ter mais ultrapassagens, mais mobilidade para envolver e conseguir furar o sistema defensivo muito bem postado jamaicano.

As tomadas de decisão do Brasil são erradas em alguns momentos da partida, como lançamentos e cruzamentos, que facilitam o sistema defensivo da Jamaica - visivelmente muito mais forte fisicamente.

Rafaela e Kathleen, dupla de zaga brasileira, conseguiu anular muito bem a principal jogadora jamaicana K. Shaw, sempre antecipando as ações e retomando a posse de bola. O primeiro tempo termina com a Jamaica executando bem sua proposta de jogo de se manter postada na defesa e sair no contra-ataque, buscando pegar a defesa brasileira desorganizada, além de segurar o ataque brasileiro.

A técnica Pia Sundhage parece sentir falta de força física em seu ataque e realiza sua primeira alteração já no intervalo de jogo trocando a meia Ary Borges por Bia Zaneratto, que entra fora da posição em que, na minha opinião, joga melhor: centralizada, pisando muito mais na área do que aberta como extrema-esquerda, ‘duplando’ com a lateral já bem ofensiva Tamires.

O treinador jamaicano L. Donaldson também troca no intervalo, substituindo a amarelada C. Williams por T. Cameron no seu meio campo. Obrigatoriamente, o Brasil volta com outra postura para o segundo tempo, sufocando a Jamaica em seu campo defensivo, fazendo várias jogadas aéreas e conquistando alguns escanteios nos primeiros 25 minutos da etapa, mas sem finalizar de maneira efetiva.

Defensivamente, o Brasil não deixa a atacante Shaw respirar, mas durante toda a partida faltou criar jogadas mais agudas, finalizar em gol, e, houve uma demora da técnica do Brasil em mexer na equipe e colocar sangue novo pra melhorar seu ataque, já que o empate classificava a seleção jamaicana.

Quanto mais se avançava o relógio, o Brasil ia aumentando sua ansiedade e de forma cada vez mais desorganizado. Aos 35 minutos do segundo tempo, Pia faz três trocas na equipe, saindo Marta, Antônia e Luana entrando Geyse, Duda Sampaio e Andressa Alves em uma tentativa de mexer no jogo tardiamente, que transforma o time em uma equipe que vai para o ataque desordenadamente na busca pelo gol que classificaria a equipe.

Firme em sua proposta de jogo de sistema defensivo forte e com a melhor defesa da Copa do Mundo, a Jamaica avança sem tomar gols na fase de grupo e elimina o Brasil, que faz sua pior participação em Copas. O Brasil deixa a competição com um futebol muito abaixo da expectativa e da capacidade técnica do time, e Marta encerra sua participação em Copas do Mundo sem o sonhado primeiro título.

*Daniela Alves é técnica do Uberlândia e ex-meia da seleção brasileira

O Brasil está eliminado da Copa do Mundo feminina de 2023. Precisando vencer a Jamaica para se classificar às oitavas de final, ficou apenas no empate sem gols e terminou sua participação com o terceiro lugar da chave. Marta, maior jogadora da história da seleção, se despede com a maior artilheira da disputa, com 17 gols em seis edições e um vice-campeonato, perdido diante da Alemanha.

Apesar de ter a bola e controlar o ritmo da partida, a seleção de Pia Sundhage pouco fez. Errando passes, mostrando nervosismo em todas as ações e sofrendo com a “cera” adversária, o Brasil sentiu a obrigação de ganhar para se classificar. Isso atrapalhou demais.

Daniela Alves, técnica do Uberlândia e ex-meia do time nacional, analisa para o Estadão a postura defensiva do Brasil na partida e o poder de fogo no ataque. “Quanto mais se avançava o relógio, o Brasil ia aumentando sua ansiedade e estava cada vez mais desorganizado”, pontuou. Leia a análise completa.

Confira a análise de Daniela Alves

A seleção brasileira começa a partida um pouco ansiosa, errando muitos passes, mas domina todo o primeiro tempo. Faltou acelerar um pouco mais o seu jogo, ter mais ultrapassagens, mais mobilidade para envolver e conseguir furar o sistema defensivo muito bem postado jamaicano.

As tomadas de decisão do Brasil são erradas em alguns momentos da partida, como lançamentos e cruzamentos, que facilitam o sistema defensivo da Jamaica - visivelmente muito mais forte fisicamente.

Rafaela e Kathleen, dupla de zaga brasileira, conseguiu anular muito bem a principal jogadora jamaicana K. Shaw, sempre antecipando as ações e retomando a posse de bola. O primeiro tempo termina com a Jamaica executando bem sua proposta de jogo de se manter postada na defesa e sair no contra-ataque, buscando pegar a defesa brasileira desorganizada, além de segurar o ataque brasileiro.

A técnica Pia Sundhage parece sentir falta de força física em seu ataque e realiza sua primeira alteração já no intervalo de jogo trocando a meia Ary Borges por Bia Zaneratto, que entra fora da posição em que, na minha opinião, joga melhor: centralizada, pisando muito mais na área do que aberta como extrema-esquerda, ‘duplando’ com a lateral já bem ofensiva Tamires.

O treinador jamaicano L. Donaldson também troca no intervalo, substituindo a amarelada C. Williams por T. Cameron no seu meio campo. Obrigatoriamente, o Brasil volta com outra postura para o segundo tempo, sufocando a Jamaica em seu campo defensivo, fazendo várias jogadas aéreas e conquistando alguns escanteios nos primeiros 25 minutos da etapa, mas sem finalizar de maneira efetiva.

Defensivamente, o Brasil não deixa a atacante Shaw respirar, mas durante toda a partida faltou criar jogadas mais agudas, finalizar em gol, e, houve uma demora da técnica do Brasil em mexer na equipe e colocar sangue novo pra melhorar seu ataque, já que o empate classificava a seleção jamaicana.

Quanto mais se avançava o relógio, o Brasil ia aumentando sua ansiedade e de forma cada vez mais desorganizado. Aos 35 minutos do segundo tempo, Pia faz três trocas na equipe, saindo Marta, Antônia e Luana entrando Geyse, Duda Sampaio e Andressa Alves em uma tentativa de mexer no jogo tardiamente, que transforma o time em uma equipe que vai para o ataque desordenadamente na busca pelo gol que classificaria a equipe.

Firme em sua proposta de jogo de sistema defensivo forte e com a melhor defesa da Copa do Mundo, a Jamaica avança sem tomar gols na fase de grupo e elimina o Brasil, que faz sua pior participação em Copas. O Brasil deixa a competição com um futebol muito abaixo da expectativa e da capacidade técnica do time, e Marta encerra sua participação em Copas do Mundo sem o sonhado primeiro título.

*Daniela Alves é técnica do Uberlândia e ex-meia da seleção brasileira

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.