O Palmeiras quer dar um ‘basta’ aos erros da arbitragem. Nesta segunda-feira, o vice-presidente de futebol do clube, Gilberto Cipullo, enviou um protesto formal à Federação Paulista de Futebol (FPF) criticando o árbitro Wilson Souza de Mendonça e o auxiliar Carlos Augusto Nogueira Júnior. Espera agora que o documento seja encaminhado à Comissão de Arbitragem da CBF e que os dois nunca mais trabalhem nas partidas palmeirenses. A reclamação é quanto aos últimos dois jogos do Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Contra o São Paulo, na semana passada, o auxiliar Carlos Augusto Nogueira Júnior anotou erradamente um impedimento de Max, o gol foi anulado e o Palmeiras perdeu por 1 a 0. No domingo, Pierre foi expulso erradamente e um pênalti (Alecsandro colocou a mão na bola) não foi anotado a favor do Palmeiras. Resultado: goleada de 5 a 0 para o Cruzeiro, no Mineirão, e o fim do sonho do título brasileiro - os palmeirenses estão 14 pontos atrás do líder São Paulo. Logo após a derrota de domingo, o gerente de futebol do Palmeiras, Toninho Cecílio, não perdoou os erros de Wilson Souza de Mendonça. Nesta segunda, ele voltou a criticar o árbitro. "Estamos indignados!" A reclamação, no entanto, não veio apenas do lado palmeirense. De acordo com Wilson Souza de Mendonça, Toninho o xingou durante o intervalo do jogo de domingo. Está na súmula da partida: "(...) Fomos surpreendidos por uma tentativa de invasão ao referido vestiário, por parte de um dirigente da equipe do Palmeiras que aos gritos dizia: ‘Você é um ladrão, (...), seu safado, você não vale nada.’" Toninho se defende e garante que é tudo invenção do árbitro. "Quero ver ele fazer essa acusação na minha frente", falou o dirigente palmeirense. Essa não foi a primeira crítica palmeirense contra Wilson Souza de Mendonça. "Já faz uns cinco jogos que ele não apita bem contra nós", afirmou Genaro Marino, diretor de futebol do clube. O técnico Caio Júnior segue o discurso dos cartolas e pega pesado contra Wilson Souza de Mendonça. "Não quero falar da arbitragem, mas vou falar da pessoa que apitou esse jogo. É duro ter que conviver com pessoas arrogantes, que inibe, debocha e ironiza os jogadores", criticou o treinador do Palmeiras. "É inadmissível uma pessoa que tem o poder de ser prepotente." Segundo o treinador, é difícil ficar calado numa hora dessas. "Vejo vários técnicos sendo punidos [pelo STJD] e tive o cuidado de me conter [na hora do jogo]. Tenho que ser profissional, mas se eu encontrar essa pessoa na rua vou falar o que penso", avisou Caio Júnior. "Há dois anos tivemos o caso Edílson [ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, envolvido na máfia do apito]. Ele era da Fifa e estava envolvido com uma máfia", lembrou o técnico. "Apesar de termos profissionais bons, é difícil acreditar neles." Ainda nesta segunda, o Palmeiras enviou uma queixa ao STJD contra o goleiro reserva Bosco, do São Paulo, que simulou ter sido atingido por uma pilha no clássico da semana passada, no Palestra Itália.