O presidente Júlio Casares dá passos largos e em boa direção no São Paulo. Fechar com Muricy Ramalho, dar a Raí o direito da decisão de ficar ou sair e lançar Kaká como 'gestor júnior' me parecem tacadas certeiras para temporadas melhores. Casares sabe quanto vale se rodear de bons nomes. Muricy assume o carro-chefe dessa empreitada. Não poderia ter escolhido melhor pessoa para sua gestão.
Kaká chega com toda sua história no clube, de ídolo recente, conquistador, de gols bonitos e sucesso na Europa. É quase uma marca própria que se agrega ao São Paulo para deixá-lo ainda maior, ou mais relevante nesse momento.
Kaká já é um aprendiz de gestor no Morumbi. É o começo de uma carreira diferente. Vai, como Raí, colocar parte do seu prestígio em teste. Não é fácil quando o time não ganha campeonatos.
Tudo o que Casares fizer tem de ter o objetivo das conquistas. A parte financeira é importantíssima. Bem ajustada, ela forma equipes fortes. Loucuras com dinheiro afundam qualquer administração. Tirar o clube do buraco é um desafio. O presidente precisa de respaldos. É aí que entram em cena Kaká e Muricy. Kaká vende, tem reputação, é sedutor. Muricy é a harmonia que falta a qualquer gestor. O ponto de equilíbrio. O cara que se deve escutar sempre. E ambos têm a cara do São Paulo.