Após gastos em estrutura, autoridades de Sochi querem treino aberto do Brasil


Sem contar com jogos da seleção brasileira, as autoridades de Sochi querem que o time de Tite realize treinos abertos para a população na cidade durante a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. A prefeitura e organizadores locais da cidade na fronteira do Cáucaso vão estender o tapete vermelho para a CBF, a partir de junho. Mas esperam que o gesto seja retribuído.

Por Jamil Chade
Atualização:

+ Em, Sochi, Tite exige "qualidade máxima" do gramado

O Estado apurou que o governo russo está gastando 2,2 milhões de euros (cerca de R$ 8,5 milhões) para preparar o terreno que vai receber a seleção e a opção de dar preferência ao Brasil vinha da esperança de que, se jogasse na cidade, seria uma garantia de estádio cheio e o desembarque de uma delegação de peso.

Sochi foi sede das Olimpíadas de Inverno em 2014. Foto: Maxim Shemetov / Reuters
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Sochi foi beneficiada por receber um dos jogos mais esperados da Copa, com Portugal x Espanha, marcado para o dia 15 de junho. No dia 23, recebe também Alemanha x Suécia. Mas depois disso, recebe Bélgica x Panamá e Austrália x Peru, dois jogos que dificilmente terão casa lotada. Na sequência, serão apenas mais dois confrontos nas oitavas e quartas de finais. A esperança, portanto, era de que o Brasil lotasse o estádio e a cidade.

"Esperamos que o Brasil faça pelo menos um treino aberto para a população de Sochi", disse ao Estado o secretário de Esportes e vice-prefeito da cidade, Sergey Yurchenko. Ele lembrou que, ao longo dos últimos meses, "muitas seleções tentaram ficar em Sochi". Mesmo apontando que a negociação sobre o Brasil não passou pela prefeitura, ele admite que houve uma decisão acertada de abrir espaço para o time de Tite quando ficou claro que o Brasil estava interessado na região.

Questionado se houve uma concorrência entre as cidades sobre quem ficaria com qual seleção, o vice-prefeito foi irônico. "Oficialmente não. Oficialmente", disse. Segundo ele, um dos objetivos de Sochi com o Brasil é o de despertar o interesse da população local pelo futebol. Apesar de ser um dos principais centros de competições hoje na região, a cidade não conta com um time de futebol nas primeiras divisões russas.

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Depois da realização do sorteio, houve um temor da cidade de que o Brasil abandonasse Sochi. Mas Tite optou por permanecer no local, pelo menos na primeira fase. Depois, para evitar ter de viajar 19 mil quilômetros até chegar a uma eventual final, a CBF já estuda alternativas para o período depois da fase de grupos.

Edu Gaspar, coordenador da comissão técnica, deixou claro que não irá confinar a seleção. Mas também alertou que não aceitará uma repetição da experiência da Copa de 2006, quando a preparação do Brasil na cidade suíça de Weggis se transformou em duas semanas de festas e promoções comerciais da CBF para atender aos interesses dos dirigentes.

Nesta segunda-feira, o treinador visitou o local que será usado pela CBF como a "casa" da seleção na Copa de 2018. A grama foi semeada há uma semana e a perspectiva é de que esteja pronto em março, quando começa a primavera russa.

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PRIVACIDADE

 Ele ainda planeja colocar placas ao longo do campo para garantir a Tite uma certa privacidade para poder realizar inclusive treinos secretos. Mas, à beira do Mar Negro e aos pés de morros, o local é de fácil acesso visual a partir dos prédios e lajes nas redondezas.

A visita, que ocorreu ao lado de Edu Gaspar, ainda incluiu uma vistoria do hotel, que fica ao lado do gramado. Conta com uma praia privativa, piscina externa aquecida, quartos de luxo e é o destino predileto de astros russos que querem privacidade ao visitar a Riviera. Num preço de tabela, cada quarto pode custar 450 euros por noite.

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Edu ainda quer transformar salas grandes ou mesmo a suíte máster em uma ala para a recuperação dos atletas depois dos jogos ou de treinos puxados. Para isso, está negociando trazer ao hotel o equipamento necessário.

+ Em, Sochi, Tite exige "qualidade máxima" do gramado

O Estado apurou que o governo russo está gastando 2,2 milhões de euros (cerca de R$ 8,5 milhões) para preparar o terreno que vai receber a seleção e a opção de dar preferência ao Brasil vinha da esperança de que, se jogasse na cidade, seria uma garantia de estádio cheio e o desembarque de uma delegação de peso.

Sochi foi sede das Olimpíadas de Inverno em 2014. Foto: Maxim Shemetov / Reuters

Sochi foi beneficiada por receber um dos jogos mais esperados da Copa, com Portugal x Espanha, marcado para o dia 15 de junho. No dia 23, recebe também Alemanha x Suécia. Mas depois disso, recebe Bélgica x Panamá e Austrália x Peru, dois jogos que dificilmente terão casa lotada. Na sequência, serão apenas mais dois confrontos nas oitavas e quartas de finais. A esperança, portanto, era de que o Brasil lotasse o estádio e a cidade.

"Esperamos que o Brasil faça pelo menos um treino aberto para a população de Sochi", disse ao Estado o secretário de Esportes e vice-prefeito da cidade, Sergey Yurchenko. Ele lembrou que, ao longo dos últimos meses, "muitas seleções tentaram ficar em Sochi". Mesmo apontando que a negociação sobre o Brasil não passou pela prefeitura, ele admite que houve uma decisão acertada de abrir espaço para o time de Tite quando ficou claro que o Brasil estava interessado na região.

Questionado se houve uma concorrência entre as cidades sobre quem ficaria com qual seleção, o vice-prefeito foi irônico. "Oficialmente não. Oficialmente", disse. Segundo ele, um dos objetivos de Sochi com o Brasil é o de despertar o interesse da população local pelo futebol. Apesar de ser um dos principais centros de competições hoje na região, a cidade não conta com um time de futebol nas primeiras divisões russas.

Depois da realização do sorteio, houve um temor da cidade de que o Brasil abandonasse Sochi. Mas Tite optou por permanecer no local, pelo menos na primeira fase. Depois, para evitar ter de viajar 19 mil quilômetros até chegar a uma eventual final, a CBF já estuda alternativas para o período depois da fase de grupos.

Edu Gaspar, coordenador da comissão técnica, deixou claro que não irá confinar a seleção. Mas também alertou que não aceitará uma repetição da experiência da Copa de 2006, quando a preparação do Brasil na cidade suíça de Weggis se transformou em duas semanas de festas e promoções comerciais da CBF para atender aos interesses dos dirigentes.

Nesta segunda-feira, o treinador visitou o local que será usado pela CBF como a "casa" da seleção na Copa de 2018. A grama foi semeada há uma semana e a perspectiva é de que esteja pronto em março, quando começa a primavera russa.

PRIVACIDADE

 Ele ainda planeja colocar placas ao longo do campo para garantir a Tite uma certa privacidade para poder realizar inclusive treinos secretos. Mas, à beira do Mar Negro e aos pés de morros, o local é de fácil acesso visual a partir dos prédios e lajes nas redondezas.

A visita, que ocorreu ao lado de Edu Gaspar, ainda incluiu uma vistoria do hotel, que fica ao lado do gramado. Conta com uma praia privativa, piscina externa aquecida, quartos de luxo e é o destino predileto de astros russos que querem privacidade ao visitar a Riviera. Num preço de tabela, cada quarto pode custar 450 euros por noite.

Edu ainda quer transformar salas grandes ou mesmo a suíte máster em uma ala para a recuperação dos atletas depois dos jogos ou de treinos puxados. Para isso, está negociando trazer ao hotel o equipamento necessário.

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O Estado apurou que o governo russo está gastando 2,2 milhões de euros (cerca de R$ 8,5 milhões) para preparar o terreno que vai receber a seleção e a opção de dar preferência ao Brasil vinha da esperança de que, se jogasse na cidade, seria uma garantia de estádio cheio e o desembarque de uma delegação de peso.

Sochi foi sede das Olimpíadas de Inverno em 2014. Foto: Maxim Shemetov / Reuters

Sochi foi beneficiada por receber um dos jogos mais esperados da Copa, com Portugal x Espanha, marcado para o dia 15 de junho. No dia 23, recebe também Alemanha x Suécia. Mas depois disso, recebe Bélgica x Panamá e Austrália x Peru, dois jogos que dificilmente terão casa lotada. Na sequência, serão apenas mais dois confrontos nas oitavas e quartas de finais. A esperança, portanto, era de que o Brasil lotasse o estádio e a cidade.

"Esperamos que o Brasil faça pelo menos um treino aberto para a população de Sochi", disse ao Estado o secretário de Esportes e vice-prefeito da cidade, Sergey Yurchenko. Ele lembrou que, ao longo dos últimos meses, "muitas seleções tentaram ficar em Sochi". Mesmo apontando que a negociação sobre o Brasil não passou pela prefeitura, ele admite que houve uma decisão acertada de abrir espaço para o time de Tite quando ficou claro que o Brasil estava interessado na região.

Questionado se houve uma concorrência entre as cidades sobre quem ficaria com qual seleção, o vice-prefeito foi irônico. "Oficialmente não. Oficialmente", disse. Segundo ele, um dos objetivos de Sochi com o Brasil é o de despertar o interesse da população local pelo futebol. Apesar de ser um dos principais centros de competições hoje na região, a cidade não conta com um time de futebol nas primeiras divisões russas.

Depois da realização do sorteio, houve um temor da cidade de que o Brasil abandonasse Sochi. Mas Tite optou por permanecer no local, pelo menos na primeira fase. Depois, para evitar ter de viajar 19 mil quilômetros até chegar a uma eventual final, a CBF já estuda alternativas para o período depois da fase de grupos.

Edu Gaspar, coordenador da comissão técnica, deixou claro que não irá confinar a seleção. Mas também alertou que não aceitará uma repetição da experiência da Copa de 2006, quando a preparação do Brasil na cidade suíça de Weggis se transformou em duas semanas de festas e promoções comerciais da CBF para atender aos interesses dos dirigentes.

Nesta segunda-feira, o treinador visitou o local que será usado pela CBF como a "casa" da seleção na Copa de 2018. A grama foi semeada há uma semana e a perspectiva é de que esteja pronto em março, quando começa a primavera russa.

PRIVACIDADE

 Ele ainda planeja colocar placas ao longo do campo para garantir a Tite uma certa privacidade para poder realizar inclusive treinos secretos. Mas, à beira do Mar Negro e aos pés de morros, o local é de fácil acesso visual a partir dos prédios e lajes nas redondezas.

A visita, que ocorreu ao lado de Edu Gaspar, ainda incluiu uma vistoria do hotel, que fica ao lado do gramado. Conta com uma praia privativa, piscina externa aquecida, quartos de luxo e é o destino predileto de astros russos que querem privacidade ao visitar a Riviera. Num preço de tabela, cada quarto pode custar 450 euros por noite.

Edu ainda quer transformar salas grandes ou mesmo a suíte máster em uma ala para a recuperação dos atletas depois dos jogos ou de treinos puxados. Para isso, está negociando trazer ao hotel o equipamento necessário.

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