Aos “factos”, como disse Abel Ferreira após a eliminação do Palmeiras na Libertadores


A ‘não expulsão’ de Alex Santana após cotovelada em Rony não serve para explicar o empate em casa com o Athletico-PR, de Felipão

Por Robson Morelli
Atualização:

O técnico do Palmeiras colocou na conta da arbitragem do senhor Esteban Ostoich, do Uruguai, e de toda a sua equipe, incluindo a turma do VAR, a eliminação do Palmeiras na Libertadores da América. Seu time esteve classificado até boa parte do segundo tempo, quando vencia por 2 a 0 e fazia a festa da sua torcida - na ida, perdeu de 1 a 0.

Mas o Athletico-PR reagiu sob o comando de Fernandinho e empatou, resultado que era suficiente para sua classificação para a final da competição depois de 17 anos. Abel se disse “revoltado” com o que aconteceu no Allianz Parque, com 41 mil pessoas e uma festa linda de sua torcida, comandada pelos cânticos das torcidas organizadas. Mas como disse Abel Ferreira em sua entrevista após a partida, era necessário ir aos “factos”. Vamos a eles então:

Abel Ferreira 'fala um monte' para o auxiliar da partida do Palmeiras com o Athletico no Allianz Foto: Sebastião Moreira / EFE
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Facto 1 - Rony se desentende com Alex Santana dentro na área em jogada de bola parada e toma um “chega pra lá” no rosto. O jogador do Athletico faz um movimento com o braço e acerta uma cotovelada leve no nariz do atacante palmeirense. O juiz viu e deu amarelo, entendendo que a falta não foi para vermelho. Ora. Foi um lance em bola parada, não havia disputa, portanto. Foi um desentendimento que acabou em uma cotovelada, como mostra o gesto, forte ou fraco. Se deu amarelo, poderia ter dado vermelho. Houve a falta. O juiz entendeu que não era para tanto.

Facto 2 - A expulsão de Murilo ‘matou’ o Palmeiras. O time de Abel perdeu a vaga nesta jogada. O zagueiro, escondido por trás de outro jogador rival, esticou a perna e acertou em cheio a coxa de Vitor Roque. Ele “marcou” a perna do garoto com os cravos de sua chuteira, em uma jogada muito mais violenta do que a cotovelada sofrida por Rony. E desnecessária. Neste caso, no entanto, o juiz deu apenas amarelo e foi alertado pelo VAR que deveria olhar as imagens. Na volta, trocou o amarelo pelo vermelho. Foi mais uma expulsão de jogador do Palmeiras na competição, a exemplo do que já havia acontecido com Danilo e Scarpa. Esse foi o maior erro do time de Abel na partida.

Facto 3 - Abel disse que seu time não está cansado pela quantidade de jogos na temporada, mais de 60, desde o Mundial de Clubes da Fifa. Pelo que correu Dudu e Rony, até dá para acreditar nisso. Mas o Palmeiras errou na estratégia de não se valer do abafa para ganhar a partida. O time, após o primeiro gol aos 2 minutos, deu espaço ao adversário e permitiu que ele se postasse em campo. O Palmeiras foi melhor todo o primeiro tempo, mas não teve “sangue nos olhos” como em outros jogos. Depois da expulsão de Murilo, correu demais atrás da bola e ficou com os contra-ataques.

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Facto 4 - O primeiro gol do Athletico contou com mau posicionamento de quase toda a defesa do Palmeiras, que ficou “olhando” a jogada acontecer até a bola entrar. Foi o pior momento do time na decisão. Foram segundos de uma bobeira generalizada. Quatro toques para o gol. Todo mundo olhando.

Facto 5 - A falta de pontaria dos jogadores do Palmeiras tem incomodado a torcida. O time criou algumas boas oportunidades de gols, mas desperdiçadas com chutes fracos e alguns em cima do goleiro, outros para fora. Não é fácil, todos sabemos, mas o ataque já foi mais matador. O time carece, sim, da falta de um centroavante. O Palmeiras não tem esse jogador de área faz algum tempo. Alguns estão sendo testados, mas nenhum deles “serve” para a função e Rony acaba sendo esse cara, correndo como louco de um lado para o outro.

Facto 6 - Não dá para tirar os méritos do Athletico-PR, que ganhou uma partida e empatou a outra da semifinal. O elenco é bom. Fernandinho é excepcional. E Felipão sabe o que faz. Abel reconheceu isso após a eliminação.

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Os “factos” podem explicar o resultado da partida desta terça-feira. Dói no peito do torcedor palmeirense, mas eles estão aí. Não tenho a pretensão de apontar um único caminho para se fazer entender a eliminação do Palmeiras e a classificação do Athletico para a final da Libertadores depois de 17 anos. Longe disso. Futebol tem explicações na maioria das vezes, dentro e fora de campo, em decisões tomadas e não tomadas. Em outros casos, não há explicações. O acaso entra em campo por vezes. Mas, como queria Abel, fui aos “factos” de minha concepção e do jogo que vi no estádio e digo que a “não expulsão” de Alex Santana não pode ser o único ponto a lamentar no empate e no fracasso do Palmeiras na competição, que tentava sua terceira final seguida.

O técnico do Palmeiras colocou na conta da arbitragem do senhor Esteban Ostoich, do Uruguai, e de toda a sua equipe, incluindo a turma do VAR, a eliminação do Palmeiras na Libertadores da América. Seu time esteve classificado até boa parte do segundo tempo, quando vencia por 2 a 0 e fazia a festa da sua torcida - na ida, perdeu de 1 a 0.

Mas o Athletico-PR reagiu sob o comando de Fernandinho e empatou, resultado que era suficiente para sua classificação para a final da competição depois de 17 anos. Abel se disse “revoltado” com o que aconteceu no Allianz Parque, com 41 mil pessoas e uma festa linda de sua torcida, comandada pelos cânticos das torcidas organizadas. Mas como disse Abel Ferreira em sua entrevista após a partida, era necessário ir aos “factos”. Vamos a eles então:

Abel Ferreira 'fala um monte' para o auxiliar da partida do Palmeiras com o Athletico no Allianz Foto: Sebastião Moreira / EFE

Facto 1 - Rony se desentende com Alex Santana dentro na área em jogada de bola parada e toma um “chega pra lá” no rosto. O jogador do Athletico faz um movimento com o braço e acerta uma cotovelada leve no nariz do atacante palmeirense. O juiz viu e deu amarelo, entendendo que a falta não foi para vermelho. Ora. Foi um lance em bola parada, não havia disputa, portanto. Foi um desentendimento que acabou em uma cotovelada, como mostra o gesto, forte ou fraco. Se deu amarelo, poderia ter dado vermelho. Houve a falta. O juiz entendeu que não era para tanto.

Facto 2 - A expulsão de Murilo ‘matou’ o Palmeiras. O time de Abel perdeu a vaga nesta jogada. O zagueiro, escondido por trás de outro jogador rival, esticou a perna e acertou em cheio a coxa de Vitor Roque. Ele “marcou” a perna do garoto com os cravos de sua chuteira, em uma jogada muito mais violenta do que a cotovelada sofrida por Rony. E desnecessária. Neste caso, no entanto, o juiz deu apenas amarelo e foi alertado pelo VAR que deveria olhar as imagens. Na volta, trocou o amarelo pelo vermelho. Foi mais uma expulsão de jogador do Palmeiras na competição, a exemplo do que já havia acontecido com Danilo e Scarpa. Esse foi o maior erro do time de Abel na partida.

Facto 3 - Abel disse que seu time não está cansado pela quantidade de jogos na temporada, mais de 60, desde o Mundial de Clubes da Fifa. Pelo que correu Dudu e Rony, até dá para acreditar nisso. Mas o Palmeiras errou na estratégia de não se valer do abafa para ganhar a partida. O time, após o primeiro gol aos 2 minutos, deu espaço ao adversário e permitiu que ele se postasse em campo. O Palmeiras foi melhor todo o primeiro tempo, mas não teve “sangue nos olhos” como em outros jogos. Depois da expulsão de Murilo, correu demais atrás da bola e ficou com os contra-ataques.

Facto 4 - O primeiro gol do Athletico contou com mau posicionamento de quase toda a defesa do Palmeiras, que ficou “olhando” a jogada acontecer até a bola entrar. Foi o pior momento do time na decisão. Foram segundos de uma bobeira generalizada. Quatro toques para o gol. Todo mundo olhando.

Facto 5 - A falta de pontaria dos jogadores do Palmeiras tem incomodado a torcida. O time criou algumas boas oportunidades de gols, mas desperdiçadas com chutes fracos e alguns em cima do goleiro, outros para fora. Não é fácil, todos sabemos, mas o ataque já foi mais matador. O time carece, sim, da falta de um centroavante. O Palmeiras não tem esse jogador de área faz algum tempo. Alguns estão sendo testados, mas nenhum deles “serve” para a função e Rony acaba sendo esse cara, correndo como louco de um lado para o outro.

Facto 6 - Não dá para tirar os méritos do Athletico-PR, que ganhou uma partida e empatou a outra da semifinal. O elenco é bom. Fernandinho é excepcional. E Felipão sabe o que faz. Abel reconheceu isso após a eliminação.

Os “factos” podem explicar o resultado da partida desta terça-feira. Dói no peito do torcedor palmeirense, mas eles estão aí. Não tenho a pretensão de apontar um único caminho para se fazer entender a eliminação do Palmeiras e a classificação do Athletico para a final da Libertadores depois de 17 anos. Longe disso. Futebol tem explicações na maioria das vezes, dentro e fora de campo, em decisões tomadas e não tomadas. Em outros casos, não há explicações. O acaso entra em campo por vezes. Mas, como queria Abel, fui aos “factos” de minha concepção e do jogo que vi no estádio e digo que a “não expulsão” de Alex Santana não pode ser o único ponto a lamentar no empate e no fracasso do Palmeiras na competição, que tentava sua terceira final seguida.

O técnico do Palmeiras colocou na conta da arbitragem do senhor Esteban Ostoich, do Uruguai, e de toda a sua equipe, incluindo a turma do VAR, a eliminação do Palmeiras na Libertadores da América. Seu time esteve classificado até boa parte do segundo tempo, quando vencia por 2 a 0 e fazia a festa da sua torcida - na ida, perdeu de 1 a 0.

Mas o Athletico-PR reagiu sob o comando de Fernandinho e empatou, resultado que era suficiente para sua classificação para a final da competição depois de 17 anos. Abel se disse “revoltado” com o que aconteceu no Allianz Parque, com 41 mil pessoas e uma festa linda de sua torcida, comandada pelos cânticos das torcidas organizadas. Mas como disse Abel Ferreira em sua entrevista após a partida, era necessário ir aos “factos”. Vamos a eles então:

Abel Ferreira 'fala um monte' para o auxiliar da partida do Palmeiras com o Athletico no Allianz Foto: Sebastião Moreira / EFE

Facto 1 - Rony se desentende com Alex Santana dentro na área em jogada de bola parada e toma um “chega pra lá” no rosto. O jogador do Athletico faz um movimento com o braço e acerta uma cotovelada leve no nariz do atacante palmeirense. O juiz viu e deu amarelo, entendendo que a falta não foi para vermelho. Ora. Foi um lance em bola parada, não havia disputa, portanto. Foi um desentendimento que acabou em uma cotovelada, como mostra o gesto, forte ou fraco. Se deu amarelo, poderia ter dado vermelho. Houve a falta. O juiz entendeu que não era para tanto.

Facto 2 - A expulsão de Murilo ‘matou’ o Palmeiras. O time de Abel perdeu a vaga nesta jogada. O zagueiro, escondido por trás de outro jogador rival, esticou a perna e acertou em cheio a coxa de Vitor Roque. Ele “marcou” a perna do garoto com os cravos de sua chuteira, em uma jogada muito mais violenta do que a cotovelada sofrida por Rony. E desnecessária. Neste caso, no entanto, o juiz deu apenas amarelo e foi alertado pelo VAR que deveria olhar as imagens. Na volta, trocou o amarelo pelo vermelho. Foi mais uma expulsão de jogador do Palmeiras na competição, a exemplo do que já havia acontecido com Danilo e Scarpa. Esse foi o maior erro do time de Abel na partida.

Facto 3 - Abel disse que seu time não está cansado pela quantidade de jogos na temporada, mais de 60, desde o Mundial de Clubes da Fifa. Pelo que correu Dudu e Rony, até dá para acreditar nisso. Mas o Palmeiras errou na estratégia de não se valer do abafa para ganhar a partida. O time, após o primeiro gol aos 2 minutos, deu espaço ao adversário e permitiu que ele se postasse em campo. O Palmeiras foi melhor todo o primeiro tempo, mas não teve “sangue nos olhos” como em outros jogos. Depois da expulsão de Murilo, correu demais atrás da bola e ficou com os contra-ataques.

Facto 4 - O primeiro gol do Athletico contou com mau posicionamento de quase toda a defesa do Palmeiras, que ficou “olhando” a jogada acontecer até a bola entrar. Foi o pior momento do time na decisão. Foram segundos de uma bobeira generalizada. Quatro toques para o gol. Todo mundo olhando.

Facto 5 - A falta de pontaria dos jogadores do Palmeiras tem incomodado a torcida. O time criou algumas boas oportunidades de gols, mas desperdiçadas com chutes fracos e alguns em cima do goleiro, outros para fora. Não é fácil, todos sabemos, mas o ataque já foi mais matador. O time carece, sim, da falta de um centroavante. O Palmeiras não tem esse jogador de área faz algum tempo. Alguns estão sendo testados, mas nenhum deles “serve” para a função e Rony acaba sendo esse cara, correndo como louco de um lado para o outro.

Facto 6 - Não dá para tirar os méritos do Athletico-PR, que ganhou uma partida e empatou a outra da semifinal. O elenco é bom. Fernandinho é excepcional. E Felipão sabe o que faz. Abel reconheceu isso após a eliminação.

Os “factos” podem explicar o resultado da partida desta terça-feira. Dói no peito do torcedor palmeirense, mas eles estão aí. Não tenho a pretensão de apontar um único caminho para se fazer entender a eliminação do Palmeiras e a classificação do Athletico para a final da Libertadores depois de 17 anos. Longe disso. Futebol tem explicações na maioria das vezes, dentro e fora de campo, em decisões tomadas e não tomadas. Em outros casos, não há explicações. O acaso entra em campo por vezes. Mas, como queria Abel, fui aos “factos” de minha concepção e do jogo que vi no estádio e digo que a “não expulsão” de Alex Santana não pode ser o único ponto a lamentar no empate e no fracasso do Palmeiras na competição, que tentava sua terceira final seguida.

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