Que paulada a Argentina levou em sua estreia na Copa do Catar! A derrota de 2 a 1 para a Arábia Saudita pegou a todos de surpresa porque o time de Messi era apontado como um dos grandes desta edição do Mundial. Zebraça!!!! Estava há 36 jogos sem perder, começou ganhando, se impôs como de costume, pela força de seus atletas e de sua camisa em Copas, teve três gols anulados somente no primeiro tempo, mas não soube ganhar e fazer valer sua condição mais técnica. Perdeu para a vontade dos sauditas, que nunca tiveram grandes pretensões no Grupo C a não ser participar da festa do futebol.
A bem da verdade, a Argentina apanhou da quarta força da chave, que ainda tem México e Polônia. Não vejo os sauditas melhores do que nenhum desses rivais. Nenhum. Mas o time liderado por Messi fracassou na estreia e fez a alegria de muitos brasileiros. Os milhares de torcedores no Catar sentiram o golpe. Isso não quer dizer que não vá se classificar. Pode fazer seis pontos e tentar o segundo lugar.
Foi um duro golpe que o time não esperava. Não diante dos sauditas. Em 2010, a Espanha também perdeu em sua primeira partida na África do Sul para depois festejar o título. Portanto, ainda é cedo para enterrar a Argentina, como sugerem muitos brasileiros nas redes sociais. Alguns amigos. Calma, lá, gente! Vamos esperar a segunda partida, marcada para o dia 26 contra o México.
Claro que tudo pesa mais nos ombros de Messi, que estava contente até então com a seleção nos últimos meses. Falou de sua despedida e do ótimo momento do elenco. Da febre do torcedor nas ruas do seu país e da confiança depositava nele. E da possibilidade de ganhar, de fato, a Copa em sua quinta tentativa.
Todos nós sabemos que Messi se abate com os fracassos, principalmente com a camisa da seleção, onde foi sempre cobrado. Ele precisa levantar a cabeça agora e chamar o time para a batalha. É isso que fará, não tenho dúvidas. Messi é gigante. Também será para ele que todos vão olhar. Copa do Mundo tem disso. Recentemente, na coluna Craques da Copa, do Estadão, com convidados especiais, Carlos Alberto Parreira, técnico do tetra, disse exatamente isso: “Participei de dez Copas do Mundo e posso afirmar que é uma competição muito ingrata. Errou, voltou para casa. Quando assumi a seleção brasileira em outras oportunidades, especialmente em 1994, quando erguemos o troféu (tetra nos EUA), desde a primeira reunião com os jogadores, deixei claro que havia 24 anos estávamos voltando para casa e não poderíamos errar mais. Este é o mandamento número um das Copas. Não adianta jogar bonito e errar, porque o preço que se paga é muito alto.”
A Argentina, de Messi, passa por isso no Catar. Com a derrota, perde toda a sua condição de poder voltar a errar no Mundial, com possibilidade de voltar para casa mais cedo. No fundo, no fundo, seria um rival a menos para a seleção de Tite em sua caminhada em busca do hexa. Isso explica porque muitos brasileiros estão em festa. Particularmente, gosto dos bons times nas Copas e também dos bons jogadores. Não queria que Messi desse adeus tão cedo. Ele não merece. Mas o futebol não leva nada disso em consideração. Na frieza da competição, quanto menos rivais melhor!